CONGRESSO DA FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DE ODONTOLOGIA - VII CONFIO

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Transcrição da apresentação:

CONGRESSO DA FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DE ODONTOLOGIA - VII CONFIO TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Vitória 2009

TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA DE MARGARETH PANDOLFI TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Pesquisa no Banco de dados do CRO-ES e Monografias apresentadas ao curso de Odontologia do Trabalho ABO-ES Coordenadora prof.ª Maria Helena Monteiro de Barros Miotto Cristiane Albani Regina Maria de Moura Moreira Angela Peruchi Sonegueth Lúcia de Oliveira Valentim Luiz Carlos Ivo de Morais Luzimar Gomes de Oliveira Pinheiro Vitória 2009 MPandolfi/2009 2

QUEM É O CIRURGIÃO-DENTISTA DO ESPÍRITO SANTO? TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Vitória 2009 MPandolfi/2009 3

Vitória 2009 MPandolfi/2009 4 CATEGORIA MASCULINO FEMININO TOTAL CD 1718 2486 4204 Vitória 2009 MPandolfi/2009 4

Vitória 2009 MPandolfi/2009 5

Vitória 2009 MPandolfi/2009 6

QUAL A PERCEPÇÃO DA CORPORAÇÃO ODONTOLÓGICA EM RELAÇÃO À SUA QV, QV NO TRABALHO, SAÚDE OCUPACIONAL E À SUA SAÚDE? Como medir isso tudo? Vitória 2009 MPandolfi/2009 7

CONTEXTUALIZAÇÃO TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Vitória 2009 MPandolfi/2009 8

Processo de saúde e doença; Conceito de saúde; Processo de saúde e doença; Risco e vulnerabilidade; Indicadores objetos e subjetivos; Paradigma de modelo. (WEATE, 1999) Vitória 2009 MPandolfi/2009 9

Durante muito tempo, Qualidade de Vida (QV) significava ter uma boa relação com a divindade a qual se acreditava, com a natureza e com o seu semelhante; Sócrates, 469-399 a.C. dizia que a felicidade vinha de levar uma boa vida; Zenão, 336-264 a.C., preocupava-se em ter uma vida virtuosa, sem excessos físicos e emocionais; (WEATE, 1999) Vitória 2009 MPandolfi/2009 10

Sociedade se move para o insustentável Modernização da sociedade - Revolução Industrial Impactos nos lares Segunda Guerra Mundial Impactos Transportes Indústria Construção Agricultura, e pecuária Turismo e recreação Conflito entre individual X coletivo aqui-e-agora (VECK, 2003) Sociedade se move para o insustentável Vitória 2009 MPandolfi/2009 11

“Indicadores sociais” “Felicidade” “Indicadores sociais” “Status de saúde” Estudo EUA (1960) Dimensão positiva negativa Definição de saúde da OMS (1948) Parâmetros (1950) taxa de mortalidade expectativa de vida Busca de novos índices (1970) Sickness Impact Profile (1981) The Nottingham Health Profile (1981) SF-36 (1981) Cientistas sociais Bem estar material (1930) Padrão de vida Qualidade de vida LYNDON JOHNSON (1964) (FLECK, 1999) Vitória 2009 MPandolfi/2009 12

No mundo das idéias, está disseminado o trato com a chamada "qualidade de vida", parecendo ser essa a nova panacéia para os males da humanidade. Nova ordem mundial. (MOREIRA, 2001) Vitória 2009 MPandolfi/2009 13

HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS DE MASLOW de auto-realização necessidade de status e estima necessidades sociais (afeto) necessidades de segurança necessidades fisiológicas Vitória 2009 MPandolfi/2009 14

Multidimensionalidade; Dimensões positivas e negativas. Não há um constructo; Subjetividade - cheia de objetivos, expectativas, padrões e preocupações; Multidimensionalidade; Dimensões positivas e negativas. (GRUPO WHOQOL, 1998) Vitória 2009 MPandolfi/2009 14

ODONTOLOGIA TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Vitória 2009 MPandolfi/2009 15

QV – é a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. (WHOQOL, 1994) Vitória 2009 MPandolfi/2009 16

A odontologia bem como tantas profissões liberais, passa por um processo de transformação. Muitas questões como: equilíbrio da QV e QVT, organização e processo de trabalho, projetos futuros que enfatizem a QVT e identificação das dimensões a serem investidas, são negligenciadas. (UNFER; SALIBA, 2005; MATIAS, 2004; OLIVEIRA, 2003; ZANETTI, 1999, PINTO, 1996) Vitória 2009 MPandolfi/2009 17

CDs de Goiânia - insatisfação salarial no serviço público e insatisfação por não ter rentabilidade fixa na iniciativa privada, além da dificuldade de lidar com gestor e condições inadequadas de trabalho. (MATIAS, 2004) Vitória 2009 MPandolfi/2009 18

Há um reclame geral, caracterizado pelo baixíssimo investimento em instrução, orientação e capacitação profissional para aprimoramento e para o desenvolvimento futuro, incluindo a gestão do próprio negócio, bem como devido à carência de ações e programas de prevenção a doenças e acidentes e geração de bem-estar, além do processo de socialização com conseqüente perda de status e precarização. (ZANETTI, 1999) Vitória 2009 MPandolfi/2009 19

CONHECIMENTO CIENTÍFICO TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Vitória 2009 MPandolfi/2009 20

PESQUISAS TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Vitória 2009 MPandolfi/2009 21

OBJETIVOS Por meio de um instrumento validado medir a saúde ocupacional (Percepção de stress, dor, absenteísmo e absenteísmo por dor) professores, pós-graduandos, CDs ASBs e TSBs e mulheres CDs do Estado. Por meio do WHOQOL-bref, um instrumento idealizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), identificar e relacionar os fatores que influenciam o bem-estar dos CDs do Estado do Espírito Santo. Comportamento dos cirurgiões-dentistas do Espírito Santo em relação à vacinação e ao consumo de tabaco, álcool e medicamentos. Vitória 2009 MPandolfi/2009 22

RESULTADOS E CONCLUSÕES TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Vitória 2009 MPandolfi/2009 23

SAÚDE OCUPACIONAL CONCLUSÕES Houve uma alta prevalência de doença ocupacional entre os profissionais; Os participantes declararam sentir dor e interromper a jornada de trabalho por dor; O local declarado da dor foi a coluna e os membros inferiores; a maioria considera a profissão estressante, e a relação paciente/profissional foi apontada como o maior motivo de estresse, seguido da carga horária excessiva, de ruídos e de uma remuneração nem sempre satisfatória. Vitória 2009 MPandolfi/2009 24

SAÚDE OCUPACIONAL CONCLUSÕES aqueles que trabalham menos de oito horas, sem auxiliar, tiram férias, não praticam exercícios físicos relatam menos dor e interrompem menos a jornada; profissionais que praticam atividades de lazer interrompem menos a jornada de trabalho e, em sua maioria, não se afastam do trabalho. Vitória 2009 MPandolfi/2009 25

QUALIDADE DE VIDA TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Vitória 2009 MPandolfi/2009 26

WHOQOL-100 O WHOQOL-100 é composto de 100 questões que avaliam seis domínios: a) físico; b) psicológico; c) de independência; d) relações sociais; e) meio ambiente; e f) espiritualidade/crenças pessoais. WHOQOL-bref O segundo instrumento é uma versão abreviada, com 26 questões, extraídas do anterior, entre as que obtiveram os melhores desempenhos psicométricos, cobrindo quatro domínios: a) físico; b) psicológico; c) relações sociais; d) meio ambiente Vitória 2009 MPandolfi/2009 27

TABELA 1. Domínios e facetas do Instrumento de Avaliação de QV da OMS (WHOQOL-100) Domínio I - Domínio físico 1. Dor e desconforto 2. Energia e fadiga 3. Sono e repouso Domínio II - Domínio psicológico 4. Sentimentos positivos 5. Pensar, aprender, memória e concentração 6. Auto-estima 7. Imagem corporal e aparência 8. Sentimentos negativos Domínio III - Nível de Independência 9. Mobilidade 10. Atividades da vida cotidiana 11. Dependência de medicação ou de tratamentos 12. Capacidade de trabalho Vitória 2009 MPandolfi/2009 28

