Prof. SuderlanTozo Binda

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Transcrição da apresentação:

Prof. SuderlanTozo Binda A Lógica Hegeliana Prof. SuderlanTozo Binda

A Lógica Ideia = metafísica – inconsciente (a ideia em sua interioridade e subjetividade) O universo (natureza) procede de universais (categorias), sem mistura de percepção sensorial Os universais não têm existência objetiva (são conceitos puros): São os primeiros princípios de onde fluem todos os demais seres: Natureza Espírito

Essência = antítese (objetiva) Dinâmica Dialética Subjetiva e objetiva = ser e essência, encontram sua antítese na noção. Ser = tese (subjetiva) Ideia Noção = síntese Essência = antítese (objetiva)

Observação: “Hegel achou que anterior à natureza, ao mundo, havia um princípio e este devia ser Ideia. Mas não se trata de uma ideia distinta das outras. Trata-se de um sistema de ideias, de categorias, de universais, que vão desde a primeira, que é a primeiríssima tese da primeiríssima tríade e se chama Ser, até à última, anterior à natureza e que se chama ideia absoluta”. (Nóbrega, Francisco Pereira). Toda essa série Hegel chama Ideia ou Razão – pois, a Razão explica toda a realidade por ser princípio de tudo

A filosofia da Natureza Está na ideia, idêntica à ideia e oposta a ela É a ideia mas num outro momento dialético É a ideia exteriorizada, objetivada, na sua alteridade É a ideia alienada, ilógica.

Natureza Mecânica: Absoluta exterioridade expressa em Espaço, tempo, matéria Parte distinta de parte, esta parte que não é aquela parte, isto que não é aquilo. Apenas esta diferença e multiplicidade de partes é simultânea no Espaço e sucessiva no Tempo A unidade se dá na Gravitação

Natureza Física: Natureza Orgânica: Concretização das coisas, aos objetos individuais, com seus caracteres e atributos individuais e intransferíveis. Natureza Orgânica: Planta – primeira forma Animais – começa a adquirir unidade cada vez maior, superando a multiplicidade anterior Homem – a natureza não é somente pura natureza, já é espírito.

Observação: Transição ideia/natureza: Não se trata de deduzir coisas: Esta mesa Este lápis De ideias Hegel deduz ideias de ideias: Cada coisa Esta mesa Esta quadro É uma soma de universais Tudo o que estas coisas têm, tudo o que elas são, são universais. Não é senão ideia

Estes atributos são universais Leve Alva Redonda Sonora Leveza Alvura Rotundidade Sonoridade Bola São universais Estes atributos são universais A bola não existe por que alguém a pensou. Ela vem de algo que era antes, independente da mente humana. “Segundo Hegel, qualquer objeto se dissolve, analiticamente, em soma de universais, como a bola (...). Ela não é mais do que leveza, rotundiade, alvura, sonoridade etc. para negar a objetividade dos universais deveríamos negar a objetividade da bola”.

A filosofia do Espírito Síntese da ideia e da natureza Ideia: Natureza Mente absoluta; Anterior ao universo; Deus em si mesmo antes de se manifestar A ideia é, mas se manifesta na natureza. Onde a ideia se manifesta; Aparência da ideia; A natureza, aparência da ideia, existe.

O espírito é o retorno da ideia a si mesma Com o homem começa o espírito “Como o homem, a pura exterioridade começa a ceder lugar à interioridade, o objeto começa a se identificar com o sujeito e o irracional começa a se racionalizar”. A razão que, em si, sozinha, não se poderia manifestar nem existir (...), agora tem no homem sua manifestação e sua existência dentro da natureza”.

Sob a dominação das leis da natureza Observação: Antropologia Hegeliana: Por um lado, o homem é natureza: É animal Um objeto material Existindo exteriorizado Partes distintas de partes Sob a dominação das leis da natureza Por outro lado, o homem é Espírito: É a razão externa existindo corporificada, materializada no tempo e no espaço; Pelo homem, Espírito, a razão está voltando a si mesma, enriquecida pelo estado de antítese e de Alienação.

Espírito subjetivo e objetivo É o Espírito humano ainda encerrado em sua interioridade, subjetividade Realidades da psicologia humana como: Desejo Emoção Percepção Inteligência Imaginação Memória São categorias do Espírito subjetivo (tais categorias só têm existência na interioridade de cada indivíduo

Objetivação do meu eu no que ele tem de comum com todos os homens. Espírito subjetivo e objetivo Objetivo: É o espírito que sai de si próprio, se torna exterior ao homem: Realidades das instituições humana como: Moral Direito História Política São modalidades do Espírito despidas do caráter de individualidade, colocadas fora de cada um dos homens, objetivadas. Objetivação do meu eu no que ele tem de comum com todos os homens.

Estado Suas leis não serão a expressão do capricho de um homem, mas expressão da vontade coletiva. Observação: “No espírito subjetivo, a mente está presa dentro de si mesma. No espírito objetivo a mente se liberta, se objetiva fora de si mesma, consoante com as demais mentes”.

A história: O espírito vai crescendo em liberdade, em encontro consigo mesmo, em conhecimento de si, num processo de conscientização: A caracterização da matéria é a ‘gravitação’ (determinação exterior ao ser) A caracterização do espírito é a liberdade (determinação interior ao ser = autodeterminação) “A história, sendo um crescimento do espírito, em sua fase obsjetiva, é necessariamente um crescimento de liberdade”.

Os fatos da história comprovam: Primeira civilizações = um era livre (faraó) os outros escravos. Gregos e romanos = alguns eram livres, os demais escravos. “Finalmente chegamos a um estágio da história em que nenhum será mais escravos e todos serão realmente livres”. A razão dirige a história por uma astúcia, utilizando os homens da história universal, imbuídos de: Sede de poder De ambição A razão governa Cada civilização é um novo momento do despertar do espírito ao longo da história. As civilizações se sucedem várias. O espírito é único através delas.

O Espírito Absoluto Sujeito e objeto eliminam as mútuas oposições, se coincidem numa síntese, cessando as limitações recíprocas e o espírito se torna infinito. Cessam a dicotomia entre sujeito e objeto, o espírito absoluto é necessariamente a consciência de si próprio. “o Espírito se percebe então idêntico a todo ser e qualquer realidade”. Isto é, o espírito se contempla a si mesmo ao contemplar qualquer coisa. “todos os modos pelos quais o ser humano pode se tornar consciente do absoluto, seja pela arte, pela religião ou pela filosofia, são fases do Espírito absoluto”.