Georg Wilhelm Friedrich Hegel

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Transcrição da apresentação:

Georg Wilhelm Friedrich Hegel Nascido em Stuttgart, Alemanha, em 1770, falecido em 1831. Obra mais importante: “A Fenomenologia do Espírito”, (1807)

No campo religioso, os três eram Teólogos. Formação intelectual de Hegel: Teve uma vertente religiosa outra filosófica: Na filosofia, Fichte e Schelling foram seus antecessores imediatos e com Hegel se tornaram os vultos terminais do Idealismo alemão. No campo religioso, os três eram Teólogos. Pretensão de Hegel: “expressar a unidade do Todo Numa síntese abrangente e universal. Fez surgir uma visão do Todo a partir de um denominador Comum, “a ideia”, anterioridade lógica sobre o Universo Que a mente pretende explicar.

Hegel concebeu sua Filosofia segundo a qual: As coisas, A Natureza, A História Todos esses momentos são presididos por uma lei do devir universal: A “dialética”. São momentos da realização de um Espírito através dos quais ele toma consciência de si.

A razão e seus Atributos: Sistema Hegeliano Explicar tudo – concatenadamente – toda a realidade – a partir um “princípio” O que é explicar? É dizer a causa! A explicação por causa é uma explicação realista É dizer a razão! A explicação por razão é uma explicação idealista

Uma causa de si parece absurda Explicar o Universo não é dizer-lhe as causas: Cada causa leva a outra causa que, por sua vez, pede explicação. Quem explica a segunda causa? A terceira! Quem explica a terceira? A quarta... Sempre resta uma causa exigindo explicação! De fato não estamos explicando Estamos adiando a explicação A um certo momento, para se pôr ponto final a esta caminhada, sem explicações, se tem de falar em uma causa que seja causa de si própria. Uma causa de si parece absurda A causa é sempre: Material Concreta Tangível mensurável Via materialista

Explicar o Universo é dizer-lhe a razão: Explicar é dar a Razão! Cada nova explicação se deduz da outra, necessariamente, como os raciocínios que provam um teorema. A Razão é: Conceitual Abstrata Via Espiritualista Se refugia na mente E nos raciocínios

De onde o Universo inteiro, A razão não é uma coisa: Por via causal chegamos a: Uma primeira Causa, Primeiro Princípio, Um Absoluto De onde o Universo inteiro, de algum Modo, procede. A primeira Causa Deve ser algo: Individual Existindo em si próprio Distinto de tudo o mais Um ser individual, Concretamente existente coisa A primeira Razão Coisa é individual Não é coisa, mas Razão Razão é universal

A razão é universal e abstrata 1 A razão é universal A razão não é coisa As coisas são: Individuais, Concretas, particularizadas: Este lápis Este giz Este traço E este quer dizer que não é outro, que não é aquele, que não se confunde com nenhum outro ser. Mas se eu falar em equidistância? Não é uma coisa, é um universal A Razão é o maior dos Universais

A razão se explica a si própria A Razão explica o Universo por necessidade Lógica Mas uma primeira Razão se explicaria a si Própria? Ou recai na contradição de uma primeira Causa que fosse causa de si? O que Hegel pretende é explicar a racionalidade que está ou deve estar por trás dos fenômenos, das causas e efeitos, e que os explica. Se encontramos a racionalidade do Universo, teria sentido perguntarmos pela racionalidade da racionalidade?

A Ideia é anterior às coisas Hegel e Platão Premissa principal: A Ideia é anterior às coisas Platão As coisas não existem realmente, como seres independentes, com existência própria, autônoma. Existem como as sombras. Nossa mundo é, para Platão, apenas sombras das Verdadeiras realidades que estão fora do tempo E o espaço, fora do mundo.

“Coincidências” entre Platão e Hegel: Esta cadeira, Aquela cadeira e aquela outra, cada uma, individualmente, dependem, em sua existência, de uma ideia universal de cadeira. Como Hegel, Platão também entende que o mundo flui de universais. O universal é, portanto, para ambos, objetivo: Existem antes que eu os pense Os objetos (esta mesa, este lápis, esta cadeira), procedem, independentemente de minha mente, dos universais.

Tipo de Razão que explica o Universo Dois tipos de universais: Marcados pelos sentidos Não arcados pelos sentidos (puro universal) Tipo de Razão que explica o Universo

“Discrepâncias” entre Platão e Hegel: Dois tipos de universais: Universais marcados pela percepção dos sentidos Tais como: É próprio do olho perceber a cor e, através desta, a forma Mas o que é sensitivo não é tão universal Somente se aplica a determinados seres – os materiais. Observação: Os universais de Hegel devem se aplicar a tudo o que é real, já que toda realidade deles promana. Deve se buscar universal sem nada de sensitivo: Vejamos um silogismo: Todo homem é mortal Sócrates é homem, Logo Sócrates é mortal.

