Rede de comunidades: a Nova Paróquia – Documento 104.

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Paróquia São Pedro Apóstolo 10/12/  A paróquia é, na expressão local e concreta, aquilo que a Igreja é no seu todo.  Na paróquia, a Igreja manifesta.
Transcrição da apresentação:

Rede de comunidades: a Nova Paróquia – Documento 104. A partir de Aparecida, a Paróquia passou a ser estudada e refletida em nossa Pastoral. Nas décadas de 70 e 80, a Paróquia parecia superada. Hoje se reconhece o valor da Paróquia, cen- tro irradiador da fé e da vida cristã. A CNBB está estudando a Paróquia, produziu um Documento Verde. Ele precisa amadurecer e depois queremos apresentar um Documento Oficial, da série AZUL. Sugestão precisamos enviar até 31/10

O surgimento das Paróquias Nos primeiros séculos, os cristãos se reuniam em comunidades domésticas, “Domus”. Com o crescimento do número de cristãos, começam as paróquias territoriais. Exige-se um templo e um local de reunião. Ao longo do século IV, surgem também as capelas. Temos então a Diocese – a Paró- quia e a Capela. A paróquia passa a ter mais capelas e está sempre unida à Diocese.

A Diocese passa a ser o Conjunto de suas Paróquias O pároco passa a ser o representante do Bispo e precisa estar em união com o bispo. Originalmente, as paróquias eram rurais. Nascem de uma preocupação missionária. Com o tempo passa a ser a Igreja da cidade. Havia os párocos e os futuros padres. Trento insiste na residência do Pároco. Pároco passa a ter vigários, já que os futu- ros padres estão nos seminários.

Paróquia conforme o Direito Canônico Em 1917: “Paróquia é a menor circunscrição local, pastoral e administrativa”. Em 1983: “Uma comunidade de fiéis, consti- tuída de maneira estável e confiada aos cuida- dos de um pároco, como seu pastor próprio”. O Canon 518: As paróquias são territórios, ou seja: abrange todos os fiéis de um território. Mas, há também a possibilidade de paróquias pessoais, em função de ritos, línguas, etc.

A paróquia para ser completa precisa ser: Martyria: anúncio pela palavra e pelo tes- temunho de seu pároco e agentes. Diakonia: serviço, caridade, em favor dos pobres, doentes, órfãos e viúvas. Precisa ter Filantropia. Leitourgia: o culto, a celebração dos sa- cramentos e toda oração organizada. NB. A força missionária da Paróquia de- pende da Martyria (anúncio e testemunho).

A Paróquia do Vaticano II A Igreja universal está presente na Igreja Local. A Paróquia é a concretização histórica que torna visível a Igreja. É na Paróquia que todos os que participam fazem a experiência de Igreja, colocando a ser- viço os seus dons, carismas e ministérios. O concílio reflete sobre a Igreja Local, partindo da Eucaristia e insiste no valor da Igreja reunida em Assembléia Eucarística.

Vaticano II: As paróquias estão em rede, formando a Diocese. A paróquia só pode ser entendida, a partir das dioceses.”Cada Paróquia é uma célula viva da Diocese”. Cada paróquia é uma parte da Diocese. “A Paróquia é portanto uma comunidade de fiéis que torna presente a Igreja em determinado lugar”. A Igreja é o Povo de Deus reunido na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A comunhão trinitária torna-se então fonte de vida e da missão da Igreja, modelo de suas relações e meta última de sua peregrinação.

Esta íntima comunhão com Deus se chama EUCARISTIA. São Paulo: “O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo? Porque há um só pão, nós embora muitos somos um só corpo, pois todos parti- cipamos do único Pão” (1Cor 10,16-17) Santo Agostinho: A Eucaristia é o sinal da Unidade e o vínculo do amor. O Vaticano II apresenta a Eucaristia como “fonte e ápice de toda a vida cristã”. Essa Igreja é mistério, sinal e instrumento de comu- nhão. Ela tem a sua origem na Santíssima Trindade.

