ALFRED MARSHALL – A TEORIA DO VALOR Os três teoremas da Teoria do Valor
INTRODUÇÃO Para Marshall a análise do funcionamento do sistema de mercado, para a determinação dos preços, começava com o estudo do comportamento dos produtores e dos consumidores, chave para analisar a determinação dos preços de mercado, a demanda e as condições que os produtores estariam dispostos a vender os seus bens e serviços.
TEORIA DO VALOR As coisas não têm valor, os indivíduos é que dão valor ás coisas mediante as suas próprias necessidades e a sua quantidade. Quanto maior for a quantidade menor será o valor das coisas e quanto menor for a quantidade maior será o valor, ou seja, o valor de algo é a utilidade (o interesse que cada coisa tem para as pessoas). Esta dualidade é muito importante para a Economia pois uma decisão não tem só benefícios nem só custos.
Possibilidades de produção Devido aos recursos limitados uma sociedade tem que escolher as quantidades de bens e serviços a produzir, mais comboios e menos automóveis, mais café e menos chá, etc. As possibilidades de escolha são imensas
Lei da procura e da oferta É a lei que estabelece a relação entre a demanda de um produto, ou a procura de um produto, e a quantidade que pode ser oferecida, ou que o produtor deseja oferecer. Pode-se concluir que quanto menor o preço de um determinado serviço, maior a quantidade procurada e vendida. Sendo o inverso também aplicável, quanto maior o preço, menor a quantidade procurada. Mas ao contrário do que pode parecer a princípio, esse comportamento não é sempre influenciado apenas pelos preços através da oferta e procura. Existem outros elementos a serem considerados: - Os desejos e necessidades das pessoas;- O poder de compra; - A disponibilidade dos serviços;- A capacidade das empresas de produzirem determinadas mercadorias com o nível tecnológico desejado.
Então, a demanda só vai acontecer se um consumidor tiver um desejo ou necessidade, se ele tiver condições financeiras para suprir essa necessidade ou desejo e se ele tiver intenção de satisfazê-los. Sendo assim, Marshall utilizou um instrumento da Economia para estudar o funcionamento económico, um gráfico onde se cruzam as duas curvas da oferta e da procura, em resultado da relação entre duas variáveis – preço e quantidade –, assumindo que os restantes determinantes da oferta (função da oferta) e da procura (função da procura) permanecem constantes. Este gráfico ficou conhecido como «cruz marshalliana» pois foi Marshall que começou a utilizar intensamente o gráfico completo, da forma que agora é usual.
TEOREMAS DA ESCOLHA DA TEORIA DO VALOR Primeiro teorema da teoria do valor: O Agente deve escolher a alternativa com maior benefício líquido, ou seja, com maior benefício ao menor custo. Essa escolha deve ser feita tendo em conta a dualidade “benefícios-custos”, ou seja, a melhor escolha deve ser a que apresenta um benefício maior que o custo
Segundo teorema da teoria do valor A escolha racional leva a selecionar a quantidade em que o benefício marginal é igual ao custo marginal. O segundo teorema da escolha diz-nos que ao adicionar-se uma nova unidade, a uma determinada alternativa, esta vai ter um certo benefício e custo adicional, dando origem a um novo benefício líquido total! A estes benefícios e custos adicionais vão-se designar como benefício marginal e custo marginal. Com o tempo o benefício marginal tende a decrescer, pois de acordo com a Lei da produtividade marginal decrescente ou lei dos rendimentos decrescentes, á medida que o consumo de um bem aumenta menor será o benefício total pois o aumento do consumo de um bem vai provocar uma redução do prazer em consumir esse bem logo o benefício marginal será cada vez menor.
Terceiro teorema da teoria do valor Deve-se consumir uma quantidade de cada um dos bens disponíveis para que o benefício marginal da última unidade do recurso gasto em cada um deles seja igual em todos eles. A escolha de determinados bens deve ser feita mediante os recursos existentes, ou seja, mediante um determinado recurso este deve ser usado em varias alternativas diferentes, cada uma com o seu ganho e o seu custo, com vista a obtenção de uma maior satisfação Para um indivíduo obter máxima satisfação deve gastar cada unidade do recurso naquilo que, num determinado instante lhe dá mais prazer.
BIBLIOGRAFIA Troster, R. L.; Mochon, F., “Introdução à Economia”. 1994 da editora McGraw Hill, pp 12, 49-55, 96, 106-107 César das Neves, J, “O que é a economia?”. Principia. César das Neves, J, “Introdução à economia”. 6ª Edição, da editora Verbo , pp 22, 33, 41-44 http://www.pensamentoeconomico.ecn.br/ http://www.economiabr.net/