Três termos: Homem Sócrates Mortal: O termo homem, embora já universalizado, porque não convém apenas a Sócrates, mas a todos os homens, não é contudo tão universal. Não convém a plantas, animais e coisas. Onde entram elementos de percepção sensível a própria universalidade fica algum tanto limitada. Sócrates Não é um universal Trata-se de um determinado homem, um indivíduo, portanto. Mortal: Não é um universal, pois não cabe aos seres sem vida.

Universais não marcados pelos Sentidos Mas neste próprio silogismo há categorias plenamente universais: Quando digo ‘todo’ e digo ‘é’, estou falando de duas categorias: De “Totalidade” De “Existência” Estas duas categorias valem para quaisquer tipos de ser e para quaisquer outros termos que eu use para substituir estes três. Posso dizer: “Toda planta é vegetal”. A acácia é uma planta. Logo a acácia é um vegetal. Ou ainda: “Toda esfera é redonda. Este globo é uma esfera. Logo este globo é redondo”.

O puro universal, ou seja, aquele que não tem nenhuma mistura de percepção sensível, é que deve ser o tipo de razão que explica o universo. Aquilo que deve ser, de algum modo, fonte de todos os seres, não pode ser aplicável apenas a alguns seres, como homem, mesa...

Os puros universais de Hegel são as categorias a priori de Kant Hegel e Kant Kant: Seu problema é o conhecimento e não o Ser. Distingue os universais sensíveis dos puros universais – usa a terminologia = categorias. Categorias que resultam da experiência através dos sentidos: Cor, som, odor... Categorias puras Totalidade, unidade, pluralidade São anteriores à experiência – são a priori Os puros universais de Hegel são as categorias a priori de Kant

Distinção entre Hegel e Kant Universais puros: Hegel: São as razões de onde brota todo ser São condições de existir Kant: São a aplicação do conhecer São as condições do conhecimento São as estruturas sob as quais nossa mente percebe o universo Como uma pessoa que coloca óculos azuis e vê tudo azulado, também a mente já traz em si, anterior a qualquer experiência, estas categorias, pelas quais forçosamente percebe o mundo, sob as categorias de unidade, pluralidade ... Não percebo as coisas como elas são. Aplico a elas as categorias que estruturam a minha mente. Do mundo, percebo, portanto, só aparências. Nunca as coisas como são em si.

Tais universais não têm existência objetiva. Platão O universo procede das ideias, sem distinção alguma entre os aspectos sensorial e imaterial Tais ideias têm existências, objetiva, em si, independente de uma mente que as pense. Tais ideias são os primeiros princípios de onde fluem todos os demais seres. Hegel O universo procede apenas dos universais que não têm marca de percepção sensorial. Tais universais não têm existência objetiva. Tais universais são os primeiros princípios de onde fluem todos os demais seres. Kant Na análise do conhecimento, devemos distinguir as categorias resultantes da experiência dos sentidos e as categorias a priori. Tais categorias têm existência subjetiva. Tais categorias são os primeiros princípios do conhecimento.

Realidade/Aparência Distinção entre realidade e aparência: Sombras de Platão: A sombra não tem uma existência independente do ser de que é sombra: A sombra da árvore não existe se não existe a árvore O sonho ou a ilusão não se reportam a algo que exista em si, mas na mente de alguém: Um sonho sem alguém que o sonhe é impossível Uma ilusão sem ilusionado, também. Estamos falando de seres que não existem senão em dependência de outros seres É assim tudo o que o idealismo chama de aparência: Pode alguma coisa aparecer senão a alguém que a perceba? Pode algo ser percebido sem alguém que seja o perceptor? A realidade tem o ser em si, independente de qualquer outro ser. A realidade é independente. A aparência tem um ser dependente de outro ser.

Realidade/existência Distinção entre realidade e existência: A realidade não existe!!!!! Tem ser, mas não existe. Existe o indivíduo: Esta casa Esta mesa Esta cadeira Este lápis Tudo o que existe, existe individualizado O universal não tem existência: Este chapéu alvo Esta flor alva Esta casa alva Mas a alvura, em si, como universal, simplesmente não existe

Resumindo: A aparência não tem ser senão dependência do que é real. É real somente o universal, já que tudo procede dos universais Mas o universal não existe. Tem ser mas não tem existência. O universo, sendo formado de indivíduos, é aparência. Todo ele flui dos universais que Hegel chama de Razão