Em síntese podemos dizer que o Concílio Vaticano II deixou A passagem do territorial para o comunitário. Pároco, seus vigários e uma comunidade toda ministerial, com a ativa participação dos leigos. Da dimensão puramente cultual para a totalida- de das dimensões da comunhão e da missão. Toda a paróquia é missionária, sempre traba- lhando na busca daqueles que se afastaram ou que nunca se aproximaram, embora batizados. “Nós temos o direito de evangelizar aqueles que um dia batizamos” ...

A renovação paroquial na América Latina As Conferências do CELAM sempre recomendam a “renovação das paróquias”. Puebla colocava a Paróquia “como centro de coor- denação e animação das comunidades e grupos”. O vínculo da Paróquia com a Diocese é garantido pela união com o Bispo, que confia ao pároco o cuida- do pastoral da comunidade. A Conferência de Aparecida coloca dois pontos lumi- nosos para considerar a paróquia: a multiplicação das comunidades menores e a nova pastoral urbana.

Aparecida faz uma clara opção pela Paróquia e sua revitalização As paróquias são células vivas da Igreja. Lugar privilegiado onde os fiéis fazem a expe- riência do encontro com Jesus Cristo e da co- munhão eclesial. São chamadas a ser casa e escola de comunhão. Precisam tornar-se “redes de comunidades e gru- pos, capazes de propiciar a seus membros uma real experiência de comunhão com Cristo”. Precisam transformar-se em “Comunidade de co- munidades”, uma apoiando a outra.

Os participantes da Paróquia precisam sentir-se: Discípulos e missionários de Jesus Cristo. Convocados para fazer a experiência de Deus. Em condições para encontrar-se com Jesus Cristo. As paróquias são o único espaço de inserção na Igreja. Espaços como lugares de oração. A paróquia precisa tornar-se comunidade de comunidades vivas e dinâmicas de discípulos e missionários de Jesus Cristo.

Paróquias que ainda não assumiram o Concílio Vaticano II Concentram suas atividades no Culto e nas Devoções. Falta-lhes um Plano de Pastoral e um Plano de Evangelização.Muitas salas fechadas. Existe catequese só para crianças e não há um Plano para iniciação à vida cristã de adultos. Administração concentrada no Pároco. Leigo sem chance para ajudar a decidir. Conselhos inoperantes. Não tem nenhuma preocupação missionária. Quem não procura a Igreja também não é procurado. Evangelização só para quem busca a Paróquia.

Por outro lado, uma Paróquia convertida... Tem seu Plano de Pastoral e Plano de Evangelização. Tem catequese de iniciação para adultos. Desenvolve uma liturgia viva e participativa. Preocupam-se e atuam com os jovens. Despertam muitos serviços e ministérios entre os leigos Pároco e seus colaboradores desenvolvem uma Pastoral de comunhão e participação. Ainda lhes falta ampliar a ação evangelizadora, porque ainda não conseguem atingir a todos os paroquianos, especialmente os que moram mais longe.

A Paróquia como CASA É a experiência de Igreja que acontece ao redor da Casa – DOMUS ECCLESIAE. A Igreja está lá onde as pessoas se encontram. É a casa-comunidade onde as pessoas se encontram, é a igreja, a capela, o salão. Lá o cristão está em casa. Ele a mantém com o seu dízimo, ajuda a conservá-la e restaurá-la. É um referencial para o cristão peregrino. É uma estação ou uma parada no caminho.

A Paróquia é a casa da Palavra É a casa do discípulo que acolhe a Palavra... É a Igreja que acolhe o Verbo feito carne, que veio habitar entre nós. A Paróquia é a morada de Deus entre nós! É a shekinah, cf. Ex.26, 1. Considerando a Igreja como Casa da Palavra, deve antes de tudo dar atenção à Liturgia sagrada. Ele fala hoje ao seu povo, que escuta e responde. Cf Verbum Domini, 52.

