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INTRODUÇÃO A BIOFARMÁCIA
Luiz Fernando Secioso Chiavegatto
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Cinética de liberação a partir de formas orais
Forma farmacêutica + sistema de liberação de fármacos Liberação : o P.A deve ser liberado e absorvido durante sua permanência no organismo mesmo que se trate de uma forma de ação prolongada
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Principio ativo presente em solução
Forma mais favorável : usada como referência por conta disso P.A deve estar sob sua forma ativa em solução No estado não ionizado – absorção passiva Para produtos pouco solúveis o veículo aquoso é o mais indicado
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Modificar a constante dielétrica do solvente;
Adição de solventes hidromiscíveis compatíveis com a fisiologia Para certos valores de constante dielétrica pesquisa-se usando protocolos de solubilidade do ativo em misturas de dioxano / água constante dielétricas crescentes O ativo assim dissolvido irá se precipitar no estõmago : Sob a forma finíssima. Molhável e amorfa – mais facilmente solúvel
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b) Dissolver um ativo muito lipossolúvel em veículo hidrodispersível do tipo óleo esterificado
No tubo digestivo a solução se auto- emulsionará, favorecendo a absorção se compararmos com a solução oleosa tradicional
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c) Transformar o ativo em uma forma mais hidrossolúvel
Por salificação : formação de cloridratos ou de sais de ácidos orgãnicos (citratos, oxalatos, ascorbatos, sais de diácidos cuja a função carboxílica é salificada por um sódio para facilitar a dissolução Por formação de interações diversas ( cafeina/benzoato de sódio; riboflavina /cafeina etc... Por solubilização micelar com ajuda de um tensoativo superior a CMC: procedimento interessante do ponto de vista técnico para ativos muito pouco solúveis
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Formas galênicas Xaropes Elixires Gotas Destacamos a importância de: Fraca viscosidade Diluição do ativo Efeito pontencializador do álcool Retardo da evacuação gástrica ( acidez do veículo ou açucar 0
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Soluções Luiz Fernando Chiavegatto
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DISSOLUÇÃO dissolução simples ou completa dissolução extrativa ou parcial
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Processo de Dissolução
O processo de Dissolução ocorre em 3 passos: 1. separação das partículas (moléculas ou íons) de soluto; 2. afastamento das partículas de solvente para formar espaços que serão ocupados pelas moléculas de soluto; 3. estabelecimento de interações entre as partículas de soluto e solvente para formar a solução.
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A solubilidade de uma substância num determinado solvente indica a concentração máxima na qual uma solução com aquela substância e aquele solvente pode ser preparada. Quando um solvente, em dada temperatura, já tiver dissolvido todo o soluto de que é capaz, diz que está SATURADO.
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FATORES QUE INTERFEREM NA DISSOLUÇÃO. 1
FATORES QUE INTERFEREM NA DISSOLUÇÃO. 1 . Aquecimento– calor de dissolução positivo- as moléculas apresentam maior energia cinética 2 . A alteração da relação ácido-base - pH ótimo de dissolução 3 . Aumento da superfície de contato com o solvente - Reduzir a substância a pó fino 4 . A eliminação da camada de solvente onde existe concentração de saturação – Escolha correta do agitador 5 . Viscosidade – diminui a velocidade de dissolução por que diminui a movimentação das moléculas
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. VEÍCULOS Água Purificada
Água Purificada 1. Água Deionizada – obtidas em aparelhos denominados deionizadores. .
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VEÍCULOS Água Purificada Osmose Reversa – Uma corrente pressurizada de água passa paralelamente à face interna de um núcleo constituído por uma membrana filtrante. Agua esteril
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VEÍCULOS Água Purificada 3
VEÍCULOS Água Purificada 3 . Água destilada – Obtida em aparelhos denominados destiladores. A água purificada não deve ser utilizada após 24 horas de obtenção Controle de qualidade Os aparelhos devem sofrer manutenção preventiva
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Agentes adjuvantes ou corretivos: OBJETIVOS: Tornar a solução mais compatível com o meio fisiológico em que será aplicada. Promover a dissolução na água de um fármaco muito pouco solúvel ou insolúvel neste solvente. Evitar o desenvolvimento de microorganismos na solução. Assegurar a estabilidade suficiente – retardando a oxidação e hidrólise. Melhorar a aceitação do medicamento pelo paciente,camuflando, na medida do possível o odor e/ou sabor desagradável característico de algum fármaco. Conseguir o máximo de atividade terapêutica e prolongar-se o período de eficácia de uma preparação.
