PREGAÇÃO CRISTOCÊNTRICA “Por uma Pregação Relevante e Transformadora”

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Transcrição da apresentação:

PREGAÇÃO CRISTOCÊNTRICA “Por uma Pregação Relevante e Transformadora” Rev. André Silvério Palestra Ministrada no Seminário Presbiteriano de Jesus São Paulo, 13 de Setembro de 2011

A REALIDADE DA PREGAÇÃO CONTEMPORÂNEA Muitos pregadores não pregam a Cristo em seus sermões, especialmente, quando o texto não fala diretamente acerca de Cristo. Muitos pregadores transformam seus sermões em discursos moralistas, do tipo, “faça isso, não faça isso”, ou “faça aquilo, mas não aquilo outro”. Muitos pregadores estão matando suas igrejas com sermões vazios da graça de Cristo, e cheios de preceitos e sabedorias humanas.

A REALIDADE DA PREGAÇÃO CONTEMPORÂNEA Muitos pregadores são treinados a fazer “boa exegese”, “boa hermenêutica” e “boa homilética”, mas não são treinados a encontrar Cristo no texto ou apontar a mensagem para Ele. Muitas vezes ficamos a nos perguntar: “Por que nossas mensagens não têm tocado vidas, transformado pessoas, impactado os ouvintes?” A resposta pode ser: “Temos pregado verdadeiramente a Cristo?” “Ele tem sido o foco da nossa pregação?”

A REALIDADE DA PREGAÇÃO CONTEMPORÂNEA Diante deste quadro, o que podemos fazer, como pregadores do Evangelho, para que a nossa pregação realmente seja relevante e transformadora para as pessoas? A reposta é: Pregue a Jesus Cristo. Mostre aos seus ouvintes como Cristo está presente naquela passagem, ou como aquele texto aponta para Cristo, e então, aplique a graça de Cristo ao coração do povo.

DEFININDO O ASSUNTO O Dr. Bryan Chapell disse que “pregação Cristocêntrica é centralizar a pessoa de Cristo em toda a exposição bíblica” (Pregação Cristocêntrica, São Paulo, CEP, 2002, p. 13). Em seu livro Pregação ao Alcance de Todos, Hans Ulrich Reifler diz que “o conteúdo do evangelho é a salvação realizada por Jesus” (Pregação ao Alcance de Todos, São Paulo, Vida Nova, 1999, p. 21). Falando acerca das características da pregação, Stuart Olyott diz: “Os pregadores são arautos da Escritura. E toda a Escritura fala sobre Cristo.

DEFININDO O ASSUNTO Implícita ou explicitamente, direta ou indiretamente, cada parte da Bíblia nos revela Cristo. Em toda a Escritura, não há qualquer passagem que seja uma exceção. (...) Jesus é o assunto de toda a Bíblia. Então, o que diremos a respeito de um pregador que abre a sua Bíblia e não prega a Cristo com base na passagem que tem diante de si? Esse pregador não entendeu o Livro; e, se não o entendeu, não deveria estar pregando! (...) Onde Cristo não é pregado, ali não existe pregação” (Pregação Pura e Simples, São José dos Campos, FIEL, 2008, p. 23-24).

DEFININDO O ASSUNTO Ninguém, talvez, tenha sido mais Cristocêntrico em suas pregações do que João Calvino. Em seu comentário de Primeira Coríntios, ele disse: “Como Paulo pusera tantas vezes o nome de Cristo em contraste com a orgulhosa sabedoria carnal, assim ele planta a Cruz de Cristo bem no centro, a fim de destronar toda a arrogância dessa sabedoria. Pois toda a sabedoria dos crentes está concentrada na luz de Cristo. Não devemos condenar nem rejeitar a eloquência (...), antes o seu alvo é conclamar-nos de volta à simplicidade do evangelho e pôr em relevo a pregação da Cruz e nada mais...” (Comentário da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, São Paulo, Paracletos, 1996, p. 52, 55-56).

DEFININDO O ASSUNTO Escrevendo sobre a Pregação Expositiva em Calvino, Steven J. Lawson disse: “Devemos retornar aos caminhos antigos. Devemos, uma vez mais, recuperar a centralidade e a capacidade de penetração da pregação bíblica. É preciso um retorno decisivo à pregação direcionada pela Palavra, que exalta a Deus, que é centrada em Cristo e fortalecida pelo Espírito. Precisamos desesperadamente de uma nova geração de expositores, homens da mesma estirpe de Calvino (...), para subir aos púlpitos e proclamar, cheios de coragem, a Palavra de Deus” (A Arte da Pregação Expositiva em Calvino, São José dos Campos, FIEL, 2007, p. 120).

