TRANSMISSÃO COLINÉRGICA

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Transcrição da apresentação:

TRANSMISSÃO COLINÉRGICA UNIC – UNIVERSIDADE DE CUIABÁ UNIDADE – SINOP AEROPORTO TRANSMISSÃO COLINÉRGICA Prof. Especialista: Vanessa Bergo Hidalgo Dolce

TRANSMISSÃO COLINÉRGICA Os neurônios colinérgicos são muito numerosos e se encontram nos seguintes locais: Cérebro Medula Todos os neurônios pós-ganglionares do Sistema Nervoso Autônomo Todos os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos Neurônios pós-ganglionares simpáticos que inervam glândulas sudoríparas

TRANSMISSÃO COLINÉRGICA Transmissão Colinérgica é aquela que envolve liberação de ACETILCOLINA (Ach). Temos duas enzimas que participam: Colina-acetiltransferase (formação da Ach). Acetilcolinesterase (degradação da Ach).

TRANSMISSÃO COLINÉRGICA Colina Acetiltransferase: Esta enzima participa na formação da Ach. A colina é formada e depois transportada ao longo do axônio até sua terminação. A enzima é sintetizada no corpo dos neurônios pelas mitocôndrias. Depois da formação a Ach é transportada e armazenada nas vesículas sinápticas.

TRANSMISSÃO COLINÉRGICA Acetilcolinesterase: Esta enzima faz a (hidrólise) da Ach liberando Colina e Acetil. Essa enzima é encontrada nos neurônios colinérgicos, nas proximidades das sinápses colinérgicas.

RECEPTORES COLINÉRGICOS A Ach é um neurotransmissor do Sistema Nervoso. Existem dois tipos de receptores que interagem com a Ach: Receptores Nicotínicos Receptores Muscarínicos Ambos os receptores são encontrados abundantemente no cérebro humano.

RECEPTORES COLINÉRGICOS RECEPTORES NICOTÍNICOS São designados como alfa e beta, sendo: 8 subtipos de alfa (alfa2 – alfa9). 4 subtipos de beta (beta2 – beta5). Presentes no Sistema Nervoso dos humanos.

RECEPTORES COLINÉRGICOS RECEPTORES MUSCARÍNICOS – LOCALIZAÇÃO Existem 5 subtipos de receptores colinérgicos muscarínicos, de M1 até M5 de acordo com sua especificidade farmacológica. Os receptores M1 (“neurais”): Neurônios do SNC, Neurônios pós-ganglionares simpáticos, resultado de ativação por um ligante (NT, droga). Os receptores M2 (“cardíacos”): Músculo do miocárdio, músculo liso, resultado de ativação por um ligante. Os receptores M3 (“glandulares”): Tecido glandular, vasos, músculo liso, endotélio, resultado da ativação por um ligante.

AÇÕES FARMACOLÓGICAS DA ACETILCOLINA EFEITOS MUSCARÍNICOS Coração M2: Inotrópico e Cronotrópico. Vasos M3 no Endotélio Vascular: Liberação de um fator de relaxamento responsável pela vasodilatação. Sistema Respiratório M3: Broncoconstrição. Secreções em Geral M3: ↑ das secreções (salivar, sudorípara e aparelho digestivo).

AÇÕES FARMACOLÓGICAS DA ACETILCOLINA EFEITOS MUSCARÍNICOS Sistema Urinário M3: Contração da musculatura e relaxamento do esfíncter. Sistema Gastrointestinal M3: Esvaziamento. Íris: Míose (estimulação dos músculos ciliares).

COLINÉRGICOS São classificados de acordo com dois critérios: Tipo de receptor, se muscarínico ou nicotínico. De acordo com seu mecanismo de ação, se direto (ao nível de receptor); se indireto (inibição da acetilcolinesterase). DIRETOS: Colinérgicos Agonistas (estimulantes) dos receptores colinérgicos. Colinérgicos Diretos Muscarínicos – (acetilcolina e betanecol). Alcalóides – (muscarina e pilocarpina). Colinérgicos Diretos Nicotínicos.

COLINÉRGICOS INDIRETOS: Colinérgicos que atuam como inibidores da colinesterase, também chamados de anticolinesterásicos. Reversíveis – (carbamatos e edrofônio). Irreversíveis – (inseticidas organosfosforados).

