Marco Antônio Ribeiro Júnior

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
1º Seminário Catarinense sobre a Biodiversidade Vegetal
Advertisements

Biomas brasileiros.
Agricultura e Meio Ambiente
Unidade de Pesquisa do Governo Federal
Análise dos resultados do desmatamento obtidos pelo SIAD
PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA
BIOGEOGRAFIA Profª Marisa Dionísio.
Turma B: Adelina, Ana Carolina, Amélia,
Finalidade das UCs Unidades de Conservação da Natureza são espaços onde as atividades humanas são restritas e manejadas para garantir a conservação da.
BIOMAS BRASILEIROS.
NATUREZA E SOCIEDADE Curso de Formação Natureza e Sociedade: Orientações Curriculares e os Cadernos de Apoio e Aprendizagem 17/04/12.
André Quintão de Almeida Orientador: Alexandre Rosa dos Santos
BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO
BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS PARA DELINEAMENTO DE ECORREGIÕES AQUÁTICAS
IV UFRJ AMBIENTÁVEL - Rio de Janeiro 21 a 23 de Outubro de 2008 ECORREGIÃO XINGU-TAPAJÓS – PRINCIPAIS VETORES DO DESMATAMENTO NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA,
USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG)
Recuperação Trimestral de Geografia
Orientador: Mario Cohn-Haft, PHD Conferência LBA/GEOMA/PPBIO
Reserva de Biosfera Universidade Federal de Campina Grande
Pesquisas com dados existentes: análise de dados secundários, estudos suplementares e revisões sistemáticas.
Silvana Amaral Divisão de Processamento de Imagem – INPE
Polo Regional Leste Paulista – Monte Alegre do Sul /SP
Uniformização do ZEE da Amazônia Legal e Integração com Zoneamentos Agroecológicos da Região. Adriano Venturieri Brasília, 27 de março de 2009.
Escalas, padrões e processos.
DESERTIFICAÇÃO Informe Nacional Brasil
1Santana, M.R.O.; 2Costa Neto, S.V.; 3Santana. L.O.
Direitos de Propriedade, Desmatamento e Conflitos Rurais na Amazônia
Termo de Referência para contratação de diagnóstico ambiental para subsidiar a elaboração dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação Federais do.
PROCESSAMENTO DE IMAGENS DIGITAIS E SIG NA EVOLUÇÃO DO USO DO SOLO E VEGETAÇÃO NATURAL DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA ELEN FITTIPALDI BRASÍLIO CARREGA.
Programa do INPE de Monitoramento da Amazônia por Satélites
- População: cerca de 5 milhões de famílias / 25 milhões de pessoas;
Mudanças Climáticas Um desafio para as políticas públicas
TRABALHO DE METODOLOGIA CIENTÍFICA
CENÁRIOS PARA A AMAZÔNIA: USO DA TERRA, BIODOVERSIDADE E CLIMA
O uso de métricas da paisagem como indicador da dinâmica da paisagem no Estado do Pará entre 1986 e 2000 Autores: Suyá Quintslr – UFF Cláudio Bohrer –
Gestão de Projetos Ms. Karine R. de Souza
Programa Biota/fapesp
Biomas brasileiros.
Ministério da Ciência e Tecnologia Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais.
Introdução Modelagem da distribuição potencial de espécies Monitoramento da qualidade da água Prevenção de incêndios florestais.
Variabilidade de crescimento e idade das árvores da floresta Amazônia Simone Ap. Vieira; Diogo Selhorstb, Plínio B. De Camargoa, Niro Higuchic; Jeff Chambersd.
quentes/ G.jpg ALÉM DAS “SAMAMBAIAS”, QUANTAS ESPÉCIES SERÁ QUE EXISTEM NO PLANETA?
Potencial econômico das unidades de conservação na Amazônia brasileira como redutoras de emissões de carbono por desmatamento Julia Queiroz Carlos.
Translocação de fauna Grupo 2 Agosto Documento base Implementação de um empreendimento que prevê a supressão de uma grande área de vegetação nativa.
Monitoramento dos Biomas Brasileiros
BIOMAS BRASILEIROS.
CENÁRIOS PARA A AMAZÔNIA: USO DA TERRA, BIODOVERSIDADE E CLIMA
Plano Nacional de Logística de Transportes
BIOGEOGRAFIA.
A INFLUÊNCIA DO FENÔMENO EL NIÑO ( E ), EM 4 ESTADOS DA REGIÃO NORTE DO BRASIL. Andreza Carla A INFLUÊNCIA DO FENÔMENO EL NIÑO (
Problema 05 Grupo 02. EvidênciaCrítica Composição Florística semelhante Critério adequado, porém necessário relacionar outros fatores que não foram listados,
Alternativas para a recuperação de áreas degradadas na Amazônia
Ilhas de Alqueva: crónica de uma fragmentação anunciada
Monitoramento Automático de Parâmetros Hidrológicos na Bacia do Rio Purus, AM - HIDROPURUS - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos – CPTEC/INPE.
Biomas Brasileiros INTRODUÇÃO
REGIONALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
Floresta Nacional de Caxiuanã
O Ciclo de Vida da Pesquisa
Vera Lucia Reis, Inciativa MAP,
Problema 1 / Grupo 01 Espécies Ameaçadas. Que problema ambiental é foco deste trabalho? Qual foi a estratégia do trabalho para contribuir com sua solução?
Composição e interação entre os elementos da paisagem
Certificação e Auditoria
BIOMAS DO BRASIL.
Embrapa Monitoramento por Satélite / Indiana University-ACT
Myrian de Moura Abdon – INPE
Impactos econômicos das áreas de APP e Reserva Legal nas propriedades agrícolas familiares do Estado de São Paulo. Érica Silva Mendonça Eng. Florestal,
Amazônia: domínio natural do norte da América do Sul cuja área abrange, além do Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e.
Rede Temática de Modelagem Ambiental da Amazônia INPA, MPEG, LNCC, INPE, INPA, CBPF, Mamirauá Apresentação para MCT Fevereiro de 2003.
Severino Ribeiro Aurélio Padovezi Ludmila Pugliese.
MODELAGENS DE Distribuição DA UVAIA
Transcrição da apresentação:

Fauna de Lagartos da Amazônia brasileira: Diversidade, Biogeografia e Conservação. Marco Antônio Ribeiro Júnior Orientadora: Dra Teresa Cristina Sauer de Ávila Pires Co-orientadora: Dra Silvana Amaral Início: nov-2008 Término: out-2012 Belém - 2010

Introdução Amazônia

Introdução Vitt (1996) – distribuição e composição . Rodrigues (2005) – maior riqueza de espécies, taxonomia alfa. Leposoma sp.

Introdução Ávila-Pires (1995) – 89 spp. 5 de ambas formações 13 de formações abertas 69 de formações florestais

Introdução Ávila-Pires (1995) Ampla Guianas

Introdução Sudoeste Oeste

Introdução Leste Norte

Introdução PAE - (sudoeste (oeste (sudeste (leste das Guianas – oeste das Guianas))))

Introdução OG RO SW W SE EGui WGui SE OG RO SW W EGui WGui OG RO SW W SE EGui WGui Ávila-Pires (1995) – i) leste-oeste; ii) guianas distinta do leste; iii) Rondônia como área composta, apresentando afinidades com as diferentes regiões analisadas. Ávila-Pires (1995) e Ávila-Pires et al. (2007): Várias lacunas de informação.

Introdução Relação histórica ‘ Lagartos Distribuem e interagem Sub-regiões Amazônicas POLÍTICA EFICAZ DE CONSERVAÇÃO

Objetivo Geral Investigar os padrões de diversidade e distribuição da fauna de lagartos da Amazônia brasileira, interpretando a relação histórica evolutiva das diferentes sub-regiões encontradas, formulando hipóteses biogeográficas sobre os processos de diversificação e estruturação da fauna de lagartos no bioma.

III - Padrões Gerais de Distribuição QUATRO SUBPROJETOS I - Diversidade II - Modelagem III - Padrões Gerais de Distribuição IV - Conservação

SUBPROJETO I Diversidade de lagartos da Amazônia brasileira – Base de Dados e Análise Preliminar

Introdução Ávila-Pires et al. (2007) : *130 spp. de lagartos Miralles & Carranza (2010) Ávila-Pires et al. (2007) : *130 spp. de lagartos *94 spp. no Brasil *80% endêmicas Pouco conhecida, com novas descrições e registros. Vários trabalhos – diversidade críptica

Introdução Em contrapartida: *Crescente esforço de investigação. *Coleções científicas regionais. Portanto... atualização do conhecimento da biodiversidade, avaliada de forma criteriosa.

