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Kalecki: Investimento e ciclo
Profa. Maria Isabel Busato
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Kalecki: investimento e ciclo
A análise cíclica é baseada na interação do tipo multiplicador e acelerador Onde: a = sensibilidade do investimento à St; b = sensibilidade do investimento à variação no lucro; c = sensibilidade do investimento à variação no estoque de capital Seja Onde: δ = valor absoluto da depreciação
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Kalecki: investimento e ciclo
(2) em (1) Equação 3: Mostra que as decisões de investir em capital fixo são função tanto do nível de atividades econômicas (St) como da taxa de modificação desse mesmo nível (ΔP/Δt ). Onde: θ é um hiato temporal médio menor do que τ; e b’ e d’ são:
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Kalecki: investimento e ciclo
Investimento em estoque Investimento total será dado pela soma do investimento em capital fixo + Investimento em Estoque A equação 6 expressa (a) a relação, com um hiato temporal, entre o investimento em capital fixo, de um lado, e a poupança, a taxa de modificação dos lucros e a taxa de modificação no estoque de capital em equipamento de outro (o efeito modificação do estoque de capital se reflete no coeficiente a/(1+c)
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Kalecki: investimento e ciclo
Reescrevendo a eq. 6, incluindo 6.1 e 6.2 O desvio do investimento em relação à depreciação dará o investimento líquido : Chega-se à equação sete pela “suposta igualdade entre S e I” (p, 144). EQUAÇÃO 7 (p.145) O investimento em t+θ é função do investimento ao tempo t e da taxa de modificação do investimento ao tempo t-w. O primeiro termo do segundo membro representa a influência nas decisões de investir exercida pela poupança corrente – proxy de acumulação interna de lucro e também o efeito negativo do aumento do equipamento (a/(1+c); O segundo termo representa a influencia da taxa de modificação dos lucros (coef b´/(1-q) e da produção, coeficiente e/[(1-q)(1-α)]. d, na ausência de mudanças a longo prazo é suposto constante. Atenção para o fato de que Kalecki, em suas próprias palavras na página 21 afirma que “ essas equações(6, 6.1 e 6.2) “se aplicam ao processo dinâmico em geral”, contudo ele afirma que pretende se concentrar no processo do ciclo e por isso considerará um sistema que NÃO se ache sujeito ao desenvolvimento a longo prazo, um sistema estável, exceto no que diz respeito às flutuações. Como o sistema não está sujeito a modificações a longo prazo ele segue supondo os gastos autônomos constantes.
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Chega-se à equação 7 pela “suposta igualdade entre S e I” (p, 144).
EQUAÇÃO 7 (p.145) O investimento em t+θ é função do investimento ao tempo t e da taxa de modificação do investimento ao tempo t-w. O primeiro termo do segundo membro representa a influência nas decisões de investir exercida pela poupança corrente – proxy de acumulação interna de lucro e também o efeito negativo do aumento do equipamento (a/(1+c); O segundo termo representa a influencia da taxa de modificação dos lucros (coef b´/(1-q) e da produção, coeficiente e/[(1-q)(1-α)]. d, na ausência de mudanças a longo prazo é suposto constante. Atenção para o fato de que Kalecki, em suas próprias palavras na página 21 afirma que “ essas equações(6, 6.1 e 6.2) “se aplicam ao processo dinâmico em geral”, contudo ele afirma que pretende se concentrar no processo do ciclo e por isso considerará um sistema que NÃO se ache sujeito ao desenvolvimento a longo prazo, um sistema estável, exceto no que diz respeito às flutuações. Como o sistema não está sujeito a modificações a longo prazo ele segue supondo os gastos autônomos constantes.
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Kalecki: investimento e ciclo – usando artifício defasagens
Artifício: fazer Δt= θ = 1 e vamos fazer Δit = it - it-1 Logo: Para achar solução formal, vamos fazer w = 0, e escrever o período de tempo, teta igual a 1...ou seja, para passar de 10 para 11, vamos fazer Δt= θ = 1 e vamos fazer Δit = it - it-1; Vou supor g = 0
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Equação Geral do Ciclo g = constante i= investimento líquido
Lembre que o Kalecki está com estrutura dada e que a distribuição é considerada um parâmetro. Ela foi determinada no nível micro, no processo de determinação de preços e está relacionada com o grau de concentração dos mercados. Se quisermos pensar os efeitos distributivos: pensar a partir de mudanças no alfa, que representa a participação incremental dos salários na renda.A equação 11 é uma equação linear de diferenças finitas de 2ª ordem com termo constante (g) que dá a tendência do investimento líquido. Ou seja, temos uma formulação do tipo: Yt+2 + a1Yt+1 + asYt+2 = c A solução para esse tipo de equação pode ser feita fazendo g = 0 (como Kalecki faz) e a solução da equação será Yt = kx(x ao quadrado)
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Ciclo em Kalecki Esta é a equação geral do ciclo utilizada na análise do ciclo econômico na formulação de Kalecki (equação 23’ da página 147: Kalecki não elaborou a solução formal matemática para a existência do ciclo, para tanto, ver: Possas (1987), p.146 e usar como complemento a planilha de Excel disponibilizada com título “simulando ciclo em Kalecki. It e Delta it expressam o “efeito demanda” que se manifesta tanto nas variações como no nível dos lucros e da renda através do multiplicador e da acumulação interna de lucros; o efeito capacidade aparece no denominador (1+c). Kalecki não elaborou a solução formal que permita especificar as características da trajetória. Mas a solução matemática pode ser encontranda em Possas (1987), p.146
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it+θ = a/1+c . it + μ.∆it–ω/∆t
Ciclo em Kalecki it+θ = a/1+c . it + μ.∆it–ω/∆t a/(1+c).it: captura influência da poupança corrente (a) e ampliação da capacidade produtiva [1/(1+c)]; μ = 1/(1 – q).[b′ + e/(1 – α′)]. ∆It–ω/∆t: captura influência da taxa de modificação dos lucros [b′/(1 – q)] e da produção [e/(1 – q)(1 – α′)].
