ETILENO O FITORMÔNIO GASOSO

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Transcrição da apresentação:

ETILENO O FITORMÔNIO GASOSO

HISTÓRICO SOBRE O ETILENO ‘ • Na China milenar já se sabia que os frutos colhidos “de vez” amadureciam mais rapidamente quando armazenados em uma sala onde se queimava incenso. • No século XIX (1864), quando o gás produzido pelo carvão era utilizado para a iluminação das ruas, foi observado que as árvores que se encontravam próximas aos postes de iluminação perdiam mais folhas que as demais

NELJUBOW em 1901 demonstrou que: 1. O ETILENO era o componente ativo do gás para iluminação; 2. Este gás induzia mudanças morfológicas em plântulas de ervilha (causava inibição do alongamento do caule, aumento de diâmetro e hábito horizontal); 3. Este gás inibia a abertura do “gancho plumular” do hipocótilo e o crescimento foliar. • COUSINS, em 1910, observou que laranjas armazenadas com bananas provocavam o amadurecimento prematuro em bananas. Demonstração de que o etileno era produzido por tecidos vegetais, portanto, um HORMÔNIO. Hoje, sabe-se que as laranjas estavam contaminadas com o fungo Penicillium que produz etileno.

• Na 1ª metade do século XX foi observado, em Porto Rico e nas Filipinas, que a fumaça de fogueiras provocava floração em abacaxi e manga. • GANE, em 1934, mostrou que plantas eram capazes de produzir ETILENO e que este composto era o responsável pelo amadurecimento de frutos. Sendo, então, considerado um hormônio vegetal.

O etileno é a mais simples olefina (alceno) conhecida com massa molecular de 28 daltons. É inflamável e sofre rápida oxidação. [O] H2O O transporte fisiológico de etileno ocorre através do xilema na forma de seu precursor biossintético o ácido 1- aminociclopropano carboxilico (ACC)

O etileno é amplamente produzido nas angiospermas. Gimnospermas, pteridófitas, musgos, hepáticas, certas cianobactérias, fungos e bactérias também Produzem etileno A produção de etileno aumenta durante a abscisão foliar, a senescência de flores e o amadurecimento de frutos; • Além disso, escuro, injúria mecânica, doenças e estresses fisiológicos (causados por congelamento, alagamento, alta temperatura e déficit hídrico) induzem a síntese de etileno.

A formação do gancho plumular tem grande importância ecológica, pois protege a gema apical contra danos durante a emergência da planta do solo.

Inibidores do etileno • Inibidores da síntese:  Bloqueia a conversão de S-adenosilmetionina para ACC:  Aminoetoxivinil glicina (AVG);  Ácido aminooxiacético (AOA);  Bloqueia a conversão de ACC para etileno:  Cobalto (Co 2+ );  Anaerobiose.

Inibidores do etileno • Inibidores da ação: Íons prata (Ag + ), na forma de nitrato e tiossulfato de prata; CO2 a 5-10%; 1-Metilciclopropeno, MCP (irreversível); Transcicloocteno (reversível). • Adsorvente de etileno:  Permanganato de potássio (usado na conservação de frutos e

Efeitos fisiológicos do etileno

Indução do amadurecimento de frutos O termo amadurecimento de frutos refere-se às mudanças no fruto que o tornam pronto para o consumo. Estas mudanças incluem: • o amolecimento do fruto devido à quebra enzimática das paredes celulares; • a hidrólise do amido; • o acúmulo de açucares; • o desaparecimento de ácidos orgânicos e de compostos fenólicos, incluindo os taninos. Para as sementes cuja dispersão depende da ingestão por animais, amadurecimento e comestibilidade são sinônimos

Pós- colheita de frutos Ao contrário dos produtos de origem animal, como o leite ou a carne, frutas e hortaliças continuam vivas depois de sua colheita, mantendo ativos todos seus processos biológicos vitais. Devido a isso e por causa do alto teor de água em sua composição química, frutas e hortaliças são altamente perecíveis. Para aumentar o tempo de conservação e reduzir as perdas pós-colheita, é importante que se conheça e utilize as práticas adequadas de manuseio durante as fases de colheita, armazenamento, comercialização e consumo. No Brasil, estima-se que entre a colheita e a mesa do consumidor ocorrem perdas de até 40% das frutas e hortaliças produzidas. A maioria ocorre devido ao descuido, a má-conservação e a falta de conhecimento das medidas específicas que poderiam ser tomadas para evitar o estrago. Além de prejudicar a competitividade agrícola, estas perdas poderiam estar alimentando parte da população brasileira que se encontra faminta e fortemente desnutrida. Para agir contra esta realidade, é imprescindível que se conheçam os fatores biológicos e ambientais que provocam a deterioração pós-colheita de frutas e hortaliças, entendendo que conservar significa manter, e não melhorar, a qualidade de um produto, pelo menos durante um período de tempo. Um primeiro passo é ter uma noção dos principais processos fisiológicos de uma planta viva.

