Hiper e Hipotireoidismo

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Fisiologia endócrina Resposta ao estresse.
Advertisements

Sistema Endócrino.
Sistema Endócrino.
Fisiologia do Exercício
TIREÓIDE É controlada pelo hormônio tireoestimulante (TSH) da adenohipófise Origina-se de uma envaginação do assoalho da faringe Situada na face anterior.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
SISTEMA ENDÓCRINO Conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente.
SISTEMA ENDÓCRINO.
SISTEMA ENDOCRINO.
HIPOTIREOIDISMO CAP VIVIANE SALLES ENDOCRINOLOGISTA
O eixo hipotálamo/hipófise
SISTEMA ENDÓCRINO Glândulas e Hormônios.
Glândulas e Hormônios Prof.César Lima
SISTEMA ENDÓCRINO PROF HARE.
Sistema Endócrino CIÊNCIAS 2011
Salivares, Sudoríparas,
O que é Sistema Endócrino?
SISTEMA ENDOCRINO.
TRATAMENTO CLÍNICO DAS PRINCIPAIS
O Organismo Humano… …em Equilíbrio
FISIOLOGIA HUMANA Eduardo Silva..
Glândula tireóide.
Disciplina de endocrinologia 2010
Grupo da Fraternidade Espírita Oswaldo Cruz
Disciplina de endocrinologia 2010
Colégio Maria Imaculada
Necessidades Energéticas
SISTEMA ENDÓCRINO.
Capítulo 23 – Sistema Endócrino
Sistema Endócrino.
SISTEMA ENDÓCRINO GLÂNDULAS & HORMÔNIOS.
Sistema Endócrino.
ADRIANA ROCHA DE OLIVEIRA MARIA JOSEMARA DE OLIVEIRA SOUSA
SISTEMA ENDÓCRINO.
Hipotireoidismo.
Fisiologia do Exercício
Tireoide Alunos: Wesley Mota de Oliveira Gomes Thalia Geovanna Talita
FISIOLOGIA DA TIREÓIDE Prof. Liza Negreiros
Hormônios Tireoideanos
FISIOLOGIA DA GLÂNDULA TIREÓIDE
Sistema Endócrino Aula Programada CIENCIAS Tema: Sistema Endócrino.
Ciências Naturais 9º ano
Sistema Endócrino.
SISTEMA ENDÓCRINO.
João Rodrigo Oliveira Nº35
Daniel Almeida de Oliveira, nº19. Hipertireoidismo resulta da função excessiva da glandula tireóide; Tireotoxicose ocorre quando os tecidos estão expostos.
Profa Ms Camila Bosquiero Papini ASSER
Profa. Rubia Bueno da Silva
Colégio São José Biologia -Professora Vanesca 2º ano- 2015
Sistema Endócrino As glândulas dependendo do local em que eliminam suas secreções classificam-se em: Exócrinas : glândulas que eliminam seus produtos para.
TIREÓIDE É controlada pelo hormônio tireoestimulante (TSH) da adenohipófise Origina-se de uma envaginação do assoalho da faringe Situada na face anterior.
FARMACOLOGIA DA TIREÓIDE
Disciplina de Fisiologia
Sistema Endócrino e Exercício
FISIOLOGIA HUMANA.
SISTEMA ENDÓCRINO.
Metabolismo da Nutrição
CONTROLE HORMONAL E EXERCÍCIO FÍSICO
Metabolismo energético
SISTEMA ENDÓCRINO Glândulas e Hormônios Controle químico 1 Prof. Lívia Pola.
Sistema Endócrino Glândulas exócrinas e endócrinas.
DOENÇAS DA TIREOIDE e O PACIENTE IDOSO
DROGAS ANTITIREOIDIANAS
SISTEMAS DE COORDENAÇÃO. COORDENAÇÃO ENDÓCRINA OU HORMONAL. GLÂNDULASAgrupamento de células ou órgãos especializados na produção e na eliminação (secreção)
HIPERGLICEMIA E HIPOGLICEMIA
SISTEMA ENDÓCRINO Coordena diversas funções do organismo – vida de relação; metabolismo, crescimento, reprodução, respostas a situações de perigo, etc.
SISTEMA ENDÓCRINO.
Transcrição da apresentação:

Hiper e Hipotireoidismo Farmacologia - Nutrição - UFF

TIREÓIDE Pequena glândula com formato de borboleta. Ela se encontra ao longo da base do pescoço, na frente da traquéia.