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Mecanismo do ciclo Observação: it é o investimento líquido. Ver equação 7.1 Partindo do ponto “A” da figura do próximo slide: Partiremos da hipótese de que a economia se encontra na fase de recuperação, com Investimento = depreciação, e investimento líquido em it=0, no ponto A da figura a seguir. Ver Kaleki (1954, Cap 11, p. 147); Nesse ponto, Investimento iguala à depreciação e o investimento líquido será igual a zero, it =0. “Observe que no ponto “A” o primeiro fator à direita da igualdade será nulo: a/(1+c)it, porque it é nulo no ponto onde Investimento = Depreciação. A economia vinha se recuperando com μΔit-w > 0. Logo, it+ϴ > 0; Ultrapassando “A” de baixo para cima, o investimento líquido passa a ser positivo, nos levando ao ponto “B”, implicando que está havendo entregas líquidas de capital, o que passa a desestimular a continuidade do investimento (ver equação 1 e 10). Pense na seguinte forma alternativa (colocar no quadro): Δt = 1 = ϴ, podemos reescrever: it+1 = a/(1+c)it + μ (it-it-1), dando um passo a mais no tempo, pode-se escrever: it+2 = a/(1+c)it+1 + μ (it+1 - it), logo it+2 = [(a/1+c) + μ ]it+1 - μ it OU it = a/(1+c)it μΔit-2, Sendo que Δit = it – it-1 Logo, It+2 = a/(1+c)it+1 + μ(it – it-1), assim It+2 = [a/(1+c) – μ)it μit
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Mecanismo do ciclo “Contudo, depois de i ter se tornado positivo, o problema de sua continua elevação (i.e. se it+ϴ > it), depende dos valor dos coeficientes a/(1+c) e de μ; De fato, o primero componente de it+ϴ, isto é, a/(1+c)it é mais baixo que i, porque supusemos a/(1+c) <1 e isso tende a reduzir it+ϴ abaixo de it. Por outro lado, o segundo componente μ Δit-w/Δt é positivo porque i estava se elevando antes de alcançar o nível de it, e isso tente a aumentar it+ϴ acima do nível it. Há, portanto duas alternativas: a) que os coeficientes a/(1+c) e de μ são tais que a elevação do investimento afinal se detém no ponto C; ou b) que a elevação contínua até que as atividades economicas chegem a um níel onde um aumento adicionao nao seja permitido por escassez da capacidade produtiva existente ou da mão de obra disponível».
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Mecanismo do ciclo “Tomemos a primeira alternativa. Depois de o investimento ter-se detido em C, não pode ser mantido nesse nível, mas tem que cair de D para E. De fato, representando o nível máximo de i por itop, temos para o ponto D: it = itop e ∆it – ω/∆t = 0. Assim, para it + θ ao ponto E, o componente μ.∆it – ω/∆t é igual a zero e o componente [a/(1+c)].itop é menor que itop porque a/1+c < 1. Consequentemente, it+θ é menor que itop e o investimento cai de seu nível mais alto até o ponto E. Dali para diante o investimento se deslocará para baixo, isto é, it+θ será mais baixo que it, por duas razões: o componente [a/(1+c)].it será menor que it, e o componente μ.∆it – ω/∆t será negativo. Dessa forma, i finalmente cairá a zero, isto é, o investimento chegará ao nível da depreciação.” (Kalecki, p.148)
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Mecanismo básico intuitivo do ciclo kaleckiano – princípio do ajustamento do estoque de capital
Mecanismos básico: Durante O período de gestão, o I eleva o nível da demanda efetiva. A elevação dos lucros no período torna novos projetos atraentes, incentivando novas decisões de investimento, o investimento como categoria de gasto produz efeitos favoráveis no nível de atividade. Uma vez concluído o Investimento, ele representa adição ao estoque de capital, afetando de modo adverso as decisões de investir. Ver noção intuitiva do ciclo kaleckiano em: JOBIM, A.J. A Macrodinâmica de Michal Kalecki. Referências JOBIM, A.J. A Macrodinâmica de Michal Kalecki. M.Kalecki, Teoria da dinâmica econômica: ensaio sobre as mudanças cíclicas e a longo prazo da economia capitalista, Nova cultural, 1977[1954]. Possas, M.L. A dinâmica da economia capitalista: uma abordagem teórica. São Paulo, brasiliense, 1987.
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