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VERSIFICAÇÃO. Conceito  É o conjunto de normas que ensinam a fazer poemas belos e perfeitos segundo o conceito dos antigos gregos.  Para eles, beleza.

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1 VERSIFICAÇÃO

2 Conceito  É o conjunto de normas que ensinam a fazer poemas belos e perfeitos segundo o conceito dos antigos gregos.  Para eles, beleza e perfeição são sinônimos de trabalhoso, detalhado, complexo e tudo aquilo que segue a um modelo, a um conjunto de normas.  É, assim, a técnica ou a arte de fazer versos. Verso é cada uma das linhas que compõem um poema, possui número determinado de sílabas poéticas (métrica), agradável movimento rítmico (ritmo ) e musicalidade (rima).

3 RIMA  para os antigos um elemento essencial para que um poema seja uma POESIA.  é a identidade e/ou semelhança sonora existente entre a palavra final de um verso com a palavra final de outro verso na estrofe.  Foneticamente, uma rima pode ser perfeita - se houver identidade entre as terminações das palavras que rimam (neve/leve) - ou imperfeita, se houver apenas semelhança (estrela/vela). VERSOS BRANCOS: são os do poema sem rima. VERSOS BRANCOS: são os do poema sem rima.

4 Quanto à classe gramatical na estrofe, as rimas podem ser classificadas como: Morfologicamente, a rima é:  pobre quando as palavras que rimam pertencem à mesma classe gramatical (coração/oração)  rica quando as palavras que rimam pertencem a classes gramaticais diferentes (arde/covarde).  Preciosa quando as palavras que rimam são duas e uma (estrela/vê-la)

5 Quanto à posição na estrofe, as rimas podem ser classificadas como:  a) emparelhadas ou paralelas (aabb) “Vagueio campos noturnos a “Vagueio campos noturnos a Muros soturnos a Muros soturnos a Paredes de solidão b Paredes de solidão b Sufocam minha canção.” b Sufocam minha canção.” b (Ferreira Gullar) (Ferreira Gullar)

6  b) cruzadas ou alternadas (abab) “Se o casamento durasse a Semanas, meses fatais b Talvez eu me balançasse a Mas toda a vida... é demais! “ b ( Afonso Celso) ( Afonso Celso)

7  c) opostas, intercaladas ou interpoladas (abba) “Não sei quem seja o autor a “Não sei quem seja o autor a Desta sentença de peso b Desta sentença de peso b O beijo é um fósforo aceso b O beijo é um fósforo aceso b Na palha seca do amor!” a (B. Tigre) Na palha seca do amor!” a (B. Tigre)

8  d) continuadas: consiste na mesma rima por todo o poema.  e) misturadas: são as rimas que não seguem esquematização regular.

9 Estrofação  Quanto à contagem do número de versos por estrofe

10  O conjunto de versos compõe uma estrofe, que pode ser:  1. Monóstico: um verso;  2. Dístico: dois versos;  3. Terceto: três versos;  4. Quarteto: quatro versos; (ou quadra)  5. Quintilha: cinco versos;

11  6. Sextilha: seis versos;  7. Septilha: sete versos;  8. Oitava: oito versos;  9. Nona: nove versos  10. Décima : dez versos;  Mais de dez versos: estrofe Irregular.

12 METRIFICAÇÃO METRIFICAÇÃO  Métrica é a medida ou quantidade de sílabas que um verso possui.  A divisão e a contagem das sílabas métricas de um verso são chamadas de ESCANSÃO  não é feita da mesma forma que a divisão e contagem de sílabas normais, pois, segundo a Versificação:

13  Estrofes Simples – São as formadas por versos Regulares em metro.  Estrofes Compostas – São as formadas por versos Irregulares em metro

14 Normas de metrificação  1) Separam-se e contam-se as sílabas de um verso até a última sílaba tônica desse verso. Ex: Es|tou | dei|ta|do | so|bre| mi|nha| ma|la 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

15  2) Quando duas ou mais vogais se encontram no fim de uma palavra e começo de outra, e podem ser pronunciadas simultaneamente, unem-se numa só sílaba métrica.  Quando essas vogais são diferentes, o processo chama-se elisão e quando são vogais idênticas, crase. Ex: E|la+es|ta|va|só (Elisão) 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 fo|ge+e|gri|ta (Crase) fo|ge+e|gri|ta (Crase) 1 2 3 1 2 3

