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Aristóteles o corpus aristotelicum

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Apresentação em tema: "Aristóteles o corpus aristotelicum"— Transcrição da apresentação:

1 Aristóteles o corpus aristotelicum
Filosofia

2 A felicidade não consiste em passatempos e divertimentos, mas na atividade virtuosa Vida e Obra ★ 384 a.C – ✚ 322 a.C. Nascido na Macedônia, filho de médico da corte do rei. Foi discípulo de Platão – estudou na Academia por 19 anos. Sai da Academia após a morte de seu mestre por discordar dos rumos tomados pelo sucessor. Foi tutor de Alexandre o Grande.

3 Vida e Obra Funda o Liceu e a escola peripatética (gr. caminhando) pois gostava de caminhar com seus alunos enquanto filosofava e dava aulas. Aristóteles é considerado um gigante do pensamento, um dos maiores pensadores que o ocidente já produziu. Sua obra abrange praticamente todos os campos do conhecimento: da metafísica, passando pela lógica, física e psicologia, à arte. E mais: sua obra possui um caráter sistemático, i.e.: um todo coerente e organizado, como um organismo.

4 A Doutrina Aristotélica
Foi tão influente, e sua obra tão fundamental, que, durante a Idade Média, era conhecido por “o filósofo”. Estabeleceu as bases do pensamento ocidental até o século XVII. Diverge de Platão, sobretudo com o caráter abstrato do pensamento de seu mestre, buscando uma abordagem mais empírica e concreta em sua filosofia.

5 A Crítica à Platão A crítica do terceiro homem é, na verdade, uma crítica endereçada por Aristóteles à doutrina platônica das Ideias/Formas. Segundo Aristóteles, Platão é dualista, quer dizer: a teoria platônica estabelece dois mundos distintos – o mundo inteligível das Ideias/Formas (apreendido pelo intelecto) e o mundo sensível dos objetos dos sentidos (apreendido pela percepção). Embora tais mundos estejam interligados, eles não formam, segundo Aristóteles um único e mesmo mundo – por isso diz-se que a doutrina platônica é dualista.

6 A Crítica à Platão O mundo inteligível é universal, quer dizer: afirma algo sobre um ser que compõe a realidade, a essência desse ser (aquilo sem o qual esse ser deixa de ser aquilo que ele é – ex: ao retirar a psyché, a alma racional, do ser humano, este deixa de ser humano e torna-se algo de inanimado). O conhecimento, assim, envolve a universalidade e a essência das coisas. Mas o mundo sensível é particular e, com isso, exclui a universalidade (João é homem; Maria é mulher; ambos são humanos, no entanto). Exemplo: o cabelo do João é castanho; o da Maria é loiro.

7 A Crítica à Platão Ao analisar a relação entre o mundo universal do inteligível (X) e o mundo sensível das particularidades (Y), Aristóteles faz a seguinte observação: Caso a relação entre os dois mundos seja interna, se eles estivessem um dentro do outro, formariam um único mundo, uma única realidade. Se esse fosse o caso, cairíamos no problema de saber como podemos passar de uma realidade à outra, de como a coisa sensível particular possa ser ao mesmo tempo algo de inteligível e universal. Mundo Sensível & Inteligível ???

8 A Crítica à Platão Mundo Sensível (X) Caso esses mundos sejam separados, se a relação entre um e outro mundos seja externa, devemos supor um terceiro elemento (W) que possa garantir a mediação, a passagem e a ligação entre o mundo sensível (Y) e o inteligível (X). Mas, ao mesmo tempo, a relação de mediação, passagem e ligação entre X, Y e W permanece externa, de modo que deveríamos supor um quarto elemento (Z) que estabelece a ligação entre X, Y e W, e assim por diante... (Z) (W) Mundo Inteligível (Y)

9 A Crítica à Platão O que Aristóteles quer dizer é que, ao criar um mundo inteligível separado do mundo sensível, Platão simplesmente duplica o problema: Não explica nem o mundo sensível, nem o mundo inteligível... Nem explica como se dá a passagem de um para o outro, ou a relação que esses mundos supostamente estabelecem entre si. Assim, Aristóteles critica Platão, dizendo que é desnecessário duplicar o mundo – pois essa solução apenas duplica o problema sem resolvê-lo. Isso implica a necessidade de criar uma nova visão metafísica do mundo e da realidade que possa explicar como se dá a relação entre as ideias universais e os seres particulares.

10 A Crítica à Platão A resposta de Aristóteles a essa questão passa pela admissão de que há apenas um mundo, uma realidade: a realidade sensível. Mundo de seres estritamente particulares. Mas o conhecimento envolve uma ideia universal sobre esses seres. Como, então, podemos conhecer algo a respeito desses seres? Aristóteles afirma que o universal não constitui uma realidade à parte daquela sensível, mas pode ser obtido por abstração!

11 A Crítica à Platão Desse modo, quando conhecemos a essência universal de algum ser, ou de um conjunto de seres, abstraímos suas características particulares. Mas, assim, perdemos a realidade! Isso quer dizer: o conhecimento ou as ideias pelas quais expressamos o universal e a essência dos seres não está localizado em um mundo à parte da realidade sensível: é algo que nós encontramos ao analisar os particulares sensíveis e separar as diferenças específicas de cada ser – chegando ao universal, à essência objetiva que compõe os seres. Quanto mais ser (quanto mais particularidade), menos conhecimento; Quanto mais conhecimento (universalidade), menos realidade, menos ser.