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PRINCIPAIS AGENTES CORRETIVOS Agentes corretivos de PH A fixação de um determinado pH é importante muitas vezes pois dele pode depender: a) A solubilização da substância medicamentosa na concentração desejada. Eletrólitos fracos se comportam como ácidos e bases fracas. Alcalóides, sulfamidas e barbitúricos são exemplos de substâncias que precisam ser transformadas em formas iônicas hidrossolúveis. Os eletrólitos fracos de caráter ácido são solúveis em pH alcalino. O acerto de pH pode ser feito juntando um ácido ou uma base Em alguns casos será recomendável soluções tampões para a fixação do pH.
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b) Manutenção da estabilidade tanto química quanto farmacodinâmica.
PRINCIPAIS AGENTES CORRETIVOS Agentes corretivos de PH b) Manutenção da estabilidade tanto química quanto farmacodinâmica. As soluções podem sofrer Hidrólise. Esta reação depende da temperatura e de um catalisador que é o ph do meio. Existe um valor de pH no qual a sua decomposição hidrolítica é mínima . Na impossibilidade de obedecer este critério devemos seguir procurando um compromisso entre o ótimo e o que realmente podemos praticar buscando estabilidade razoável que seja compatível com seu uso clínico.
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PRINCIPAIS AGENTES CORRETIVOS Agentes Anti-hidrolíticos Substituição total ou parcial da água por outros solventes. Exemplos de agentes anti-hidrolíticos: Álcool Propilenoglicol Glicerina Solução de sorbitol Proporção utilizada: 10,20 até 60%
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Agentes solubilizantes
Técnicas já abordadas: Solubilização micelar Formação de complexos Sistemas solventes
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Agentes solubilizantes constante dielétrica
Quanto mais polar a substância maior sua constante dielétrica Compostos altamente ionizáveis ou polares se dissolvem em líquidos de alta constante dielétrica Compostos apolares se dissolvem em líquidos de baixa constante dielétrica
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Semelhante dissolve semelhante
Semelhança entre as const.dielétricas do solvente e do soluto Em um sistema solvente a constate dielétrica irá depender da constante de cada um deles e de sua percentagem na mistura Έ= Ea %A + Eb %B + Ec%C .....En%N / 100
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Ex: Constante dielétrica de :
Agua 50 % / alcool 30% / glicerina 20% E= 80,4 x ,1 x x 20 / 100 = 52,73
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Observações técnicas importantes : Não utilizar quando temos solutos
Alguns compostos podem ser solúveis em dado solvente, porém de forma lenta, consumindo tempo. Para acelerar o processo podemos: Usar o calor – como recurso para aumentar a velocidade de dissolução – cuidados em não ultrapassar a temperatura mínima necessária. Não utilizar quando temos solutos voláteis ou solventes voláteis
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A redução das partículas aumenta a superfície exposta ao solvente
Observações técnicas importantes : Reduzir o tamanho das partículas – pulverização (fragmentação até um estado de subdivisão mais fino) do soluto usando gral e pistilo. A redução das partículas aumenta a superfície exposta ao solvente Agitação da mistura – visa renovar a camada de solvente sobre partícula promovendo sempre a circulação de solvente novo.
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SOLUÇÕES MEDICAMENTOSAS
HIDRÓLEOS SOLUÇÕES MEDICAMENTOSAS Definição: São Hidróleos especiais, de fórmulas definidas, que não possuem regra geral de fabricação. Possuem : COMPOSIÇÃO VARIADA ESTABILIDADE QUÍMICA VARIÁVEL USO INTERNO ou USO EXTERNO
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Estado Disperso EMULSÕES SUSPENSÕES
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EMULSÕES SISTEMA HETEROGÊNEO DUAS OU MAIS FASES
EMULSÕES líquido em líquido
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Emulsões São produtos resultante da dispersão de um líquido em
outro, com o qual não seja miscível, ‘a custa de um agente emulsivo, cujo papel é de facilitar a formação e tornar estável o sistema disperso assim obtido.