16  3) Geralmente, como acontece na divisão silábica normal, os elementos que formam um ditongo não podem ser separados e os elementos que formam um hiato devem ser separados na escansão de um verso. No entanto, se o poeta precisar separar os elementos de um ditongo (diérese) ou unir os de um hiato (sinérese), ele tem LICENÇA POÉTICA para que sua métrica dê certo.  O mesmo acontece se ele precisar contar também até a última sílaba átona do verso. Outras LICENÇAS POÉTICAS:

17 A). ectlipse: supressão de um fonema nasal final, para possibilitar a crase ou a elisão.  Ex: E nós com esperança E|nós| co’es|pe|ran|ça E|nós| co’es|pe|ran|ça 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 B) aférese: Supressão da sílaba ou fonema inicial.  Ex: “Estamos em pleno mar” Sta|mos|em|ple|no|mar 1 2 3 4 5 6

18  4) Não se conta o H inicial das palavras: Ex:Que o/ co/ra/ção ha/bi/ta. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Os versos que não seguem as normas da Versificação quando à métrica são chamados de VERSOS LIVRES.

19 VERSOS ISOMÉTRICOS  A poesia clássica elaborava preferencialmente poemas com versos isométricos, isto é, com a mesma medida. Por exemplo, a epopéia camoniana foi construída toda ela com versos decassílabos.

20  "Cessem do sábio grego e do troiano as navegações grandes que fizeram. Cale-se de Alexandre e de Trajano a fama das vitórias que tiveram, Que eu canto o peito ilustre lusitano a quem Netuno e Marte obedeceram. Cesse tudo que a Musa antiga canta que outro valor mais alto se alevanta."

21 VERSOS HETEROMÉTRICOS  A poesia moderna por ser revolucionária, vanguardista, substituiu o verso metrificado pelo verso livre, isto é, livre de qualquer forma de fôrma pré-estabelecida, não tendo nem regularidade métrica nem rima. Alguns poemas de autores modernos podem valer-se de versos metrificados e com rimas, mas sem preocupação com uma determinada regularidade. São os versos heterométricos, metrificados mas com grande variação. Exemplo:

22  ENCONTRO Almas gêmeas? Não sei… tanto faz. O que importa é que minh'alma quando encontra a tua a paz se faz. Minha alma fica nua, revela-se, desvela-se e nisso se compraz. Mas quando o meu penetra o teu corpo, tudo nele se contrai tudo nele se distrai e faz-se morto de prazer.

23 Quanto à Métrica, um verso pode ser:  1. monossílabo: verso com apenas uma sílaba; "Va-gaspla-gasfra-gassol-tamcan-tosco-bremmon-tesfon-testí-biosman-tos" (Fagundes Varela)

24  2. dissílabo: verso com duas sílabas; "Tu, on-tem "Tu, on-tem na dan-ça que can-sa voa-vas com as fa-ces em ro-sas formo-sas de vi-vo carmim // (Casimiro de Abreu)

25  3. trissílabo: três sílabas "Vem a auro-ra presuro-sa cor de ro-sa que se co-ra de carmim// as estre-las que eram be-las tem desmai-os já por fim//" (Gonçalves Dias)

26  4. tetrassílabo: quatro sílabas "O inverno bra-da forçando as por-tas Oh! Que revoa-da de folhas mor-tas o vento espa-lha por sobre o chão/..." (Alphonsus de Guimarães)

27  5. pentassílabo: cinco sílabas, também chamado REDONDILHA MENOR "Meu canto de mor/te, Guerreiros ouvi/ Sou filho das sel/vas Nas selvas cresci/; Guerreiros descen/do Da tribo tupi/ (Gonçalves Dias)

28  6. hexassílabo: seis sílabas "E o cavaleiro pa/ssas ante a sombria por/ta da linguagem desgra/ça" (Alphonsus de Guimarães)

29  7. heptassílabo: sete sílabas, também chamado REDONDILHA MAIOR "Antes de amar, eu dizi/a para cortar na raiz/ esta constante agonia preciso amar algum dia amando, serei feliz."/ (Menotti del Picchia)

