Romantismo Literatura da 1ª metade do séc. XIX - repúdio à tradição clássica “Como é perversa a juventude do meu coração Que só entende o que é cruel,

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Introdução ao Romantismo
Advertisements

Professora: Tânia Valéria
Quem quer que sejas, onde quer que estejas Diz-me se é este o mundo que desejas
Romantismo no Brasil O Romantismo nasce no Brasil poucos anos depois da independência de Portugal. Por isso, as primeiras obras e os primeiros artistas.
Romantismo Século XIX.
O Romantismo no Brasil Slides
Romantismo “Se quisermos defender a liberdade, precisamos negar o mundo exterior.” (Fichte)
o amor nos tempos modernos
Professora: Tânia Valéria
História Social do Romantismo. A poesia
Literatura - Prof. Hélia
Romantismo Contexto no Brasil
ROMANTISMO NO BRASIL ROMANCE E TEATRO
AS GERAÇÕES DO ROMANTISMO
AH! SE EU PUDESSE... Ah! Se eu pudesse... JANE
Conversando com Jesus Procura-se o autor.
Ternura e Paixão.
LITERATURA BRASILEIRA
ROMANTISMO.
ROMANTISMO CONTEXTO HISTÓRICO.
ROMANTISMO Esta tela, do pintor francês Delacroix, remete-se ao principal alvo dos românticos, a Grécia, berço da cultura clássica e dos valores agora.
Mensagem de Jesus Mensagem de Jesus.
E DIZER COMO A IDÉIA DE TUA GRANDEZA SUPREMA
CURATIVOS PARA UM CORAÇÃO PARTIDO
DEUS ESTÁ AQUI Deus está aqui neste momento.
ARCADISMO Literatura                                                                                               O pintor francês Watteau é o grande.
Eugène Delacroix - La liberté guidant le peuple
Eu sou um poeta.
Romantismo Prof. Juarez Poletto.
A poesia romântica brasileira
ROMANTISMO / ROMANTISMO EM PORTUGAL
O AMOR QUE NUNCA FIZ.
Romantismo Prof. Eduardo Silveira.
Romantismo brasileiro
Uma carta para ti Com Som.
Revisão – professora Margarete
Antologia Poética do Romantismo
COLÉGIO MARIA IMACULADA – SP PROJETO – FEIRA DAS NAÇÕES 2012
EU AMEI Hermogenes Antonio.
sou felis porque amo o que gosto
POESIA ROMÂNTICA BRASILEIRA E JOSÉ DE ALENCAR

Oração da Mulher Sagrada
Amor meu.
Romantismo (1) 2ª Geração.
Poema Da Dor. Música: Daniela Mercury É só pensar em você
Por que te confundes e te agitas diante dos problemas da vida?
A Terra é sem vida, e nada Vive mais que o coração
Apenas um dia! (Top secrete).
Click para mudar de slide
POR QUE TE AMO ?? Amo porque te amo !! Teu olhar de ternura A poesia magistral Tua pele, teu cheiro Meu desejo carnal Amo porque te amo !! Teu jeito calmo.
Clicar com o mouse Música:Onde anda você por Vinicius de Moraes Denise Severgnini Mardilê Fabre Vilma Cláudia Zin Vitória Magna Mari Saes Sunny Lóra.
automático sandro.al®slidemusical Neuza Maria Spínola MÚSICA- YOU NEEDED ME.
Poema da Despedida.
A nossa história, a nossa literatura. Romantismo no Brasil O Romantismo nasce no Brasil poucos anos depois da nossa independência política. Por isso,
ENTÃO SE VERÁ O FILHO DO HOMEM, VINDO SOB AS
Romantismo no Brasil: poesia
Romantismo poesia. Características:  Um novo público: a mulher e o estudante  Vinda da Família Real  Imprensa passa a existir no Brasil  Folhetins.
Romantismo “... mesmo quando a vida nos sorri, estamos a ponto de morrer” (Wagner) Romantismo e romantismo romantismo = maneira de se comportar, de agir,
ROMANTISMO A linguagem do romance. C ONCEITO Termo Romantismo pode apresentar uma série de significações; Pode se referir ao sentimentalismo; Referência.
Segunda Geração Romântica
Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº. Pecê. R OMANTISMO Poesia Romântica Brasileira 2a geração (Ultrarromantismo)
GÊNEROS LITERÁRIOS ÉPICOLÍRICODRAMÁTICO EPOPEIA ROMANCE CONTO NOVELA POESIA LÍRICA TRAGÉDIA COMÉDIA DRAMA Predominância da objetividade Predominância da.
Profª Sandra. O Romantismo é uma escola que surgiu aos poucos, desde fins do século XVIII. Vários autores estavam dispostos a mudar o estilo literário.
ROMANTISMO NO BRASIL – 1836 “SUSPIROS POÉTICOS E SAUDADES” – GONÇALVES DE MAGALHÃES CONTEXTO HISTÓRICO: Revolução Francesa ( 1789) A vinda da Família Real.
Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº. Pecê.  Sentimentalismo, supervalorização do amor  Idealização da mulher  Religiosidade – panteísmo (Deus.
ROMANTISMO ( no Brasil de 1836 a 1881)
Poemas de Amor Com Som Clique com o rato Em nome do amor... Fala-me com doçura... Necessito embalar-me em tua paz! Momentos de brandura, que só tua presença.
LITERATURA ROMANTISMO: 2º GERAÇÃO.
Transcrição da apresentação:

Romantismo Literatura da 1ª metade do séc. XIX - repúdio à tradição clássica “Como é perversa a juventude do meu coração Que só entende o que é cruel, o que é paixão” Belchior

Romantismo Início: final do séc XVIII, na Inglaterra e na Alemanha   Início: final do séc XVIII, na Inglaterra e na Alemanha Origem: Alemanha e Inglaterra Momento Histórico: - Alemanha: 1774 - Goethe publica “Werther” 1781 - Schiller lança “Os salteadores” e, mais tarde, o drama: “Githens Seil” - Inglaterra: - primeiros anos do séc XIX.   - Lord Byron - poesia ultra-romântica.   - Walter Scott - romances históricos.

Confronto CLASSICISMO ROMANTISMO Razão: modelo clássico / disciplina Emoção: não há modelos / libertação Mimesis: imitação da realidade Teoria expressiva: expressão do “eu” Objetividade, universalismo (o mundo) Subjetividade, individualismo (o eu) Apelo à inteligência Apelo à imaginação Imitação de modelos (formas fixas) Inspiração ou liberdade criativa Realidade objetiva (mundo exterior) Realidade subjetiva (mundo interior) Imagem racional do amor e da mulher Imagem fantasiosa do amor e da mulher Paganismo Cristianismo Equilíbrio Contradição Ordem Reformismo  

Romantismo no Brasil Domínio histórico no Brasil: 1836 – Revista “Niterói” e “Suspiros poéticos e saudades”, de Gonçalves de Magalhães. 1881 – “O mulato”, de Aluísio Azevedo, e “Memórias póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis

Romantismo no Brasil   - 1808 - Napoleão invade Portugal; a Coroa lusitana muda-se para o Brasil. - Impulso econômico e cultural: a proteção ao comércio, à indústria, à agricultura; criações de escolas e de uma universidade; possibilidades para o comércio do livro; criação de tipografias, princípios de atividade editorial e da imprensa periódica; a instalação de biblioteca pública, museus, arquivos... - Formação de um público leitor: dinamização da vida cultural. - 1822 – Independência: precisa-se uma cultura brasileira identificada com nossas próprias raízes históricas, lingüísticas e culturais. - Empenho em definir um perfil da cultura brasileira: reflexo da história política da época. - Preocupações: língua, etnia, tradições, passado histórico, diferenças regionais, a religião, etc. ( = nacionalismo ).   - Conotação:movimento anticolonialista e antilusitano

Características literárias Sentimentalismo: predominância da emoção sobre a razão ( = impulsividade, euforia, saudosismo, tristeza, desilusão ... ). Subjetivismo: foco na realidade interior e parcial – tratamento temático pessoal e fantasioso. Egocentrismo: culto do "eu" interior, atitude narcisista e individualista microcosmos (mundo interior) X macrocosmos (mundo exterior). “Ah! vem, pálida virgem, se tens pena / De quem morre por ti, e morre amando, Dá vida em teu alento à minha vida, / Une nos lábios meus minh'alma à tua! Eu quero ao pé de ti sentir o mundo / Na tua alma infantil; na tua fronte Beijar a luz de Deus; nos teus suspiros / Sentir as virações do paraíso; E a teus pés, de joelhos, crer ainda / Que não mente o amor que um anjo inspira, Que eu posso na tua alma ser ditoso, / Beijar-te nos cabelos soluçando E no teu seio ser feliz morrendo!” (Álvares de Azevedo)