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FASES QUE COMPÕE A EMULSÃO: INTERNA, CONTÍNUA OU DISPERSA
EXTERNA, DESCONTÍNUA OU DISPERSANTE. As emulsões que têm a fase interna OLEOSA e a fase externa AQUOSA são chamadas de : O/A – ÓLEO EM ÁGUA As emulsões que têm a fase interna AQUOSA e a fase externa OLEOSA são chamadas de : A/O – ÁGUA EM ÓLEO
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TEORIA DAS EMULSÕES 1. Teoria da tensão superficial OBS: Todos os líquidos tendem a assumir a forma que tenha a menor superfície exposta possível Na gota a forma é esférica. Existem forças internas que tendem a favorecer a associação de moléculas para que a substância resista a deformação. Se duas gotas, ou mais, do mesmo líquido entram em contato entre si, a tendência é de união ou coalescência , formando-se uma gota maior que tem superfície menor que a soma das superfícies das gotas reunidas. Esta tendência pode ser medida e é uma força. Quando o que circunda o líquido é o ar – TENSÃO SUPERFICIAL.
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Emulsões Quando o líquido está em contato com outro líquido no qual seja insolúvel, a força que impede a fragmentação é chamada de TENSÃO INTERFACIAL. As substâncias que conseguem reduzir essa resistência ‘a fragmentação em gotas são conhecidas como TENSOATIVOS. Estas substâncias provocam a redução da tensão interfacial dos dois líquidos imiscíveis, reduzindo a força de repulsão entre eles e diminuindo a atração de cada um deles por suas próprias moléculas.
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Emulsões 2. Teoria da cunha orientada Camadas monomoleculares de agente emulsificante curvadas em torno de uma gotícula da fase interna da emulsão. 3. Teoria plástica ou da película interfacial O agente emulsivo orienta-se na interface óleo/água, circundando as gotículas da fase interna com uma fina película adsorvida na sua superfície. Impede o contato e a coalescência Obs : na realidade, é improvável que uma única teoria explique as formas pelas quais os muitos e variados tensoativos favorecem a formação da emulsão. Em uma única emulsão todas as teorias podem ser aplicadas.
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Emulsões CARACTERÍSTICAS DE UM AGENTE EMULSIONANTE Moléculas anfifílicas de EHL ( HLB ) característico.
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Emulsões Do ponto de vista da Biodisponibilidade classificamos os tensoativos em : 1. PRIMÁRIOS : Agem sobre a tensão superficial Ex: Polissorbato 80 ( Tween 80 ) 2. SECUNDÁRIOS : Interferem com a viscosidade da fase externa. Ex : Álcool cetílico, bentonita, Metilcelulose.
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Emulsões MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DAS EMULSÕES APLICAÇÃO DA NOÇÃO DE EHL Só os compostos em cuja a molécula existam grupos hidrófilos e lipófilos poderão ser adsorvidos ‘a superfície das duas fases que constituem a emulsão. A hidrofilia e a lipofilia desses compostos deverão ser equilibradas para não serem absorvidos por uma das fases. O perfeito equilíbrio não existe razão porque sempre haverá uma solubilidade maior em uma das fases. Se a diferença não for acentuada nós teremos uma atividade de superfície.
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ESTABILIDADE DAS EMULSÕES
Assim como para as suspensões , nas emulsões podemos aplicar os pricípios da lei de Stokes 2 r 2 ( d1 - d2 ) g V = 9 FLOCULAÇÃO E FORMAÇÃO DE CREME; Fase interna forma agregados que sedimentam ou sobem à superfície da emulsão em forma de creme.
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Relação d1 / d2 Velocidade de sedimentação Conseqüência
d1 = d zero Homogeneidade d1 < d < zero Creme ‘a superfície d1 > d > zero Creme no fundo COALESCÊNCIA E SEPARAÇÃO DE FASES Reagrupamento das gotículas na fase interna havendo separação de fases.
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Emulsões Este fenômeno indesejado pode acontecer por : Agente emulsificante inadequado Agente emulsificante insuficiente Temperatura Oxidações Decomposição microbiana do emulsificante Deslocamento do emulsificante Relação entre o volume das fases; Boa estabilidade Proporção da fase dispersa : 30 – 60 % Proporções maiores inversão das fases
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Principio ativo presente em emulsão
Poucos exemplos de emulsões por via oral Para não dificultar a absorção, estas emulsões são de fase contínua aquosa Elas se misturarão com as secreções digestivas e “molharão” mais facilmente a mucosa
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O p.a emulsionado pode, segundo o caso:
A ) Constituir a própria fase interna : emulsões lipídicas energéticas, emulsão de óleo de fígado de peixe B ) Estar em solução em uma fase interna oleosa : vitamina A e K de síntese , princípios balsâmicos.
