Aceleradores de Partículas ? Raphael Liguori Neto Abril 2006.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Processos eletrofracos de corrente carregada em altas energias (*)
Advertisements

Explorando Partículas
O Plasma de Quarks e Gluons
FíSICA DE PARTíCULAS A ALTAS ENERGIAS
Física de Aceleradores
Universidade Federal de Rondônia Campus Ji-Paraná
Física Moderna Do Átomo ao LHC
Laudo Barbosa (07 de Novembro, 2006)
Teoria atômica da matéria
R A D I O A T I V I D A D E (I) Prof. Luiz Antônio Tomaz
Curso de Pós- Graduação em Física
QUÍMICA GERAL ESTRUTURA ATÔMICA Prof. Sérgio Pezzin.
RADIAÇÕES UTILIZADAS em outubro de 2010.
PARTÍCULAS ELEMENTARES
Conceitos básicos sobre Radiação
“Instrumentação para a Física de Partículas e Altas Energias”
CiÊNCIA E TECNOLOGIA Colisões.
2012 EDITION.
Radiação.
Os aceleradores e detectores de partículas
FÍSICA MODERNA 1 IVAN SANTOS. EFEITO FOTOELÉTRICO O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons por um material metálico, quando exposto a um tipo de.
Radiação Fukushima.
Reconstruindo jatos no experimento LHCb
Final do Século XIX Professor Leonardo
SPRACE Centro Regional de Análise de São Paulo.  Do que o mundo é feito: As partículas e suas interações  Explorando o mundo subatômico: Aceleradores.
SPRACE Centro Regional de Análise de São Paulo
Final do Século XIX Professor Leonardo
Topicos Especiais em Física – Física Nuclear Prof. Dr. Arturo R. Samana Semestre:
Radiação e Seus Riscos à Saúde no Ambiente de Trabalho
Diagrama de Linus Pauling
Aula-8 Fótons e ondas de matéria III
Colisões.
Questão 01: Em um terminal de cargas, uma esteira rolante é utilizada para transportar caixas iguais, de massa M = 80 Kg, com centros igualmente espaçados.
O átomo nuclear de Rutherford
Noções de Física Nuclear
Marcelo Polonio Muler Rodrigo Tosetto
Introdução à Radiação Eletromagnética
Teorias, modelos atômicos e estrutura atômica dos átomos:
Diferença entre modelo atômicos: Dalton, tompson e rutheford.
Carga do elétron: experimento de Millikan
CORRENTE E RESISTÊNCIA
Aula-10 Mais Ondas de Matéria II
O Modelo Atômico de Bohr
Campo Magnético Universidade Estadual do Piauí Campus Parnaíba
Os Modelos Atômicos.
FÍSICA DE PARTÍCULAS PROFESSOR: DEMETRIUS SÉRIE: 3º ANO
Não investir no ensino de Ciências equivale a investir na pobreza intelectual e material, e é um luxo que não podemos nos dar. A Ciência é uma arma carregada.
MODELOS ATÔMICOS Profa. Carla.
Marcelo G. Munhoz Setembro, 2006
CURSO DE RADIOPROTEÇÃO
Astrofísica Nuclear Taxa de ocorrência das reações
Definições e características gerais de reações termonucleares
Laudo Barbosa (06 de Novembro, 2006)
A experiência de Rutherford.
Medida da massa e da largura do quark top Manuel Fonseca e Silva
Cinemática das Colisões Nucleares
Física Experimental III – aula 7
O UNIVERSO INVISIVEL. Edwin Hubble (1889 – 1953) O Universo em expansão.
Os novos constituintes da matéria
Aceleradores em Física de Partículas Luis Peralta FCUL e LIP.
TEO 5:INTRODUÇÃO A RADIOPROTEÇÃO
Interação da radiação com a matéria
AS RADIAÇÕES NUCLEARES 4 AULA
FÍSICA -1 C ELETRICIDADE PETTERSON DIAS DA SILVA (PETTER)
Eletromagnetismo – Aula 4
O NÚCLEO ATÔMICO O Núcleo e Sua Estrutura Isótopos
 Radioatividade  A radioatividade é definida como a capacidade que alguns elementos fisicamente instáveis possuem de emitir energia sob forma de partículas.
Fundamentos da técnica PIXE Técnica PIXE Parâmetros importantes produção detecção Medidas realizadas.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA SUBPROGRAMA PIBID/FÍSICA O MODELO PADRÃO DA FÍSICA.
Corrente elétrica Física – 3º ano - IEV.
Transcrição da apresentação:

Aceleradores de Partículas ? Raphael Liguori Neto Abril 2006

Interação da radiação com a matéria Raphael Liguori Neto

Aceleradores de Partículas Raphael Liguori Neto Abril 2006

“Porque fazemos a Física que fazemos” Seminários Anteriores Introdução à Física Nuclear - Alejandro Introdução à Física de Partículas - Marina Introdução à Física Nuclear de Altas Energias - Alexandre Introdução à Astrofísica Nuclear – Marcelo Introdução à Biofísica Nuclear - Nelson “Porque fazemos a Física que fazemos” Próximos Seminários e Atividades Aceleradores de Partículas - Raphael Detetores de Partículas - Marcia Análise de Dados em Física Nuclear - Alexandre Atividade Prática Apresentação dos Alunos “Como fazemos a Física que fazemos”

Através do estudo da colisão entre partículas (nucleons ou núcleos) Como fazemos? Através do estudo da colisão entre partículas (nucleons ou núcleos)

depois antes A A A a A A Reações diretas (rápidas)

a A antes depois N.C A+a N.C´ A+x F1 F2 Fusão completa N.C´ A+x F1 F2 Fusão Incompleta Fissão Processos estatísticos (lentos)

Evento Periférico

Evento Central

Utilizando aceleradores para Mas como fazemos mesmo? Utilizando aceleradores para 1) produzir feixes de partículas (elétrons, prótons e núcleos) numa ampla margem de energias (desde alguns MeV até dezenas de TeV, que serão uti- lizados para investigar as estruturas subatômicas dos núcleos e nucleons. Quanto menor o comprimento de onda da partícula (l= h/p), maior deverá ser o momento (energia) da mesma. 2) gerar novas partículas e novos estados da matéria, visto que a energia ciné- tica das partículas aceleradas pode ser convertida em energia de ligação para criar núcleos mais pesados ou mesmo novas partículas (E=mc2).

Tipos de Aceleradores Unidade de energia => elétron-Volt Aceleradores Eletrostáticos: O mais simples dos aceleradores, que utiliza o campo elétrostático gerado por uma diferença de potencial para acelerar partículas carregadas. F=qE e E=V/d. Unidade de energia => elétron-Volt e- 0V 1V Para um elétron de 1 eV => v/c= 0,002 Exemplos: Gerador Van de Graaff, Tandems e Pelletrons. Limite: 30-40 MeV para prótons.

Outras definições e conceitos 1) Energia - Unidade no SI - Joule (J) Física Nuclear e Partículas - eV (MeV, GeV) 1 MeV => 1,6x10-13 J Feixe de 16O com 64 MeV de Energia => v/c ~ 0,089 (RHIC – 197Au - E~200 GeV/n => v/c =0.99995) 2) Secção de Choque – medida da probabilidade para cada tipo de interação b R Visão Clássica s=pR2 (Secção de choque geométrica) [s]=Área E a Quântica? Embora a visão geométrica não seja correta o conceito de secção de choque permanece Valores típicos de s :10-16 cm2(atômico) 10-26 cm2 (nuclear) A secção de choque depende fortemente da energia :s=s(E) (1 barn =10-24 cm2)

Secção de choque diferencial detetor Márcia – 04/05

O que medimos Número de partículas do alvo por unidade de área Ângulo sólido Número de partículas do feixe

Valores Típicos Alvo de Ouro de espessura t=2,5x10-6 cm; r=19,3 g/cm3 M=197 e N0=6,02x1023 => NA=1,5x1017 átomos/cm2 Feixe de 16O estado de carga Z=8 ; corrente 10 nA, T=1 s => NF=8x109 Ângulo sólido DW=10-4 rad e ds/dW=10 b (=10-23 cm2) Y=1 , ou seja, serão detetadas 1 partícula por segundo!

