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PublicouBranca Flor Aranha Felgueiras Alterado mais de 7 anos atrás
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FOUCAULT: REFLEXÕES SOBRE A CRISE NA MEDICINA
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BREVE RESGATE HISTÓRICO O SURGIMENTO DO DIREITO À SAÚDE A SOMATOCRACIA
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REFLEXÕES SOBRE A CRISE NA MEDICINA A SAÚDE NA MACROECONOMIA A “MATRIX” MÉDICA CRISE: DISPUTAS IDEOLÓGICAS
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BREVE RESGATE HISTÓRICO Cuidar ou salvar as almas dos cidadãos era um dos principais objetivos de sociedades teocráticas ou mistas, como a bizantina; Após o séc. XVIII, atenção do Estado deixa de estar nas almas dos cidadãos para estar nos seus corpos: Surge então, um Estado que concentra e exerce seu poder e sua atenção sobre nossos corpos: uma verdadeira SOMATOCRACIA
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BREVE RESGATE HISTÓRICO A MEDICINA COMO PRÁTICA NACIONALISTA: Até a segunda metade do séc. XX garantir a saúde significava para o Estado preservar sua força de trabalho, seu poder militar, sua capacidade de produção; Agora a lógica se inverte: O conceito de “o indivíduo em boa saúde à serviço do Estado” e trocado pelo conceito de “o Estado à serviço do indivíduo em boa saúde”
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O SURGIMENTO DO DIREITO À SAÚDE A partir dos anos quarenta começa a se falar de um novo direito extremamente importante e complexo, o direito à saúde; O direito à saúde começa a ganhar força a partir de três marcos históricos: O Plano Beveridge, na Grã-Bretanha (1942), dizendo que o Estado deve promover a saúde do povo, que serve de modelo para a organização da saúde após a II Guerra Mundial; A vitória eleitoral dos trabalhistas ingleses em 1945 e dos socialistas franceses em 1947 marca o direito à saúde como uma luta política;
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O SURGIMENTO DO DIREITO À SAÚDE A partir disso não irá existir nenhum partido político, em parte alguma do mundo, que não coloque em discussão o problema da saúde e das (im)possibilidades para Estado financiar suas despesas;
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O SURGIMENTO DO DIREITO À SAÚDE No Brasil, esta luta política se consolidará nas lutas pela reforma sanitária, nos anos setenta e oitenta, que culminará com a inclusão do SUS na constituição de 1988;
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A SOMATOCRACIA Vivemos em um Estado em que uma das finalidades de sua intervenção é nossos corpos, nossa saúde corporal, a relação entre doença e saúde, etc.
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A SAÚDE NA MACROECONOMIA As despesas com saúde, dispensas do trabalho e as necessidades de cobrir estes riscos se tornam tão altos que as instituições privadas começam a cobrar participação Estatal nessa conta: Assim, a saúde começa a entrar nas contas das políticas monetárias, subsidiando a saúde dos trabalhadores;
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A SAÚDE NA MACROECONOMIA Garantindo a todos as mesmas possibilidades de receber tratamento, está se tentando corrigir, em parte, as desigualdades financeiras. A saúde, a doença e o corpo são, então, as bases do início da socialização;
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A MEDICALIZAÇÃO Começa a aparecer um campo de intervenção da medicina muito mais amplo: o ar, a água, as construções, a terra, os esgotos, por exemplo, também serão objetos da medicina, além da doença e do doente; Aparece a autoridade médica, que não é uma autoridade do saber, mas uma autoridade social;
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A MEDICALIZAÇÃO A medicina passa à gerir o corpo humano, a alimentação, a sexualidade, o ritmo de vida, as condições de trabalho, etc., numa distinção permanente entre o normal e o anormal, o saudável e o patológico, na perpétua empresa de restabelecer a normalidade do sistema; A Medicina passa à se impor ao indivíduo, doente ou não, num ato de autoridade;
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CRISE: DISPUTAS IDEOLÓGICAS? MEDICINA SOCIAL X MEDICINA LIBERAL? AVANÇO NA LUTA CONTRA AS DOENÇAS X FUNÇÕES POLÍTICA E ECONÔMICA
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CRISE: DISPUTAS IDEOLÓGICAS A única forma de medicina que foi pensada e teorizada a partir do séc. XVIII foi a medicina enquanto prática social. A idéia de uma medicina enquanto prática liberal é um mito com o qual se justifica e defende o exercício privado e descompromissado da profissão;
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CRISE: DISPUTAS IDEOLÓGICAS Mais que um direito, a saúde se tornou um objeto de desejo de consumo Agora, mais que simplesmente zelar pela reprodução da força de trabalho, a medicina é capaz de gerar riqueza;
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CRISE: DISPUTAS IDEOLÓGICAS PARADOXO ECONÔMICO: O aumento de gastos com a saúde não é proporcional a redução de mortalidade; Além disso, um bom nível educacional é mais importante para a longevidade que o consumo de serviços médicos;
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CRISE: DISPUTAS IDEOLÓGICAS OUTRO PARADOXO: Os sistemas de Seguridade Social não conseguiram diminuir a desigualdade de gastos com a saúde; Gastamos, no Brasil, uma média de 300 dólares por habitante com saúde. Os EUA gastam, em média, 4280 dólares;
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CONCLUSÃO Não é possível pensar a prática médica dissociada de todo um sistema histórico, econômico, de saber e de sociedade. A prática médica produz história, e exercê-la de olhos fechados a todos esses determinantes é desempenhar um papel de afirmação do modo econômico e político que determina a medicina e toda a nossa estrutura de organização social.
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“Se queres entender a medicina, mergulha em todos os nuances que ela nos apresenta. Investigue tudo até a raiz das coisas, pois a medicina, assim como o amor e a morte, não permite nos o meio termo.” Patch Addams BOA SORTE!
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