evolução
Antes de se entender a vida como fruto da evolução Os seres vivos eram considerados criações divinas, e estes não sofrem mudanças ao longo do tempo, falando-se em fixismo.
1) EVOLUÇÃO É o processo através no qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas.
2) EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO Fósseis Homologia Órgãos vestigiais Evidências moleculares Embriologia comparada
2.1) Fósseis Chamamos de fóssil os restos dos seres vivos de épocas passadas ou qualquer vestígio deixado por eles: pegadas, trilhas, ovos, fezes etc
Só haverá fossilização se a morte do organismo ocorrer em condições que favoreçam esse fenômeno, como por exemplo quando um animal é soterrado por sedimentos. Com o tempo, os sedimentos se compactam e formam rochas; As vezes, as partes do corpo são substituídas por minerais, e sua forma original é preservada; Em outras vezes, o organismo é completamente destruído, mas sua marca ou seu molde fica esculpido na rocha;
São raros os casos em que um organismo fica intacto, como aconteceu com os mamutes (com carne e pele preservadas) soterradas nas geleiras da Sibéria ou com insetos presos na resina de pinheiros
A IMPORTÂNCIA DOS FÓSSEIS PARA O ESTUDO DA EVOLUÇÃO Estudando fósseis de ossos de pernas de um animal, podemos ter idéia da sua altura e do seu peso; O dente pode indicar o tipo de alimentação; Os fósseis com características intermediárias entre dois grupos, o que indica grau de parentesco entre eles (Ex: dinossauros com penas, aves com dentes, mostrando parentesco evolutivo entre dois grupos) (Ex: fósseis intermediários entre baleias e mamíferos terrestres) Outros estudos mais aprofundados mostram que peixes devem ter surgido antes dos anfíbios, estes antes dos répteis, que surgiram antes das aves e dos mamíferos. Essa sequencia é confirmada pela idade relativa dos fósseis de cada grupo.
Como saber a idade do fóssil? O método usado é chamado de datação radioativa, se baseia no fenômeno da radioatividade. Quando não é possível avaliar a idade do fóssil, procura-se fazer a datação da rocha em que ele foi encontrado. Como cada camada de rocha sedimentar é característica de um período geológico específico, é possível determinar uma cronologia através do estudo de uma determinada quantidade de camadas.
2.2) Homologia Estruturas homólogas são aquelas que possuem a mesma origem embrionária e desenvolvimento semelhante em diferentes espécies, embora em alguns casos possa exercer funções diferentes em diferentes espécies, como os membros anteriores de vertebrados terrestres: o braço do ser humano, as asas de um morcego, a nadadeira de uma baleia e a pata dianteira de um cavalo. A diferença de funções entre tais estruturas, quando presente, deve-se a uma divergência evolutiva, ou seja, a adaptações surgidas pela vida em ambientes diferentes.
Analogia Estruturas análogas são aquelas que desempenham a mesma função em certas espécies, apesar de terem origens embrionárias diferentes, ou seja, possuem apenas semelhança morfológica entre estruturas, em função de mecanismos adaptativos correlacionados à execução requerida pelo mesmo, por exemplo, as asas das aves e dos insetos, diferentes quanto à origem, mas adaptadas ao vôo. Esse tipo de semelhança não é usado nos estudos que visam estabelecer relações de parentesco evolutivo. As estruturas análogas são fruto do que se chama evolução convergente (ou convergência evolutiva). Nesse processo a semelhança se deve apenas à adaptação a uma condição ecológica semelhante.
2.3) ÓRGÃOS VESTIGIAIS São aqueles que, em alguns organismos, são de tamanho reduzido, atrofiados e geralmente não tem função, mas que em outros organismos são maiores e exercem função definida. Ex: apêndice (projeção do intestino) (que não tem função no ser humano mas é importante na digestão de outros mamíferos. A importância evolutiva desses órgãos vestigiais é a indicação de uma ancestralidade comum.
Outras estruturas vestigiais no homem Cóccix É um clássico exemplo de estrutura vestigial em humanos, é um pequeno osso que termina a coluna vertebral na parte inferior, sendo um vestígio da cauda dos ancestrais do homem. Pêlos corporais Temos músculos ligados aos nossos folículos pilosos que se contraem, fazendo nossos pêlos corporais se arrepiar-se quando estamos com frio ou medo. Por isso se fossemos peludos, como os chimpanzés, a contração desses músculos fariam com que a superfície da nossa pelagem fosse aumentada, mantendo-nos aquecidos, ou tornando-nos aparentemente maiores e mais ameaçadores aos inimigos. Porém não somos peludos, por isso ficamos apenas com a pele arrepiada, o que indica que os humanos vieram de ancestrais mais peludos Dentes do siso São os terceiros molares vestigiais que os ancestrais humanos utilizavam para ajudar na trituração do tecido vegetal. Os crânios de ancestrais humanos tinham mandíbulas maiores, com mais dentes, que foram provavelmente usados para ajudar a mastigar folhas, que possuem uma rígida parede celular. Como houve uma mudança na dieta humana, as mandíbulas diminuíram pela seleção natural, mas os terceiros molares, ou "dentes do siso", ainda podem se desenvolver na boca humana, sendo que atualmente, os dentes do siso tornaram-se inúteis e até prejudiciais, onde muitas vezes é necessária sua remoção cirurgicamente.
