GLOBALIZAÇÃO, INTERNACIONALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO E CONCENTRAÇÃO ECONÔMICA
GLOBALIZAÇÃO A OCDE - Organization for Economic Cooperation and Devolopment - aceita o termo globalização, embora o considere inadequado. Ela utiliza o conceito de internacionalização, como sendo: “os amplos processos e relações que tem levado as economias nacionais a uma interdependência crescente em graus sem precedentes”.
FATORES DE QUE LEVAM À GLOBALIZAÇÃO Desenvolvimento da microeletrônica e das telecomunicações. Busca de novos mercados. Busca de fatores de produção com custos mais baixos. Desregulamentação dos mercados nacionais.
GLOBALIZAÇÃO PRODUTIVA É fruto de pressões de natureza política nos fóruns internacionais adequados, na defesa de interesses concretos da estrutura produtiva mundial. Os países desenvolvidos impõe barreiras aos produtos primários e semi-elaborados e forçam a liberação dos mercados para os produtos de alta tecnologia.
GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA Esta se revela muito mais efetiva, permitindo a livre circulação de capitais por praticamente todo o globo, com muita rapidez (fruto dos avanços tecnológicos e desregulamentações) na busca das melhores oportunidades de rendimento, aqui não seria fora de propósito falar-se em “Globalização”.
INTERLIGAÇÃO ENTRE O PRODUTIVO E O FINANCEIRO GERAÇÃO E REPRODUÇÃO DE CAPITAIS FINANCEIRO VALORIZAÇÃO E FORNECIMENTO DE CAPITAIS
ESGOTAMENTO DO PADRÃO DE PRODUÇÃO NORTE-AMERICANO O esgotamento do chamado padrão de produção norte-americano, que propiciou o fantástico desenvolvimento da Europa, Japão e EUA, no pós-guerra - os anos dourados - começa apresentar o seu arrefecimento em 1969. As bases desse padrão, as indústrias metal-mecânica e química sob a égide da energia barata advinda do petróleo, reduzem o seu crescimento, levando ao decréscimo os demais setores industriais, instalando-se a crise.
CAUSAS DO ESGOTAMENTO Saturação da demanda mundial. Encarecimento da mão de obra, por sua plena utilização. Fim da energia barata (Crise do Petróleo).
CRISE DO ESTADO A redução do ritmo de crescimento da economia mundial a partir da crise dos anos setenta, conduz o Estado também à crise. O papel do Estado dos anos dourados é posto em cheque, a crise fiscal se instala, as taxas de juros aumentam, iniciam-se os esforços de redução de gastos fiscais, como as privatizações, é o fim do “welfare state”.
CRISE GERANDO CONCENTRAÇÃO Os fluxos de investimentos diretos passam, a partir de meados da década de oitenta, a crescer acima do comércio entre os países da OCDE, parte como resultado do crescimento das fusões e incorporações exigidas pela nova fase da internacionalização da produção.
CRISE GERANDO CONCENTRAÇÃO Fusões e incorporações passam também a atingir os países em desenvolvimento, a partir da maior estabilização econômica, do maior grau de abertura e privatizações.
CRISE GERANDO CONCENTRAÇÃO Essa dinâmica leva o surgimento de uma estrutura de oferta altamente concentrada, aumentando o poder das estruturas oligopólicas a nível mundial.
CRISE GERANDO CONCENTRAÇÃO Surgem novas formas de cooperação em parcerias estratégicas nas áreas de desenvolvimento tecnológico, com o objetivo de reduzir custos em P&D. As empresas passam a adotar formas de rede, desenvolvendo um conjunto de alianças e ligações intra-firma, desenvolvendo novas estratégias corporativas envolvendo fornecedores, clientes e competidores.
CRISE GERANDO CONCENTRAÇÃO Esse conjunto de fenômenos, não atinge com significância os países em desenvolvimento, para ilustrar, em 1990 o conjunto dos países desenvolvidos dominavam o comércio de mercadorias com aproximadamente US$ 2,5 trilhões, cabendo aos países em desenvolvimento US$ 789 bilhões dos quais US$ 256 bilhões entre eles, ou seja, seu comércio com os países desenvolvidos representava US$ 533 bilhões.
