Carregar apresentação
A apresentação está carregando. Por favor, espere
PublicouJúlio Lombardi Padilha Alterado mais de 8 anos atrás
1
O QUADRO TÉORICO E HISTÓRICO DAS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO In: SANTOS, Theotônio. A teoria da dependência: balanço e perspectivas. RJ: Civilização Brasileira, 2000.
2
Resumo do Texto 1. Apresenta contexto da guerra fria; 2. Análise sociológica sobre modernidade, mudança social e industrialismo; 3. Discute teorias da modernização e seus conceitos centrais; 3.1. Rostow e as Etapas do crescimento; 3.2. Teoria do Imperialismo; 3.3 Pensamento da CEPAL 3.4 Teorias da Dependência ( 2 vertentes) 4. Dificuldades a partir da Revolução Russa; 5. O subdesenvolvimento como ausência de desenvolvimento
3
1. O contexto da Guerra Fria Pós 2ª guerra assiste disputa material e ideológica entre dois blocos de poder – dois modelos de desenvolvimento – que visam hegemonia mundial; Competição econômica, armamentista, espacial, de gestão econômica e política;
4
2. A sociologia e o debate sobre a modernidade C. sociais desde a origem trazem reflexão sobre modernidade e modernização: dupla revolução, racionalização, industrialismo; Pergunta: O que é a modernidade? Resultado de forças econômicas? O mercado, a burguesia, o conflito de classes?
5
É o processo de racionalização? A ciência, a burocracia, a indústria, a divisão do trabalho? É a superioridade cultural /racial européia? É resultado de valores éticos, de motivações culturais? Esse debate ao interpretar a evolução das sociedades lança o germe das teorias do desenvolvimento;
6
3.Teorias da modernização Modernidade vista como estágio que todas sociedades deveriam atingir como destino; No debate dois caminhos: o capitalista e o socialista; Desenvolvimento é visto como mudança orientada por racionalidade econômica: produtividade(trabalho x tecnologia) + poupança +investimento +mudanças culturais
7
Definido o objetivo ideal passa-se a procurar obstáculos à sua realização; Ideal – pretensamente neutro – coloca sociedades industriais (EUA e Europa) como modelos a seguir; Definem tipos ideais de moderno e tradicional e objetivam reproduzir os países modernos; As sociedades tradicionais seriam a infância “primitiva” das modernas (visão evolucionista);
8
Soc. Tradicional: rural, baixa tecnologia, agroexportadora, comunitária, pensamento pré-científico, cultura tradicional, baixa renda per capita, subdesenvolvida; Soc. Moderna:urbana, industrial, científica, cultura individualista, alta renda per capita, desenvolvida; Concluem que todas sociedades devem seguir mesmo caminho que vai de um tipo polar ao outro.
9
3.1 Rostow e as etapas do crescimento econômico Anos 50 Rostow define etapas do crescimento como: 1. Fase da sociedade tradicional; 2. Fase da criação das pré-condições do arranque; 3. Fase do arranque; 4. Fase do desenvolvimento para a maturidade; 5. Fase do consumo de massa.
10
Críticas 1. Subdesenvolvimento não é situação universal, como etapa pela qual todos os países passaram: Subdesenvolvimento é fenômeno novo, moderno, resultado e simultâneo ao desenvolvimento, não etapa deste; Os países hoje desenvolvidos nunca foram subdesenvolvidos, foram feudais o que é diferente;
11
Nunca tiveram relação de dependência como temos hoje em relação a outros países. Ao contrário, puderam se apropriar de riquezas, matérias –primas e recursos de outros países por processos de exploração vários: comércio, expropriação direta, enclaves, multinacionais; Puderam transferir seu excedente de população pobre; Desenvolvimento capitalista é único, não há como repetí-lo na periferia
12
2. Rostow não considera condições particulares dos países, mas pretende ajustá-los a modelo ideal; 3. É ideológico ao supor consumo de massa como meta desejável; 4.Desenvolvimento histórico não obedece etapas: há saltos e/ou retrocessos; 5. Teoria das etapas é economicista, quantitativa e realiza modernização conservadora
13
Outras teorias concorrentes do desenvolvimento 3.2 Teoria do Imperialismo Explica mundo moderno através da competição entre potências por novos mercados, recursos naturais, trabalho barato e oportunidades de investimento (Lenin, R. Luxemburgo); Potências imperialistas impediam desenvolvimento industrial dos países periféricos; A partir desse diagnóstico saída era remover obstáculos imperialistas, promover industrialização, capitalismo e daí o socialismo; Isso seria possível através de aliança entre Estado, burguesia nacional e proletários para realizar revolução burguesa.