Domínio IV - Relações sociais 13. Relações pessoais 14 Domínio IV - Relações sociais 13. Relações pessoais 14.Suporte (Apoio) social 15. Atividade sexual Domínio V- Ambiente 16. Segurança física e proteção 17. Ambiente no lar 18. Recursos financeiros 19. Cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade 20. Oportunidades de adquirir novas informações e habilidades 21. Participação em, e oportunidades de recreação/lazer 22. Ambiente físico: (poluição/ruído/trânsito/clima) 23. Transporte Domínio VI- Aspectos espirituais/Religião/Crenças pessoais 24. Espiritualidade/religião/crenças TABELA 1. Domínios e facetas do Instrumento de Avaliação de QV da OMS (WHOQOL-100) (WHOQOL, 1995) Vitória 2009 MPandolfi/2009 29

Os projetos de pesquisa foram apresentados, apreciados, analisados e julgados pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/EAP-ABO-ES), instituído pela Associação Brasileira de Odontologia, seção - ES e aprovados em 2007. Vitória 2009 MPandolfi/2009 30

LOCALIZAÇÃO DO ESTUDO E POPULAÇÃO ALVO O estudo foi do tipo Descritivo de corte Transversal. O universo estudado foi de 3972 CDs do Estado do Espírito Santo, inscritos no CRO-ES até 30 de dezembro de 2006. Três mil novecentos e setenta e dois CDs de ambos os sexos e dos diversos municípios do Estado do Espírito Santo. Vitória 2009 MPandolfi/2009 32

Censo (professores, alunos, pós-graduação CDs municípios sul e norte AMOSTRA Censo (professores, alunos, pós-graduação CDs municípios sul e norte Amostra (QV –WHOQUOL e CDs mulheres) Estratificados por município Princípio da proporcionalidade; Municípios com números pequenos de CDs, os quais significariam menos de um participante, foi promovida a exclusão; Municípios em que o número de participantes não era um número inteiro, o fator de correção foi feito para cima, aumentando a amostra final; Aleatórias. Vitória 2009 MPandolfi/2009 33

AMOSTRA Critérios de Inclusão Critérios de Exclusão Profissionais inscritos no banco de dados do CRO-ES até 30/12/2006. Critérios de Exclusão Profissionais que até a data de 30/12/2006 haviam dado baixa do cadastro profissional por falecimento, aposentadoria e outros; Profissionais que tinham como endereço de eleição para correspondência municípios próximos do Espírito Santo; Participantes do estudo piloto; e Profissionais que se recusaram (CLE). Vitória 2009 MPandolfi/2009 34

VARIÁVEIS Dependentes Independentes QVG e os domínios do WHOQOL. Variáveis sociodemográficas (sexo, idade, estado civil, escolaridade, local de residência, situação é número de pessoas no domicilio, CSE); Formação profissional ( titulação, carga horária, vínculo empregatício, local e distância do trabalho); e Hábitos diários (prática de lazer e exercícios físicos). Vitória 2009 MPandolfi/2009 35

WHOQOL-BREF Q1. Como você avaliaria sua qualidade de vida? Questões Q2. Quão satisfeito você está com a sua saúde? Q3. Em que medida você acha que sua dor (física) impede você de fazer o que você precisa? Q4. O quanto você precisa de algum tratamento médico para levar a vida diária? Q5. O quanto você aproveita a vida? Q6. Em que medida você acha que a sua vida tem sentido? Q7. O quanto você consegue se concentrar? Q8. Quão seguro(a) você se sente em sua vida diária? Q9. Quão saudável é o seu ambiente físico (clima, barulho, poluição, atrativos)? Vitória 2009 MPandolfi/2009 36

Q10. Você tem energia suficiente para seu dia-a-dia? WHOQOL-BREF Questões Q10. Você tem energia suficiente para seu dia-a-dia? Q11. Você é capaz de aceitar sua aparência física? Q12. Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades? Q13. Quão disponíveis para você estão as informações que precisa dia-a-dia? Q14. Em que medida você tem oportunidades de atividade de lazer? Q15. Quão bem você é capaz de se locomover? Q16. Quão satisfeito(a) você está com o seu sono? Q17. Quão saudável é o seu ambiente físico (clima, barulho, poluição, atrativos)? Q18. Você tem energia suficiente para seu dia-a-dia? Vitória 2009 MPandolfi/2009 37

