Simulação de fluxos de tráfego

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Desenvolvimento de Sistemas
Advertisements

SISTEMAS DE SUPORTE À DECISÃO
Análise e Projeto de Sistemas I
Simulação de Sistemas Antonio J. Netto AULA1.
Introdução a Algoritmos
2. VLT – VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS
Técnicas de Simulação e Simulação Aplicada
Objetivos do Capítulo Utilizar o processo de desenvolvimento de sistemas delineado neste capítulo e o modelo de componentes de SI, do Capítulo 1, como.
LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
Identificando requisitos
SAD - SISTEMA DE APOIO À DECISÃO Prof. Wagner Andrade
Metodologia Científica e Tecnológica
"Carrinho de Mão para Construção Civil".
MetaMoS Metodologia para construção de Base de Conhecimento em modelagem e simulação dinâmica unidimensional.
Metodologias para Aplicações Ambientais
Modelagem e simulação de sistemas
Diretrizes para Desenvolvimento do Projeto
Avaliação de Desempenho Planejamento de Experimentos 2 Aula 2 Marcos José Santana Regina Helena Carlucci Santana Universidade de São Paulo Instituto de.
Avaliação de Desempenho de Sistemas Operacionais
Avaliação de Desempenho Universidade de São Paulo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação Departamento de Sistemas de Computação Marcos José
Avaliação de Desempenho
Avaliação de Desempenho Introdução Aula 1 Marcos José Santana Regina Helena Carlucci Santana Universidade de São Paulo Instituto de Ciências Matemáticas.
FLUXOGRAMA.
SISTEMA DE INFORMAÇÕES DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
Simulação e Modelagem de Sistemas
Simulação de Sistemas Prof. MSc Sofia Mara de Souza AULA2.
PHD 5729 SIMULAÇÃO HIDROLÓGICA
TIPOS DE TESTES APLICÁVEIS E NÃO APLICÁVEIS AO PROJETO
Como Desenvolver Sistemas de Informação
Entrada de Dados Espaciais
de Programação de Linha de Ônibus
O que é Simulação? Capítulo 1 Páginas 3-23 Prof. Afonso C Medina
Otimização Prof. Benedito C. Silva IRN UNIFEI
ACESSIBILIDADE DE UM TERRITÓRIO CONCEITOS E INDICADORES
PESQUISA ORIGEM - DESTINO
ACESSIBILIDADE DE UM TERRITÓRIO CONCEITOS E INDICADORES
ENGENHARIA DE TRÁFEGO - Princípios Básicos
Simulação de Processos
Desenvolvimento de Ambientes Virtuais
Introdução à Simulação
TIPOS DE SIMULADOR DE TRÂNSITO
Avaliação de Desempenho Simulação
1 - Introdução à Modelagem Matemática
Modelos Hidrológicos.
Uso de softwares de simulação
MODULO 2 - Dimensionamento de Linhas de Ônibus
Avaliação de Desempenho UFABC Pós-graduação em Engenharia da Informação Professor: Carlos Alberto Kamienski ( ) Santo André, Fevereiro.
Sistema Viário.
MSCC - Introdução Baseado no capítulo 1 do livro Performance Evalution of Computer and Communication Systems, de Jean-Yves Le Boudec (EPFL)
Gerenciamento de Custos
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE AULA 5
Instrutor: Objetivos:.
Complexidade de Computação Katia Guimarães. Avaliando a Qualidade de um Algoritmo É preciso ter bem definido –O que é dado de entrada e –O que é esperado.
Capítulo 9: SAD orientado a Modelo
1 Linguagens de Programação Pedro Lopes 2010/2011.
Sistemas de Informações em Recursos Humanos
Abordagem Sistemática Guilherme Amaral Avelino Avaliação e Controle de Sistemas de Informação.
Engenharia de Software
Professora Michelle Luz
Sistema de Informação Trabalho elaborado por:Ana Martins 1.
Mestrando: Guilherme Luiz Bianco Milton Sampaio
ISO9001:2000 para Software Professor: Alexandre Vasconcelos Equipe: Amanda Pimentel Börje Karlsson Danielly Karine Erika Pessoa Jorge Cavalcanti Jose Edson.
TÉCNICAS DE ESTIMATIVAS
PROJETO DE PESQUISA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA GESTÃO DO TRÁFEGO URBANO ATRAVÉS DO ESTUDO DO BENCHMARKING ENTRE OS CENTROS DE CONTROLE.
Proposta de Dissertação
PLANO DE MOBILIDADE URBANA DE VOLTA REDONDA Janeiro 2016 Treinamento do Núcleo Gestor.
INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL Aula 6 – Componentes dos Sistemas de Apoio à Decisão.
SOS BR-116 Propostas UNISINOS. AÇÕES DESENVOLVIDAS  Política de prioridade ao transporte coletivo.  Implantação de uma Gerência responsável pelo sistema.
SEMINÁRIO SOS BR-116 ATM - FETERGS. SOS BR-116 ATM - FETERGS Informações Gerais da BR -116: Trânsito superior a veículos/dia Trânsito superior.
Sistemas de Informação Capítulo 6 O uso consciente da tecnologia para o gerenciamento.
Transcrição da apresentação:

Simulação de fluxos de tráfego Prof. Dr. José Reynaldo Setti Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Transportes Escola de Engenharia de S. Carlos UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

USP Escola de Engenharia de São Carlos O que é um modelo? Sistema real Modelo Um clique para mostrar figuras O sistema real está mostrado na direita e o modelo na esquerda. O que é um modelo? USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos O que é um modelo? Realidade artificial Second life (metaverso) Hipóteses simplificadoras Suposições sobre comportamentos Complexidade depende do problema a ser resolvido Modelo Um clique inicial para mostrar o texto. Falar sobre o modelo vs. o sistema real USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos O que é simular? Imitar a operação ou funcionamento de sistema real Criar uma história artificial Modelo é um arremedo da realidade Modelo Um clique inicial para mostrar o texto USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos Modelo de um sistema Representação do sistema real lógica, matemática ou computacional Conjunto de suposições relativas ao sistema e seu funcionamento Resultados do modelo medidas de desempenho USP Escola de Engenharia de São Carlos

Usos dos modelos de simulação Prever o impacto de uma alteração no sistema real Estudar alternativas para modificações no sistema real Estudar sistemas que não existem Estudar situações improváveis (difíceis de serem observadas) USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos Simulador de tráfego Modelo de “car-following” velocidade do seguidor em função da velocidade e distância do líder seguidor líder USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos Simulador de tráfego Modelo de “car-following” velocidade do seguidor em função da velocidade e distância do líder seguidor líder USP Escola de Engenharia de São Carlos

Car-following: ondas de choque USP Escola de Engenharia de São Carlos

Rede viária: representação no modelo Nós: cruzamentos, entradas e saídas Tramos: trechos entre cruzamentos Complexidade da rede depende dos objetivos da simulação USP Escola de Engenharia de São Carlos

Rede viária: representação no modelo 1 Nós: cruzamentos, entradas e saídas Tramos: trechos entre cruzamentos Complexidade da rede depende dos objetivos da simulação 4 5 2 3 USP Escola de Engenharia de São Carlos

Rede viária: representação no modelo 1 Nós: cruzamentos, entradas e saídas Tramos: trechos entre cruzamentos Complexidade da rede depende dos objetivos da simulação 4 5 2 3 USP Escola de Engenharia de São Carlos

Simulação de interseções em nível USP Escola de Engenharia de São Carlos

O que é um simulador de fluxos de tráfego? Linguagem de simulação “especializada” Capaz de representar redes viárias e seus componentes semáforo, PARE, Preferencial etc. freeways, arteriais e vias locais pontos de ônibus uso de faixas de tráfego e conversões USP Escola de Engenharia de São Carlos

O que é um simulador de fluxos de tráfego? Linguagem de simulação “especializada” Capaz de representar comportamento dos veículos “car-following” mudanças de faixas opcionais e obrigatórias fenômenos do tráfego veicular demanda por viagens fluxos nas vias a partir de matriz O/D USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos Demandas O/D Destinos 5 2 4 1 3 1 2 3 4 — V12 V13 V14 V21 V23 V24 V31 V32 V34 V41 V42 V43 Origens USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos Simular requer dados Fluxos de tráfego http://img.dailymail.co.uk/i/pix/2007/01/china_468x312.jpg http://www.flickr.com/photos/katkasamkova/2507613869 ou USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos Simular requer dados Fluxos de tráfego Curva fluxo-velocidade fluxos de saturação (capacidade) densidade de congestionamento Número de faixas de tráfego Geometria, etc. Matriz O/D pode ser sintética USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos Simuladores CORSIM (TSIS) antigo, mas é o mais usado no mundo INTEGRATION pioneiro da representação integrada VISSIM, AIMSUN, Paramics etc. pacotes comerciais, bem acabados, representação 3D USP Escola de Engenharia de São Carlos

Simuladores são modelos Sistema real Modelo Um clique para mostrar figuras O sistema real está mostrado na direita e o modelo na esquerda. O que é um modelo? USP Escola de Engenharia de São Carlos

