1- TEOLOGIA DA ESPERANÇA

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Transcrição da apresentação:

1- TEOLOGIA DA ESPERANÇA A teologia da esperança é uma resposta ao contexto dos anos 60:Em resposta às guerras e aos sistemas totalitários e a ausência de respostas para o problema do mal novas reivindicações emergem: Novas formas de vida social; Liberdade do indivíduo; Paz mundial; Secularização rápida; Declínio moral; Desencanto com a teologia ortodoxa.

2- O QUE É TEOLOGIA DA ESPERANÇA? Teologia que floresce num contexto de desesperança. É a teologia que enxerga na escatologia o remédio para o caos. Alguns se referem a teologia da esperança como o “ateísmo do protesto”. Teologia que traz o conceito de Deus não à luz do passado, mas na perspectiva de futuro; Uma tentativa de apresentar Deus em meio ao caos. Precursores: Jurgen Moltmann (“Estudar teologia para buscar respostas para a vida”); Wolfhart Pannenberg; Carl Braaten.

3- OS POSTULADOS DA TEOLOGIA DA ESPERANÇA Deus está sujeito ao processo temporal. Neste processo, Deus não é plenamente Deus, porque ele é parte do tempo que avança para o futuro. Para Moltmann, o futuro é a natureza essencial de Deus. Deus não revela quem ele é, e sim quem ele será no futuro. Desta forma, Deus está presente apenas em suas promessas. Deus está presente na esperança. Todas as afirmações que fazemos sobre Deus, são produto da esperança. Deus será Deus quando cumprir suas promessas e com isso estabelecer o seu reino. Deus não é absoluto; ele está determinado pelo futuro. Segundo Moltmann, Deus entrou no tempo, e consequentemente o futuro se tornou algo desconhecido tanto para o homem como para Deus. Para Moltmann, a questão da historicidade da ressurreição corporal de Jesus não é válida. Para Moltmann não devemos olhar desde o Calvário para a Nova Jerusalém, e sim olhar o nosso futuro ilimitado para o Calvário.

3.1- OS POSTULADOS DA TEOLOGIA DA ESPERANÇA Afirma-se tradicionalmente que a ressurreição de Cristo é a base histórica da ressurreição final. Moltmann porém diria que a ressurreição final é a base da ressurreição de Jesus. Moltmann diz que o homem não deve olhá-lo passivamente; ele deve participar ativamente na sociedade. A tarefa da igreja não é apenas se informar sobre o passado para mudar o futuro. É também “pregar o Evangelho de tal forma que o futuro se apodere do indivíduo e lhe impulsione a agir de modo concreto para mudar o seu próprio futuro. O presente em si mesmo não é importante. O importante é que o futuro se apodere da pessoa no presente”. Para que o futuro se realize na sociedade, as categorias do passado devem ser descartadas, pois não existem formas ou categorias fixas no mundo. O futuro significa liberdade e liberdade é relatividade. A questão não é a violência em si, e sim se o uso da violência foi justificado ou injustificado. Essa tendência pragmática em que os fins justificam os meios é uma tendência muito forte dentro da Teologia da Esperança.

4-OBJEÇÕES À TEOLOGIA DA ESPERANÇA Moltmann rejeitou todo o conceito objetivo da história. Se por um lado a dialética de Barth acabou com a possibilidade da relação entre história e fé, a teologia de Moltmann destruiu até mesmo a possibilidade de haver história. O primeiro livro de Moltmann, “Teologia da Esperança” nasceu de um dialogo com o ateu alemão Ernst Bloch, e quando lemos o seu segundo livro, vemos que nesse intercâmbio, Moltmann assimilou muitas idéias de Bloch. A idéia que Moltmann tem da escatologia é de uma teologia centralizada no homem, em um homem que observa o futuro e age na sociedade. A meta do futuro de Moltmann não é a plena manifestação da glória de Cristo; ela é a edificação da utopia na terra. Para ele, o Reino de Deus se introduz na terra por meio da política e da revolução. Para Moltmann, o reino é também uma realidade terrena e tangível. Para ele o Reino de Deus, é trazido por meio da revolução. Quanto ao conceito de Deus, ele não admitia nenhum Deus eterno ou infinito. Ao entrar no tempo, segundo ele, Deus se tornou finito e aberto a um futuro desconhecido.

5- SUMÁRIO DA TEOLOGIA DA ESPERANÇA Mais importante que doutrina correta é a doutrina concreta; Menos teoria, mais prática; Não busca uma interpretação do mundo, mas meios de transformá-lo; A realidade não é um sistema predeterminado ou contido em si mesmo, que funciona através da causa e efeito; As respostas para o presente não são tiradas das revelações passadas, mas nas do porvir; A Bíblia não é a revelação de Deus, mas é testemunha da história de promessas de Deus.