O que acontece na colheita O que acontece na colheita?Quando frutas e hortaliças são colhidas pelo homem, elas continuam vivas e suas transformações químicas naturais não param de acontecer. Porém, separadas da planta mãe ou do solo, elas são forçadas a utilizar suas reservas de substrato ou de compostos orgânicos ricos em energia, como açúcares e amido, a fim de respirar e assim produzir a energia necessária para manterem-se vivas. De todos os processos metabólicos que ocorrem nas hortaliças e nas frutas, após a colheita, a respiração é o mais importante e pode ser afetado por fatores próprios da planta (internos) ou do ambiente (externos). Analisando as partes responsáveis pelo processo respiratório, como descritas mais acima, podemos concluir que: O consumo de composto rico em energia acarreta na perda de peso seco, valor nutritivo e aroma. O consumo de oxigênio do ar ajuda a dar continuidade a respiração e, desta forma, manter a textura e o sabor das plantas. Este fator é controlável, ou seja, reduzindo-se o teor de oxigênio de maneira que a planta continue respirando em nível mínimo, pode-se conservá-la por mais tempo. Porém, na ausência do oxigênio atmosférico, a produção de energia necessária para a vida não cessa, sendo fornecida pelo que chamamos de fermentação. Conseqüência desse processo é a produção de alcóois e gás carbônico que alteram o sabor e causam colapso dos tecidos, levando à deterioração total das frutas e hortaliças. A produção de gás carbônico no ambiente onde se encontram as frutas ou hortaliças colhidas pode elevar a concentração do mesmo no interior da planta. Quando em quantidades superiores ao necessário para a fotossíntese, pode chegar a níveis tóxicos, alterando o metabolismo e produzindo álcool e toxinas. Quando controlado, a concentração de gás carbônico atmosférico ajuda a reduzir a taxa de respiração e contribui para a melhor conservação das plantas. A produção de água durante a respiração tem pouca influência na conservação. A produção de energia é utilizada, em parte, pela planta, para sua manutenção. Outra parte, porém, é liberada para o ambiente em forma de calor. Desta forma, justifica-se a utilização de baixas temperaturas para reduzir a velocidade respiratória, aumentando a conservação dos produtos.

Frutos climatéricos e não-climatéricos Cada espécie cultivada possui uma taxa respiratória característica, diferente da de outras espécies. Em geral, a intensidade de respiração de produtos imaturos é alta, diminuindo com o tempo, com o crescimento e a frutificação das plantas. Ao início da fase de amadurecimento, a taxa respiratória volta a aumentar em algumas espécies. A perecibilidade e o envelhecimento das hortaliças e frutas são proporcionais ao tipo e à intensidade de respiração de cada espécie.

Frutos climatéricos e não-climatéricos Daí surge a classificação de produtos climatéricos e não-climatéricos.

Climatéricos são aqueles que, logo após o início da maturação, apresentam rápido aumento na intensidade respiratória, ou seja, as reações relacionadas com o amadurecimento e envelhecimento ocorrem rapidamente e com grande demanda de energia, responsável pela alta taxa respiratória. Exemplos de frutas climatéricas são a banana, goiaba, manga, mamão, caqui, melancia e tomate. A fim de retardar a maturação e o envelhecimento e aumentar o período de conservação, frutas e hortaliças climatéricas costumam ser colhidas ainda verdes, à partir do momento em que atingem o ponto de maturação. Em seguida são armazenadas em condições controladas.

Não-climatéricos são aqueles que necessitam de longo período para completar o processo de amadurecimento, mais lento nesses produtos. A energia fornecida se mantém em constante declínio durante todo processo de envelhecimento. Exemplos de frutas e hortaliças não-climatéricas são a laranja, tangerina, uva, berinjela, pimenta, alface, couve-flor, o pepino, limão e o abacaxi. Produtos não-climatéricos são deixados na planta até atingirem seu estágio ótimo de amadurecimento, quando são colhidos.

A produção de etileno, o hormônio do amadurecimento e envelhecimento de vegetais, ocorre naturalmente durante a fase de amadurecimento dos frutos, principalmente dos climatéricos. O gás etileno também é utilizado pelo homem quando se deseja estimular o amadurecimento de frutos como a banana, o mamão, entre outros.