Idealização: conseqüente da fantasia e da imaginação: a pátria = melhor dos mundos; a mulher = virgem frágil, bela, submissa; o amor = espiritual e inalcançável; o índio = é o herói nacional. Pessimismo: o “mal-do-século” – incapaz de realizar o sonho do "eu“, a personagem cai em profunda tristeza, angústia, solidão, inquietação, desespero, chegando, muitas vezes, ao suicídio, solução definitiva. Culto ao fantástico: a presença do mistério, do sobrenatural, representando o sonho, a imaginação, a fantasia, que não carecem de fundamentação lógica. "Por isso, morte, eu amo-te e não temo. Por isso, morte, eu quero-te comigo. Leva-me à região da paz horrenda, Leva-me ao nada, leva-me contigo." (Junqueira Freire) "Pensamento gentil de paz eterna, Amiga morte, vem." (Junqueira Freire)

Liberdade de criação: padrão clássico é abolido; uso do verso livre e branco. Medievalismo: interesse pelas origens do país, do povo. Na Europa, o cavaleiro e seus valores. No Brasil, o índio como herói nacional. Religiosidade: ponto de apoio ou válvula de escape diante das frustrações do mundo real, uma reação ao racionalismo materialista dos clássicos. Escapismo psicológico: sem aceitar a realidade, o romântico volta ao passado individual (fatos da sua história, da sua infância) ou histórico (época medieval). "Oh, que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida Da minha infância querida Que os anos não trazem mais !" (Casimiro de Abreu)

Byronismo: influência de Lord Byron, cultor dum estilo de vida e duma forma particular de ver o mundo (boêmia, noturnismo, prazeres da bebida, do fumo e do sexo, satanismo). Condoreirismo: corrente de poesia político-social, influenciados por Victor Hugo, os poetas condoreiros defendem a justiça social e a liberdade. Nativismo: fascinação pela natureza – o romântico se vê envolvido por paisagens exóticas, como se ele fosse uma continuação da natureza. Nacionalismo: exaltação da pátria, de forma exagerada, em que somente as qualidades são enaltecidas.

Geração indianista Gonçalves Dias (principal autor) : - indianismo - estilo equilibrado - ritmo marcante - idealização feminina - galante - discrição

“I - Juca Pirama”, de Gonçalves Dias Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi. (...)

Geração byroniana ou ultra-romântica Álvares de Azevedo (principal autor) : - estilo subjetivo - noturnismo - mal do século - fantasias do desejo - donjuanismo sonhado - introspecção

“Idéias Íntimas”, de Álvares de Azevedo Oh! ter vinte anos sem gozar de leve A ventura de uma alma de donzela! E sem na vida ter sentido nunca Na suave atração de um róseo corpo Meus olhos turvos se fechar de gozo! Oh! nos meus sonhos, pelas noites minhas Passam tantas visões sobre meu peito! Palor de febre meu semblante cobre, Bate meu coração com tanto fogo! Um doce nome os lábios meus suspiram, Um nome de mulher... e vejo lânguida No véu suave de amorosas sombras Seminua, abatida, a mão no seio, Perfumada visão romper a nuvem, Sentar-se junto a mim, nas minhas pálpebras O alento fresco e leve como a vida Passar delicioso... Que delírios! Acordo palpitante... inda a procuro: Embalde a chamo, embalde as minhas lágrimas Banham meus olhos, e suspiro e gemo... Imploro uma ilusão... tudo é silêncio! Só o leito deserto, a sala muda! Amorosa visão, mulher dos sonhos, Eu sou tão infeliz, eu sofro tanto! Nunca virás iluminar meu peito Com um raio de luz desses teus olhos?

Geração condoreira ou hugoana Castro Alves (principal autor) : - abolicionismo - estilo empolgado - sensualidade e ardor - donjuanismo real - participação

“Boa Noite”, de Castro Alves Boa noite, Maria! Eu vou,me embora. A lua nas janelas bate em cheio. Boa noite, Maria! É tarde... é tarde. . Não me apertes assim contra teu seio. Boa noite! ... E tu dizes - Boa noite. Mas não digas assim por entre beijos...  Mas não mo digas descobrindo o peito, — Mar de amor onde vagam meus desejos!