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A inclusão dos alunos surdos nas escolas brasileiras Entre nós, a inclusão, no caso dos surdos, só está acontecendo no papel. Na realidade das escolas.

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2 A inclusão dos alunos surdos nas escolas brasileiras Entre nós, a inclusão, no caso dos surdos, só está acontecendo no papel. Na realidade das escolas eles continuam excluídos. Em muitos lugares professores surdos estão sendo chamados a colaborar com a educação de seus pares, desde que sejam só professores de Libras e de que se subentenda que a Língua de Sinais deve ser “só para ajudar” aquele aluno deficiente a compreender “um pouco” daquilo que os outros estão construindo e aprendendo. Os professores, instrutores e educadores surdos possuem muitos saberes que não fazem parte dos conhecimentos dos professores e educadores ouvintes. O trabalho conjunto é imprescindível na construção de uma proposta eficaz. Em primeiro lugar, porém, é necessário que os próprios professores

3 educadores ouvintes consigam se desfazer de arraigados preconceitos e passem a interagir com os profissionais de educação surdos, como seus verdadeiros pares. Examinando os objetivos da educação inclusiva, percebemos que, à luz da prática escolar já observada, eles necessitam de uma reformulação. Objetivos da inclusão no Brasil 1. Ensino igual para todos 2. Convívio com as pessoas normais 3. Exercício da cidadania 4. Uma grade curricular padronizada 5. Domínio da Língua Portuguesa

4 Realidade da inclusão para os surdos na escola com esse Currículo 1. O aluno surdo tem uma experiência anormal 2. Vive isolado 3. Continua sem conhecer os seus direitos 4. A grade curricular não atende às suas necessidades particulares 5. A paga e ignora a diferença Resultados da inclusão 1. Raiva 2. Ressentimento 3. P rocesso cognitivo interrompido 4. Reação à exclusão 5. F alta de conhecimentos básicos

5 A propostas de Educação Bilíngue, em curso nas escolas regulares brasileiras, muito poucas mostram ter noção da diferença linguístico-cultural dos surdos e quando o fazem, a única preocupação que se manifesta é com a ausência de intérpretes. Mostram também que os resultados para os surdos não estão bons. As direções e coordenações continuam nas mãos de professores ouvintes e a língua oral é hegemônica, não existe a preocupação de uma mudança mais estrutural que signifique o início de um processo para tornar a inclusão dos surdos real. Penso que é importante fundar um centro de pesquisa ou investigação para acompanhar a implantação e evolução da escola bilíngue aqui no Brasil. Orientar os professores e as famílias sobre a organização da escola bilíngue e fazer as articulações com órgãos públicos e escolas particulares de educação de surdos que utilizam o Bilinguismo. Se não dedicarmos a necessária atenção e recursos, não trabalharmos com rigor científico, a Educação de Surdos vai continuar sendo um fracasso. Embora as boas intenções e ações de alguns, a mudança estrutural na base ainda não está acontecendo.

6 O que temos observado são práticas insuficientes e distorcidas, a mais comum coloca os professores de surdos para lecionar algumas horas de Língua de Sinais. Não há um currículo para essa disciplina, é ignorada a história e a identidade surda e os surdos precisam acessar todos os conteúdos em Língua de Sinais, não apenas ter algumas aulas de Libras. A Política Educacional do MEC preconiza a implantação dos intérpretes de Língua de Sinais em todas as escolas inclusivas onde existem surdos. Devemos dizer que apenas a colocação dos intérpretes de Língua de Sinais nas escolas inclusivas não é uma educação bilíngue. A escola precisa trabalhar as duas línguas para os alunos ouvintes e surdos. Organizar a participação dos professores surdos nas reuniões para avaliar o processo de Educação Bilíngue, programar atividades que incentivem a participação de todos os atores da comunidade escolar e procurar formas de ajudar as famílias dos ouvintes, e dos surdos, a compreenderem a proposta e incentivarem seus filhos para que possamos construir um ambiente não preconceituoso e mais igualitário.

7 Os cursos rápidos de Libras, para alguns dos professores ouvintes, e as discussões ideologizadas sobre a inclusão não fizeram com que a escola passasse a ter uma interação efetiva com seus alunos surdos. O que aconteceu foi que a Língua de Sinais passou a ser encarada como um recurso legítimo para o acesso à língua mais importante, o Português, que na atuação da quase totalidade dos professores ouvintes, é o Português Sinalizado. A contratação de instrutores ou professores surdos não modificou estruturalmente os currículos, apenas acrescentou algumas aulas de Libras. A Língua Portuguesa continua hegemônica, e o surdo, um colonizado dentro da grande maioria das escolas brasileiras. Como exemplo, analiso uma proposta, que pretende ser de referência, em Educação Bilíngue. Na leitura da proposta percebemos que ela não é uma proposta de Educação Bilíngue, uma vez que privilegia escandalosamente a língua oral e delega para a Língua de Sinais apenas o papel de facilitadora da comunicação. Não há nenhum aprendizado formal da Língua de Sinais, já que o objetivo aqui é o desenvolvimento da linguagem e como dito anteriormente a linguagem pode ser “aprendida”, mas não pode ser ensinada. O contato “natural” com a língua é que proporcionará esta aquisição..... Porém, uma visão realista é também necessária, já que atualmente a implantação de um modelo bilíngue no Brasil não é tarefa fácil. Uma tradição oralista na educação dos surdos em nosso país deu origem a indivíduos surdos subeducados, muitas vezes sem conhecimento da Libras e sem condições de atuar na educação de crianças surdas.

8 A necessidade do oralismo ainda é uma realidade para o surdo brasileiro quando pensamos em educação de nível superior, inserção social e colocação profissional. Modelos bilíngues são urgentes com uma aplicação prática realista. Não devemos importar modelos de outros países, pois a história deles certamente se difere da nossa.


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