A FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE
FORMAÇÃO DA PERSONALIDADA A formação da Personalidade Construção da Personalidade Tantos e diversos fatores em permanente interação e influência.
Este é um processo gradual, dinâmico e único. FORMAÇÃO DA PERSONALIDADA Freud (1916), são três os fatores formadores da personalidade. Heredo-constitucionais PERSONALIDADE Experiências com os Pais As experiências Traumáticas da Vida Adulta PERMANTE INTERAÇÃO ENTRE FATORES BIOLÓGICOS E FATORES AMBIENTAIS Este é um processo gradual, dinâmico e único.
HEREDO-CONSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DA PERSONALIDADA HEREDO-CONSTITUCIONAIS Padrão de atividade do recém-nascido revela acentuadas diferenças individuais entre os bebês – um mesmo estímulo exterior é sentida de forma diferente. A forma e as durações das mamadas, o funcionamento do aparelho digestivo, o ritmo do sono ou despertar, a maneira de chorar, etc... Investigações tem demostrado que existe, de fato, uma “predisposição constitucional inata”, passível de mudanças pelas influências ambientais. Dimensão Potencial – os potenciais das crianças a serem desenvolvidos, dependerão, em grande parte, da responsividade da mãe e do ambiente.
FORMAÇÃO DA PERSONALIDADA HEREDO-CONSTITUCIONAIS Estudos etológicos – Fenômeno do imprinting – Marcas impressas na mente; Fenômeno do imprinting encontre uma equivalência nas primeiras sensações corporais que acompanham; a vida intra-uterina do feto em gestação. Vários autores psicanalíticos tem postulado teorias que expressam a convicção de que as reais condições uterinas da mãe, notadamente a repercussão dos seus estados emocionais e físicos, encontram uma direta repercussão no feto. Bion, já na década de 70 – Conjetura especulativa quanto à existência de uma intensa vida psíquica fetal e, indo mais longe, ele a estendia à influência quanto à impressão já nas células embrionárias – A partir dos estados físicos e emocionais da mãe – Primitivas sensações corporais. É evidente devem ser incluídos alguns fatores de natureza orgânica (possíveis defeitos genéticos do feto, eventuais estados de intoxicação da mãe), como também os possíveis problemas decorrentes de partos complicados, etc.
HEREDO-CONSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DA PERSONALIDADA HEREDO-CONSTITUCIONAIS O bebê nasce num estado de neotenia, isto é, nasce prematuramente – Nasce num estado de absoluta dependência e desamparo. A maturação motora é lenta, diferente do desenvolvimento dos órgãos dos sentidos que é precoce e rápida. Noção de organizadores postuladas por R. Spitz (1965) – Desenvolvimento da crianças passa por 3 organizadores – pontos nodais de transformações: - Sorriso espontâneo (por volta do 3º mês) - A angústia (por volta do 8º mês) - A capacidade para dizer não (em torno de segundo ano) - Piaget – A capacidade sensoriais, motoras e intelectuais de uma criança podem variar no ritmo e qualidade, porém obedecem a uma pré-determinada sequência neurofisiológica.
FORMAÇÃO DA PERSONALIDADA HEREDO-CONSTITUCIONAIS O desenvolvimento atual da neurociência está comprovando que os fatores orgânicos relativos às sinapses neuronais e hemisférios cerebrais, exercem uma clara e definida influência no psiquismo, tal como pode ser observado, com alguns evidentes resultados positivos, com o uso adequado de neurolépticos e antidepressivos da moderna psicofarmacologia. Da mesma forma, algumas pesquisas recentes sobre os hemisférios cerebrais comprovam que algumas pessoas têm uma tendência inata para o talento verbal, enquanto outras podem ter falta dessa capacidade e serem aptas a habilidades manuais, criatividade artística, ou são mais propensos para descargas afetivas, etc". Zimerman afirma que podemos incluir uma especial capacidade inata da criança que é aquela que consiste em uma "intuitiva" condição de "ler" as modulações afetivas expressadas na face e na voz da mãe.
FORMAÇÃO DA PERSONALIDADA HEREDO-CONSTITUCIONAIS Zimerman conclui que "ninguém discorda do fato de que o bebê está a mercê de estímulos de toda ordem - físicos e psíquicos; sensoriais e cinestésicos, prazerosos e desprazerosos - sendo que ele não tem condições neurofisiológicas, e muito menos egóicas, para distinguir se essas sensações corporais provém de dentro ou fora dele, se deste ou daquele órgão. Assim, a criança, nesse transitório estado de caos, não consegue descarregar para o mundo externo, através da motricidade e da ação, este aumento e tensão que acontece no seu mundo interno. Ela o faz por meio da linguagem corporal primitiva (choro, ricto doloroso, diarreia, vômito, esperneio, etc.), de modo a mobilizar as pessoas que estão à sua volta para cumprirem essa função de aliviar e processar as necessidades e o estado de tensão insuportável".