CONSTITUIÇÃO DA TIREÓIDE Glândula endócrina, composta de 2 tipos de células: Células foliculares da tireóide que constituem o centro da glândula: secretam os hormônios Tiroxina (T4) e triiodotironina (T3);

CONSTITUIÇÃO DA TIREÓIDE Células parafoliculares presentes em menor quantidade : secretam o hormônio Calcitonina envolvido na homeostase do cálcio.

FUNÇÃO DA TIREÓIDE Produzir, armazenar e liberar hormônios tireoideanos na corrente sangüínea. Os hormônios: desempenham um importante papel nas células, nos tecidos e nos órgãos do corpo humano. Atuam na regulação do metabolismo corpóreo

PITUITÁRIA OU HIPÓFISE REGULAÇÃO DA TIREÓIDE HIPOTÁLAMO PITUITÁRIA OU HIPÓFISE Libera TSH Liberação de T3 e T4 TIREÓIDE A glândula tireóide, a hipófise e o hipotálamo trabalham juntos no controle da quantidade de hormônios tireoideanos do corpo.

Hipotálamo Função: regular determinados processos metabólicos e outras atividades autônomas. Liga o sistema nervoso ao sistema autônomo sintetizando a secreção de neuro-hormônios (também chamado de "liberador de hormônios"). Também controla a temperatura corporal, fome e sede

Hipófise É responsável pela regulação da atividade de outras glândulas e de várias funções do organismo como o crescimento e secreção do leite através das mamas.

Função do TSH Hormônio que regula a produção de T3 e T4 O teste de dosagem de TSH é o mais útil na avaliação da função tireoidiana; A dosagem de TSH está recomendada a cada 5 anos em indivíduos com idade ≥ 35 anos e gestantes.

Hormônio Triiodotironina (T3) e Hormônio Tiroxina (T4): Agem na maioria dos sistemas corporais, normalmente, estimulando-os. Metabolismo: controlam e aumentam a Taxa de Metabolismo Basal (TMB) aumentando o consumo de oxigênio e a produção de calor. Metabolismo de Carbohidratos: estimulam a captação de glicose, a glicólise, a gliconeogênese e a liberação de insulina.

Sistema Cardiovascular: interferem nos batimentos cardíacos. Hormônio Triiodotironina (T3) e Hormônio Tiroxina (T4) Sistema Cardiovascular: interferem nos batimentos cardíacos. SNC: Essenciais para o desenvolvimento e a manutenção do SNC. Também potencializam a ação das catecolaminas.

Hormônio Triiodotironina (T3) e Hormônio Tiroxina (T4) Sistema muscular-esquelético, pele, cabelo e unhas: regulam a síntese de proteínas na célula, essencial para o crescimento e desenvolvimento dos músculos e da massa óssea. Temperatura corporal: regulam a geração de calor por meio de sua ação no metabolismo e no consumo de oxigênio.

Hormônio Triiodotironina (T3) e Hormônio Tiroxina (T4) Sistema reprodutor: interagem com os hormônios da hipófise e do aparelho reprodutor, ajudando a manter as funções reprodutivas em ordem. Peso: regulam o metabolismo energético, ou seja, a transformação dos nutrientes (especialmente a glicose) em energia para manter as funções vitais e para a atividade física.

Distúrbios da Tireóide Bócio: aumento da glândula por deficiência de Iodo Tireoidite: auto-imune ou viral. A tireoidite auto-imune constitui a causa mais comum de hiperplasia, por exemplo, Doença de Hashimoto associada inicialmente com o hipertireoidismo levando após a um hipotireoidismo Hipertireoidismo Hipotireoidismo

HIPERTIREOIDISMO Também conhecido como tireotoxicose. Distúrbio da tireóide: resulta em produção excessiva de hormônio tireoidiano circulante . Conseqüência: estado de hipermetabolismo gerando perda de peso significativa. Prevalência maior (± 5x) em mulheres que em homens.

Manifestações clínicas mais comuns: Irritabilidade, nervosismo, perda de peso, palpitações cardíacas, tremores, fraqueza muscular e intolerância ao calor. No idosos o hipertireoidismo pode passar despercebido facilmente pois os sintomas são insidiosos e mascarados.

Causas: Ingestão de hormônio artificial (medicamentos para emagrecimento) Tireoidites Neoplasias da tireóide e da hipófise Bócio difuso tóxico ou doença de Graves* e tireoidite de Hashimoto.

Doença de Graves Causa mais importante de hipertireoidismo. Caracteriza-se por: infiltração linfocitária da glândula tireóide; ativação do sistema imune com elevação dos linfócitos T circulantes; aparecimento de anticorpos que se ligam ao receptor do TSH e que ↑ o crescimento e função glandular.

