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MÉTODO DE REPROCESSAMENTO DE ARTIGO HOSPITALAR

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Apresentação em tema: "MÉTODO DE REPROCESSAMENTO DE ARTIGO HOSPITALAR"— Transcrição da apresentação:

1 MÉTODO DE REPROCESSAMENTO DE ARTIGO HOSPITALAR
Unidade II MÉTODO DE REPROCESSAMENTO DE ARTIGO HOSPITALAR Profa. Ma. Melissa Rodrigues de Lara

2 Esterilização Definição: Esterilização
Processo pelo qual os micro-organismos são mortos a tal ponto que não seja mais possível detectá-los no meio de cultura padrão no qual previamente haviam proliferado. Um artigo é considerado estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos micro-organismos que o contaminam é menor do que 1: (GRAZIANO; SILVA; BIANCHI, 2000).

3

4 Esterilização por meio do vapor saturado sob pressão - Físico
Antigamente Atualmente

5 Esterilização por meio do vapor saturado sob pressão - Autoclaves
Método físico de esterilização mais antigo, mais utilizado. Vapor saturado sob pressão: autoclaves. Mecanismo de ação deste método: termo- coagulação e a desnaturação de enzimas e proteínas estruturais da célula microbiana (PINTER &GABRIELONE, 2000; RUTALA & WEBER, 2008). Parâmetros do processo de esterilização Vapor, pressão, temperatura e tempo

6 Esterilização por meio do vapor saturado sob pressão
Princípio básico da esterilização: transferência do calor latente contido no vapor de água. O vapor é essencial para o sucesso da esterilização. Quanto mais denso for a natureza do artigo maior tempo de exposição deverá ocorrer para que este vapor possa atingir e penetrar no artigo. O ar é um fator impeditivo para a esterilização. As autoclaves modernas provem sistemas de remoção de ar e rápida penetração do agente esterilizante.

7 Esterilização por meio do vapor saturado sob pressão
O vapor saturado sob pressão possui características vantajosas e limitantes. Vantagens: Rápido aquecimento e penetração em artigos têxteis ou tecidos de algodão. Destruição de esporos microbianos em um curto período de exposição. Processo econômico. Fácil controle de qualidade. Não deixa resíduos tóxicos nos materiais.

8 Esterilização por meio do vapor saturado sob pressão
Desvantagens: Efeito deletério sobre alguns materiais intolerantes ao calor. Dependendo do material utilizado na fabricação dos artigos, o calor úmido poderá promover um efeito de corrosão e danificar fibras óticas. Não esteriliza óleos e pós, que devem ser esterilizados por calor seco.

9 Esterilização por meio do vapor saturado sob pressão
Tipos de autoclaves: O sistema básico para construção de autoclaves consiste em uma câmara de aço inox equipada com uma ou duas portas dotadas de válvula de segurança, manômetro de pressão e um indicador de temperatura. O ar é o inimigo de sua eficácia, portanto são classificados em geral de acordo com o método de eliminação de ar na câmara interna.

10 Esterilização por meio do vapor saturado sob pressão
Tipos de autoclaves: Gravitacional: evacuação do ar por gravidade, pois o ar frio ( mais denso) tende a sair por um ralo colocado na parte inferior da câmara, quando o vapor é admitido. Processo lento. Menos eficaz para materiais densos e porosos, portanto não indicado para serviços de saúde atualmente. Temperatura variam entre 121° C e 123 °C e 135 °C e 138 °C. ANVISA recomendou sua inutilização. ( APECIH, 2010)

11 Esterilização por meio do vapor saturado sob pressão
Autoclave alto vácuo: o ar é removido previamente, com formação de vácuo, no início do ciclo; quando o vapor é admitido penetra facilmente nos pacotes, com pouca chance de ar residual. Processo rápido e eficiente. O vácuo é obtido por meio de uma bomba de sucção com formação de vácuo num único pulso (alto vácuo). O sistema mais eficiente é o de pulsos de pressurização, é provido de um ciclo mais curto de tempo de exposição e um processo de secagem a vácuo no final do ciclo.