Objetivos 2.2.1) Levantar quais espécies de lagartos ocorrem na Amazônia brasileira; 2.2.2) classificar cada espécie quanto ao hábitat (tipo de vegetação encontrada), assim como no contexto macrogeográfico (formação aberta, florestal ou ambas); 2.2.3) elaborar um mapa pontual de distribuição para cada espécie de lagarto, considerando sua ampla distribuição; 2.2.4) analisar a representatividade das amostras de lagartos existentes em coleções científicas e a distribuição do esforço de investigação no bioma.

Metodologia 3.1) Obtenção da base de dados +

Metodologia 3.2) Análise preliminar dos dados biológicos IBGE (http://mapas.ibge.gov.br/vegetacao/viewer.htm). Lista comentada e atualizada dos lagartos da Amazônia, sua distribuição dentro do bioma e o hábitat.

Metodologia 3.3) Análise do esforço de investigação da fauna de lagartos no bioma Distribuição do esforço de pesquisa Cada localidade/espécies encontradas sp. – ano – hábitat

SUBPROJETO II Distribuição potencial dos lagartos da Amazônia brasileira, com base em modelagem

Fatores ambientais controlam a distribuição das espécies. Introdução Padrões de distribuição da diversidade ‘ ‘ Planejamento do uso da terra Conservação de áreas Modelagem preditiva Fatores ambientais controlam a distribuição das espécies. Diversidade desses fatores - melhores amplitudes de condição para uma presença estável do táxon.

Introdução Extrema importância para áreas remotas, muito vastas ou de acesso restrito (paisagens tropicais): * dados biogeográficos são mais escassos (amostras com poucos pontos de ocorrência); * falta de localização exata de espécimes mais antigos tombados nos museus. Portanto... construção modelo preditivo da ocorrência das espécies de lagartos identificando os fatores ambientais que se relacionam com a presença destas espécies a sua provável área de distribuição.

Objetivos  3.2.1) Modelar a distribuição dos lagartos na Amazônia brasileira, identificando as áreas de possível ocorrência das espécies; 3.2.2) validar e melhorar o modelo (expedições e/ou coleções); 3.2.3) obter um mapa de distribuição potencial de lagartos da Amazônia brasileira.

Metodologia 3.1) Táxon verificado e coordenadas geográficas 3.2) Combinação de variáveis ambientais a) temperatura mínima, b) temperatura máxima, c) precipitação mínima, d) precipitação máxima, e) solos, f) altitude, g) geomorfologia, h) hand, i) *vegetação. Efeito indireto Efeito direto evolutivo Efeito direto ecológico 3.3) Através do programa Maxent...

Metodologia 3.4) Será gerada uma estimativa da contribuição relativa de cada variável ambiental para a obtenção do modelo (% de contribuição). 3.5) Teste Jackknife ou importância da variável, medirá o peso que cada variável representou no modelo final.

Metodologia 3.6) Identificação das áreas onde há a maior deficiência de informação para o grupo.   3.7) Validação do modelo (estudos de campo/material de coleções). 3.8) Reavaliação e aprimoramento do modelo ecológico, com a elaboração de novos mapas preditivos.

Padrões de Distribuição em Lagartos da Amazônia brasileira SUBPROJETO III Padrões de Distribuição em Lagartos da Amazônia brasileira

Introdução Hipóteses biogeográficas: * Eventos paleoclimáticos do Quaternário – bastante questionada. * Mudanças no relevo durante o Terciário – cladogênese no Cerrado brasileiro e áreas limítrofes. Contudo, pouco se sabe realmente como essas hipóteses poderiam ter influenciado na composição faunística da Amazônia. Ainda mais se tratando de uma escala regional.

Introdução

Introdução Portanto... documentar os padrões de distribuição dos lagartos, interpretando como ocorreu a evolução e estruturação das comunidades presentes nas sub-regiões.

Objetivos 4.2.1) Investigar como varia a diversidade de lagartos dentro da Amazônia brasileira, observando se há formação de áreas com grupos faunísticos distintos e padrões de distribuição numa escala regional; 4.2.2) propor hipóteses de relacionamento entre áreas com diferentes grupos faunísticos que venham a ser identificadas; 4.2.3) analisar quais fatores ambientais poderiam explicar, e em que proporção, as variações e padrões observados; 4.2.4) analisar como os padrões observados dentro da Amazônia se relacionam com a história evolutiva da região

Metodologia 3.1) A base de dados sobre riqueza e composição - subprojetos I e II 3.2) Padrões de distribuição geográfica: Sobreposição da distribuição de todas as espécies encontradas no bioma. 3.3) Análise de parcimônia de endemismos (PAE - PAUP v. 4.0b10): A presença de uma determinada espécie - evidência de uma história biogeográfica em comum . Localidades – spp. – presença/ausência Índice de suporte de Bremer - suporte dos ramos

