MARIA Nossa Senhora MÃE de MISERICÓRDIA

S. MÁXIMO O CONFESSOR (c. 580-662) para além Quem primeiro apelidou Nossa Senhora como «Mãe da Misericórdia» foi JACOB DE SARUG (451-521). S. MÁXIMO O CONFESSOR (c. 580-662) para além de chamar a Maria «Mãe da Misericórdia», invoca-a como a «Mãe do Misericordioso»

Invocação da proteção de Maria, na oração da «MÃE DE MISERICÓRDIA» Invocação da proteção de Maria, na oração da SALVE RAINHA Visão mística de __S. Bernardo__ Filippino Lippi, 1480

A autoria da oração Salve Rainha é atribuída ao monge do Mosteiro de Reichenau, Alemanha, B. Hermano Contrato, composta por 1050

Contexto social e político fome, guerras, epidemias de «vale de lágrimas» e de «desterro»: fome, guerras, epidemias

acrescento que abre um horizonte de esperança e consolação S. BERNARDO DE CLARAVAL (1090-1153) foi grande divulgador, da Salve Rainha sendo-lhe atribuída a inclusão da invocação «ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria», acrescento que abre um horizonte de esperança e consolação

de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi «O pensamento volta-se agora para a Mãe da Misericórdia. A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus. Ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne» Papa Francisco, Bula Misericordiae Vultus, 24

«A Mãe do Crucificado Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou intimamente no mistério do seu amor. Escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus, Maria foi preparada desde sempre, pelo amor do Pai, para ser Arca da Aliança entre Deus e os homens. Guardou, no seu coração, a misericórdia divina em perfeita sintonia com o seu Filho Jesus. O seu cântico de louvor, no limiar da casa de Isabel, foi dedicado à misericórdia que se estende “de geração em geração”»

Perante os horrores da I Guerra Mundial Fátima é um grito de esperança e de confiança na misericórdia de Deus Fátima responde à pergunta angustiada do salmista: «Acaso se esgotou de vez a sua misericórdia e foi revogada a promessa de geração em geração? Ter-se-á esquecido Deus da sua bondade?» - Salmo 77, 9-10 «Vou recordar as misericórdias do Senhor, os seus feitos gloriosos, tudo quanto fez por nós o Senhor, toda a sua bondade» - Isaías 63,7

Maria atesta que a misericórdia do Filho de Deus «Ao pé da cruz, Maria, juntamente com João, o discípulo do amor, é testemunha das palavras de perdão que saem dos lábios de Jesus. O perdão supremo oferecido a quem O crucificou, mostra-nos até onde pode chegar a misericórdia de Deus. Maria atesta que a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém» - Papa Francisco, Bula Misericordiae Vultus, 24

«A nossa expressividade comunicativa revela‑se, de um modo muito especial, pelo olhar. O nosso olhar define-nos. Na oração da Salve Rainha, pedimos que Nossa Senhora dirija para nós o seu olhar de ternura: “ESSES VOSSOS OLHOS MISERICORDIOSOS A NÓS VOLVEI”. Assim invocamos Maria como reveladora da misericórdia de Deus, da benignidade do seu afeto maternal» - Papa Francisco, Bula Misericordiae Vultus, 24

Invocações de Maria Mãe de Miseircórdia S. Irineu de Lião (130-202) fala-nos de NOSSA SENHORA «DESATADORA DOS NÓS»: o nó do pecado atado por Eva; Maria que nos liberta dos nós das nossas infidelidades e pecados, que facilita a comunicação entre as pessoas, desatando os nós dos problemas e inimizades

Invocações de Maria, Mãe de Misericórdia MARIA A COMPASSIVA, «Eleusa», A VIRGEM DA TERNURA, imagem que já no século VII era venerada na Síria: Nossa Senhora acariciando o Menino Jesus, nos seus braços

Famoso ícone Vladimirskaia – Nossa Senhora de Vladimir, pintado em Constantinopla no século XII, atualmente conservado em Moscovo, na Galeria Tretjakob. Tem imitações no Ocidente: Nossa Senhora da Graça de Cambrai (1450); a Virgem do Carmo na Igreja de Santa Maria Transpontina, Roma; e quadro de Maria Auxiliadora de Lucas Cranach (1530)

Invocações de Maria, Mãe de Misericórdia NOSSA SENHORA DE S. LUCAS, ícone que é atribuído ao evangelista S. Lucas, mas que provavelmente é do século XIII, que é venerado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma como Salvação do Povo Romano (Salus Populi Romani).