12 Esterilização por meio do vapor saturado sob pressão
Alguns equipamentos modernos de alto vácuo não utilizam a água para alimentar o sistema de vácuo, o pré-vácuo e a secagem são realizados por um sistema de vácuo fechado. A água utilizada para o resfriamento da bomba de vácuo é desprezada na rede de esgoto e não reaproveitada. (APECIH, 2010)

13 Esterilização por meio do vapor saturado sob pressão
O princípio de ação das autoclaves baseia- se em princípios físicos elementares (APECIH, 2010): A água entra em ebulição, quando sua pressão de vapor torna-se igual a pressão atmosférica. Um aumento de pressão irá produzir aumento correspondente na temperatura do vapor formado. Ciclo de esterilização: compreende a drenagem do ar, admissão e exaustão do vapor e secagem dos artigos no interior da câmara.

14 Esterilização por meio do vapor saturado sob pressão
1° passo: drenagem do ar na câmara de esterilização. 2 ° passo: admissão do vapor e exposição dos artigo, que se inicia com a substituição do ar pelo vapor. 3 ° passo: compreende a exaustão do vapor, que é realizado por uma válvula ou condensador. Finalizando o ciclo de esterilização, temos a secagem da carga. Os 2 ° e 3 ° passos podem ser estendidos em casos de materiais delicados, complexos e grandes. Consultar fabricantes, fazer protocolos.

15 Formaldeído - Esterilização química
O formaldeído é um gás incolor ( metanol ou aldeído fórmico) cáustico para a pele e para as mucosas, possui odor característico pungente e irritante em mínimas concentrações e é usado como desinfetante e esterilizante, tanto o estado líquido como no gasoso. Sua formação é mais comum na concentração de 37% chamado de formalina. (RUTALA; WEBER, 2008).

16 Formaldeído - Esterilização química
O formaldeído inativa os microorganismos por meio da alquilação dos grupos amino e sulfidril das proteínas e os anéis dos átomos de nitrogênio das bases purina, ação microbicina (RUTALA;WEBER, 2008). Potencial de riscos ocupacionais pela ação tóxica e irritativa do componente. O guideline for Desinfection and Sterilization in Healtchare Facilities (DSHF, 2008) dos EUA, exclui o uso de formaldeídos para a desinfecção de alto nível ou esterilização.

17 Vapor a baixa temperatura de formaldeído (VBTF) esterilização físico- química
O uso do formaldeído restringe-se como princípio ativo esterilizante em serviços de saúde na apresentação de vapor, juntamente com temperatura, umidade e vácuo. Utiliza-se equipamento automatizado denominado VBTF. Utilizaado para materiais termo-sensíveis em muitos países. O formaldeído gasoso origina-se a partir do paraformaldeído ou da solução de formalina, na forma sólida do formaldeído, sendo mais comum por meio da formalina (APECIH, 2010)

18 Vapor a baixa temperatura de formaldeído (VBTF) Esterilização Físico-Química
Mecanismo: O gás formaldeído é admitido em uma câmara esterilizadora até atingir a concentração de 8-16 mg/l, numa temperatura entre 60 e 80°C associada a uma umidade relativa do ar na faixa entre 75% a 100%. Inclui ciclos de vácuos pulsáteis, admissão de pulsos de vapor para aquecer a carga e eliminar ar residual, vários pulsos de gás formaldeído seguidos de vapor de água a baixa temperatura. Finaliza-se com banhos de ar e vapor de água.

19 Vapor a baixa temperatura de formaldeído (VBTF) esterilização físico- química
Vantagens: rapidez Baixo custo quando comparado ao ETO. Gás difusível ( penetrante). Compatíveis aos materiais termo- sensíveis. Compatível com todas as embalagens indicadas para vapor úmido. Embalagens absorventes como tecidos de algodão e papelão são contraindicados.

20 Interatividade O vapor saturado sobre pressão é o método mais antigo utilizado para a Esterilização de artigos. Dentre as alternativas relacione a correta: O vapor saturado é usado para autoclaves de baixa temperatura. O ar contido na câmara interna auxilia na condução do agente esterilizante. Artigos termo-sensíveis podem ser esterilizados por este processo. Não deixa resíduos tóxicos nos materiais Pode esterilizar óleos e pós.

21 Respostas Alternativa “d” Não deixa resíduos tóxicos nos materiais.

22 Esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio- Físico-químico
Muitos artigos médicos são muito complexos e construídos de materiais que não suportam a desinfecção e/ou exposição à umidade do vapor exigindo a escolha de esterilização por método de baixa temperatura (RUTALA &WEBER, 2008). A esterilização por plasma foi patenteada em 1987 e introduzida no mercado no começo da década de 1990, atualmente sendo processada pelo equipamento STERRAD STERIZATION SYSTEM (RUTALA&WEBER, 2008).