CRISE GERANDO CONCENTRAÇÃO No setor financeiro internacional, passam a circular as enormes massas de capitais dos fundos de pensão e dos fundos mútuos. No mercado americano o crescimento dos ativos dos fundos de pensão é expressivo, de um patamar de US$ 859 bilhões, em 1.980, atinge US$ 4,579 trilhões, no terceiro trimestre de 1.994. Os fundo mútuos saltam de uma posição de US$ 118 bilhões, em 1980, para US$ 1,800 trilhão, no terceiro trimestre de 1.994.
CRISE GERANDO CONCENTRAÇÃO As grandes empresas principalmente as multinacionais, passam a aplicar os seus excedentes financeiros - gerados pela diminuição do ritmo de investimentos -, incentivados pelas enormes possibilidades de ganho nos mercados especulativos, principalmente, o cambial, fruto da sua volatilidade. De um volume de transações diárias em torno de US$ 200 bilhões, em 1.986, o mercado de câmbio mundial atinge um valor em torno de US$ 1,200 trilhão, em 1.992.
CRISE GERANDO CONCENTRAÇÃO O aumento do mercado financeiro mundial, a sua vez, abre a possibilidade de maior facilidade para absorção dos títulos públicos que financiam os desequilíbrios fiscais dos países industrializados, principalmente os EUA.
CRISE GERANDO CONCENTRAÇÃO Os mercados financeiros globalizados, possibilitados pelas desregulamentações e pela rapidez de movimentação, propiciada pelas novas tecnologias, trazem ao capital financeiro a possibilidade de maximizar os seus rendimentos, buscando-os onde eles forem mais atrativos.
CRISE GERANDO CONCENTRAÇÃO Todos esses eventos ocorrem polarizados em torno dos EUA, Europa e Japão, pólos dinâmicos da nova configuração mundial, conforme pode-se visualizar na proposta a seguir.
NOVA ESTRUTURA DO PODER PRODUTIVO MUNDIAL TRÍADE ESTADOS UNIDOS. EUROPA. JAPÃO.
TRÍADE EUROPA EUA JAPÃO
TRÍADE NAFTA-ACORDO UNIÃO DE LIVRE EUROPÉIA COMÉRCIO DA AMÉRICA DO NORTE APEC- COOPERAÇÃO ECONÔMICA DA ÁSIA E DO PACÍFICO
TRÍADE NAFTA-ACORDO UNIÃO DE LIVRE EUROPÉIA COMÉRCIO DA AMÉRICA DO NORTE NOVOS PAÍSES EXTINTA UNIÃO SOVIÉTICA MERCOSUL APEC- COOPERAÇÃO ECONÔMICA DA ÁSIA E DO PACÍFICO OUTROS PAÍSES DA AMÉRICA, ÁSIA E ÁFRICA
BLOCOS ECONÔMICOS PRINCIPAIS NAFTA Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ou: North American Free Trade Agreement: EUA, Canadá e México. UNIÃO EUROPÉIA: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Reino Unido e Suécia e outros. APEC - Asia-Pacific Economic Cooperation ou Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico: Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Indonésia, Malásia, Nova Zelândia, Filipinas Cingapura, Coréia do Sul, Tailândia, EUA, China, Hong Kong (China), Taiwan (Formosa), México, Papua Nova Guiné, Chile, Peru, Rússia e Vietnã.
O MUNDO EM BLOCOS ECONÔMICOS
TIPOS DE BLOCOS ECONÔMICOS ZONA DE LIVRE COMÉRCIO Livre circulação de mercadorias, ou seja, não há impostos na circulação de produtos entre os países membros. A moeda nacional é mantida. Cada país define o imposto de importação para os produtos vindos de nações não-pertencentes ao bloco e as regras para o trânsito de capitais, serviços e pessoas.
TIPOS DE BLOCOS ECONÔMICOS UNIÃO ADUANEIRA Livre circulação de mercadorias. Cada país define suas regras para a circulação de capitais, serviços e pessoas. A moeda nacional é mantida. Imposto de importação comum para as mercadorias vindas de nações não-pertencentes ao bloco.
TIPOS DE BLOCOS ECONÔMICOS MERCADO COMUM Livre circulação de mercadorias, capitais, serviços e pessoas. Imposto de importação comum para produtos vindos de nações não-pertencentes ao bloco. A moeda nacional é mantida.
TIPOS DE BLOCOS ECONÔMICOS UNIÃO ECONÔMICA E MONETÁRIA Livre circulação de mercadorias. Imposto comum para produtos vindos de fora do bloco. Livre circulação de capitais, serviços e pessoas. Moeda é comunitária. Exemplo: euro, na União Européia.
DIMENSÃO DOS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS