CONTEXTO CULTURAL DA PÓS-MODERNIDADE NA SOCIEDADE CAPITALISTA 4ª ETAPA 21 e 22 de junho de 2008 Marilene Maia Lucas Henrique da Luz.

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Transcrição da apresentação:

CONTEXTO CULTURAL DA PÓS-MODERNIDADE NA SOCIEDADE CAPITALISTA 4ª ETAPA 21 e 22 de junho de 2008 Marilene Maia Lucas Henrique da Luz

CONTEXTO CULTURAL DA PÓS-MODERNIDADE NA SOCIEDADE CAPITALISTA 1º Aquecimento: QUAIS NOSSAS EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO A ESTE TEMA?

Objetivos da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho – Diocese de Caxias do Sul Conhecer, estudar e aprofundar o conceito de cultura e a identidade cultural na modernidade e pós- modernidade; Compreender o contexto histórico marcadamente “cultural”, “choque de civilizações”, em substituição ao “choque de ideologias” – tempos pós-ideológicos (nível político) e pró-espioritualidade (nível religioso), onde agora o “forte” mesmo é a questão dos “valores e sentidos” e já não temos as convicções firmes de antes; Compreender as novoas forças (blocos), os novos valores que surgem neste contexto cultural.

Desenvolvimento do trabalho 1.Cultura – o que é? 2. Cultura e ideologia. 3. Modernidade e Pós-Modernidade. 4. Identidade na Pós-Modernidade 5. Crise Civilizacional e perspectivas

CONTEXTO CULTURAL DA PÓS-MODERNIDADE NA SOCIEDADE CAPITALISTA 2º Aquecimento: O QUE CONCEBEMOS POR CULTURA?

COCHICHO, SÍNTESE EM PAPEL, INSERÇÃO NO BALÃO. JOGO DE BALÃO, SEGUIDO DAS DESCOBERTAS E APROFUNDAMENTOS

CULTURA Cultura provém do latim medieval com o significado de cultivo da terra. Sua transformação começa a partir da sabedoria acumulada no trato do ambiente natural e a experiência secular de pastores e agricultores acabaram conferindo ao termo cultura, o sentido de conhecimento intelectual, aplicado à ação transformadora do mundo. Antropologicamente cultura diz respeito ao conjunto de experiências humanas adquiridas pelo contato social e acumuladas pelos povos através do tempo.

CULTURA é um termo com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço/tempo. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e "preenchem" a sociedade. Explica e dá sentido a cosmologia social, é a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período.

Na percepção individual ou coletiva da identidade, a cultura exerce um papel principal para delimitar as diversas personalidades, os padrões de conduta e ainda as características próprias de cada grupo humano. Para Milton Santos, o conhecimento e o saber se renovam do choque de culturas, sendo a produção de novos conhecimentos e técnicas, produto direto da interposição de culturas diferenciadas - com o somatório daquilo que anteriormente existia. Para ele, a globalização que se verificava já em fins do século XX tenderia a uniformizar os grupos culturais, e logicamente uma das conseqüências seria o fim da produção cultural, enquanto gerador de novas técnicas e sua geração original. Isto refletiria, ainda, na perda de identidade, primeiro das coletividades, podendo ir até ao plano individual.

A Cultura deixou de ser direito universal para se tornar privilégio de poucos. O que seria teoricamente ampliado a todos pela massificação cultural, na prática, funciona de uma maneira mais perversa: Por separar os bens culturais pelo valor de mercado, uma elite cultural consome o que há de melhor, enquanto o povo recebe algo sem qualidade, massificado, sem identidade. Isto introduz uma divisão social na arte, pobres e ricos em lados opostos; A ilusão de que todos têm acesso à Cultura também é falsa, pois a divulgação cultural pré-seleciona, por horários e por público-alvo, o que cada um pode e deve ouvir, ver e ler. (CHAUÍ, 2007)

O formato da arte considera que seu receptor será um espectador médio (ou, se preferir, medíocre), com capacidade mental mediana. Entenda médio como o senso comum cristalizado, algo massificado pela aceitação do mercado e que é repassado como novidade (para ser consumido avidamente e logo ser substituído por outra pseudo-novidade); Cultura passa a ser lazer e entretenimento de fácil fruição, e não mais expressão artística e intelectual, o que vulgariza a arte e o conhecimento. (CHAUÍ, 2007)

IDEOLOGIA Termo usado recorrentemente e com multiplicidade de sentidos. Bobbio (2000) refere a existência de duas tendências no uso deste termo: sentido FRACO e sentido FORTE. SIGNIFICADO FRACO – designa o genus ou a espécie diversamente definida do sistema de crenças políticas: um conjunto de idéias e de valores respeitantes à ordem pública e tendo como função orientar os comportamentos políticos coletivos. SIGNIFICADO FORTE – tem origem no conceito de ideologia de Marx, entendido como falsa consciência das relações de domínio entre as classes e se diferencia claramente do primeiro porque mantém no centro a noção de falsidade, ou seja, a ideologia é uma crença falsa.