23 Esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio- Físico-químico
O método de esterilização por plasma mais disponível é baseado na criação de plasma mais gerado pela exposição de peróxido de hidrogênio sob vácuo à corrente elétrica. O plasma carregado eletricamente que é formado por este processo contém partículas carregadas, espécies quimicamente reativas (radicais livres de oxigênio) e radiação ultravioleta. Produto final da reação são inertes incluindo água e oxigênio. Temperatura do ciclo 55°C.

24 Esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio- Físico-químico
O processo inicia com a fase de vácuo o que demora 5 e 20 minutos. Fase de injeção, onde o peróxido de hidrogênio é injetado e vaporizado por aproximadamente 6 minutos. Neste momento a corrente eletromagnética é usada para gerar plasma. Fase de difusão, o plasma é infiltrado na câmara principal e perfunde através da carga por 44 minutos. Fase de morte microbiana. Após o plasma é removido pela fase de ventilação por 4 minutos.

25 Esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio- Físico-químico
Existem três tipos de equipamentos Sterrad : Sterrad 200, Sterrad 100S, Sterrad NX e Sterrad 100NX. As dimensões das câmaras variam e a capacidade de penetração do plasma em artigos de lúmens menores também. Portanto endoscópios gastrointestinais flexíveis não podem ser processados utilizando este processo, apenas com o uso de adaptadores (Boosters). Artigos oftalmológicos e cistoureteroscópios em qualquer modelo de Sterrad foi proibido pelas reações adversas.

26 Esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio- Físico-químico
O mecanismo de morte dos micro- organismos pelo plasma envolve três mecanismos básicos: Destruição direta do material genético pela radiação UV. Erosão do átomo do micro-organismo através da fotodessorção causada pela radiação UV. Erosão átomo por átomo do micro- organismo em razão da combustão lenta dos átomos de oxigênio, interagindo com os radicais no plasma.

27 Esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio- Físico-químico
Somada à atividade contra proteína priônica, o processo de esterilização por plasma tem também demonstrado atividade contra biofilme. Porém, estudos ainda não foram suficientes para a adoção de protocolos de saúde. (JOAQUIM, KWAN,BRAMZON,VANDERVOORT & BRELLES-MARINO, 2009)

28 Esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio- Físico-químico
Vantagens: Pode esterilizar materiais termos sensíveis. Método seguro. Atóxico só gera água como resíduo. Processo requer simples treinamento. Processo terminal em 51 a 72 minutos.

29 Esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio- Físico-químico
Desvantagens: Equipamento caro (Sterrad), método ainda oneroso. Técnica definida para esterilizar materiais de lumens longos e estreitos (booster). Aborta ciclo se material não estiver totalmente limpo e seco. Embalagens compatíveis (tyvek, manta de polipropileno).

30 Esterilização por óxido de etileno – Físico-químico
Devemos refletir que não há processo ideal para todos os artigos, o que existe é o agente adequado para cada grupo de produtos odonto-médico-hopitalares que se vai esterilizar. Necessita-se portanto da avaliação e elaboração de protocolos a fim de realizar um mister de processos de escolha.

31 Esterilização por óxido de etileno (ETO) – Físico-químico
Agente químico de alta eficiência quando se trata de esterilização de artigos termossensíveis, que age à baixa temperatura devido a seu alto poder de penetração (BOGDANSKY& LEHN, 1974, BURGESS E REICH, 1997, DANIELSON, 1998; KUMAR E TYNAN, 2005). Possui alto grau de penetrabilidade e difusibilidade o que garante sua ação letal aos micro-organismos (YOUNG, 1997). Trata-se de uma molécula orgânica composta por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio.

32 Esterilização por óxido de etileno – Físico-químico
Possui odor adocicado, semelhante ao éter benzênico ou à amêndoa quando em concentrações de aproximadamente 430 partes por milhão (ppm), mas inodoro em concentrações menores (HANEY, et al, 1990;BURGESS e REICH, 1997; DANIELSON, 1998). O gás OE elimina todos os micro- organismos conhecidos, incluindo esporos e fungos.

33 Esterilização por óxido de etileno – Físico-químico
A morte microbiana provocada pela ação do OE ocorre através de uma reação de alquilação que interfere com o metabolismo dos micro-organismos. Acredita-se que um átomo de hidrogênio da proteína da célula do micro-organismo é substituído pelo hidroetil em uma ligação irreversível, causando efeito tóxico, impedindo nova síntese de proteína, impedindo sua reprodução (MATSUMOTO et al, 1968; RENDELL- BAKER, 1972).