14
Críticas à Teoria do Imperialismo: Coloca dominação entre nações, esquecendo mediações entre classes externas e internas; Vê industrialização como caminho de emancipação
15
3.3 Pensamento CEPAL Pensam desenvolvimento e sub como resultado das relações comerciais desiguais entre produtos industriais e agrícolas; Esse comércio transfere excedentes da periferia ao centro, impede acumulação na periferia e capacidade de investir na industrialização; Saída seria política industrial conduzida por estado em aliança com burguesia nacional e trabalhadores contra interesses internacionais; Propõe reforma agrária como meio de fortalecer mercado interno e remover traços oligárquicos do atraso;
16
Críticas à CEPAL: Supõe subdes. como falta de desenvolvimento e capitalismo; Pensar que indústria poderia superar subdesen e trazer autonomia.; Como imperialismo se concentra em luta entre nações esquecendo relações de classe e dominação interna; Crê que estado tem autonomia para liderar libertação e em burguesia nacional em aliança com trabalho – visão ingênua.
17
3. Teoria do desenvolvimento do subdesenvolvimento Entende que subdesenvolvimento não é decorrente da ausência de desenvolvimento/capitalismo, mas da maneira como este se manifesta na periferia; A expansão capitalista gera desenvolvimento no centro e subdesenvolvimento na periferia como duas expressões de um mesmo processo; Associação entre interesses centrais e oligarquias periféricas transferem excedentes para o centro impedindo acumulação e industrialização; Saída seria socialismo ou barbárie (fascismo).
18
Críticas Ênfase na dominação entre nações e menos na dominação interna de classe; Não reconhece industrialização dos anos 60/70 que supera estagnação, ainda que de forma dependente; Saídas maniqueístas não se cumpriram.
19
4. Teoria da Dependência Teoria da dependência diz que o Brasil desenvolveu-se, industrializou-se, mas de forma dependente; Brasil configura caso de desenvolvimento industrial associado e dependente; Apontam, sobretudo, dependência financeira e tecnológica Mostra que dominação é externa (imperialista) e interna (de classes); Industrialização não promove autonomia nem democracia, não resolve subdesenvolvimento;
20
Contraria teorias anteriores: Modernização: o desenvolvimento autônomo não se reproduziu na periferia; Imperialismo: dominação não é só externa, mas interna também; Cepal: industrialização não resolve subdes e capitalismo não traz necessariamente progresso; Franck: não estamos condenados à estagnação e não se impõe as soluções maniqueístas;
21
Críticas: Se iludiu ao pensar que economia brasileira alcançara mesmo nível dos países centrais e que restante viria por negociação política; Enfatizou análise interna e esqueceu a externa. Com crise dos 70 e neoliberalismo dos 80 mundo mudou destacando a subordinação dos países periféricos; Cenário externo domina o interno e mostra que desejo de autonomia era ilusão.
22
4. As dificuldades do pensamento socialista Marxismo muda na visão distributiva, mas conserva fundamento desenvolvimentista, progressista e evolucionista (vide materialismo histórico); Rev. Russa cria dificuldade de explicar socialismo a partir de sociedade agrária; Até então, pensavam que era primeiro necessário modernizar, industrializar, ou seja, concluir etapa capitalista (burguesia e proletariado)
23
Países períféricos não dispunham de burguesia e proletariado constituídos e de poupança para investir na indústria; Coube ao Estado conduzir modernização; No Brasil PCB e outros setores propunham “revolução burguesa” como requisito para transição; Debate sobre desenvolvimento e socialismo é prejudicado pelo tom normativo e dogmático, por visão de socialismo como panacéia, pelo domínio do contexto capitalista;
24
5.Conclusão Primeira fase do debate sobre desenvolvimento foi marcado por idéia de que o subdesenvolvimento se devia à ausência de desenvolvimento (com exceção das teorias da dependência); Persiste dúvidas quanto a possibilidade de reproduzir desenvolvimento na periferia;
25
Experiências de desenvolvimento produzem desigualdade e degradação ambiental e constata-se forte dependência tecnológica e financeira externa; Diante dessas dificuldades surge necessidade de repensar teorias explicativas; DS surge da crise e esgotamento das teorias de desenvolvimento econômico; Tenta inserir questão ambiental, superar o reducionismo econômico, a desigualdade social, autoritarismo político e cultural que marcou esse debate; Mas será que consegue?
26
BIBLIOGRAFIA ARAÚJO, Tania Bacelar de. Ensaios sobre o desenvolvimento brasileiro: heranças e urgências. RJ: REVAN/FASE, 2000. GOLDENSTEIN, Lídia.Dependência e desenvolvimento. In: Repensando a dependência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994. MANTEGA, Guido. A economia política brasileira. RJ/SP: Polis: Vozes, 1985. MARCOS LAGO, Benjamin. Dinâmica Social: Como as sociedades se transformam. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. ____________________. Teorias do desenvolvimento. In: Curso de sociologia política. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996. SANTOS, Theotônio. A teoria da dependência: balanço e perspectivas. RJ: Civilização Brasileira, 2000. SKLAIR, Leslie. Para uma teoria das práticas transnacionais. In: Sociologia do sistema global. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
27
Fim. Obrigado. gust3lima@uol.com.br
Apresentações semelhantes
© 2024 SlidePlayer.com.br Inc.
All rights reserved.