Q19. Você é capaz de aceitar sua aparência física? WHOQOL-BREF Questões Q19. Você é capaz de aceitar sua aparência física? Q20. Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades? Q21. Quão disponíveis para você estão as informações que precisa dia-a-dia? Q22. Em que medida você tem oportunidades de atividade de lazer? Q23. Quão bem você é capaz de se locomover? Q24. Quão satisfeito(a) você está com o seu sono? Q25. Quão satisfeito(a) você está como seu meio de transporte? Q26. Com que freqüência você tem sentimentos negativos tais como mau humor, desespero, ansiedade, depressão? Vitória 2009 MPandolfi/2009 38

Estimativa de confiabilidade (IC) foi de 95%; ESTATÍSTICA Estimativa de confiabilidade (IC) foi de 95%; O nível de significância adotado nos testes foi  = 0,05 e 0,01; SPSS 15,0; Tabelas de dupla freqüências em número e percentual. Teste apropriados. Vitória 2009 MPandolfi/2009 39

Tabela 12. Escores médios e desvios-padrão da QVG e das questões que o compõem (Q1 e Q2), 2007 Questão Escore médio Desvio-padrão Q1 69,2 15,9 Q2 73,4 17,4 QVG 71,3 14,5 Vitória 2009 MPandolfi/2009 40

Tabela 8. Valor mínimo, máximo, média e desvio padrão dos domínios do WHOQOL-bref, na escala 0-100 Domínio Mínimo Máximo Média Desvio padrão Global 0 100,0 71,3 17,8 Físico 35,7 100,0 72,6 15,3 Psicológico 33,3 95,8 72,6 12,5 Social 8,3 100,0 72,9 16,3 Ambiental 31,3 100,0 65,6 13,4 Vitória 2009 MPandolfi/2009 41

Característica Sexo Faixa etária Tabela 10. Qualidade de vida segundo dados sócio-demográficos dos cirurgiões-dentistas do Estado do Espírito Santo, 2007 Característica Global Físico Psicológico Social Ambiental Sexo Masculino 71,9 76,7** 74,8* 74,9* 68,2* Feminino 70,9 70,0 71,2 71,6 64,0 Faixa etária Até 30 anos 70,8 72,0 70,8 73,0 62,8 31 – 40 anos 72,3 72,3 71,1 72,2 65,4 41 – 50 anos 73,9* 74,3 74,8 75,7 68,0 51 anos ou mais 65,5 70,7 73,4 69,4 64,3 * Correlação significante ao nível p<0,05; ** Correlação significante ao nível p<0,01 Vitória 2009 MPandolfi/2009 42

Característica Escolaridade Cidade residência Tabela 10. Qualidade de vida segundo dados sócio-demográficos dos cirurgiões-dentistas do Estado do Espírito Santo, 2007 Característica Global Físico Psicológico Social Ambiental Escolaridade Graduação somente 70,4 72,5 71,5 64,5 60,7 Pós-graduação 72,0 74,8 73,0 73,1 62,7 Especialização 71,6 70,8 72,4 74,2 66,9 Mestre/Doutor 70,4 76,5 74,0 76,7* 69,5* Cidade residência Grande Vitória 70,9 73,1* 72,7 72,8 66,6* Interior 70,0 69,2 70,4 71,0 63,3 * Correlação significante ao nível p<0,05; ** Correlação significante ao nível p<0,01 Vitória 2009 MPandolfi/2009 43

Classe social Pessoas no domicílio Tabela 10. Qualidade de vida segundo dados sócio-demográficos dos cirurgiões-dentistas do Estado do Espírito Santo, 2007 Característica Global Físico Psicológico Social Ambiental Classe social A 73,9 76,7* 75,6* 75,7 71,8** B1 71,3 71,0 72,5 71,6 65,6 B2 69,3 69,9 70,6 73,6 59,3 C 66,1 71,2 66,1 67,0 56,4 Pessoas no domicílio Mais de cinco 68,8 71,1 73,8 72,1 65,6 Três a cinco 72,1 74,0 73,8 75,9** 67,0** Duas 72,1 70,5 70,2 69,3 65,4 Uma 63,5 68,7 70,1 60,7 54,5 * Correlação significante ao nível p<0,05; ** Correlação significante ao nível p<0,01 Vitória 2009 MPandolfi/2009 44