34 Esterilização por óxido de etileno – Físico-químico
Provoca poucos danos aos instrumentais médico-cirúrgicos. Temperatura de 25°C a 75°C. Não corrosivo, não deforma plásticos e borrachas, penetra facilmente nos materiais utilizados como embalagens. Esteriliza materiais delicados para microcirurgias, equipamentos elétricos, cateteres cardíacos, acessórios de anestesia e terapia respiratória, endoscópios e outros equipamentos com lentes.

35 Esterilização por óxido de etileno – Físico-químico
Validade da esterilização longa. Material pode ficar estocado por longos períodos sem perder validade. Não necessita de armazenamento específico. Para seu processo ser efetivo necessita: Concentração do gás de 450mg/l a 1200mg/l. Temperatura: 37,8°C a 63°C. Tempo de exposição de 1 a 5 horas. Umidade relativa de 35% a 80%.

36 Esterilização por óxido de etileno – Físico-químico
Desvantagens: Gás Tóxico, inflamável, explosivo Material precisa estar limpo e bem seco antes do empacotamento Necessita aeração forçada (ação cancerígena) Controle rigoroso de saúde dos funcionários Uso rigoroso de EPI Seguir requisitos técnicos legais rigorosamente (planta física – hospital)

37 Interatividade O plasma tem sido chamado o quarto estado da matéria, diferente dos outros estados: líquido, sólido, e gasoso. O plasma é definido como uma nuvem de íons, elétrons e partículas neutras (muitas das quais em forma de radicais livres), as quais são altamente reativas. Algumas autoclaves utilizam o peróxido de hidrogênio para realizar o processo de esterilização. Assinale a alternativa correta: O produto final da reação do Plama é altamente tóxico ao homem. O ciclo deverá alcançar alta temperatura para sua eficiência. Estudos demonstram a eficácia contra proteína priônica e biofilmes, porém ainda não o suficiente para a padronização de protocolos. Não esteriliza materiais termossensíveis. Método pouco seguro.

38 Resposta Alternativa “c”
Estudos demonstram a eficácia contra proteína priônica e biofilmes, porém ainda não o suficiente para a padronização de protocolos.

39 Método químico de eterilização por imersão - Glutaraldeído
O glutaraldeído é um dialdeído saturado que reúne muitas vantagens desinfetante de alto nível e esterilizante, devido ao seu amplo espectro de ação, bem como a estabilidade e a compatibilidade com as mais diversas matérias-primas dos materiais e equipamentos médico- hospitalares ( APECIH, 2010). Não corrosivo a metais, equipamentos ópticos, borracha ou plástico. A solução aquosa não tem ação esporicida apenas com a associação de agente alcalinizante atingindo pH 7,5 e 8,5.

40 Método químico de eterilização por imersão - Glutaraldeído
O mecanismo de ação se dá pela alquilação dos radiacais sufidril, hidroxil, carboxil e do grupo amino dos micro- organismos, alterando o RNA, o DNA e a síntese protéica ( RUTALA &WEBER, 2008). Causa toxicidade a profissionais e pacientes.

41 Método químico de eterilização por imersão - Glutaraldeído
Resolução SS 27 de 1 de Março de estabelece critérios para utilização do glutaraldeído com ênfase especial à prevenção de agravos à saúde dos trabalhadores expostos. O não cumprimento da resolução implica em penalidades da lei Estadual /1998 que estabelece o código sanitário do Estado de São Paulo. Foco segurança ocupacional.

42 Método químico de eterilização por imersão - Glutaraldeído
Algumas determinações: Rodízio dos profissionais de CC e CME envolvidos no manuseio do glutaraldeído, a fim de evitar excesso de exposição à substância. Ativação e o uso do glutaraldeído deve ser feito por profissional capacitado, com orientação de um supervisor de nível superior na área da saúde e conhecimento em esterilização e desinfecção em materiais.

43 Método químico de eterilização por imersão - Glutaraldeído
Algumas determinações: Qualquer dano à saúde dos pacientes ou de profissionais envolvidos no processo de esterilização será responsabilidade desse supervisor, que estará sujeito às penalidades previstas pela norma. Fica sob responsabilidade da CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) e do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) a solicitação de exames periódicos para verificar a situação da saúde de cada trabalhador exposto ao produto.

