Em 2014, o mundo tem um califado islâmico.

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Transcrição da apresentação:

Em 2014, o mundo tem um califado islâmico. ORIENTE MÉDIO Em 2014, o mundo tem um califado islâmico.

Em 2014, o mundo tem um califado islâmico. Como isso foi possível? No Iraque e na Síria surge o resultado mais extremo do ciclo de violência, pobreza e autoritarismo existente no Oriente Médio http://www.cartacapital.com.br/internacional/em-2014-o-mundo-tem-um-califado-islamico-como-isso-foi-possivel-5045.html

O que é um califado? Depois da morte do profeta Maomé, em 632, seus seguidores concordaram com a criação do califado, que significa sucessão em árabe, como um novo sistema de governo. O califa é literalmente o sucessor do profeta como chefe da nação e líder da 'umma', comunidade de muçulmanos, e tem o poder de aplicar a lei islâmica (sharia) na terra do Islã.

Entenda o que é um califado Jihadistas sunitas proclamaram criação de um califado entre Iraque e Síria. Termo significa sucessão em árabe, como um novo sistema de governo. Os jihadistas sunitas que proclamaram a criação de um califado nas zonas conquistadas do Iraque e Síria se apresentam como herdeiros de um regime que existiu da época do profeta Maomé até um século atrás. O Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que a partir de agora se chama Estado Islâmico (EI), pediu a todos os muçulmanos que jurem lealdade a seu chefe, proclamado califa, o que representa uma ameaça para o papel da Al-Qaeda na causa jihadista mundial.

A origem Com o Estado iraquiano falido, o país virou polo atrativo para jihadistas do mundo todo e inúmeros grupos militantes passaram a ter mais liberdade para agir. Neste período, cresceu a violência entre a minoria sunita, que até então estava no poder por meio de Saddam Hussein, a maioria xiita, oprimida pelo ditador, e os curdos, também reprimidos. O braço iraquiano da Al-Qaeda se notabilizou pelos métodos intensamente violentos empregados na guerra civil ocorrida no Iraque em 2006 e 2007. Sob a coordenação dos EUA, diversas tribos iraquianas se engajaram no que ficou conhecido como Despertar Sunita, e passaram a combater a Al-Qaeda no Iraque ao lado das tropas regulares iraquianas e das forças ocidentais. A campanha resultou no recuo da Al-Qaeda e em uma importante, mas não definitiva, redução na violência sectária no país.

A questão síria A chamada Primavera Árabe mudou os planos. Assim como na Tunísia e no Egito, a Síria teve, a partir de março de 2011, inúmeras manifestações populares contra o regime de Bashar al-Assad. O ditador alegava que não eram manifestações legítimas, mas promovidas por terroristas. Assad estava errado, mas logo ficou claro que sua profecia era autorrealizável. A repressão promovida por ele, em conjunto o financiamento de milícias anti-Assad pelos países do Golfo Pérsico, fez a Síria tomar do Iraque o posto de polo atrativo de jihadistas.

Como surgiu o EIIL? O EIIL surgiu a partir do Estado Islâmico no Iraque (EII), o braço iraquiano da Al-Qaeda dirigido por Abu Bakr al-Bagdadi. Em abril de 2013, Bagdadi anunciou que o Estado Islâmico do Iraque e a Frente Al-Nosra, um grupo jihadista presente na Síria, se fundiriam para se converter no Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL). A campanha do EIIL, que tomou partes do Iraque, é ajudada por sunitas descontentes com o governo do presidente alauíta da Síria, Bashar Al-Assad, e com a administração xiita iraquiana - dois estados cujas fronteiras foram desenhadas por França e Inglaterra após a Primeira Guerra Mundial. O objetivo é criar um califado entre os dois países baseado na lei islâmica, a Sharia.

A campanha do EIIL, que tomou partes do Iraque, é ajudada por sunitas descontentes com o governo do presidente alauíta da Síria, Bashar Al-Assad, e com a administração xiita iraquiana - dois estados cujas fronteiras foram desenhadas por França e Inglaterra após a Primeira Guerra Mundial. O objetivo é criar um califado entre os dois países baseado na lei islâmica, a Sharia.