Característica Global Físico Psicológico Social Ambiental Tabela 16. Qualidade de vida segundo dados funcionais dos cirurgiões-dentistas do Espírito Santo, 2007 Característica Global Físico Psicológico Social Ambiental Vínculo empregatício Autônomo 72,1 73,3 72,2 72,3 65,5 Privado 74,0 78,1 80,9 79,2 76,0* Público 70,7 69,8 72,7 71,3 60,3 Autônomo e público 70,9 71,5 71,6 74,0 66,1 Jornada diária Até 6 horas 69,9 67,9 71,0 73,5 64,4 De 6 a 8 horas 74,0 74,4 72,2 74,1 65,0 De 8 a 10 horas 71,8 71,6 73,0 71,7 64,7 Mais de 10 horas 66,3 74,0 71,9 74,4 68,2 Distância do trabalho Próximo 72,9** 73,2 73,9** 74,4** 66,3* Outra cidade 64,0 68,8 66,8 65,8 61,5 * Correlação significante ao nível p<0,05; ** Correlação significante ao nível p<0,01 Vitória 2009 MPandolfi/2009 45

Diário/semanal 75,8** 74,8* 74,2* 75,5** 67,1* Tabela 17. Qualidade de vida segundo seus hábitos diários dos cirurgiões-dentistas Espírito Santo, 2007 Característica Global Físico Psicológico Social Ambiental Prática de exercícios Diário/semanal 75,8** 74,8* 74,2* 75,5** 67,1* Eventualmente/Não 67,5 70,8 71,0 71,0 63,8 Prática de lazer Semanal/Mensal 75,2** 75,0** 74,2** 76,5** 67,5** Eventualmente/Não 65,2 68,8 9,8 67,6 61,9 *Correlação significante ao nível p<0,05; ** Correlação significante ao nível p<0,01 Vitória 2009 MPandolfi/2009 46

Os CDs do Estado do Espírito Santo consideram CONCLUSÃO Os CDs do Estado do Espírito Santo consideram sua QV boa, tanto na QVG quanto nos domínios; O domínio ambiente apresentou escores mais baixos; Vitória 2009 MPandolfi/2009 47

QUEM TEM MELHOR QV ENTRE OS CDs DO ESPÍRITO SANTO? Vitória 2009 MPandolfi/2009 48

Faixa etária entre 41 a 50 anos de idade; CONCLUSÕES Em alguns domínios Homens; Faixa etária entre 41 a 50 anos de idade; Casados em relação aos solteiros; Mestre e doutores; Moradores da Grande; Classe A; Vínculo na iniciativa privada; A jornada de trabalho não influenciou a QV. Vitória 2009 MPandolfi/2009 49

Na maioria dos domínios e QVG CDs que trabalham próximo da residência; CONCLUSÕES Na maioria dos domínios e QVG CDs que trabalham próximo da residência; Residentes com três a cinco pessoas; Atividades físicas e Atividades de laser com freqüência. Vitória 2009 MPandolfi/2009 50

MPandolfi/2009 51

ODONTOLOGIA UMA QUESTÃO DE GÊNERO MPandolfi/2009 52

ODONTOLOGIA UMA QUESTÃO DE GÊNERO CONTEXTUALIZAÇÃO ODONTOLOGIA UMA QUESTÃO DE GÊNERO Vitória 2009 MPandolfi/2009 53

.. filosofia ocidental - rebaixamento explícito das mulheres, feito por filósofos tão reconhecidos como Aristóteles (A Política, Livro I), Tomás de Aquino ( Suma Teológica, t.1), Rousseau (Emílio), Kant ( Sobre a distinção entre o belo e o sublime), Hegel ( Filosofia do direito), e Sartre ( O ser e o nada). Pertencendo a uma tradição que sempre considerou a racionalidade como a principal característica do ser humano, [...] afirmam que a capacidade de raciocínio da mulher é diferente e inferior à do homem; [...] as mulheres são inaptas à autonomia moral, e que seu mérito consiste em exercer as virtudes femininas, que são a obediência, o silêncio e a fidelidade. É a razão pela qual as mulheres devem ser excluídas da vida pública – inclusive da filosofia – e aceitar um papel subordinado na vida privada. Vitória 2009 MPandolfi/2009 54