44 Método químico de eterilização por imersão - Glutaraldeído
A ativação e o manuseio do glutaraldeído deve ser feito com uso de todos os EPIs necessários. Caso o produto entre em contato com a pele o trabalhador deve lavar o local com água corrente abundante por 15 minutos, se roupas forem atingidas estas deverão ser trocadas imediatamente. Caso ocorram agravos à saúde do paciente como resultado de uso inadequado do glutaraldeído, podem ser penalizados todos os profissionais que participaram do processo de desinfecção ou esterilização.

45 Método químico de eterilização por imersão - Glutaraldeído
A utilização de glutaraldeído em EAS é restrita às seguintes indicações: Desinfecção química de alto nível, para artigos semicríticos termossensíveis incompatíveis com desinfecção por processos térmicos. Artigos metálicos incompatíveis com processamento por soluções germicidas a base de cloro inorgânico ou agentes oxidantes como peróxido de hidrogênio ou ácido peracético ou ainda combinações destes dois produtos.

46 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização.
A segurança do processo de esterilização depende de todas as fases do processamento dos produtos para saúde (APECIH, 2010). A fase de limpeza é fundamental para garantir a qualidade do processo de esterilização e não pode ser substituída por desinfecção e esterilização (APECIH, 2010). A sobrevivência de micro-organismos ao processo de esterilização pode decorrer de falhas humanas e de falhas mecânicas (APECIH, 2003).

47 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização.
A eficácia do processo depende: Tipo de equipamento. Natureza do produto a ser esterilizado. Acondicionamento. Forma como o material é carregado no equipamento. A carga deve ser montada dispondo os produtos para a saúde de modo a permitir a penetração do agente esterilizante, a retirada de ar e secagem de líquidos, respeitando o volume máximo da carga (POSSARI, 2003).

48 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização.
Métodos de Monitoramento: Monitoramento mecânico: relacionado ao equipamento de esterilização e deve contemplar: Registros de manutenção preventiva e corretiva realizada. Registro de problemas observados durante a prática diária e registro da validação do processo de esterilização realizada periodicamente. (MARTINHO, 2007)

49 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização.
Monitoramento Físico: realizado para verificar tempo, temperatura e pressão durante todo o ciclo de esterilização (AORN, 2004). Poderão ser registrados manualmente ou por intermédio de impressora acoplada interligada ao esterilizador. Registrados por dispositivo eletrônico com autonomia de realizar o controle das cargas por meio de um sensor físico colocado no interior da autoclave, utilizando um software compatível. (MARTINHO, 2007)

50 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
Monitoramento químico: realizado por meio de indicadores e integradores químicos. Indicadores químicos consistem em tiras de papel impregnadas com tinta termocrômica ( substância que sofre termo reação em mudança de ambiente térmico) que mudam de cor e/ou forma quando expostos a tempo e temperatura (APECIH, 2003).

51 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
Com a unificação das normas regulamentadoras para classificação de monitoramento químico surgiu-se a determinada descrição classificatória (ANSI/AAMI/ISSO , 2006): Classe I, II, III, IV, V, VI

52 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
Classe I - Indicadores de Processo: indicadores externos, são tiras de papel impregnadas com tinta termocrômica e tem o objetivo de identificar e diferenciar os produtos para a saúde que foram processados e os que não foram. Fixado junto ao artigo a ser esterilizado ou em grau cirúrgico e Tyvec deverá estar na embalagem (APECIH, 2010). Fita zebrada.

53 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
Classe II – Indicadores para uso em testes específicos: são utilizados em situações relevantes para o equipamento de esterilização com sistema de pré- vácuo. Útil para observar remoção de ar nas autoclaves e garantir a penetração uniforme do vapor nos materiais. Uso diário antes da primeira carga processada. Alocar em pacotes fazer a esterilização de 3,5 a 4 minutos a 134°C omitindo a secagem. Verificar áreas não reveladas, bolsões de ar . (APECIH, 2010)

54 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
Exemplo: Teste de Bowie&Dick. Antes Depois Falhas

55 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
Classe III - Indicadores de parâmetro único: designado a reagir a um parâmetro específico do ciclo de esterilização, que é a temperatura (APECIH, 2010).

56 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
Classe IV – Indicadores multiparamétricos: designado a reagir a dois ou mais parâmetros críticos do ciclo de esterilização. O desempenho deste indicador deve atender as mesmas características dos indicadores classe III, porém avaliando mais de uma variável, tais como temperatura e tempo.

57 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
Classe V- Indicadores integradores: designado a atingir a todos os parâmetros críticos de um ciclo de esterilização, dentro de uma faixa específica de temperatura de esterilização. O desempenho dos integradores é comparado à inativação de um micro-organismo de teste, avalia temperatura, tempo e qualidade do vapor (APECIH, 2010).

