Cuidar em Gerontologia Professora: Aglaya Barros

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Transcrição da apresentação:

Cuidar em Gerontologia Professora: Aglaya Barros Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - ICBS Cuidar em Gerontologia Professora: Aglaya Barros Belo Horizonte Maio 2012

Seminário: Imunização de Idosos Amanda Lúcia Ferreira Izabella Marques Silva Costa Larissa Pedrosa Corrêa Lorena Carmo de Melo Rhaissa Lopes de Oliveira Belo Horizonte Maio 2012

Imunização em Idosos Introdução As doenças infecciosas constituem importante intercorrência clínica, frequentemente relacionada à hospitalização e morte, em idosos. A mortalidade por doenças infecciosas, associadas ao envelhecimento, parece ser decorrente de: menor capacidade de reserva funcional, alterações nos mecanismos de defesa e concomitância de doenças crônicas degenerativas. (Cação, Godoy, Boas, 2003)

Imunização em Idosos Introdução A imunossenescência pode ser definida como um declínio da função imune que ocorre em todos os idosos, fisiologicamente estabelecida e que não decorre de doença de base, desnutrição, exposição a agente tóxico ou desordem genética. (Cação, Godoy, Boas, 2003)

Imunização em Idosos Desenvolvimento No envelhecimento ocorre um decréscimo na resposta de anticorpos a antígenos específicos, como observado nos casos de vacinas contra a toxina do tétano, anti- influenza e outras. (Novaes, et al, 2005) Com isso, a imunização de idosos deve levar em conta tais particularidades.

Calendário Vacinal do Idoso Imunização em Idosos Idade Vacinas Dose Doenças Evitadas A cada 10 anos por toda a vida dT (dupla tipo adulto) Reforço Difteria e tétano Contra Febre Amarela Febre Amarela 60 anos ou mais Influenza Dose anual Influenza ou Gripe Penumocócica Dose única Pneumonia causada pelo pneumococo Hepatite B (grupos vulneráveis) Três doses Hepatite B

Imunização em Idosos A vacina da Gripe Deve ser administrada anualmente, no período que precede o outono-inverno, e quando comprovadamente, a incidência de Influenza e a ocorrência de suas complicações são acentuadas. Embora a vacina usada, geralmente, contenha um ou mais dos antígenos usados no ano anterior, a vacinação anual é necessária pois a imunidade declina progressivamente após os primeiros meses da vacinação, sendo muito baixa após um ano.

Imunização em Idosos As vacinas devem ser armazenadas entre 2 e 8ºC, não podem ser congeladas, a via intramuscular é a mais recomendada devendo ser aplicada no músculo deltóide. Estudos das populações idosas têm indicado que a vacina pode ser efetiva entre 50% - 60% para prevenir hospitalização e pneumonia e 80% para prevenir morte, enquanto a eficácia para prevenir o aparecimento de gripe está em torno de 30% no idoso frágil. (Cação, Godoy, Boas, 2003)

Imunização em Idosos A vacina pneumocócica Deve ser conservada entre 2 e 8ºC, administrada preferencialmente intramuscular, e pode ser usada concomitante a Influenza desde que em sítio diferente. A eficácia global da vacina causada pelos sorotipos incluídos foi de 57% e em idosos imunocompetentes, foi de 75%.

Imunização em Idosos Esta vacina é bem tolerada, dentre os efeitos colaterais relatados, a dor local ocorreu em 26,5% sendo em 90% das vezes, foi relatada como leve ou moderada. Sintomas gerais como febre, mialgia, fadiga, cefaléia, e rash cutâneo foram relatados em 14% dos casos.

Vacina contra Tétano-Difteria Imunização em Idosos Vacina contra Tétano-Difteria É recomendada para idosos não imunizados, inadequadamente imunizados ou sem história conhecida. Deve ser administrada via intramuscular profunda, em três doses consecutivas com dois meses de intervalo. A imunização de reforço é recomendada a cada 10 anos, em data de fácil memorização.

Imunização em Idosos A eficácia do reforço com níveis de anticorpos protetores responde em 93% das vezes. São relacionadas reações no local da aplicação com dor e hiperemia, com sucessivas reações sistêmicas de hipersensibilidade. A contra indicação é história de reação imunológica ou hipersensibilidade grave em dose prévia.

Imunização em Idosos Hepatite B A eficácia de proteção de vacinação contra hepatite B está diretamente relacionada com o desenvolvimento do anti-HBS. A proteção imunológica em idosos varia de 15 a 65% nos que desenvolvem níveis protetores de anti-HBS. São recomendadas três doses sendo duas doses com intervalo de quatro semanas, e uma terceira dose cinco meses após a segunda.

Imunização em Idosos A vacina é composta de vírus inativado, deve ser conservado entre 2 e 8ºC, e aplicada intramuscular, no deltóide. Os efeitos colaterais mais comuns são dor e calor no local da aplicação, de leve intensidade. É contra-indicada para indivíduos com hipersensibilidade aos componentes da vacina.

Imunização em Idosos Febre Amarela A vacina é elaborada com o vírus vivo atenuado. É aplicada por via subcutânea na região do deltóide. Em 95% das pessoas, a imunidade ocorre uma semana após a aplicação e confere imunidade por 10 anos. A vacina é contra-indicada a gestantes, imunodeprimidos e pessoas alérgicas a gema de ovo.

Imunização em Idosos Considerações Finais O conhecimento acerca das particularidades dos idosos envolve uma discussão acerca de sua imunização. Deve se dar ênfase em medidas de prevenção e promoção à saúde, já que é um recurso simples e muito eficaz. Os profissionais da saúde devem se responsabilizar na orientação aos idosos e seus familiares a respeito do calendário vacinal e qual o benefício de cada vacina para o idoso.

Imunização em Idosos

Referências Imunização em Idosos CAÇÃO, J.C.; GODOY, M.R.P.; BOAS, P.J.F.V. Vacinação em Idosos: Dados atuais. 3º. GERP, Congresso Paulista de Geriatria e Gerontologia. São Paulo, p. 1-20, 2003. NOVAES, M.R.C.G, et al. Suplementação de micronutrientes na senescência: implicações nos mecanismos imunológicos. Rev. Nutr., Campinas, v.18, n.3, p. 367-376, 2005.