Ocorre: Aumento difuso da glândula tireóidea Exofalmia (olhos protuberantes)

Tratamento do Hipertireoidismo Medicamentos: Beta bloqueadores: propranolol - atenuam ou eliminam muitas manifestações do hipertireoidismo. É um medicamento seguro mais não corrige a causa do distúrbio, e sim somente seus sintomas.

Tratamento do Hipertireoidismo Metimazol: Antitireoidiano pertencente ao grupo das tionamidas Age inibindo a enzima tirosina peroxidase, diminuindo organificação do iodeto, acoplamento de iodotironinas e, conseqüentemente, a síntese dos hormônios tireoidianos.

Tratamento do Hipertireoidismo- Metimazol Por via oral: rapidamente absorvido no trato gastrintestinal. Biodisponibilidade: 80 a 95%. Efeitos clínicos iniciam-se dentro de 12 a 18 horas e perduram por 36 a 72 horas. Distribui-se para medula óssea, glândula adrenal, sangue, fígado e baço.

Tratamento do Hipertireoidismo - Metimazol Concentra-se na glândula tireóide. Atravessa a placenta; Secretado no leite materno. Não de liga às proteínas plasmáticas. Metabolismo hepático, sendo excretado principalmente (80%) pela urina (11% sob a forma não modificada).

Tratamento do Hipertireoidismo Os pacientes normalmente são tratados por 12-18 meses, não havendo remissão dos sintomas neste período inicia-se a radioiodoterapia. O iodo radioativo destrói o tecido tireoidiano de uma maneira relativamente eficaz, segura e econômica.

Tratamento do Hipertireoidismo Resposta terapêutica é lenta (2-3 meses) para que a tireóide retorne a sua produção normal. Risco de desenvolver hipotireoidismo. Quanto maior a dose, maior o risco. Efeitos colaterias: febre, erupção cutânea, diarréia, icterícia e hepatotoxicidade

Tratamento do Hipertireoidismo Cirurgia A Tireoidectomia subtotal é uma forma tradicional de tratamento. Tem sido substituída pela radioioterapia por causa das complicações cirúrgicas.

HIPOTIREOIDISMO Características: Redução da velocidade dos processos metabólicos e, na sua forma mais grave, em acúmulo de mucopolissacarídeos causando edema não-depressível, denominado mixedema (edema localizado, duro e com aspecto de pele opaca).

HIPOTIREOIDISMO - Causas Hipotireoidismo primário(90 - 95% dos casos): quantidade insuficiente de tecido tireóideo. Destruição do tecido por processo auto-imune ou por causas iatrogênicas (terapia com iodo radioativo, tireoidectomia cirúrgica, radiação externa). Defeitos na biossíntese do hormônio tireoidiano (defeitos enzimáticos congênitos, deficiência ou excesso de iodo, induzido por fármacos).

HIPOTIREOIDISMO Hipotireoidismo em crianças: o cretinismo produz uma face túrgida, aumento da língua (sinais grosseiros), abdômen protuberante e retardo mental e físico; O cretinismo pode ser conseqüência de hipotireoidismo materno ou deficiência enzimática hereditária.

Sinais e sintomas do Hipotireoidismo Músculo Rigidez, câimbras musculares,fraqueza. Pele Ressecada, edema não-depressível. Metabólico Diminuição do metabolismo basal, intolerância ao frio, aumento de peso corporal.

Sinais e sintomas do Hipotireoidismo SNC Esquecimento, demência Cardiovascular HAS Respiratório Derrame pleural, apnéia do sono Gastrintestinal Constipação, hipomotilidade

Tratamento Hipotireoidismo Medicamentoso Levotiroxina T4 sintético (Syntroid®). A reposição do hormônio é ao longo da vida. Avaliação médica periódica (1 a 2 vezes ao ano) Deve ser ingerido em jejum.

Tratamento Hipotireoidismo - Levotiroxina Deve ser utilizado com extremo cuidado em pacientes com desordens cardiovasculares não controladas, incluindo : angina, falência cardíaca, infarto do miocárdio e hipertensão.

Tratamento Hipotireoidismo - Levotiroxina Gestação e Lactação: Não causa qualquer efeito adverso no feto, não sendo necessária interrupção do tratamento. Quantidades mínimas do fármaco são detectadas no leite materno: pode ser usado na lactação. Durante a gestação, a maioria das pacientes com hipotireoidismo: ↑ da necessidade de tiroxina em torno de 25 a 50%.

Fontes Minneman & Wecker. Farmacologia Humana. Elsevier, 2006. Silva, Penildon. Farmacologia. Guanabara- Koogan, 2003. Anvisa. Fundamentos Farmacológicos clínicos dos medicamentos de uso corrente. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/livro_eletronico/INDEX.HTM