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PublicouMárcio Sequeira Pacheco Alterado mais de 8 anos atrás
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TRABALHANDO O GÊNERO: CONTO “Quem conta um conto, aumenta um ponto.” PROFESSOR: DENIS R. DA SILVA
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Conceituando O conto é um gênero textual pertencente a tipologia narrativa, cujo cunho formativo é ficcional. Pode existir uma verossimilhança com a realidade atual. O autor, muitas vezes, baseia-se em uma história vivida, presenciada ou relatada. É uma criação situacional, fantasiosa e imaginativa. Constitui espaço e tempo reduzidos, com poucas personagens, relata ou narra o fato de modo sucinto e prático. Denominado como conto, devido a sua extensão narrativa, menor do que uma novela e o romance.
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O Introito Narrativas de povos antigos Narrativas de Gregos e Romanos Construções Bíblicas Novelas Medievais Fábulas de Esopo Narrativas de La Fontaine
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Estrutura e Característica Narrador Personagens Espaço/Tempo Enredo ou Trama Discurso Direto e Indireto Introdução Complicação Apenas um clímax Desfecho Linguagem simples e direta
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O Início dos Contos em Portugal e no Brasil Estórias de Trancoso Gonçalo Fernandes Trancoso
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Início na Literatura Brasileira Romantismo Realismo e Naturalismo Modernismo
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Tipos de Contos Contos Alegóricos Contos Fantásticos Contos de Fadas Contos Maravilhosos Contos Policiais Contos de Terror Contos de Mistérios Contos de Amor Contos de Ficção Cientifica
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Contos Mais Conhecidos Clarice Lispector Uma Galinha Felicidade Clandestina Machado de Assis Missa do Galo Verba Testamentária Dalton Trevisan Apelo O Vampiro de Curitiba Monteiro Lobato Negrinha Ruben Braga O Jovem Casal Carlos Drummond de Andrade Presépio
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Análise de Contos Aluísio de Azevedo – Demônios O meu quarto de rapaz solteiro era bem no alto; um mirante isolado, por cima do terceiro andar de uma grande e sombria casa de pensão da rua do Riachuelo com uma larga varanda de duas portas, aberta contra o nascente, e meia dúzia de janelas desafrontadas, que davam para os outros pontos, dominando os telhados da vizinhança. (fragmento)
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Análise de Contos Machado de Assis - O Alienista —A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo. Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as leituras, e demonstrando os teoremas com cataplasmas. Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz de fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele, caçador de pacas perante o Eterno, e não menos franco, admirou-se de semelhante escolha e disse-lho. Simão Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas,—únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte. (Fragmento)
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Caiu no ENEM E como manejava bem os cordéis de seus títeres, ou ele mesmo, títere voluntário e consciente, como entregava o braço, as pernas, a cabeça, o tronco, como se desfazia de suas articulações e de seus reflexos quando achava nisso conveniência. Também ele soubera apoderar-se dessa arte, mais artifício, toda feita de sutilezas e grosserias, de expectativa e oportunidade, de insolência e submissão, de silêncios e rompantes, de anulação e prepotência. Conhecia a palavra exata para o momento preciso, a frase picante ou obscena no ambiente adequado, o tom humilde diante do superior útil, o grosseiro diante do inferior, o arrogante quando o poderoso em nada o podia prejudicar. Sabia desfazer situações equívocas, e armar intrigas das quais se saía sempre bem, e sabia, por experiência própria, que a fortuna se ganha com uma frase, num dado momento, que este momento único, irrecuperável, irreversível, exige um estado de alerta para a sua apropriação. RAWET, S. O aprendizado. In: Diálogo. Rio de Janeiro: GRD, 1963 (fragmento).
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No conto, o autor retrata criticamente a habilidade do personagem no manejo de discursos diferentes segundo a posição do interlocutor na sociedade. A crítica à conduta do personagem está centrada A) na imagem do títere ou fantoche em que o personagem acaba por se transformar, acreditando dominar os jogos de poder na linguagem. B) na alusão à falta de articulações e reflexos do personagem, dando a entender que ele não possui o manejo dos jogos discursivos em todas as situações. C) no comentário, feito em tom de censura pelo autor, sobre as frases obscenas que o personagem emite em determinados ambientes sociais. D) nas expressões que mostram tons opostos no discursos empregados aleatoriamente pelo personagem em conversas com interlocutores variados. E) no falso elogio à originalidade atribuída a esse personagem, responsável por seu sucesso no aprendizado das regras de linguagem da sociedade.
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