AGONISTAS DIRETOS

AGONISTAS DIRETOS ACETILCOLINA No Sistema Cardiovascular pequenas doses de Acetilcolina provocam: Queda das pressões sistólica e diastólica. Produção de taquicardia através da ativação reflexa da atividade simpática. Em doses mais elevadas, observam-se as seguintes respostas: Efeito depressor sobre o coração, capaz de mascarar a taquicardia. Redução da freqüência cardíaca.

AGONISTAS DIRETOS ACETILCOLINA As glândulas lacrimais, salivares e sudoríparas são também estimuladas pela Ach. No sistema urinário a Ach provoca contração. No TGI a Ach, em doses elevadas aumenta o tônus da musculatura lisa e força de contração. Sobre a íris, se aplicada localmente, produz miose. É difícil observar os efeitos nicotínicos a Ach ministrada por V.I, devido a sua estrutura química (amônio quaternário).

AGONISTAS DIRETOS ACETILCOLINA As ações da Ach nos receptores nicotínicos, na glândula da supra-renal, provocam a liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). USOS CLÍNICOS Pode ser usada em oftalmologia, na cirurgia de catarata, afim de se obter miose completa e rápida. Nessa aplicação é utilizada na forma de CLORETO.

AGONISTAS DIRETOS BETANECOL As ações farmacológicas assemelham-se àquelas da Ach e carbacol. Atua mais especificamente no TGI e Bexiga. Exerce pouca ação no Sistema Cardiovascular. USOS CLÍNICOS É utilizada principalmente, no tratamento de retenção urinária pós-operatória. Reações Adversas: Ruborização, sudorese, mal-estar epigástrico, cãibras abdominais e salivação.

AGONISTAS DIRETOS BETANECOL USOS CLÍNICOS É utilizada na forma de comprimidos de 5, 10 ou 25 mg da droga, e sob a forma de solução a 2mg/ml. A posologia deve ser ajustada individualmente. A dose habitual é de 10 – 30 mg, 3/3 horas ou de 4/4 horas ao dia. Contra-Indicação: Úlcera péptica e Asma.

ALCALÓIDES MUSCARINA É um alcalóide de ocorrência natural do cogumelo Amanita muscaria, que caracterizou os receptores e efeitos muscarínicos. A muscarina é responsável pela intoxicação por vários tipos de cogumelos. É bem absorvida pelo TGI e tem potência 100 vezes maior que a Ach. Sua estrutura química difere da Ach. A intoxicação pela muscarina é eficientemente tratada com Atropina.

ALCALÓIDES PILOCARPINA É um alcalóide existentes nas folhas do Pilocarpus jaborandi. Trata-se de um colinérgico direto, cujos efeitos são similares aos da Ach. É utilizada para reduzir a pressão intra-ocular no tratamento de glaucoma. É utilizada na forma de CLORIDRATO. Aplicada localmente, em solução de 0,25 a 10% nos olhos. É também utilizada sob a forma de Ocusert.

AGONISTAS INDIRETOS OU ANTICOLINESTERÁSICOS

COLINÉRGICOS INDIRETOS OU ANTICOLINESTERÁSICOS Os Carbamatos são hidrossolúveis. Os organofosforados são muito lipossolúveis, com exceção do ecotiofato, que é altamente polar e mais estável que os outros organosfosforados, podendo ser mantido em solução durante semanas. Os organosfosforados do tipo do Paration e Malation são muito lipossolúveis, distribuindo-se facilmente para todos os tecidos e órgãos, inclusive para o SNC. Os anticolinesterásicos são classificados em reversíveis e irreversíveis, de acordo com a sua duração de ação. Os inibidores organosfosforados são referidos como irreversíveis, e o edrofônio e os carbamatos são classificados como reversíveis.

COLINÉRGICOS INDIRETOS OU ANTICOLINESTERÁSICOS USOS DOS ANTICOLINESTERÁSICOS Miastenia Grave Glaucoma

TOXICIDADE DOS ANTICOLINESTERÁSICOS Os anticolinesterásicos ou inibidores de acetilcolinesterase são usados como inseticidas e, acidentalmente podem provocar intoxicações. Os sintomas de intoxicação aguda são provocados pelo acúmulo de Ach nas sinápses colinérgicas, observando-se broncoconstrição, acúmulo de secreções respiratórias, músculos respiratórios enfraquecidos ou paralisados. O tratamento da intoxicação aguda pelos anticolinesterásicos se realiza de acordo com os seguintes passos: evitar ou reduzir absorção de mais anticolinesterásicos; remover roupas contaminadas; lavar a pele exposta com água e sabão; lavagem gástrica se o fármaco for ingerido. Os antídotos são atropina (anticolinérgico) e, possivelmente, regeneradores de acetilcolinesterase (pralidoxima).