SENTIDO POSITIVO SENTIDO NEGATIVO SENTIDO ESTÁTICO SENTIDO DINÂMICO 1. POSITIVO E ESTÁTICO 2. NEGATIVO E ESTÁTICO 3. POSITIVO E DINÂMICO 4. NEGATIVO E DINÂMICO (GUARESCHI, 2003) IDEOLOGIA

Campo 1, isto é, como algo positivo e estático, é praticamente sinônimo de visão de mundo, conjunto de idéias, ideais, valores, crenças; seria, por exemplo, a plataforma filosófica e política de determinado partido ou entidade. Ideologia, neste sentido, é amplamente empregada. Ela é considerada como algo positivo e correto, que deve ser aceito e seguido pelos membros dessa organização. Campo 2 é também um conjunto de idéias, ideais, valores, só que tais realidades são consideradas como erradas, enganadoras, mistificadoras, que levam ao estabelecimento de relações desiguais, injustas, relações de dominação. Mas esse conjunto de ideais e valores é algo estático, corporificado.

Campo 3 encontramos as práticas, maneiras e estratégias positivas e estáticas ou pelo menos neutras, isto é, são relações que se estabelecem para manter os grupos e as sociedades andando. Dentro dessa concepção encontramos autores, por exemplo, que definem ideologia como sendo a produção, reprodução e transformação da subjetividade das pessoas. Campo 4, ideologia é também dinâmica uma prática, uma estratégia, com a diferença agora que essas práticas e estratégias só são chamadas de ideologia se servirem para criar, ou reproduzir, relações desiguais, injustas, de dominação. Atenção: cada um pode entender ideologia como quiser. O importante é que diga o que está entendendo com o termo. No sentido que discutimos aqui ideologia tem, então, uma dimensão negativa e pejorativa. Ela é um conjunto de modos e estratégias criados para enganar, manipular, iludir, tirar proveito dos outros. É por isso negativa.

3º Aquecimento: Em grupos, identificar uma expressão cultural deste tempo que aponte uma das concepções de ideologia categorizada por Pedrinho Guareschi. Apresentar cantando, dançando, desenhando, dramatizando,...

PÓS-MODERNIDADE – algumas considerações iniciais... - Para chegarmos ao “pós” necessitamos compreender a “modernidade”. - O projeto sócio-cultural da modernidade constituiu-se entre o século XVI e e finais do Séc. XVIII. Coincide com a emergência do capitalismo enquanto modo de produção dominante. - Segundo Boaventura Santos (2000) “não é fácil periodizar o processo histórico deste desenvolvimento pelas realidades distintas entre os países”. Na modernidade as condições NACIONAIS eram determinantes à realidade. -Apesar disso, são identificadas 3 fases distintas: 1ª. século XIX – capitalismo liberal; 2ª Final do Século XIX – capitalismo capitalismo organizado; 3ª final da década de 60 – capitalismo financeiro.

PÓS-MODERNIDADE – algumas considerações iniciais... Este desenvolvimento do capitalismo e sua pujança produziu dois efeitos complentares (Santos, 2000)por um lado esgotou o projeto de modernidade, por outro, continua “alimentando” esse esgotamento e se perpetua nele. “O vazio que ele produz é tão global que não pode ser preenchido no contexto do paradigma da modernidade Isto explica que a pujança do capitalismo enquanto sistema econômico, corra de par com a fraqueza ideológia de muitos dos seus princípios e que, quanto maior esta fraqueza, mais fraco (e não mais forte, como seria de prever) é o apelo ideológico dos princípiosque se lhe deviam opor” (p. 102). Este contexto aponta que a relação entre o moderno e o pós- moderno é CONTRADITÓRIA. Não é de ruptura como querem alguns, nem de l linear continuidade como querem outros. É uma situação de transição em que há momentos de ruptura e momentos de continuidade.

4º Aquecimento: Leitura individual do texto “Para entender o Pós-Modernismo”. Seguir com breve cochicho para os destaques e problematizações sobre o entendimento da Modernidade e Pós- modernidade.