Arquitetura de Software Introdução Por quê? O que? Como? Onde? e Quem?

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Gerenciamento de Projetos
Advertisements

Os projetos.
Rational Unified Process
Gerência de Projetos Wesley Peron Seno Introdução
UML Modelando um sistema.
UML Visões – Parte 2.
Participantes do Processo de Desenvolvimento de Software
PETI Planejamento Estratégico de TI
Engenharia de Software
Rational Unified Process(RUP)
Centrado na arquitetura
FACULDADE DOS GUARARAPES
Apresentação da compilação dos resultados das pesquisas.
Adélia Barros Requisitos Adélia Barros
O processo de coletar os requisitos (escopo do cliente)
Análise e Projeto de Sistemas
Implementação de Sistemas
TIPOS DE TESTES APLICÁVEIS E NÃO APLICÁVEIS AO PROJETO
TSDD Teste de segurança durante o desenvolvimento.
Gerenciamento de Requisitos com Casos de Uso
Princípios e Conceitos de Software(v2)
Classes e objetos Modelagem
Alunos: Artulanez Souza Iony Melo
ANÁLISE DE REQUISITOS DE ENGENHARIA DE SOFTWARE
RUP - Cap. 2 – Os 4 P’s (Pessoas, Projeto, Produto e Processo)
Desafios do desenvolvimento de software
Arquitetura Orientado a Serviços
Visão Geral PRO.NET.
Fundamentos de Engenharia de SW
Arquitetura de software
Fase de Elaboração: Fluxo de Requisitos
Gerenciamento do Escopo: principais conceitos
IEEE Std IEEE Melhores Práticas para Especificações de Requisitos de Software (ERS)
Metolodogia de Desenvolvimento de Data Warehouse
Arquitetura de Software Introdução
Prof. Kelly E. Medeiros Bacharel em Sistemas de Informação
Análise e Projeto de Sistemas
Análise e Desenvolvimento de Software
ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO
PSBD II Projeto de Sistemas de Banco de Dados II
Processo de Aquisição Adilson de Almeida Cezar Meriguetti
O Processo de desenvolvimento de software
GESTÃO DE PROJETOS DE MANUTENÇÃO
Teste de Software Conceitos iniciais.
Bruno Silva Desenvolvido a partir de
Engenharia de Software
INTRODUÇÃO A ESTRATÉGIA EMPRESARIAL Ph.D in Business Administration
O que é? É o processo de investigação técnica com intuito de identificar a qualidade, a segurança e a exatidão do software desenvolvido. A validação do.
RUP - Cap. 4 – Processo Centrado na Arquitetura
Engenharia de Software
GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE T.I
RUP - Cap. 3 – Processo Dirigido por Caso de Uso
Modelagem de Processos de Negócio
Técnicas e Projeto de Sistemas
Engenharia de Software
Gestão de projetos de Software GTI-16
UML e a Ferramenta Astah
Engenharia de Software
SISTEMA DE GESTÃO ERP Walison de Paula Silva.
Engenharia de Software
UML (Unified Modeling Language) Linguagem Unificada de Modelagem
Aula 02 de Eng. de Requisitos
Gestão de Projetos - aula 5: organização - Profª. Vilma Tupinambá, MsC
APSI II Análise e Projeto de Sistemas de Banco de Dados II.
RUP – Rational Unified Process Márcia Seabra Cabral Prof. Augusto Sampaio Centro de Informática - UFPE.
ISO9001:2000 para Software Professor: Alexandre Vasconcelos Equipe: Amanda Pimentel Börje Karlsson Danielly Karine Erika Pessoa Jorge Cavalcanti Jose Edson.
PROJETO SPICE ISO Integrantes: Erickson Balzaneli
Arquitetura de Software Introdução Por quê? O que? Como? Onde? e Quem? Thober Detofeno, Msc. Udesc 2015.
CMMI Capability Maturity Model Integration
O Processo Unificado (PU). 2 O que é o Processo Unificado (PU)? É um modelo de processo de software baseado no modelo incremental, visando a construção.
Transcrição da apresentação:

Arquitetura de Software Introdução Por quê? O que? Como? Onde? e Quem? Francilene Garcia Projeto em Computação I 2009.2

Síntese Arquitetura de software é o caminho para: conectar as metas de negócios ao que iremos construir obter alinhamento organizar a atividade de produção de código envolver as diferentes competências de um time Arquitetura está muito ligada à vantagem competitiva Arquitetura não se obtém facilmente: é um trabalho de design não trivial cada um tem um papel a desempenhar na sua criação é melhor construída por um time pequeno de “arquitetos” dedicados que dirigem o processo e tomas as decisões Arquitetura funciona como o “plano de vôo” do desenvolvimento. Ela deve facilitar o alcance da estratégia de negócio – torna-se a implementação técnica da estratégia de negócio.

Nós iremos construir um shopping? Aqui um exemplo de uma arquitetura base e seus requisitos. É só construir ela! Time 1 Lado Leste Time 2 Link A Time 3 Link B Time 4 Circular Time 5 Lado Sul Requisitos: estilo típico praça da alimentação central ...

Suponha o seguinte O Boulevard Shopping pretende construir uma nova área. Vários aspectos do novo negócio foram levantados pelos executivos. É chegado o momento de traçar os planos e prazos da nova construção. Eles pretendem uma construção rápida, pois vários lojistas estão à espera. Os construtores foram divididos em times. Ao time mais experiente foi entregue a tarefa de traçar a arquitetura do novo shopping. Cada parte da arquitetura foi entregue a um dos time para construção. O que foi obtido ao final?

Certo. Mas nós não entregamos modelos... No negócio software, nós entregamos código, e temos um certo desconforto em trabalhar com modelos. Porém, se olhamos para o negócio da construção civil, eles entregam “prédios” e não plantas e, não iniciam um novo projeto complexo sem começar por desenhos de tais estruturas físicas.

Nós construímos o shopping!

Construir uma arquitetura de software é similar... Na construção civil é lugar comum – sente-se a necessidade de plantas antes de se iniciar uma nova construção. Existem vários aspectos que se relacionam com integridade, integração entre equipes, consistência nos detalhes. Um plano de atividades é gerado, definindo uma sequência clara, incluindo aspectos de sua estrutura: entradas de luz, tolerância a ventos fortes, (em alguns casos) suportar movimentação de equipamentos pesados. Ou seja, existem condições típicas e atípicas a serem consideradas. O que resulta de uma arquitetura incompleta?

Adaptações na arquitetura... É muito fácil obter um “sistema espaguete”!

...as adaptações podem levar ao caos! Tudo começa com as primeiras decisões de cortes ou extensões na arquitetura, com a justificativa de melhor atender aos requisitos. Aumenta o número de ajustes e o acoplamento cresce a ponto de não se poder mais isolar os componentes. É assim que um sistema deve evoluir?

É a desintegração do sistema, não sua evolução!

Seria um problema do negócio Software? Um sistema típico de software é perecível, resultado de: incertezas no comportamento do sistema nas próximas release baixa qualidade difícil rastrear falhas difícil consertar bugs difícil alterar duro atender às mudanças custa mais, leva mais tempo Baixo reuso difícil isolar blocos para reuso blocos são muito específicos (orientados) problemas éticos perda de market share o concorrente é melhor não há retorno

A Arquitetura faz a diferença! Uma arquitetura é algo mais que um “rascunho desenhado” do sistema A arquitetura é alinhada a...

Conceitos chaves Decomposição do sistema Trade-offs de interesse Como eu quebro o sistema em partes? Tenho todas as partes necessárias? As partes se encaixam? Trade-offs de interesse Aspectos de qualidade mais abrangentes ou propriedades específicas do sistema (RNF e SLA) Relação entre os atributos de qualidade Integridade do sistema

Decomposição da arquitetura: as partes se encaixam? Ao atribuir essa tarefa para o melhor “engenheiro” do time, que entende de: Motor Transmissão Suspensão Etc Podemos construir o melhor carro?

Arquitetura deve ter foco nas “propriedades mais críticas primeiro” Ideia chave: a integridade do sistema não pode ser alcançada de forma bottom-up Você irá precisar de uma visão mais abrangente do sistema Analise os trade-offs existentes para assegurar que as propriedades críticas do sistema continuam sendo atendidas quando você o decompõe em partes Projete os mecanismos da arquitetura que endereçam as propriedades do sistema

Decisões Arquiteturais: Uma questão de escopo Quanto mais abrangente a decisão, menos erros podem ser inseridos! Diferencie decisões de design de decisões de implementação.

Ou seja... Se temos em mãos uma dada aplicação, todas as decisões que podem ser tomadas por projetistas de componentes ou desenvolvedores devem ser atribuídas a eles e não surgir como parte da arquitetura. Se o escopo da arquitetura é uma linha de produtos, então toda decisão referente a um dado produto deve constar, pelo menos, na arquitetura do produto se não for possível constar na arquitetura da linha de produtos. Qualquer decisão deve focar no impacto sobre o sistema – decisões arquiteturais devem focar nas propriedades de alto impacto nas áreas que estão altamente alinhadas com a estratégia do negócio.

Escopo das decisões arquiteturais: Exemplo do Reuso

Escopo das decisões arquiteturais: Exemplo do Reuso Quando focamos num dado produto, todas as decisões são orientadas para atender às demandas do respectivo cliente – o que torna tais componentes menos adequados para outros produtos. Ao construir arquiteturas devemos analisar os trade-offs de forma mais ampla, adequando-os aos sistemas globalmente. Decisões sobre propriedades individuais devem ser consideradas como parte da arquitetura do sistema como um todo.

Escopo das decisões arquiteturais: Impacto Baixo Impacto Alto Impacto Sistêmicas (escopo amplo) Não arquitetural Foco da decisão arquitetural Local Em geral, não arquitetural

Prioridades do sistema A atenção deve estar voltada para as áreas de alta prioridade e para os trade-offs entre elas: o negócio (estratégias, competências e recursos) o mercado (clientes, concorrentes e parceiros) tecnologia (desafios e oportunidades) riscos (investimentos em tecnologias e sistemas legados) desafios ao sucesso do sistema (desenvolvimento em si e do negócio)

Arquitetura de Software: Conceitos chaves Decomposição do sistema Trade-offs entre propriedades Integridade do sistema Alinhamento com o negócio Com a estratégia do negócio Com o ambiente do negócio Legado Cultura Evolução do sistema Vida longa! Esquema para a estratégia de implementação Lidar com as mudanças, inevitáveis!

Não esqueça! Decisão bottom-up  Estratégia bottom-up Pode ser um caminho muito arriscado! Nesse caso a estratégia real do negócio irá ser resultante das decisões dos desenvolvedores... Estratégia top-down: Estratégia do negócioEstratégia da arquiteturaEstratégia da implementação A estratégia do negócio é quem dirige a arquitetura, que é traduzida tecnicamente para suportar toda a evolução do desenvolvimento.

Por quê isto é tão importante? Permite que sejamos Mais produtivos Mais criativos Mais orientados por nossa estratégia De forma que podemos ser Mais flexíveis, dando retorno ágil aos ajustes necessários (mudanças) fazendo mais Ser um player dominante no mercado Estar no negócio, mesmo 5 anos mais tarde

O que é uma arquitetura? (definição formal) “arquitetura é a estrutura do sistema, que compreende: componentes ou partes da implementação as propriedades visíveis externamente desses componentes, e as relações entre eles.”