DEFININDO O ASSUNTO Portanto, pregação é pregar a Bíblia, que traz em seu conteúdo o Evangelho, isto é, Jesus Cristo. Uma pessoa que diz ser pregador do Evangelho, mas não prega a Jesus Cristo, pode ser qualquer outra coisa, menos um pregador. Ser um bom pregador é muito mais do que ser um bom teólogo exegeta, hermeneuta, homileta, conhecer a teologia sistemática ou histórica. Ser um bom pregador é apresentar ao povo, a graça de Cristo, em cada passagem das Escrituras Sagradas. É assim que a pregação se tornará relevante e transformadora.

UMA SÍNTESE DA CENTRALIDADE DE CRISTO NAS ESCRITURAS Todas as Escrituras apontam para Cristo, desde Gênesis até o Apocalipse. Cristo no Pentateuco: Moisés falou sobre o “Profeta de Deus” (Gn 3.15; Dt 18.15, 18-19). Cristo nos Salmos: Os Salmistas falaram sobre o Messias, o Ungido do Senhor (Sl 2.7, 12; 22.15, 16, 18; 23). Cristo nos Profetas: Os Profetas falaram sobre a vinda do Messias (Is 7.14; 9.6; 53).

UMA SÍNTESE DA CENTRALIDADE DE CRISTO NAS ESCRITURAS Cristo nos Evangelhos: O próprio Cristo disse que as Escrituras falam a seu respeito (Mt 21.42; 26.55-56; Lc 24.25-27, 44-45; Jo 5.39, 46-47). Cristo no Livro de Atos: Pedro e Paulo pregaram Cristo em seus sermões (At 2.14-36; 3.11-26; 13.16-41; 17.22-31). Cristo nas Cartas Paulinas: Paulo sempre fez questão de deixar claro que Cristo era o centro de sua mensagem (Rm 1.16-17, 1Co 1.18-24; 2.1-8; 2Co 2.14-17; 4.5-6; 1Tm 1.15-16).

IMPLICAÇÕES PRÁTICAS Podemos ser grandes teólogos e muito eloquentes no púlpito, mas se Cristo não estiver presente em nossa pregação, então, não houve pregação. Houve apenas um discurso moralista. Pregação moralista é um grande perigo para a Igreja, especialmente porque torna a teologia árida, sem vida e sem respostas aos anseios das pessoas. Dizer as pessoas que elas não devem pecar nisto ou naquilo é muito simples, especialmente quando se está no púlpito, difícil é mostrar a elas como fazer isto.

IMPLICAÇÕES PRÁTICAS A grande diferença entre um sermão moralista e um sermão Cristocêntrico é que ambos falam do pecado, mas somente a mensagem Cristocêntrica dá as pessoas o caminho para vencê-lo – a graça de Cristo. Um sermão sem a “Graça” é uma “desgraça” para a Igreja. Um sermão sem a graça é um sermão “sem graça”, sem vida, sem relevância, sem transformação, sem autoridade, sem objetivo, sem esperança, sem sucesso, sem sentido. Pregar um sermão sem Cristo é o mesmo que dar a uma pessoa faminta e sedenta um pão estragado e uma garrafa de água vazia. Que solução houve?

IMPLICAÇÕES PRÁTICAS Como disse Joel Beeke acerca da pregação Cristocêntrica: “A exegese sã acha Cristo não somente na nova aliança, mas também na antiga aliança. No mundo antigo, dizia-se que todos os caminhos levavam a Roma. De modo semelhante, a pregação de todos os textos bíblicos devem levar finalmente a Cristo” (Vivendo para a Glória de Deus, São José dos Campos, FIEL, 2010, p. 276). O grande pregador Puritano Willian Perkins disse que “o âmago da pregação é pregar somente a Cristo, por Cristo, para louvor de Cristo (Vivendo para a Glória de Deus, São José dos Campos, FIEL, 2010, p. 276).

IMPLICAÇÕES PRÁTICAS Cotton Mather, teólogo americano disse: “Apresente tanto quanto puder do glorioso Cristo. Sim, que o lema de seu ministério seja este: Cristo é tudo. Que os outros apresentem no púlpito fábulas que surgem e desaparecem. Especializemo-nos em pregar o nosso Senhor Jesus Cristo” (Vivendo para a Glória de Deus, São José dos Campos, FIEL, 2010, p. 276). Cristo tem de ser o começo, o meio e o fim de todo o sermão. A pregação tem de exaltar a Cristo, para despertar, justificar, santificar e confortar os pecadores” (Vivendo para a Glória de Deus, São José dos Campos, FIEL, 2010, p. 276).

“PREGUE CRISTO, POR CRISTO, PARA A GLÓRIA DE CRISTO”