Metodologia 3.4) Formular hipóteses do contexto evolutivo do cenário biogeográfico encontrado através da associação: associação dos padrões com fatores ambientais cenários reconstruídos filogenias datadas similaridade entre as áreas OG RO SW W SE EGui WGui

SUBPROJETO IV Eficiência do sistema de Unidades de Conservação da Amazônia brasileira

Introdução Conversão de florestas tropicais em pastagens e áreas cultivadas – ameaças a biodiversidade. Laurance et al. (2004) - desde a década de 80, perda de 1,8 milhões de hectares da sua cobertura vegetal. * Crescente esforço na implementação de Unidades de Conservação.

Introdução Margules & Pressey (2000) - procedimentos básicos para o planejamento de um sistema de unidades de conservação que seja eficiente: i) levantamento bibliográfico sobre a biodiversidade na região; ii) identificar os critérios para o planejamento das unidades de conservação (fitofisionomias e composição faunística); iii) rever as unidades de conservação já criadas na região; iv) selecionar novas áreas para conservação, pensando no sistema já existente; v) implementar ações de conservação, melhor gerenciamento de cada área; vi) monitorar os indicadores-chave do gerenciamento ou zoneamento. *** Contudo...

Introdução Além da falta de conhecimento - pressão da destruição marginal. Pedlowski et al. (2005) - associadas todas as pressões de destruição, muitas unidades de conservação tem uma taxa de desmatamento anual crescente.

Introdução Em um estudo de caso - Floresta Nacional de Bom Futuro (RO). Portanto... avaliar a eficiência do desenho de unidades de conservação da Amazônia brasileira para o grupo de lagartos.

Objetivos 4.2.1) Identificar quantas e quais espécies ocorrem dentro de unidades de conservação já existentes, ou estariam completamente desprotegidas no bioma; 4.2.2) elaborar um desenho estrutural de propostas de novas UC, ou ampliações, que consiga englobar as espécies ainda não protegidas, caso sejam encontradas; 4.2.3) levantar quais as principais ameaças à perda de hábitat.

Metodologia 4.3.1) Mapas de distribuição potencial das espécies (Subprojeto II) darão origem aos mapas determinando as áreas de alta relevância para a conservação das espécies. 4.3.2) Áreas mais relevantes para cada espécie - seleção dos hexágonos com valores médios > 70% de probabilidade de ocorrência de cada uma das espécies. 4.3.5) As áreas de alta relevância - critério de complementaridade.

Metodologia 4.3.6) Comparação entre as áreas obtidas e desenho existente. 4.3.7) Levantamento das principais ameaças à perda de habitat.

Cronograma 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano Subprojeto I X Subprojeto II Subprojeto III Subprojeto IV Qualificação Defesa

O que já foi feito... * 1º ano de doutorado – Rondônia. * Expedições de campo: Norte da ilha do Marajó (Afuá), Sudoeste de Oriximiná, Sul do estado do Amapá, Região de Novo Progresso, Região do médio/baixo Xingu. * 2º ano: Visitas ao MZUSP e INPE. * 3º ano: visitas ao MCZ, AMNH, NMNH. Coleções regionais: AC, AP, AM, SW Pará, MA, MT, RO.

Exemplares analisados Cerca de 46.220 Famílias 10 Tombados Cerca de 100.000 Exemplares analisados Cerca de 46.220 Famílias 10 Táxons com distribuição no Brasil 117 Táxons que não ocorrem no Brasil 12 Erros de identificação Cerca de 5.000 10.80% Ausência de identificação Suriname 1 Guiana Francesa Guiana 4 Bolívia 5 Venezuela Colômbia 11 Peru 12

Tombados Cerca de 29.000 Exemplares analisados Cerca de 13.866 Famílias 8 Táxons com distribuição no Brasil 68 Táxons que não ocorrem no Brasil 2 Erros de identificação 847 6.10% Ausência de identificação 7.008 24.20% Localidades fora do Brasil 7

Sumário do material analisado : *Museu Goeldi e Museu da USP *Cerca de 60.000 lagartos *117 espécies *Quantidade máxima de localidades por sp.: em torno de 200 No momento : *Organização do banco de dados *Início das análises

Anolis auratus

Kentropyx altamazonica

OBRIGADO pela atenção e presença!