Paróquia Casa do Pão A Igreja se nutre com o Pão da Eucaristia. O povo de Deus que caminhou no deserto com o povo de Israel fez sua morada entre nós. Mos- trou-se solidário conosco. Nasceu em Belém “casa do pão”. Ele providen- ciou palavra e pão para o seu povo. A Igreja precisa acolher os peregrinos, oferecer pão aos que tem fome, dizer uma palavra aos que estão em busca do sentido para a vida.

A comunidade cristã vive da Eucaristia A fé da Igreja é essencialmente eucarística. A fé e os sacramentos são dois aspectos da vida eclesial. O que mantém a unidade do Povo de Deus, em uma Paróquia, é sempre a Eucaristia. É a presença real de Cristo, o centro de toda a vida paroquial e o que qualifica o Povo de Deus, como o Povo da Eucaristia. “Participando no corpo e sangue de Cristo, se- jamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo”. - Na Oração Eucarística II

Paróquia casa da amizade. A partir da palavra e da Eucaristia, o cristão é uma nova criatura. Vive uma nova relação com Deus e com o próximo. “Não vos chamo servos, mas amigos” Jo 15,15 Disse o próprio Jesus: “Não há maior amor do que dar a vida pelos amigos” Jo 15,13. A amizade torna-se então ‘ágape’, o centro da “charitas” cristã. A partir dali nasce a missão, “por amor”!

A Paróquia hoje... É o lugar onde o cristianismo se torna visível em nossa cultura e história! A Paróquia é casa de acolhida dos peregrinos e comunidade como lar dos cristãos... Onde se faz a experiência de seguir Jesus Cristo. Ali se recebem diferentes pessoas, com suas bus- cas e vivências, que pretendem seguir o caminho! Ela reúne os cristãos em grupos que se comprometem em viver sua fé de forma comunitária.

A verdadeira paróquia é o lugar onde o Povo de Deus se reúne e celebra A Igreja vive no meio das casas de seus filhos e filhas. A Paróquia é a família de Deus, que vive uma fraternidade animada pelo espírito de unidade. É uma casa de famílias, fraterna e acolhedora. É a comunidade dos fiéis. É uma Comunidade Eucarística que celebra a presença de Cristo,Palavra e Eucaristia, esta- belecendo vínculos de comunhão entre os fiéis e remete à missão de testemunhar na caridade a verdade professada. .

Precisamos descobrir os melhores horários Na Pastoral Rural, os melhores horários esta- vam na manhã de domingo. Na Cultura Urbana, o melhor momento de cele- bração é em torno do meio-dia e, no final da tarde, de sábado e de domingo. A missa das 8 horas de domingo não serve pa- ra jovens e crianças da catequese. Serve para atender alguma capela, mas não a matriz. Caxias, Passo Fundo e Pelotas falam com entusiasmo das missas das onze ou do meio- dia, de domingo. O santuário tem às 11 horas.

Com toda a certeza podemos dizer que: A paróquia é uma escola da fé, da oração, dos valores e dos costumes cristãos. Nela se encontra a comunidade, em torno do Senhor. Ela existe para unir os cristãos e para atrair os acomodados e incomodados. Precisa tornar-se: Sacramento de Salvação. É uma referência para o povo cristão, inclusive para os não praticantes. Lá, na Paróquia, cada um terá a possibilidade de se encontrar com Jesus Cristo.

Contudo a Paróquia precisa de uma renovação urgente: Precisa estar articulada em comunidades, para criar vínculos entre pessoas que vivem a mesma fé. Precisa ter ousadia missionária, capaz de fortalecer o testemunho e estimular o anúncio. O Pároco precisa ser o pastor e animador do povo, promover a participação dos leigos na vida e nas decisões da comunidade. A paróquia precisa integrar as comunidades, as associações, ao movimentos, as CEBs, as pastorais sociais, as novas comunidades, etc.

Perguntas para os grupos Já Aparecida falava e o documento agora também insiste em “estruturas antiquadas” que precisam ser superadas. Que estruturas são estas que temos na Paróquia? O que se entende por “horários nobres”: - Para as missas na Matriz: - Para atendimento na Secretaria Paroquial: - Para os jovens da Paróquia: 3. Onde é que as nossas paróquias tem espaços, pouco ou mal aproveitados?