Introdução Eventos extremos de precipitação são capazes de causar enormes prejuízos socioeconômicos. Oscilações climáticas naturais podem alterar sua frequência.

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Transcrição da apresentação:

Introdução Eventos extremos de precipitação são capazes de causar enormes prejuízos socioeconômicos. Oscilações climáticas naturais podem alterar sua frequência. Objetivos Verificar se em alguma região da América do Sul as oscilações interdecadais tem influência significativa sobre a distribuição de probabilidade de chuva diária e sobre a frequência de eventos extremos no outono. Materiais e Métodos Dados e programas disponíveis no Laboratório de Meteorologia da UFPR; Período de estudo: outono austral 1950 – 2009; Metodologia de Grimm e Tedeschi (2009) para definir eventos extremos; Filtro gaussiano de 9 pontos; Análise de componentes principais (ACP) das séries filtradas e rotação dos principais modos de variabilidade com o método varimax ortogonal; Composição de anomalias de eventos extremos de acordo com as fases positivas e negativas das séries de CP da precipitação; Ajuste de distribuições gama e exponencial a chuva diária em fases opostas das séries de CP; Teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov. Resultados e Discussão O primeiro modo da ACP (fig. 1a) apresentou fortes componentes no oeste da Região Sul. A composição de anomalias de eventos extremos baseada neste modo (fig. 2a) mostra que há aumento na sua frequência em anos de fase positiva e diminuição em anos de fase negativa. OSCILAÇÕES INTERDECADAIS DA PRECIPITAÇÃO DE OUTONO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A FREQUÊNCIA DE EVENTOS EXTREMOS NA AMÉRICA DO SUL Rodrigo Branco Rodakoviski (Bolsista) CNPq/Balcão Alice Marlene Grimm (Orientadora) Departamento de Física/Laboratório de Meteorologia da UFPR O terceiro modo da ACP (fig. 1b) apresentou fortes componentes na Região Nordeste. A composição de anomalias de eventos extremos baseada neste modo (fig. 2b) mostra que há diminuição na sua frequência em anos de fase positiva e aumento em anos de fase negativa. Foram selecionadas quadrículas com grande significância das anomalias para cada um desses modos e foram ajustadas distribuições gama e exponencial a sua chuva diária. A distribuição exponencial representou os dados observados mais fielmente para o primeiro modo, enquanto para o terceiro modo ambas as distribuições reproduziram igualmente bem os dados observados. A partir das distribuições exponenciais ajustadas, foi plotado o logaritmo da razão entre as probabilidades de cada classe de chuva em fase positiva e em fase neutra e o logaritmo da razão entre probabilidades em fase negativa e neutra, para a Região Sul (fig. 3a) e para a Região Nordeste (fig. 3b). A oscilação interdecadal parece afetar mais a frequência de eventos extremos do que a frequência de chuvas fracas e moderadas. Conclusões A variação da frequência de eventos extremos está de acordo com os principais modos de variabilidade interdecadal de precipitação no outono, e a análise da precipitação diária mostra que a oscilação interdecadal tem mais influência sobre a ocorrência de eventos extremos do que de eventos fracos e moderados de precipitação. (a) (b) Figura 1. Padrão espacial do (a) primeiro e (b) terceiro modo rotacionado de variabilidade de precipitação no outono. Referências GRIMM, A. M.; TEDESCHI, R. G.: ENSO and extreme rainfall events in South America. Journal of Climate, v. 22, p , (a) (b) Figura 2. Composição de anomalias de frequência de eventos extremos de precipitação em anos de fase positiva e negativa do (a) primeiro e (b) terceiro modo da ACP de precipitação. (a) (b) Figura 3. Logaritmo da razão entre as probabilidades de cada classe de chuva em fase positiva e em fase neutra e em fase negativa e neutra para (a) o primeiro modo e (b) o terceiro modo.