Mill denunciou práticas consideradas injustas da sociedade em relação à mulher. Esse tipo de comportamento do homem em relação à mulher gera descontentamento e, conseqüentemente, infelicidade. Para Mill, a idéia de justiça está vinculada à de felicidade. Vitória 2009 MPandolfi/2009 55

GÊNERO: UMA QUESTÃO FEMININA GÊNERO: UMA QUESTÃO FEMININA? Após a década de 1940 cresceu a incorporação da força de trabalho feminina no mercado de trabalho, havendo uma diversificação do tipo de ocupações assumidas pelas mulheres. Porém, no Brasil, foi na década de 1970 que a mulher passou a ingressar de forma mais acentuada no mercado de trabalho. Vitória 2009 MPandolfi/2009 56

GÊNERO: UMA QUESTÃO FEMININA GÊNERO: UMA QUESTÃO FEMININA? A mulher ainda ocupa as atividades relacionadas aos serviços de cuidar (nos hospitais, a maioria das mulheres são enfermeiras e atendentes, são professoras, educadoras em creches), serviços domésticos (ser doméstica), comerciárias e uma pequena parcela na indústria e na agricultura. Vitória 2009 MPandolfi/2009 57

GÊNERO: UMA QUESTÃO FEMININA GÊNERO: UMA QUESTÃO FEMININA? Na década de 1990, no Brasil, a classe trabalhadora enfrentou o problema da desestruturação do mercado de trabalho, da redução do salário e da precarização do emprego. As mulheres são as mais atingidas pela precarização do trabalho e pela gravidade da falta de investimentos em equipamentos sociais (creches, escolas, hospitais). Vitória 2009 MPandolfi/2009 58

ODONTOLOGIA UMA QUESTÃO DE GÊNERO CONSIDERANDO TAIS QUESTÕES COMO ENCONTRA-SE A MULHER CIRURGIÃ-DENTISTA EM RELAÇÃO À SUA SAÚDE OCUPACIONAL? ODONTOLOGIA UMA QUESTÃO DE GÊNERO Vitória 2009 MPandolfi/2009 59

CONHECIMENTO CIENTÍFICO ODONTOLOGIA UMA QUESTÃO DE GÊNERO Vitória 2009 MPandolfi/2009 60

ODONTOLOGIA UMA QUESTÃO DE GÊNERO PREVALÊNCIA DE DOENÇA OCUPACIONAL DE CDs MULHERES NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO ODONTOLOGIA UMA QUESTÃO DE GÊNERO Vitória 2009 MPandolfi/2009 61

LOCALIZAÇÃO DO ESTUDO E POPULAÇÃO ALVO O estudo foi do tipo Descritivo de corte Transversal. O universo estudado foi de 3972 CDs do Estado do Espírito Santo, inscritos no CRO-ES até 30 de dezembro de 2006. Duas mil duzentos e vinte e noves CDs do sexo feminino e dos diversos municípios do Estado do Espírito Santo. Vitória 2009 MPandolfi/2009 62

Amostra (CDs mulheres) Estratificados por município Princípio da proporcionalidade; Municípios com números pequenos de CDs, os quais significariam menos de um participante, foi promovida a exclusão; Municípios em que o número de participantes não era um número inteiro, o fator de correção foi feito para cima, aumentando a amostra final; Aleatória. Vitória 2009 MPandolfi/2009 63

AMOSTRA Critérios de Inclusão Critérios de Exclusão Profissionais do sexo feminino inscritos no banco de dados do CRO-ES até 30/12/2006. Critérios de Exclusão Profissionais que até a data de 30/12/2006 haviam dado baixa do cadastro profissional por falecimento, aposentadoria e outros; Profissionais que tinham como endereço de eleição para correspondência municípios próximos do Espírito Santo; Participantes do estudo piloto; e Profissionais que se recusaram (CLE). Vitória 2009 MPandolfi/2009 64

VARIÁVEIS Dependentes Independentes Percepção da dor e stress, transtorno circulatório e ausência do trabalho por dor. Independentes Variáveis sociodemográficas (sexo, idade, estado civil, número de filhos, gravidez interrompida); Formação profissional (tempo de formado, conhecimento de ergonomia, titulação, carga horária, vínculo empregatício, local e distância do trabalho, presença de auxiliar, intervalo entre atendimento, férias); e Hábitos diários (prática de lazer e exercícios físicos). Vitória 2009 MPandolfi/2009 65