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A colocada a disposição do organismo do P.A. se fará em dois tempos
1. Uma difusão do P.A , da fase interna para a fase externa Ela será função: Do coeficiente de partilha do P.A entre os veículos das duas fases : Vai depender da solubilidade do P.A na fase externa Do tamanho das gotículas da fase interna: Quanto menores maior a superfície oferecida a extração pela fase externa.
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“ Logo que as microgotículas atingem a dimensão de quilomicrons, pode-se pensar em uma absorção direta destas pelos quilíferos.” Da viscosidade da fase interna, na qual o P.A está em solução
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2. Uma difusão da fração do P
2. Uma difusão da fração do P.A dissolvido na fase externa através da membrana biológica. Neste caso somos levados ao caso das soluções. Lembrar que : Um agente de viscosidade é adicionado as emulsões por conta de sua estabilidade. Estes produtos, que são macromoléculas podem reagir com o P.A e diminuir sua absorção
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Em resumo: A rapidez da colocada a disposição do organismo de um ativo contido em uma emulsão é função de : Da absorbabilidade deste ativo Da velocidade de passagem deste ativo da fase interna para a externa, permitindo uma “ recarga deste “ a medida que vai sendo absorvida
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Com relação ao EHL haverá interesse em escolher um EHL correspondente ao EHL crítico da emulsão para termos: Microgotículas e menor viscosidade da fase externa modificação da membrana
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Suspensões Luiz Fernando Chiavegatto
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Suspensões farmacêuticas
DEFINIÇÃO : São formas farmacêuticas que contém partículas finas da substância ativa em dispersão relativamente uniforme num veículo no qual este fármaco apresente solubilidade mínima.
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CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS NUMA SUSPENSÃO FARMACÊUTICA
Deve sedimentar lentamente e voltar a dispersar-se com agitação suave do recipiente. As características da suspensão devem garantir que o tamanho das partículas dispersas permaneça constante. Deve escoar com rapidez e uniformidade do recipiente.
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VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO DAS PARTÍCULAS DA SUSPENSÃO
A velocidade de sedimentação é maior quanto maior for a partícula. Quanto maior for a densidade das partículas, maior a velocidade de sedimentação. A velocidade de sedimentação pode ser reduzida aumentando-se a viscosidade do meio dispersante, dentro de certos limites. A medida que a quantidade de partículas sólidas aumenta na suspensão, também aumenta a viscosidade. O tamanho das partículas da substância ativa deve estar entre 1 µ e 50 µ .
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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA FASE DISPERSA
FLUTUAÇÃO: Agentes molhantes ( polissorbatos, laurilsulfato de sódio) : Diminuição do ângulo de contato sólido-líquido. VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO: 2r2 ( d1 – d2 ) g Lei de Stokes : V = 9
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OBS: Agentes Suspensores
Líquidos não newtonianos Plásticos Pseudoplásticos tixotropia
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CRESCIMENTO DE CRISTAIS
Característico de substâncias polimórficas. Modificam a biodisponibilidade e podem gerar erros posológicos.
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Partículas dispersas com baixo potencial elétrico ( potencial zeta)
TIPOS DE SEDIMENTOS FLOCULOSO : Fácil redispersão. Partículas dispersas com baixo potencial elétrico ( potencial zeta) AGLOMERADO (CAKING ) : Compacto, que não se redispersa. Partículas dispersas com elevado potencial zeta. Agentes floculantes: Cargas negativas: íons positivos ( sais de alumínio: Al3+) Cargas positivas: íons negativos ( sais de fosfato: PO4-3)
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Principio ativo presente em suspensão
Este deverá ser apresentado sob a forma sólida,finamente dividido, molhado em meio aquoso miscível com os sucos digestivos Ele estará pronto para a dissolução desde que a fração fraca dissolvida seja perfeitamente absorvível.
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A cinetica de colocada a disposição do organismo ocorre em duas fases: 1. Dissolução do Principio ativo a partir das partículas suspensas 2. Absorção do principio ativo dissolvido
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A rapidez do fenômeno dependerá do equilibrio entre:
As características de absorbabilidade do p.a que serão responsáveis pela velocidade de diminuição de sua concentração na fase externa solubilidade do P.a sob a forma ativa na fase externa
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O primeiro ponto só depende do p
O primeiro ponto só depende do p.a e já foi estudado (complexação, micelização etc..) O segundo ponto existem os fatores condicionantes da forma suspensão a saber: viscosidade da fase externa A concentração da partícula, granulometria e sua forma Tipo de sedimento: caking e crescimento de cristais
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