ANTICOLINÉRGICOS

ANTICOLINÉRGICOS Os anticolinérgicos ou antagonista dos receptores colinérgicos subdividem-se em: Antimuscarínicos e Antinicotínicos. A pirenzepina, é um antagonista muscarínico, apresenta seletividade para os receptores M1, situados no TGI, principalmente no estômago, onde são responsáveis pela secreção. Os outros antagonistas muscarínicos não são seletivos em relação aos receptores. A Atropina é um antimuscarínico típico, um dos principais, que bloqueia as ações da acetilcolina, ao nível dos receptores muscarínicos.

ANTICOLINÉRGICOS O bloqueio realizado por pequena dose de atropina pode ser desfeito por maior concentração de Ach, fato que indica tratar-se de bloqueio por competição por local ou locais de ligação nos receptores. Podem ser utilizados para – Cinetose, Oftalmologia, TGI, Pneumologia. Os graus de responsividade dos tecidos à atropina obedecem a seguinte escala: (a) os mais sensíveis: glândulas salivares, brônquicas e sudoríparas; (b) moderadamente sensíveis: músculo liso e miocárdio; (c) os menos sensíveis: células gástricas parietais. A atropina exerce poucos efeitos sobre os receptores nicotínicos.

GANGLIOPLÉGICOS E GANGLIOMIMÉTICOS

GANGLIOMIMÉTICOS E GANGLIOPLÉGICOS GANGLIOMIMÉTICOS – São colinérgicos nicotínicos, com ação predominantemente ao nível das sinapses ganglionares simpáticas e parassimpáticas. EXEMPLOS: Nicotina, Lobelina e Dimetilfenilpiperazínico (DMPP). GANGLIOPLÉGICOS – São anticolinérgicos antinicotínicos com ação predominantemente ao nível das sinapses ganglionares simpáticas e parassimpáticas. EXEMPLOS: Hexametônio, Mecamilamina, Pempidina e Trimetafan.

GANGLIOMIMÉTICOS NICOTINA Não é utilizada na terapêutica. Farmacocinética É absorvida através das mucosas e também pela pele íntegra. Após absorção, acumula-se no fígado, nos rins e no cérebro. Farmacodinâmica A Nicotina age combinando-se aos receptores nicotínicos da Ach, impedindo a atuação da Ach, evitando assim, seus efeitos. As respostas à ação da nicotina se refletem principalmente ao nível dos sistemas nervoso central, autônomo, cardiovascular, gastrointestinal, urinário e pele. Esses efeitos podem ser comprovados após o uso do cigarro com inalação da fumaça.

GANGLIOMIMÉTICOS LOBELINA Alcalóide extraído das folhas da planta Lobelia inflata. UTILIDADE CLÍNICA Suas ações assemelham-se ás da nicotina, porém em menor intensidade. Sua aplicação consiste no tratamento do tabagismo.

GANGLIOMIMÉTICOS DIMETILFENILPIPERAZÍNICO (DMPP) Não possui aplicação terapêutica, foi a primeira droga capaz de estimular os receptores nicotínicos. UTILIDADE CLÍNICA É uma droga de grande importância na farmacologia experimental.

GANGLIOPLÉGICOS HEXAMETÔNIO Não é mais utilizado no controle da hipertensão arterial. O mecanismo de ação do Hexametônio é de competição farmacológica com a Ach pelos receptores nicotínicos. Possui ação sobre o TGI, à nível da pele e sistema respiratório.

GANGLIOPLÉGICOS MECAMILAMINA Possui boa absorção. Utilizada especialmente para o uso de hipertensão arterial. Têm sido substituída por medicamentos similares com menos reações adversas (retenção urinária, ↓ da secreção salivar e gástrica). É comercializada sob o nome de Inversina®, em comprimidos de 2,5 a 10 mg.

BOA SEMANA!!!!!