30  8. octossílabo: oito sílabas "No ar sossegado, um sino can/ta Um sino canta no ar sombri/o (Olavo Bilac) "E o perfume da virginda/de" (Alfhonsus de Gruimarães) "Tem do céu a serena cor/" (Machado de Assis) (Machado de Assis)

31  9. eneassílabo: nove sílabas Ó guerreiros da taba sagra/da, Ó querrei/ros da tribo tupi/! Falam deuses nos cantos de pia/ga! Ó guerrreiros, meus cantos ouvi!"// (Gonçalves Dias)

32  10. decassílabo: dez sílabas, também chamado de HERóICO Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida, descontente, Repousa lá no Céu eternamente E viva eu cá na terra sempre triste. Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida, descontente, Repousa lá no Céu eternamente E viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, Memória desta vida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente Que já nos olhos meus tão puro viste.

33  11. hendecassílabo: onze sílabas  “Nos últimos cimos dos montes ergui/dos Já silva, já ruge dos vento o pegão; Já silva, já ruge dos vento o pegão; Estorcem-se os leques dos verdes palma/ res, Estorcem-se os leques dos verdes palma/ res, volteiam, rebramam, doudejam nos a/res, volteiam, rebramam, doudejam nos a/res, Até que lascados baqueiam no chão. Até que lascados baqueiam no chão. Goncalves Dias

34 E se vires que pode merecer-te Alguma cousa a dor que me ficou Da mágoa, sem remédio, de perder-te, Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que tão cedo de cá me leve a ver-te, Quão cedo de meus olhos te levou.

35  12. dodecassílabo: doze sílabas, também chamado de ALEXANDRINO  Há quanto tempo vi partir os meus amores!(a) Tal qual o vento que passou, cantou tristonho!(b) Orvalho já secou! No galho não tem flores!(a) Há muito pressenti que não terei tal sonho.(b) As gotas que cuspir, amargas são de outrora,(a) adeus às ilusões infindas eu suponho!(b) Aurora vem sorrir: renova o sonho agora(a) Amar sem decepções só Cristo ora proponho.(b)

36 O Bicho Vi/ on/tem/ um/ bi/cho = pentassílabo Na/ i/mun/dí/ci/e/ do /pá/tio = octassílabo Ca/tan/do/ co/mi/da em/tre os/ de/tri/tos. = eneassílabo Quan/do a/cha/va /al/gu/ma /coi/sa, = octassílabo Não /e/xa/mi/na/va /nem /chei/ra/va: = eneassílabo Em/go/lia/ com/ vo/ra/ci/da/de. = octassílabo

37 RITMO  é o resultado da regular sucessão de sílabas tônicas e átonas de um verso.  Para os gregos, ele é um elemento melódico tão essencial para o poema quanto para a Música.

38 POEMAS DE FORMA FIXA  Alguns poemas apresentam forma fixa, o que já indica a preocupação formal do poeta em relação à sua obra e, assim, que ele segue à risca as normas da Versificação no momento da sua elaboração. São eles:

39 . Soneto: poema formado por dois quartetos e dois tercetos, normalmente composto por versos decassílabos e de conteúdo lírico; Soneto de Fidelidade Vinicius de Moraes De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento

40 E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.

41  Soneto Do Amor Total Vinicius de Moraes Vinicius de Moraes Amo-te tanto, meu amor... não cante O humano coração com mais verdade... Amo-te como amigo e como amante Numa sempre diversa realidade. Amo-te afim, de um calmo amor prestante E te amo além, presente na saudade Amo-te, enfim, com grande liberdade Dentro da eternidade e a cada instante.

42 Amo-te como um bicho, simplesmente De um amor sem mistério e sem virtude Com um desejo maciço e permanente. E de te amar assim, muito e amiúde É que um dia em teu corpo de repente Hei de morrer de amar mais do que pude.

43 . Balada: poema formado por três oitavas e uma quadra; . Rondel: poema formado por duas quadras e uma quintilha; . Rondó: poema com estrofação uniforme de quadras; . Vilanela: poema formado por uma quadra e vários tercetos


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