12 A Crítica à Platão Mas isso não significa uma recaída no relativismo sofista: Com essa concepção do universal como abstração, como separação das características particulares dos seres particulares, Aristóteles não quer dizer que cada indivíduo abstrai da maneira que lhe parece mais adequada, mas todos chegam à mesma essência após analisar um conjunto de seres particulares...

13 Exemplo: ‘mamífero’ é um universal que não possui realidade, não se encontra em um mundo separado daquele sensível. A essência universal ‘mamífero’ é obtida ao agrupar um conjunto de seres particulares (‘humano’, ‘cachorro’, ‘gato’, ‘golfinho’) e encontrar aquilo que é comum e os compõem a todos, separando as características específicas de cada grupo... A própria essência ‘humano’ é encontrada pelo mesmo processo de separação das particularidades específicas de cada ser individual (João, Maria, Carlos, Marina...). Assim, a distinção entre gênero e espécie, que até hoje usamos nas ciências biológicas, é uma concepção aristotélica (gênero = geral, espécie = específico).

14 O Corpus Aristotelicum
Aristóteles busca produzir um conhecimento que abarque toda a realidade – de forma geral e exaustiva. Há uma tentativa de esquematizar um sistema de conhecimento em que cada área esteja interligada às demais – formando um sistema completo e abrangente, fechado e produtor de sentido. Esse sistema foi organizado por um filósofo grego do séc. I a.C. (Andrônico de Rodes), a quem devemos o nome de Metafísica: Metá quer dizer depois ou além; assim, a Metafísica é o livro que Andrônico colocou após o livro que trata da Física. Mas esse ‘erro’ mostrou-se rico de sentido: a Metafísica é, afinal, o estudo das ideias desprovidas de qualquer caráter sensível.

15 O Corpus Aristotelicum
3 partes: Conhecimento Prático (Política e Ética) Conhecimento Produtivo (Poética) Conhecimento Teórico (Ciência Natural e Filosofia Primeira) Lógica: não é um campo do conhecimento, mas o pressuposto de todas essas áreas do conhecimento, pois trata das leis de como o pensamento opera a fim de conhecer os seres.

16 A Lógica Não é uma ciência propriamente dita, mas o instrumento do qual todas as ciências se utilizam para construir seu saber. 5 livros compõem a Lógica aristotélica, tratando de: Análise dos argumentos dos sofistas (esses argumentos não se sustentam logicamente); Estabelecer um método que utilize a lógica para produzir argumentos convincentes e coerentes; Teoria do silogismo (método de combinar proposições para obter conclusões e, assim, produzir conhecimento científico) Análise das proposições (relação de predicação) quanto à verdade ou falsidade. Análise dos sentidos da palavra ‘ser’ e de seus predicados

17 O Silogismo Método dedutivo criado para se obter conclusões:
Todo homem é mortal Sócrates é homem Logo, Sócrates é mortal Parte-se de uma proposição geral (‘Todo A é B’) para outra particular (‘C é A’), deduzindo a relação entre o particular e o geral (‘C é B’)

18 Conhecimento Prático Ética: é o estudo da virtude e de como podemos nos educar e aprender a sermos humanos virtuosos (diferentemente de Platão, Aristóteles afirma ser possível ensinar a virtude). Meson: é o justo caminho, ou o caminho do meio. É por meio da moderação que atingimos a virtude (a virtude da coragem não é nem temer, nem nunca temer, mas a sabedoria da coragem na medida certa – quando temer e quando não temer) Política: trata de como devemos agir em comunidade com os outros indivíduos em uma sociedade. O humano é um animal político, i.e.: só realiza sua natureza essencial no convívio e relação política com seus pares na pólis.

19 Conhecimento Produtivo
Poética: estudo da arte e dos elementos que compõem a arte poética (a mais elevada para Aristóteles) Mímesis (gr. = imitação). Significa que a arte imita a physis (imita aquilo que existe, no reino natural e no reino humano). Retórica: estudo da tragédia (poesia encenada por atores) como a forma mais elevada de poesia. Catharsis: efeito purificador vivenciado pelos espectadores ao presenciar os sentimentos das personagens da tragédia. Ao sentir aquilo que as personagens sentem, os espectadores aprendem sobre os sentimentos e as ações, tornando-se indivíduos mais maduros e virtuosos – é a purificação dos sentimentos ruins por meio das representações artísticas.

20 Conhecimento Teórico Ciência natural: realidade natural, mundo sensível Física: estudo dos movimentos dos corpos sensíveis [tantos dos terrestres quanto dos celestes (astronomia)] Lugar natural: cada corpo tende a voltar para o seu lugar natural (balão = céu; pedra = terra...) Biologia: estudo do movimento dos seres vivos, animados Aristóteles fez vários estudos empíricos e categorizações sobre diversas espécies de animais. Psicologia: estudo do movimento do ser racional, envolvendo reflexões sobre a alma humana Filosofia Primeira: estudo do ser Arqueologia: estudo das causas primeiras dos seres Ontologia: reflexão do ser enquanto ser – o que é real Teologia: estudo do Primeiro Ser, ou da Primeira Causa (imóvel) de todo o movimento – denominado Deus.


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