Invocações de Maria, Mãe de Misericórdia MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO, imagem de modelo bizantino, que no século XV foi levada de Creta para Roma, a fim de proteger a cidade contra a invasão turca

Invocações de Maria, Mãe de Misericórdia NOSSA SENHORA DA PIEDADE («Pietà») e NOSSA SENHORA DAS DORES, que sustenta no seu regaço o filho Jesus, depois de ter sido crucificado e morto. Maria é Mãe de todos os que precisam de amparo maternal. A Mãe de Deus assume como seu o nosso sofrimento

Maria é Mãe de Misericórdia que intercede, misericordiosamente, por nós junto de Deus. Assim, rezamos, insistentemente, na Ave Maria: «Rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte». É acrescento que começou a usar-se a partir do s. XV

«Pedindo a Maria que rogue por nós, reconhecemo- -nos pobres pecadores e recorremos à “Mãe de Misericórdia”, a “Santíssima”. Confiamo-nos a Ela “agora”, no hoje das nossas vidas. E a nossa confiança alarga-se para lhe confiar, desde agora, “a hora da nossa morte” (…), para nos levar ao seu Filho Jesus, no Paraíso» - Catecismo da Igreja Católica , 2677 «Maria, que está completamente do nosso lado e beneficia como nós da misericórdia divina, vive e representa o que nós devemos ser diante de Deus» - K.Rahner

S. João Paulo II, Dives in Misericordia, 9 «Maria é, pois, aquela que, de modo particular e excecional – como ninguém mais –, experimentou a misericórdia e, também de modo excecional, tornou possível com o sacrifício do coração a sua participação na revelação da misericórdia divina. Este seu sacrifício está intimamente ligado à cruz do seu Filho, aos pés da qual ela haveria de encontrar-se no Calvário. Tal sacrifício de Maria é uma singular participação na revelação da misericórdia» S. João Paulo II, Dives in Misericordia, 9

NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA, OU MÃE DA DIVINA MISERICÓRDIA» «Maria, portanto, é aquela que conhece mais profundamente o mistério da misericórdia divina. Conhece o seu preço e sabe quanto é elevado. Neste sentido chamamos-lhe MÃE DA MISERICÓRDIA, NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA, OU MÃE DA DIVINA MISERICÓRDIA» S. João Paulo II, Dives in Misericordia, 9

«Depois de elevada ao céu, não abandonou esta missão salvadora, mas com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons de salvação eterna. Cuida, com amor materno, dos irmãos de seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada. Por isso, a Virgem Maria é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro, medianeira» Concílio Vaticano II, Lumen gentium, 62

«Faço votos de que enquanto nos aproximamos do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, em toda a Igreja se aprofunde e se difunda a entrega confiada à Mãe da Misericórdia, que nesta terra deu um sinal perene da sua ternura e da sua vizinhança ao povo de Deus peregrino no mundo» Papa Francisco, 2015.05.10

«Maria é o sacramento da ternura maternal de Deus» - Paul Claudel Os monges russos nos momentos de turbulências espirituais aconselham ao resguardo sob o manto da Santa Mãe de Deus, que acolhe, protege e cuida numa maternidade que é contagiosa. A Igreja é mãe… e tem atitudes de maternidade, de meiguice, de bondade. A Mãe Maria e a mãe Igreja sabem acariciar os seus filhos, dão ternura. Papa Francisco, 2015.09.15 «Maria é o sacramento da ternura maternal de Deus» - Paul Claudel

Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787) Maria é «a tesoureira de todas as misericórdias que Deus quer dispensar-nos». Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787)

«Como Maria, Mãe da Caridade, queremos ser uma Igreja que saia de casa para lançar pontes, abater muros, semear reconciliação» Papa Francisco, 2015.09.22

CONTEMPLAR A MÃE DA MISERICÓRDIA NAS BODAS DE CANÁ João 2, 1-11 Maria descentrada de si mesma, atenta e solícita pelo bem dos outros: noivos, convidados, Jesus Sugestão discreta e amorosa: «Não têm vinho» Mandamento mariano aos serventes e a nós: «Fazei tudo o que Ele [Cristo] vos disser» Seguir o “calendário” da vontade de Deus e não o dos nossos gostos: «Ao terceiro dia», «Ainda não chegou a minha hora» Presença ativa de Maria, «causa da nossa alegria»

Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2, 5) «Nas bodas de Caná, Maria é a mulher solícita que se apercebe de um problema muito importante para os esposos: acabou o vinho, símbolo da alegria da festa. Maria dá-Se conta da dificuldade, de certa maneira assume-a e, com discrição, age sem demora» «Temos uma Mãe de olhar vigilante e bom, como seu Filho; o coração materno e repleto de misericórdia, como Ele (…). Isto enche-nos de confiança, fazendo-nos abrir à graça e à misericórdia de Cristo» mm sj Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Doente - 2016