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Os processos de significação, signo e significado

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Apresentação em tema: "Os processos de significação, signo e significado"— Transcrição da apresentação:

1 Os processos de significação, signo e significado
22/abr./2004 Os processos de significação, signo e significado Vânia Mara Alves Lima Cibele A. C. Marques dos Santos Giovana Deliberali Maimone 1 jun-18 Michely Jabala M. Vogel

2 “A língua não é um sistema de mostração de objetos, pois a linguagem humana pode falar de objetos presentes ou ausentes da situação de comunicação [...] o objeto nem precisa existir, para que falemos dele, pois a língua pode criar universos de coisas inexistentes. A atividade linguística é uma atividade simbólica, o que significa que as palavras criam conceitos e esses conceitos ordenam a realidade, categorizam o mundo” (FIORIN, 2015 p.56).

3 Semiótica Ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na natureza e na cultura. Teoria da significação (NOTH, 2003). 3 jun-18

4 Semiótica . Adotado oficialmente em 1969 pela Associação Internacional de Semiótica por iniciativa de Roman Jakobson para as investigações nas áreas de Semiologia e Semiótica Geral. 4 jun-18

5 Signo “Os signos são uma forma de apreender a realidade. Só percebemos no mundo o que nossa língua nomeia” (FIORIN, 2015 p.55). Forma de categorizar, organizar e interpretar o mundo. Com os signos, o homem cria universos de sentido. Poder criador da linguagem.

6 Signo O objeto não designa tudo o que uma língua pode expressar:
não exprime as propriedades de uma coisa, não constrói metáforas e metonímias. Mostrar um objeto não exprime pertença do objeto a uma determinada classe, porque no léxico, nomes são agrupados em classes.

7 Processo de significação
O valor de um signo é dado por outro signo. Um signo é sempre interpretável por outro signo: no interior do mesmo sistema pelos sinônimos, pelas paráfrases, pelas definições, em outro sistema ou língua pela tradução. A dificuldade de traduzir indica que não há univocidade na relação entre os nomes e as coisas.

8 Processo de significação
O significado é composto de: Traços funcionais: morde / não morde; come cereais / não come cereais Traços qualificacionais: corpo grande / corpo pequeno; cauda enrolada / cauda reta.

9 Processo de significação
O significado não é a realidade que ele designa, mas sua representação, é o que quem emprega o signo entende por ele. O significante é o veículo do significado, que é o que se entende quando se usa o signo, é sua parte sensível, e esta definição se estende as diversas linguagens. A significação é uma diferença entre um signo e outro (noção de valor), porque a língua é produção e a interpretação de diferenças.

10 Signo (Hjelmslev) O signo une uma forma de expressão a uma forma de conteúdo. A substância da expressão são os sons e a substância do conteúdo, os conceitos. Sons e conceitos são gerados pela forma e não preexistem a ela. Exemplo: homem = “ser humano” e “ser humano do sexo masculino”. Em latim, “homo” e “uir”, grego “ánthropos” e “anér”

11 Signo O signo é arbitrário, portanto cultural.
Mas ... pode ser parcialmente motivado já que em todos os níveis da língua aparecem motivações.

12 Signo A arbitrariedade do signo não se aplica a todas as linguagens, há linguagens que têm signos em que a relação entre o significante e significado é motivada como nas linguagens visuais, nos símbolos.

13 Classificação dos signos (Schaff)
Fonte: FIORIN (2015, p. 73).

14 Signo: elemento do processo de comunicação
“O signo é usado para transmitir uma informação, para indicar a alguém alguma coisa que um outro conhece e quer que os outros também conheçam”. (ECO, 1973) Mensagem =>organização complexa de muitos signos E D M código Sistema de significação comum ao Emissor e ao Destinatário com uma série de regras que atribui ao signo um significado. 14 jun-18

15 Processo de comunicação sem código
Processo de estímulo-resposta Estímulo = não está por outra coisa, mas provoca outra coisa; não há inferência, nem processo lógico-intelectual; processo não-reversível. Exemplo: Uma luz forte que obriga a fechar os olhos. 15 jun-18

16 Processo sígnico É reversível podendo passar do signo ao seu referente e vice-versa, característica dos processos intelectuais. Exemplo: Ordem verbal que me manda fechar os olhos. Decodifico a mensagem (processo sígnico) e depois decido se vou obedecer (processo volitivo). 16 jun-18

17 Signo e processo de significação
Para os Estóicos em cada processo sígnico deve-se distinguir: semainon  signo, considerado como entidade física semainomen  o que é dito pelo signo e que não representa uma entidade física pragma  objeto a que o signo se refere, entidade física, acontecimento, ação 17 jun-18

18 Triângulos semióticos
Ogden & Richards Saussure jun-18

19 Triângulos semióticos
Peirce Morris jun-18

20 Triângulos semióticos
Hjelmslev Expressão e Conteúdo Carnap Intensão e Extensão jun-18

21 Triângulos semióticos
Referência (Ogden & Richards) Significado, conceito (Saussure) Interpretante (Peirce) Designatum (Morris) Conteúdo (Hjelmslev) Intensão (Carnap) … Símbolo Significante Signo, representamen Veículo sígnico Expressão Referente Objeto Denotatum Extensão 21 jun-18

22 Triângulo semiótico significado Interpretante “x” Signo linguístico
significante Signo /cavalo/ Objeto/Referente [cavalo] intérprete contexto 22 jun-18

23 Signo Objeto fundamental da pesquisa semiótica. Alguma coisa está em lugar de outra (helenistas; teóricos medievais). Presença que remete a algo não presente. “Tudo aquilo que, aos olhos de alguém, está no lugar de alguma outra coisa sob algum aspecto ou capacidade” (Peirce) 23 jun-18

24 Signo Aquilo que cria algo na Mente do Intérprete.
É um cognoscível determinado por algo que não ele mesmo (seu Objeto) e que determina alguma Mente concreta ou potencial (Interpretante) criado pelo signo, de tal forma que essa Mente Interpretante é assim determinada mediatamente pelo Objeto (Peirce) 24 jun-18

25 Signo É a correlação de uma forma significante com uma unidade que definimos como significado. Cada signo liga o plano da expressão (plano significante) ao plano do conteúdo (plano significado), ambos opondo ao seu nível substância e forma. 25 jun-18

26 Signo Os signos se diferenciam é na articulação da forma significante.
Não existe nunca como entidade física observável e estável, dado que ele é produto de uma série de relações. 26 jun-18

27 Signo Usado no sentido do representamen e como signo na totalidade (Peirce). No lugar de algo para alguém (intérprete). Referência a uma ideia, função de um objeto no processo de semiose, existência na mente do receptor. Veículo que traz para a mente algo de fora. Objeto perceptível que serve de signo para o receptor. jun-18

28 Objeto do signo Está no universo das coisas ou das expectativas - individual – material - mental – imaginário – corresponde ao referente. Objeto imediato: objeto dentro do signo, idéia, qualidade da sensação, representação mental de um objeto. Objeto dinâmico (mediato): tal como é, independentemente de qualquer aspecto particular seu, referido à condição real, o Objeto em relações tais como seria mostrado por um estudo definitivo e ilimitado. Objeto fora do signo que não pode exprimir, só pode indicar, deixando para o interprete descobri-lo pela experiência colateral. 28 jun-18

29 Dimensões do signo Semântica Sintática
o signo é considerado em relação aquilo que significa (Morris). estuda o potencial dos signos para dizer a verdade ou não (Noth). Sintática o signo é considerado enquanto inserível em sequências de outros signos com base em regras de combinação(Morris). Determina as condições combinatórias favoráveis para que as remas participem de proposições (dicentes) e de discursos racionais (argumento), 29 jun-18

30 Dimensões do signo Pragmática
o signo é considerado quanto as próprias origens, aos próprios efeitos sobre os destinatários, aos usos que dele fazem (Morris). estudo do efeito do signo sobre os intérpretes em situações de comunicação. relações entre o intérprete e seu ambiente semiótico. 30 jun-18

31 Código “Regra de junção de elementos da expressão com elementos do conteúdo, depois de ter organizado em sistemas formais ambos os planos ou de os ter permutado como já organizados por outros códigos” (ECO, 1973). Para que exista código é indispensável que exista correspondência convencionalizada e socializada. É condição necessária e suficiente para a subsistência do signo. Um sintoma médico é signo na medida que existe o código da semiologia médica. 31 jun-18

32 Interpretante [algo que], de modo mediato e relativo, [foi] criado pelo Objeto do Signo na mente do intérprete (PEIRCE) mecanismo semiótico, através do qual , o significado é predicado de um significante (ECO). aquilo que o próprio signo expressa; [algo] que requer ... raciocínio o sentido de um signo é outro que o traduz mais explicitamente qualquer signo, ou complexo de signos que traduz o primeiro signo em circunstâncias adequadas. 32 jun-18

33 Interpretante Pode ser um outro signo da mesma semia sinônimo
Um signo de outra semia que use a mesma substância da expressão termo equivalente em outra língua Um signo de semias com substância expressiva diversa um desenho, uma cor um objeto assumido como signo uma definição intensional das propriedades atribuídas comumente ao suposto objeto do signo. 33 jun-18

34 Interpretante Interpretante imediato
Qualidade de impressão que o signo é capaz de produzir sem reação atual Interpretante dinâmico Efeito direto realmente produzido por um signo sobre o interpretante, experimentado em cada ato de interpretação sendo diferente em cada um. Interpretante final: estudo das significações pelos lexicógrafos 34 jun-18

35 Semiose Processo pelo qual qualquer coisa age como signo, ou seja, significa, processo no qual o signo tem um efeito cognitivo sobre o interprete. Processo que compreende : um representamen (1o. termo da relação triádica de Peirce) seu Objeto (2o. termo) seu Interpretante (3o. termo) um quarto (Morris), Intérprete Passagem contínua de signo a signo. A definição completa da semiose é também a definição do signo: “Um signo, ou representamen, é aquilo que, sob certo aspecto ou modo, representa algo para alguém" (Peirce). 35 jun-18

36 Semiose “Para estabelecer o significado de um significante (signo) é necessário nomear o primeiro significante por meio de um outro significante que, a seu turno, conta com outro significante que pode ser interpretado por outro significante, e assim sucessivamente “(ECO, Lector in fabula) “A significação (e a comunicação) opera por meio de deslocamentos contínuos, que referem um signo a outros signos ou a outras cadeias de signos, circunscreve as unidades culturais ... sem jamais 'tocá-las' diretamente, mas tornando-as acessíveis através de outras unidades culturais” (ECO, Tratado geral de semiótica) Semiose ilimitada: um interpretante remete a outro interpretante ad infinitum 36 jun-18

37 Semiose Cada signo cria um interpretante que é o representamen de um novo signo, série de interpretantes sucessivos, cada pensamento tem de dirigir-se a um outro. O processo contínuo de semiose (ou pensamento) só pode ser interrompido, mas nunca finalizado. Por exigências práticas, as séries de ideias não continuam. O nosso repertório de signos, ao menos em nível de vocabulário, é limitado e, por isso temos que, no processo da semiose verbal, recorrer a signos anteriormente empregados. 37 jun-18

38 Semiose ilimitada S I1 I2 I3 O
Cada interpretante de um signo é uma unidade cultural ou unidade semântica. 38 jun-18

39 Unidade cultural Cada interpretante de um signo é uma unidade cultural que se constituem autonomamente em: Uma cultura, Um sistema de oposições, Sistema semântico global. individualizadas em campos semânticos ou em simples eixos oposicionais. Sistema das unidades semânticas modo como uma certa cultura segmenta o universo perceptível e pensável e constitui a Forma do Conteúdo. Unidade observável e manobrável, porque se manifesta através de seus interpretantes: palavras, gestos... 39 jun-18

40 Sistema semântico Postulado da significação: para que exista significação é necessário que ao sistema de significantes corresponda um sistema de unidades culturais. No círculo da semiose ilimitada as unidades culturais se reestruturam continuamente na sua correlação, ou sob o impulso de novas percepções, ou pelo jogo das suas recíprocas contradições. Um signo denota uma posição no sistema semântico. 40 jun-18

41 Denotação e Conotação Denotação
é o reenvio, realizado em circunstâncias e contextos dados, para aquela posição no Sistema Semântico para a qual, primeiramente e potencialmente, o código fazia com que o significante tivesse que remeter. Entendida como a extensão de um signo, no sentido de que o signo remete para o conjunto das unidades semânticas (culturais) a que o código faz corresponder. Conotação define-se como o reenvio do significante para outras unidades (parcial ou geral). (ECO, 1973) 41 jun-18

42 Denotação e Conotação Para criar um signo conotado, é preciso que haja uma relação entre o significado que se acrescenta e o significado já presente no signo denotado. Entre os dois significados há um traço comum (FIORIN. 2015). Os mecanismos principais de conotação são a metáfora e a metonímia. A metáfora é o acréscimo de um significado a outro por relação de semelhança, interseçção, traços comuns entre os dois significados. A metonímia é o acréscimo de um significado a outro, com relação de contiguidade, de coexistência, interdependência.

43 Semema Árvore hierárquica dos interpretantes possíveis da unidade cultural. Conjunto dos reenvios que a unidade cultural realiza no interior de eixos ou campos oposicionais de outras unidades culturais de que dadas posições são consideradas como interpretante da primeira unidade cultural (ECO,1973). Conjunto de semas que define o significado. 43 jun-18

44 Definição Artifício metalinguístico através do qual se ligam as diversas componentes semânticas que constituem o semema, ou pelo menos as que relevam do ponto de vista definicional considerado. 44 jun-18 Fonte: ECO, U. O signo. 4a. ed. Lisboa: Ed. Presença, p.167

45 Definição É logicamente uma definição das intensões do termo, isto é, das componentes semânticas que o código atribui ao semema correspondente (características específicas). Ex: flor – órgão reprodutor das plantas, geralmente colorida e cheirosa que serve também para enfeitar. 45 jun-18

46 Código Sistema convencionalizado de regras metalinguísticas que ligam dados elementos expressivos a dadas unidades culturais, coordenando-as em sememas e atribuindo a cada ligação as seleções restritivas, contextuais e circunstanciais. 46 jun-18

47 Código Atribui ao semema não só as marcas semânticas e diferenciadores, mas também seleções restritivas que indicam a que outros sememas pode o semema estar amalgamado e também seleções contextuais e circunstanciais que estabelecem quais sentidos devem ser amalgamados segundo a circunstância. O contexto é resultante da amálgama de sememas. 47 jun-18

48 Sentido O sentido de um termo é o percurso de leitura que no interior do semema se escolhe, tendo em conta as restrições resultantes do contexto. 48 jun-18

49 Peirce: Categorias universais
Três categorias universais relacionadas aos fenômenos do mundo (NOTH, 2003) Primeiridade: sentimento imediato e presente das coisas. Secundidade: o fenômeno primeiro é relacionado com o segundo – comparação, ação, tempo e espaço. Terceiridade: fenômeno segundo relacionado a um terceiro – mediação, hábito, memória, síntese, comunicação, representação e semiose. 49 jun-18

50 Peirce: Tricotomias 1ª. Tricotomia: ponto de vista do representamem
Quali-signo: qualidade de um signo, potencialidade Sin-signo: signo corporificado Legi-signo: signo convencionado (definido por uma “lei”). 50 jun-18

51 Peirce 2ª. Tricotomia: ponto de vista do representamem e do objeto
Ícone: semelhante ao seu objeto, participa do caráter do objeto Índice: relação diádica entre representamen e objeto, causalidade. Símbolo: a relação entre representamen e objeto é arbitrária e depende de convenções sociais, denota associação de ideia. 51 jun-18

52 Peirce 3ª. Tricotomia Rema = termo simples
signo como possibilidade qualitativa Dicisigno (dicente) = proposição /Sócrates é mortal/ Sujeito + predicado – exprime ideia (V ou F) e veicula informação Argumento = é um raciocínio complexo, ex: silogismo. Signo simples = /chávena/ Signo complexo = /a chávena de café/ Os dois denotam alguma coisa. 52 jun-18

53 Peirce Tricotomias Categorias I Representamen em si II
Relação ao objeto III Relação ao Interpretante PRIMEIRIDADE QUALI-SIGNO ÍCONE REMA SECUNDIDADE SIN-SIGNO ÍNDICE DICISIGNO ou DICENTE TERCEIRIDADE LEGI-SIGNO SÍMBOLO ARGUMENTO 53 jun-18

54 Dez classes principais de signos
Peirce Dez classes principais de signos Quali-signo Ex: sensação de vermelho Legi-signo indicial remático Ex: pronome demonstrativo Sin-signo icônico Ex: diagrama de circuitos Legi-signo indicial discente Ex: placa de trânsito / ordem Sin-signo indicial remático Ex: grito de dor Símbolo remático Ex: dicionário Sin-signo discente Ex: cata-vento e seu movimento Símbolo discente Ex: proposição Legi-signo icônico Ex: diagrama em um manual Argumento Ex: discurso racional / silogismo 54 jun-18

55 Peirce Fonte: PEIRCE, C.S. Semiótica. São Paulo: Perspectiva, p. 58. jun-18

56 Referências ECO, U. Premissa; O processo sígnico; Delineamentos de uma teoria unificada do signo. In: ___. O signo. 4a. ed. Lisboa: Ed. Presença, p. 7-20; 21-30; PEIRCE, C.S. O que é o significado?, de Lady Welby. In: ____. Semiótica. São Paulo: Perspectiva, p NOTH, W. Panorama da semiótica: de Platão a Pierce. 4. ed. São Paulo, Annablume, FIORIN, J. Teoria dos signos. In:___. Introdução à Linguistica: I. Objetos Teóricos. 6. ed. São Paulo: Contexto, p 56 jun-18


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