Hoje, o ISIS tem uma atuação transnacional Hoje, o ISIS tem uma atuação transnacional. Atua tanto no Iraque quanto na Síria, e vem registrando inúmeros ganhos territoriais. No Iraque, o principal foco de violência é a província de Anbar, no oeste do país. Líderes tribais sunitas, abandonados pelo governo do xiita Nouri al-Maliki após o Despertar Sunita, combatem o governo central com a alegação de que são marginalizados. Ao lado deles, mas com uma causa global, está o ISIS. Melhor armado e preparado, o grupo tem tomado várias cidades iraquianas, sendo a principal delas Fallujah, que desde janeiro segue sob domínio dos extremistas. Em seu caminho, o ISIS deixa um rastro de violência extrema, que inclui execuções em massa e até mesmo crucificações.

ISIS

Na Síria, o ISIS combate tanto o governo Assad quanto outras milícias sunitas que lutam para destituir o regime sírio. Parece um contrassenso, mas, pelo ponto de vista de Abu Bakr al-Baghdadi, não é. Como sua causa é global, o ISIS busca firmar seu domínio sobre os jihadistas de todos os tipos. Prefere, assim, atacar agora outros extremistas e deixar a batalha contra Assad para o futuro. Graças a esta estratégia, o ISIS entrou em confronto a Frente al-Nusra e com a liderança global da Al-Qaeda.

ATUALIDADES Prof. GROTH

A intervenção americana no Iraque tem relação o que está acontecendo? A invasão do Iraque e consequente derrubada de Saddam Hussein fez com que se instalasse um governo controlado pelos xiitas. Com isso, os sunitas perderam poder. Insatisfeitos, começaram a protestar pacificamente em 2012, mas poucas concessões foram feitas, porque os xiitas acreditavam que se tratavam não de pedidos de reforma, mas de uma busca por retomar o poder. Marginalizados, os cerca de 5 milhões de sunitas iraquianos começaram a ver de forma mais simpática as ações armadas do EIIL.

O Estado Islâmico do Iraque e da Síria, conhecido pelo acrônimo ISIS, é uma herança da desastrosa ocupação do Iraque liderada pelos Estados Unidos em 2003. Uma das falsas alegações da administração George W. Bush para invadir o Iraque era a suposta ligação entre o regime de Saddam Hussein e a Al-Qaeda. Essa conexão jamais existiu, mas a organização terrorista de Osama bin Laden eventualmente se instalou no país, graças ao vácuo administrativo e de segurança provocado pela política americana de desmantelar o Exército montado por Saddam Hussein e dissolver o Baath, partido que o sustentava no poder.

Os EUA podem voltar a ocupar o Iraque? Os Estados Unidos afirmaram que estão enviando em caráter de urgência centenas de soldados ao país e que poderiam realizar ataques aéreos - e até agir em conjunto com o inimigo Irã - para apoiar o governo iraquiano. Se houver, a ação conjunta será algo inédito desde a revolução iraniana de 1979 - e demonstra a urgência e a preocupação com o avanço da insurgência radical. O presidente Barack Obama foi o responsável pela saída das tropas americanas do Iraque em 2011, e resiste em enviá-las de volta. O único contingente militar americano lá é a segurança na embaixada americana, cujos funcionários estão sendo retirados.

O Irã não está sob risco direto por ser uma grande potência militar xiita na região e capaz de deter qualquer ameaça territorial, mas verá a ascensão de um grupo sunita ultramente fundamentalista como o IS como uma ameaça ao seu poder regional e esfera de influência. O Isis vai querer atrair mais recrutas e expandir ou consolidar seu poder. O grupo pediu à todos os grupos jihadistas sunitas que jurassem lealdade, e como tal, grupos afiliados à linha dura da Al-Qaeda têm escolhas difíceis para fazer. Eles tanto podem lutar contra o IS, da mesma forma que grupos como o Jabhat Al Nusra - o afiliado oficial da Al-Qaeda na Síria - tem feito, ou sucumbir ao Isis, ou desafiar e arriscar ser marginalizado em decorrência do sucesso do Isis e se tornar irrelavante.

- SÍRIA – PRIMAVERA ÁRABE TEMAS IMPORTANTES - ISLAMISMO - FUNDAMENTALISMO - GUERRA AO TERROR - SÍRIA – PRIMAVERA ÁRABE - ISRAEL - CURDOS

CENSO 2010

População católica no Brasil cai de 64% para 57%, diz Datafolha No mesmo período, a população de evangélicos pentecostais passou de 17% para 19%, a de evangélicos não pentecostais de 5% para 9% e a de espíritas kardecistas se manteve em 3%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.