Arquitetura: componentes e relações Blocos (alto nível) do sistema Suporta Modularidade Separação de papéis Colaboração entre componentes Prover serviços (funcionalidades) Num dado nível de serviço (qualidades) Interface entre componentes Provê encapsulação, com pontos de acesso restritos Especificação dos componentes Define propriedades visíveis externamente Provê guias de utilização

Propriedades visíveis externamente: o propósito das interfaces Define os pontos de acesso aos componentes Facilita o plug-and-play entre componentes ameniza restrições entre clientes e provedores Serve como um contrato entre provedores de componentes e clientes Define externamente propriedades visíveis Uma interface bem definida Facilita o entendimento e compreensão do comportamento do componente e como ele é usado Aumenta a produtividade do desenvolvedor Foca na montagem e ligação entre componentes através de suas interfaces

Modelos de arquiteturas Ferramentas para apoiar a “criação” Explora alternativas e ideias (mais barato que prototipar ou tentar uma versão teste do sistema) Por exemplo, explorar as colaborações entre componentes para definir as operações da interface Documentam a arquitetura Descritiva ou explícita Auxilia na visualização do sistema

Visões da arquitetura Clientes diferentes apresentam diferentes informações sobre suas necessidades

Stakeholders da arquitetura Gerentes Arquitetos Desenvolvedores QA Suporte Marketing Usuários Tomadores de decisão (mercado) Administradores de sistemas

Visões da arquitetura Visão global do sistema Arquitetura Conceitual Diagramas arquiteturais, especificação informal de componentes Foco: identificação e alocação de responsabilidades entre componentes Visão global do sistema Arquitetura Lógica Atualiza os diagramas arquiteturais (apresentando as interfaces), especificação interface, especificação de componentes e guias de utilização Foco: design da interação, mecanismos e protocolos de conexão; provimento de info contextual para os usuários dos componentes Esquema para os desenvolv: preciso Sem ambigui-dade Arquitetura Execução Visão do Processo (via Diagramas de Colaboração) Foco: informa como se dará o comportamento do componente em tempo de execução, threads; como eles se comunicam; como os recursos físicos são alocados.

Endereçando trade-offs (re)Lembrando: arquitetura aborda a decomposição do sistema em componentes foco nas propriedades críticas do sistema e seus trade-offs Trade-offs devem ser endereçados Através de padrões arquiteturais Estrutura: componentes e interfaces Mecanismos: papéis dos componentes e padrões de interação Responsabilidades (atribuídas aos componentes) Comportamento expresso nas interações fluxo das interações

Visões da arquitetura Qualidades do sistema: encapsulação e separação de papéis Arquitetura Conceitual Diagramas arquiteturais, especificação informal de componentes Foco: identificação e alocação de responsabilidades entre componentes Arquitetura Lógica Atualiza os diagramas arquiteturais (apresentando as interfaces), especificação interface, especificação de componentes e guias de utilização Foco: design da interação, mecanismos e protocolos de conexão; provimento de info contextual para os usuários dos componentes Mecanismos e interações entre componentes Arquitetura Execução Visão do Processo (via Diagramas de Colaboração) Foco: informa como se dará o comportamento do componente em tempo de execução, threads; como eles se comunicam; como os recursos físicos são alocados. Topologia do sistema/recursos e concorrência

Processo de construção de uma arquitetura: Objetivos Criar uma arquitetura: BOA, tecnicamente válida e bem documentada CORRETA, satisfaz aos requisitos dos stakeholders De SUCESSO, como as utilizadas na construção civil

Processo de construção da arquitetura

Conclusão Uma arquitetura Boa, Correta e de Sucesso: Não aparece “do nada” É necessário: Planejar (tempo!) Documentar e seguir avaliando (não é algo estático) As vezes, joga-se fora e recomeça do zero Existe uma contribuição a ser dada por cada um de nós

Referências http://www.bredemeyer.com http://www.ewita.com http://www.extra.research.philips.com/natlab/sysarch/index.html