MARX E A CRÍTICA À RELIGIÃO

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MARX E A CRÍTICA À RELIGIÃO

Feuerbach: Marx: Sustenta que a teologia é antropologia. Nas Teses sobre Feuerbach: “Seu trabalho consiste em dissolver o mundo religioso em sua “base profana” (que seria a miséria social/econômica/política) (...). Feuerbach resume a essência religiosa na essência humana”.

O humanismo materialista: Feuerbach teve a coragem de pôr os homens no lugar dos velhos trastes, inclusive a autoconsciência infinita; Mas Feuerbach deteve-se diante do problema principal e não o resolveu: “O fato de a base profana se afastar de si mesma e se atribuir reino independente nas nuvens só pode se explicar pela dilaceração íntima e pela contradição interna dessa base profana”.

Marx afirma: Os homens alienam o seu ser projetando-o em um Deus imaginário somente quando a existência real na sociedade de classes impede o desenvolvimento de sua humanidade; Para superar a alienação religiosa, não basta denunciá-la, mas é preciso mudar as condições de vida que permitem à quimera celeste surgir e prosperar; Feuerbach não viu que “até o sentimento religioso é produto social e que o indivíduo abstrato que ele analisa pertence a determinada forma social”.

O homem que cria a religião: O homem é o mundo do homem, o Estado, a sociedade; Esse Estado e essa sociedade produzem a religião, que é consciência invertida do mundo, porque também são um mundo invertido; A religião é a teoria invertida deste mundo: A luta contra a religião é (...) a luta contra aquele mundo do qual a religião é o aroma espiritual; Existe o mundo fantástico dos deuses porque existe o mundo irracional e injusto dos homens;

Escreve Karl Marx: “A miséria religiosa é a expressão da miséria real em um sentido e, em outro, é o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o sentimento de um mundo sem coração, o espírito de situações em que o espírito está ausente. Ela é o ópio do povo”.

O fenômeno religioso: Não é para Marx a invenção de padres enganadores, mas obra da humanidade sofredora e oprimida, obrigada a buscar consolação no universo imaginário da fé; Essas ilusões não se desvanecem se não eliminamos as situações que as criam e exigem; Escreve Marx nas Teses sobre Feuerbach: “Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de modos diversos; agora, trata-se de transformá-lo. (...) a crítica à religião é (...) em germe a crítica do vale de lágrimas, do qual a religião é a auréola”.

Função da filosofia a serviço da história: Desmascarar a auto-alienação religiosa; Mostrando suas formas que nada têm de sagradas. Escreve nosso Comunista: “Essa é a razão por que a crítica do céu se transforma (...) em crítica da terra, a crítica da religião em crítica do direito, a crítica da teologia em crítica da política”.