Elementos Básicos de um Acelerador Elementos ópticos Fonte de íons Cavidade de Aceleração Controle e Aquisição de dados Área Experimental

Pelletrons +++++ +++++ 0V Tensão Terminal Partic. Neg. Partic. Pos. Stripper

Cyclotrons e Betatrons Devido à dificuldade de manter altas tensões, Ernest Lawrence sugeriu utilizar um campo magnético para curvar a trajetória das partículas e variar a polaridade do campo Elétrico para a cada semi-rotação das partículas, estas sejam aceleradas gradativamente.

Aceleradores Lineares (Linacs) Partículas são aceleradas por campos eletro-magnéticos gerados em cavidades ressonantes de alta frequência. Electron Linacs. Stanford 3 Km que produz elétrons de até 20 GeV. Proton Linacs. Los Alamos tem um Linac de prótons de até 800 MeV. Heavy Nucleus Linacs. LAFN-IF/USP

Synchrotrons Partículas são aceleradas em cavidades rf como no caso dos Linacs, porém, o feixe é mantido em uma trajetória circular de forma que as partículas sofram aumento de energia a cada volta. Dipolos magnéticos são utilizados para curvar o feixe de partículas e quadrupolos são utilizados para manter o mesmo colimado. Synchrotrons podem acelerar elétrons, prótons e nucleos mais pesados. Synchrotrons de elétrons emitem grande quantidade de fótons de baixo comprimento de onda, conhecido como radiação de luz sínchroton. Exemplo: LNLS em Campinas SP

Colliders O preço que se paga para trabalhar no referencial do laboratório é muito grande. Experimentos de alvo fixo perdem muita energia devido ao movimento do centro de massa. No caso de colliders, com feixes de mesma massa, o CM é fixo, e toda energia dos feixes é convertido para a reação. Por exemplo, a colisão de 2 feixes de prótons a 21.6 GeV corresponde a um experimento de alvo fixo com feixe de 1 TeV.

Super Colliders Se utiliza de todas as tecnologias para acelerar as partículas.

Alguns dos principais aceleradores KEK Synchroton de protons e de elétrons. Com larga produção de B-mésons. Em conjunto com o Super Kamiokande, investigam a mssa do neutrino. LNLS Laboratório Nascional de Luz Sínchroton em Campinas com energia de operação de 1.37 GeV. LAFN Laboratório Aberto de Física Nuclear-IF/USP. Tandem de 8MeV + Linac. Importantes estudos nas áreas de física nuclear de baixa e média energia. DASY Dois aceleradores: HERA e PETRA que colidem elétrons com prótons. No PETRA foi confirmado a existência do Glúon. CERN LHC: Large Hadrons Collider. LEP: Large Electron-Positron Collider. SpS: Super Proton Synchroton. Descoberta dos bósons W e Z e onde iniciou a Internet. BNL (NY) Collider com 2 feixes de núcleos variados (Au) com colisões de até 40 TeV . Em 1974 efetuou se a descoberta do quark charm com a medida da partícula J/Y, juntamente com SLAC. FERMILAB Collider com 2 feixes de prótons e antiprótons onde se descobriram os quarks top, bottom e o neutrino tau. SLAC Acelerador linear que acelera elétrons e pósitrons para variadas aplicações. Participou da descoberta do quark charm e também do lepton tau.