2.4) EVIDÊNCIAS MOLECULARES Os recentes avanços da Biologia Molecular têm permitido comparar diretamente a estrutura genética de diferentes espécies, através da comparação das seqüências de nucleotídeos presentes nas moléculas de DNA. Os resultados das análises bioquímicas têm confirmado as estimativas de parentesco entre espécies obtidas por meio do estudo de fósseis e anatomia comparada. Isso reforça ainda mais a teoria de que os seres vivos atuais resultam da evolução de seres vivos que viveram no passado, estando todos os seres vivos relacionados por graus de parentescos mais ou menos distantes.
O homem descende do macaco? Na polêmica apresentação de seu trabalho a respeito do processo de seleção natural e da origem das espécies, Darwin foi acusado de defender a tese de que o homem descendeu dos macacos. Será que isso é verdade? A acusação é injustificada. Darwin nunca afirmou isso. O que ele procurava esclarecer era o fato de que todas as espécies viventes, inclusive a humana, teriam surgido por meio de um longo processo de evolução a partir de seres que o antecederam. Nesse sentido, homens e chipanzés, que tiveram um ancestral comum, seriam “primos em primeiro grau”, fato que provocou a ira de muitos oponentes de Darwin.
2.5) Embriologia comparada O estudo comparado da embriologia de diversos vertebrados mostra a grande semelhança de padrão de desenvolvimento inicial. A medida que o embrião se desenvolve, surgem características individualizantes e as semelhanças diminuem. Quanto mais diferentes são os organismos, menor é a semelhança no desenvolvimento embrionário.
Lamarckismo Darwinismo Neodarwinismo 3) TEORIAS DA EVOLUÇÃO Lamarckismo Darwinismo Neodarwinismo
Darwin O Darwinismo é um mecanismo que provoca contínuas mudanças em populações de seres vivos e podemos decompor esse mecanismo em cinco referenciais: 1. Variação - os indivíduos não são totalmente semelhantes, mesmo que tenham o mesmo parentesco. Essa variabilidade contribui para o processo evolutivo ao apresentar em diferentes indivíduos características diversas. 2. Herança - a forma como se dá a passagem das características foi um fator que intrigava Darwin, mas ele não conseguiu resposta conclusiva sobre o assunto. A resposta veio com a Genética. 3. Seleção - a competição pelos recursos ambientais seria um fator determinante para a evolução de uma espécie. 4. Tempo - a seleção natural não se processa em curtos intervalos de tempo. Temos também que o ambiente está em constante modificação, ocasionando mudanças contínuas. 5. Adaptação - seria a característica que favorece a sobrevivência dos indivíduos em um determinado ambiente. Os indivíduos apresentam adaptações diferentes ao mesmo ambiente, mas pela seleção natural, somente aquele que for mais apto conseguirá sobreviver.
Neodarwinismo Nas décadas de 1930 e 1940, os conhecimentos acerca da Genética foram unidos às idéias evolucionistas de Darwin numa síntese que teve como resultado uma teoria mais abrangente e mais embasada e, por isso, mais aceita para explicar as leis que regem o processo evolutivo de seres vivos. Essa teoria ficou conhecida como teoria moderna da evolução, ou teoria sintética ou, ainda, Neodarwinismo.
Os fenômenos evolutivos fundamentam-se nos mecanismos genéticos. Basicamente, essa teoria faz referência a duas principais conclusões: A Evolução pode ser elucidada pelas mutações e pela recombinação gênica, norteadas pelo processo de seleção natural; Os fenômenos evolutivos fundamentam-se nos mecanismos genéticos.
De tal modo, na teoria moderna da evolução, as explicações genéticas são incorporadas ao conceito de seleção natural como justificativa para diversidade das características dos componentes de uma população. Quando Darwin lançou sua teoria evolucionista, cujo ponto fundamental é a seleção natural, os princípios genéticos ainda não eram bem definidos, portanto, ele não contava com um esclarecimento sólido para a origem da diversidade, o que fez com que teoria fosse sujeita a questionamentos para os quais o naturalista não tinha respostas.
Em que se baseia o neodarwinismo.... Mutação É uma alteração na sequência de bases do DNA. Na grande maioria dos casos ela ocorre espontaneamente ou pode ser provocada por agentes ambientais. Somente as mutações que ocorrem nas células reprodutoras têm importância evolutiva, pois podem ser transmitidas aos descendentes. As mutações nem sempre são prejudiciais, as vantajosas espalham-se por seleção natural e contribuem para a adaptação do organismo e para a transformação da espécie.
Indivíduos imunes a certos vírus; As mutações benéficas fazem parte de uma pequena percentagem no que toca à totalidade de mutações existentes. No geral, essas mutações criam novas versões de proteínas que vão ajudar o organismo e o organismo de futuras gerações a adaptar-se melhor ao ambiente que nos rodeia. Mas o fato de uma mutação ser benéfica ou não pode também depender do meio, pois pode beneficiar num ambiente e prejudicar noutro. Apesar de existirem em menor quantidade que as mutações prejudiciais, são vários os exemplos de mutações benéficas, estando entre eles: Indivíduos imunes a certos vírus; Espécies de plantas mais resistentes que outras (utilizadas na agricultura) Mutações que fazem o osso crescer mais forte
Recombinação gênica Chamamos de recombinação genética a troca aleatória de material genético durante a meiose, ou seja, a troca de genes que acontece entre duas moléculas de ácido nucléico formando novas combinações de genes em um cromossomo. Esse processo é o responsável pela mistura entre os genes diferentes dos seres vivos, tornando possível a evolução.
4) EVOLUÇÃO DO HOMEM