ADSORVEDORES Prof. Marcelo José Raiol Souza

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Transcrição da apresentação:

ADSORVEDORES Prof. Marcelo José Raiol Souza UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA AGROINDUSTRIAL – ÊNFASE MADEIRA ADSORVEDORES Prof. Marcelo José Raiol Souza

A adsorção é um processo seletivo e bastante apropriado para a remoção de gases e vapores presentes em baixas concentrações, principalmente, substâncias causadoras de odor. No entanto, a adsorção também é empregada para a recuperação de solventes. Ela leva significativa vantagem em relação aos incineradores de gases pela não necessidade de uso de combustível auxiliar, além de possibilitar a recuperação de solventes, quando se utiliza o processo regenerativo. A presença de material particulado no fluxo de gás a ser tratado prejudica o material adsorvente, encurtando o seu tempo de vida. O mesmo pode ocorrer com a condensação de líquidos. O processo de adsorção envolve a remoção de um ou mais componentes gasosos do fluxo de gás através de aderência dos mesmos na superfície de um sólido. As moléculas de gás removidas denominam-se ADSORBATO, e o sólido que retém, ADSORVENTE.

Mecanismo de adsorção *Os contaminantes propagam sobre a superfície da partícula do adsorvente; *A molécula do contaminante migra para os poros da partícula do adsorvente; *A molécula do contaminante adere na superfície do poro.

O movimento de gases/vapores através de um leito adsorvente é freqüentemente referido como um processo dinâmico. A configuração mais comum de adsorção consiste na passagem de uma corrente gasosa (gás a ser tratado) através de um volume fixo ou leito de adsorvente. A corrente gasosa contendo o adsorbato (a uma concentração inicial Co) é passada através do leito (inicialmente livre de qualquer contaminante). A maior parte da fase sólida é rapidamente adsorvida no topo do leito. Após um certo período, a parte superior do leito torna-se saturada com o adsorbato e o mecanismo de adsorção, neste caso, passa a ocorrer nas camadas imediatamente inferiores do leito; a esta estreita faixa de adsorção dá-se o nome de zona de transferência de massa (ZTM, ou zona de adsorção).

A taxa e o mecanismo do processo de adsorção, a natureza do equilíbrio de adsorção, a velocidade do fluido, a concentração de soluto na alimentação, e a altura do leito de adsorvente contribuem para a forma da curva de ruptura. Via de regra, o tempo de ruptura diminui com o decréscimo da altura do leito, com o aumento do tamanho da partícula do adsorvente, com o aumento da velocidade do fluido através do leito e com o aumento da concentração inicial do soluto na alimentação. Muitos sistemas adsorventes para o controle de odores têm sido focados na remoção de gás sulfídrico e COV. Uma neutralização ácido-base ou oxidação pelo ar, quer em fase líquida ou em leito adsorvente, pode desodorizar alguns destes compostos. Como a conversão química não é aplicada em todos os casos, a adsorção física utilizando carvão ativado granular (preferencialmente com a impregnação de químicos) é o método mais adequado para o controle de odores gerados em estações de tratamento. Os adsorvedores são extremamente efetivos na remoção de poluentes gasosos. Mesmo a baixas concentrações, os mesmos podem ser projetados e operados para eficiências próximas a 100%.

Substâncias adsorventes : O adsorvente apresenta a característica de ser um material sólido, poroso e de grande área superficial específica. Os principais adsorventes utilizados em poluição do ar são: • carvão ativado • alumina ativada • peneiras moleculares • sílica gel

Capacidade de adsorção Existem dois tipos de capacidade de adsorção. Um refere-se à capacidade em relação a saturação. O outro à capacidade de trabalho. Uma camada de adsorvente adsorve uma determinada substância durante um certo período de tempo sem grande variação na concentração de saída. A partir de um certo tempo de operação a concentração de saída começa a aumentar rapidamente até atingir eficiência de retenção zero, ou seja a concentração de saída é a mesma de entrada. O ponto em que a concentração começa a aumentar rapidamente é chamado de "breaking point". A capacidade de trabalho refere-se à capacidade de adsorção até atingir o "breaking point". A capacidade de adsorção de saturação é referida ao ponto em que a eficiência passa a ser nula.

SIGNIFICADO DO ÍNDICE: 4. Alta capacidade para todos os materiais dessa categoria. Uma libra adsorve 20 a 50% de seu próprio peso (média 33%). Essa categoria engloba quase todos os odores. 3. Capacidade satisfatória. Adsorve entre 10 e 25% do peso (média 16,7%) 2. Razoável em função das condições de operação, requerendo estudos específicos Baixa capacidade de adsorção por carvão ativo, não sendo recomendado seu uso A adsorção, sempre que possível, deve ser feita a temperatura relativamente baixas. A capacidade de adsorção aumenta à medida que a quantidade de desorção é aumentada. A desorção, que é a retirada do poluente adsorvido do leito do adsorvedor, aumenta à medida que a temperatura de desorção é aumentada em relação à temperatura de adsorção. A desorção também pode ser aumentada pelo aumento do tempo de desorção.

Regeneração Os adsorvedores podem operar com sistema de regeneração ou o material adsorvente pode ser descartado após a exaustão. A regeneração é conseguida em geral pela passagem em fluxo contrário de vapor a baixa pressão, o qual será condensado, juntamente com o adsorbato (substância adsorvida) num sistema de condensação adequado. Caso o adsorbato não seja de fácil condensação o mesmo deverá ser incinerado ou controlado por outro meio. A regeneração é importante para reduzir os custos do sistema quando o produto tem valor comercial e está presente em concentrações razoáveis, de preferência em altas concentrações.

Tipos de adsorvedores Adsorvedor de leito multiplos

Adsorvedor de leito fixo de carvão ativado

Adsorvedor de leito móvel