DEFESA DISSERTAÇÃO AUTORA: TÍTULO: BANCA EXAMINADORA:

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1 DEFESA DISSERTAÇÃO AUTORA: TÍTULO: BANCA EXAMINADORA:
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA – FAFICH/UFMG DEFESA DISSERTAÇÃO AUTORA: Ana Esperança Jafete Gule TÍTULO: “Transformações Sociais na Vida de Reassentados em Moçambique por Conta do Corredor de Nacala”. BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Eduardo Viana Vargas – Orientador - PPGAN/UFMG Profa. Dra. Karenina Vieira Andrade – PPGAN/UFMG Prof. Dr. Rogério Brittes Wanderley Pires – Pos-Doc/PPGAN/UFMG DIA 03/07/2017 – Segunda-feira HORÁRIO 09:00 hs LOCAL Sala º andar - Prédio da FAFICH

2 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA – FAFICH/UFMG
RESUMO: Esta dissertação procura descrever o processo de transformação social produzido pelo deslocamento compulsório e pelo reassentamento da população rural da província de Nampula atingida pelo Projeto Corredor de Nacala, que atravessa as províncias de Tete, Niassa e Nampula nas regiões centro e norte do país. Após me situar como pesquisadora e apresentar o Projeto e o contexto em que ele se desenvolve, situando-o historicamente em Moçambique, procuro investigar e analisar as transformações ocorridas em dois lugares em particular, no centro de reassentamento ao longo da linha férrea em Muezia e no bairro de Namutequelia, ambos em Nampula, identificando os atores envolvidos no processo de reassentamento compulsório resultante da construção da linha férrea e na implantação dos equipamentos relacionados, como o muro de vedação que atravessa o bairro de Namutequelia. Nesta investigação procura-se dar especial atenção aos conflitos existentes, bem como aos debates sobre noções como a de desenvolvimento. Ao longo do trabalho procuro mostrar que a crítica que mobiliza o conflito é motivada por mudanças estruturais que se instalaram no curso de vida das famílias submetidas ao deslocamento imposto pela empresa Vale. Exemplo disso é a desconexão entre a diversidade de percursos e práticas de subsistência praticadas no seu local de proveniência (território) e as condições instaladas e existentes no lugar de reassentamento, o que gera conflitos sobre expectativas frustradas em relação ao reassentamento. Contra esta crítica os que defendem o projeto afirmam que o processo de adaptação das famílias está em curso e que as queixas poderão ser minimizadas com a criação de novos projetos econômicos para o “benefício” dos reassentados.