Simuladores são modelos Todos têm vantagens Todos têm desvantagens Um é diferente do outro simuladores diferentes resultados discrepantes para o mesmo caso Conhecer as capacidades e os limites USP Escola de Engenharia de São Carlos

Simuladores são modelos USP Escola de Engenharia de São Carlos

Simuladores são modelos USP Escola de Engenharia de São Carlos

Quem deve usar simulador de tráfego? Engenharia de tráfego Facilidade com programação de computadores Conhecer bem o simulador USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos Qual simulador usar? Custo total de aquisição Treinamento, documentação, suporte etc. Capacidades e limitações Integração com outros usuários projetistas, consultores, outros órgãos públicos etc. USP Escola de Engenharia de São Carlos

Vantagens da simulação Analisar alterações no funcionamento e na estrutura do sistema Analisar situações e alternativas que não existem Visualização do funcionamento de cada alternativa estudada Ajuda a avaliar uma proposta quando os dados de entrada são insuficientes USP Escola de Engenharia de São Carlos

Desvantagens da simulação Modelos complexos tempo e dados para elaboração e validação Requer calibração adequada Replicações para garantir a qualidade dos resultados Abandono de soluções expeditas mais fáceis USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos Modelos de simulação Modelo discreto, estocástico e dinâmico estado do sistema muda a intervalos discretos de tempo Usam métodos numéricos (e não analíticos) variáveis de saída dos modelos de simulação medidas de desempenho variáveis de saída usadas para avaliar os resultados da simulação USP Escola de Engenharia de São Carlos

Passos numa simulação (1) Formulação do problema Determinação dos objetivos e do projeto geral de abordagem do problema Modelagem (criação do modelo) focalizar características essenciais do problema elaboração de hipóteses realistas aperfeiçoamento até representação adequada do sistema real nível de complexidade adequado USP Escola de Engenharia de São Carlos

Passos numa simulação (2) Formulação do problema Codifição do modelo Definição dos objetivos e abordagem geral Não Verificação Sim N Validação Construção do modelo Coleta de dados S USP Escola de Engenharia de São Carlos

Passos numa simulação (3) Projeto do experimento Documentar modelo e preparar relatório Execução do experimento e análise dos resultados Implementar resultados S Mais rodadas? N USP Escola de Engenharia de São Carlos

Exemplos de projetos de simulação de tráfego

Equivalentes para caminhões em rodovias de pista dupla Objetivo: Determinar fatores de equivalência para caminhões em rodovias de pista dupla do Brasil, para substituição dos valores que aparecem no HCM2000 Fator de equivalência: ET = 2 cpe USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos Abordagem geral Simular fluxos formados por caminhões + carros carros Comparar fluxos com mesma impedância Impedância: medida de desempenho escolhida densidade Impedância Fluxo misto (carros + caminhões) L Fluxo básico (só carros) qM qB Fluxo USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos Modelo de simulação 2 faixas de tráfego Links de 1 km no início e no fim Link central de comprimento e inclinação variáveis 0,5 a 2 km 0% a 8% Dados coletados no link central 1 km variável 1 km USP Escola de Engenharia de São Carlos

Medida de desempenho: densidade ni, ni-1 : número acumulado de veículos que passaram pelo tramo desde o início da simulação (t=0) até os instante ti e ti-1; t : intervalo de medição das variáveis de tráfego (300 s); N : número de faixas de tráfego (N = 2); tvi, tvi-1 : soma dos tempos de viagem no tramo analisado de todos veículos que passaram pelo tramo desde o início da simulação (t=0) até os instantes ti e ti-1; L : comprimento do tramo (km) USP Escola de Engenharia de São Carlos

Codificação, calibração e validação Codificado no INTEGRATION e no CORSIM Calibrado com dados da SP330 e SP310 modelo de car-following modelo de desempenho dos caminhões Validado com dados coletados na SP310 capaz de representar adequadamente o comportamento dos caminhões no aclive USP Escola de Engenharia de São Carlos

Projeto do experimento (1) Coleta de dados da densidade a cada 5 minutos Tempo de simulação para cada cenário 7 horas (84 intervalos de 5 minutos) 2 horas de warm-up (24 intervalos) 60 observações para cada simulação USP Escola de Engenharia de São Carlos

Projeto do experimento (2) 4.200 horas simuladas tempo de processamento de cada simulação depende de comprimento do greide, rampa fluxo de veículos computador usado USP Escola de Engenharia de São Carlos

USP Escola de Engenharia de São Carlos Resultados Médias dos valores encontrados para a densidade Usadas para o procedimento de cálculo dos fatores de equivalência USP Escola de Engenharia de São Carlos

Fim da parte 1