Estimativa de confiabilidade (IC) foi de 95%; ESTATÍSTICA Estimativa de confiabilidade (IC) foi de 95%; O nível de significância adotado nos testes foi  = 0,05 e 0,01; SPSS 15,0; Tabelas de dupla freqüências em número e percentual. Teste apropriados. Vitória 2009 MPandolfi/2009 66

Tem transtorno circulatório 76 91,6 134 81,7 0,028 7 8,4 30 18,3 Tabela 1. Doenças ocupacionais de cirurgiãs-dentistas do Estado do Espírito Santo segundo o estado civil, 2007 Característica Solteiro Casado/Outros p-valor N % Atualmente sente dor Não 40 48,2 54 32,9 0,014 Sim 43 51,8 110 67,1 Tem transtorno circulatório 76 91,6 134 81,7 0,028 7 8,4 30 18,3 Interrompeu jornada por dor Vitória 2009 MPandolfi/2009 67

Tem transtorno circulatório 117 80,1 93 92,1 0,007 29 19,9 8 7,9 Tabela 2. Doenças ocupacionais de cirurgiãs-dentistas do Estado do Espírito Santo segundo o número de filhos Característica Com filhos Sem filhos p-valor N % Atualmente sente dor Não 54 37,0 40 39,6 0,388 Sim 92 63,0 61 60,4 Tem transtorno circulatório 117 80,1 93 92,1 0,007 29 19,9 8 7,9 Interrompeu jornada por dor 74 50,7 70 69,3 0,003 72 49,3 31 30,7 Vitória 2009 MPandolfi/2009 68

Tem transtorno circulatório 89,2 119 82,1 0,084 11 10,8 26 17,9 Tabela 4. Doenças ocupacionais em cirurgiãs-dentistas do Estado do Espírito Santo segundo a faixa etária Característica Até 30 anos Mais 30 anos p-valor N % Atualmente sente dor Não 40 39,2 54 37,2 0,427 Sim 62 60,8 91 62,8 Tem transtorno circulatório 89,2 119 82,1 0,084 11 10,8 26 17,9 Interrompeu jornada por dor 75 73,5 69 47,6 0,000 27 26,5 76 52,4 Vitória 2009 MPandolfi/2009 69

Tem transtorno circulatório 142 86,6 68 81,9 0,216 13,4 15 18,1 Tabela 15. Doenças ocupacionais em cirurgiãs dentistas do Estado do Espírito Santo segundo o conhecimento de ergonomia Característica Com conhecimento Sem conhecimento p-valor Nº % Atualmente sente dor Não 72 43,9 22 26,5 0,005 Sim 92 56,1 61 73,5 Tem transtorno circulatório 142 86,6 68 81,9 0,216 13,4 15 18,1 Interrompeu jornada por dor 100 61,0 44 53,0 0,144 Vitória 2009 MPandolfi/2009 70

A maioria das cirurgiãs-dentistas do Estado do Espírito Conclusões A maioria das cirurgiãs-dentistas do Estado do Espírito Santo relata sentir dor, tem transtornos circulatórios e interrompe a jornada de trabalho. CDs com mais de 30 anos, casadas, com filhos e com mais de dez anos de profissão e com conhecimento de ergonomia interrompem mais a jornada por dor; Vitória 2009 MPandolfi/2009 71

Não apresentaram resultados estatisticamente significantes carga horária realização de intervalos entre atendimentos atividades de lazer e física realização de procedimentos com auxiliar Vitória 2009 MPandolfi/2009 72

ODONTOLOGIA UMA QUESTÃO DE GÊNERO A ODONTOLOGIA DEVE SER AVALIADA SOB A ÓTICA DA QUESTÃO DE GÊNERO ? ODONTOLOGIA UMA QUESTÃO DE GÊNERO Vitória 2009 MPandolfi/2009 73

Quando a igualdade de gênero se coloca, cresce o espaço da democracia dentro da espécie humana. A democratização efetiva da sociedade humana passa pela discussão das relações de gênero, neste sentido a luta das mulheres não está relacionada apenas aos seus interesses imediatos, mas aos interesses gerais da humanidade. Vitória 2009 MPandolfi/2009 74

OBRIGADA ! Margareth.pandolfi@hotmail.com Vitória 2009 MPandolfi/2009