FORMAÇÃO DA PERSONALIDADA FASES PSICOSEXUAL
FORMAÇÃO DA PERSONALIDADA FASES PSICOSEXUAIS DO DESENVOLVIMENTO SEXUALIDADE PARA FREUD Em Psicanálise a sexualidade está divorciada da sua ligação por demais estreita com os órgãos genitais, sendo considerada como uma função corpórea mais abrangente, tendo o prazer como a sua meta e só secundariamente vindo a servir às finalidades de reprodução.
PRAZER
SEXUALIDADE E LIBIDO Libido : é uma fonte original de energia afetiva que mobiliza o organismo na perseguição de seus objetivos. A libido sofre progressivas organizações durante o desenvolvimento, em torno de zonas erógenas corporais. Uma fase de desenvolvimento é uma organização da libido em torno de uma zona erógena, dando uma fantasia básica e um tipo de relação de objeto. A libido é uma energia voltada para a obtenção de prazer.
Descoberta da sexualidade infantil Fases psicossexuais do desenvolvimento humano: Fase Oral – 0 a 18 meses Fase Anal – 18 meses a 3 anos Fase fálica – 3 a 6 anos Latência – 6 a 12 anos Fase genital – 12 a 18 anos
Fase Oral – 0 a 18 meses É pela boca que a criança entra em contato com o mundo. A região do corpo que proporciona maior prazer à criança é a boca. O principal objeto de desejo nesta fase é o seio da mãe, que além de a alimentar proporciona satisfação ao bebê. Nesta fase também outras zonas corporais cumprem a mesma função: o sistema aerodigestivo; órgão da fonação e da linguagem; a pele; órgãos sensoriais; etc.
Fase Anal- 18 meses a 3 anos Neste período a criança passa a adquirir o controle dos esfíncteres a zona de maior satisfação é a região do anus. A obtenção do controle fisiológico é ligada à percepção de que esse controle é uma nova fonte de prazer. A criança descobre que pode controlar as fezes que sai de seu interior. Desenvolve-se o sentimento de que a criança tem coisas suas, coisas que ela produz e pode ofertar ou negar ao mundo. Etapa acompanhada de outras transformações: aquisição da linguagem; engatinhar e andar; curiosidade e exploração do mundo exterior; controle da motricidade; ensaio de individuação e separação; a condição de dizer não; etc.
Fase Fálica – 3 a 6 anos Nesta etapa do desenvolvimento a atenção da criança volta-se para a região genital. É a primeira fase em que as crianças tornam-se conscientes das diferenças sexuais. Freud concluiu, a partir de suas observações, que durante este período, homens e mulheres desenvolvem sérios temores sobre questões sexuais. Complexo de Édipo e de Castração
Fase Fálica – 3 a 6 anos Masturbação – Na fase fálica o prazer organiza-se predominantemente pela excitação das mucosas genitais do pênis (menino) e clitóris (menina). Curiosidade sexual – Fases dos por quês? Na maioria delas sobre às origens das diferenças entre pares opostos provoca acréscimo de angústia que encontra alívio nas explicações adequadas (pais/educadores). Cena primária – Imaginação do que se passa no quarto dos pais. Fica excitada e reprime e/ou aumenta o seu mundo de imaginação.
Fase Fálica – 3 a 6 anos Complexo de Édipo Conjunto de desejos amorosos e hostis que a criança experimenta com relação aos seus pais. O complexo de Édipo representa um papel organizador essencial para a organização da personalidade: Abre caminho pra triangulação – entrada do pai; Determina a formação das identificações; A exclusão da cena primária gera uma série de sentimento, especialmente os contidos na “angustia de castração”; É unicamente por meio de uma exitosa resolução da conflitiva edípica que se torna possível o ingresso de uma genitalidade adulta.
Período de Latência – 6 a 12 anos Este período tem por característica principal um deslocamento da libido da sexualidade para atividades socialmente aceitas, ou seja, a criança passa a gastar sua energia em atividades sociais e escolares. A escola marca este período Por volta dos 8 anos se define o primeiro conceito de moral. No início da puberdade se consolida a formação do caráter – Moral - certo x errado
Fase Genital – 12 a 18 anos Ocorre no início da puberdade e o consequente retorno da energia libidinal aos órgãos sexuais. Neste momento, meninos e meninas, estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais. Busca do seu objeto de amor fora do grupo familiar. Medo da castração e retorno de Édipo.
Pulsões Sexuais Freud diz que “as pulsões sexuais atravessam um complicado curso de desenvolvimento e só em seu final `o primado da zona genital´ é atingido. Antes disso há várias `organizações pré-genitais´da libido – pontos em que ela pode ficar fixada e aos quais retornará, na ocorrência de repressão subseqüente (`regressão´)”. Conforme completa Dalgalarrondo, para a psicanálise as “fixações” infantis da libido e a tendência à regressão (a estes `pontos´ de fixação) acabam por determinar tanto os diversos tipos de neuroses, como o perfil de personalidade do adulto. Particularmente importante, na concepção freudiana, é a trama estrutural inconsciente de amor, ódio e temor de represália em relação aos pais, o complexo de Édipo. Assim, a personalidade do adulto forma-se pela introjeção (sobretudo inconsciente) dos relacionamentos que se estabelecem no interior das relações familiares, em particular da criança pequena com os seus pais, e desses com ela.