58 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
Classe VI – Indicadores emuladores ( simuladores): designados a reagir a todos os parâmetros críticos de um ciclo específico de esterilização. Age como “verificação de ciclo”, não reagirá até que aproximadamente 95% do ciclo seja concluído. O usuário deverá associar os parâmetros do esterilizador e do integrador específico classe VI, pois o mercado oferece várias opções para a esterilização a vapor.

59 Interatividade O glutaraldeído possui um amplo espectro de ação, sendo recomendado para processos de Esterilização e/ou desinfecção. Assinale a alternativa correta: Indicado por ser um produto inócuo ao paciente e aos profissionais. A ANVISA autoriza seu uso no Brasil sem restrições. Não há necessidade de uso de EPI. Caso ocorra agravos todos serão responsabilizados. Não há necessidade de rodiziar o profissionais.

60 Resposta Alternativa “d”:
Caso ocorra agravos todos serão responsabilizados.

61 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
Monitoramento Biológico: Realizado por meio de indicadores biológicos contendo uma população de aproximadamente 105 e 106 de micro- organismos esporulados, comprovadamente bacilos resistentes a um tipo de agente esterilizante (MARTINHO, 2007). Método escolhido para certificar-se de que o nível de esterilidade estabelecido seja alcançado conferindo a certeza de esterilidade frente a margem de segurança.

62 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
O nível de segurança de Esterilidade conhecido como SAL (Sterillity Assurance Level) é o número definido para margem de segurança de esterilização, ou seja, a probabilidade de sobrevivência de micro- organismos viáveis após o processo de esterilização. De acordo com o FDA (Food and Drug Administration), nos EUA é requerido um SAL de 10 ­ 6. Portanto para obter-se um SAL deverá ocorrer um item não estéril em de itens (ROWE, 1998).

63 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
Indicadores de primeira geração- são tiras de papel impregnado com esporos contidos em um envelope de papel de seda. Devem ser encaminhados ao laboratório. Leitura 7 dias de incubação. Indicadores de segunda geração – autocontidos a tira ou disco com esporos acondicionados em uma ampola separada do meio de cultura. Após a esterilização a ampola é quebrada e entra em contato com os esporos. Após o IB é incubado por 48 horas a 56°C. A leitura é feita por mudança de cor decorrente de pH.

64 Recomendações para controle e documentação dos processos de esterilização
Indicadores de terceira geração – IB auto- contido, se baseia na medida da enzima a alfa-D-glicosidase que é associada ao esporo bacteriano e interage com o meio de cultura. Após esterilização deverá ser colocado em incubadora específica por um período de 3 horas a 56°C e exposto a luz UV. A ausência de fluorescência indica esterilização. A detecção do crescimento bacteriano para confirmação efetiva são de 48 horas. Eficiente Ineficiente

65 Recomendações para embalagem e preparo de materiais

66 Recomendações para embalagem e preparo de materiais
Definição - Os sistemas de embalagens incluem tecido, não-tecido, invólucros compostos por plásticos e/ou papel e sistema de "containers", devendo facilitar a abertura e assegurar a esterilidade do conteúdo do pacote com técnica asséptica. Devem assegurar a esterilidade do conteúdo do pacote até sua abertura. É necessário selecionar o sistema de embalagem de acordo com as seguintes características. (AORN, 2007)

67 Recomendações para embalagem e preparo de materiais
O sistema de embalagens deve ter registro no Ministério da Saúde e deve ser usado de acordo com as instruções descritas pelo fabricante; Ser apropriado para o artigo e o método de esterilização e suportar as condições físicas do processo; Prover integridade adequada de selagem e ser a prova de violação; O conceito “Sistema de Embalagem” refere- se à combinação do sistema de barreira estéril e a embalagem de proteção. (ABNT, 2003)

68 Recomendações para embalagem e preparo de materiais
Ser barreira microbiana; Fornecer barreira adequada a líquidos; Permitir adequada remoção do ar; Permitir a penetração e a remoção do agente esterilizante; Proteger o conteúdo do pacote de danos físicos. Resistir a rasgos e perfurações. Ser livre de furos e microfuros. Manter a esterilidade até utilização do artigo. Não conter ingredientes tóxicos, alvejante, corante ou amido.

69 Recomendações sobre estocagem e distribuição de artigos esterilizados
A boa embalagem confere a integridade da esterilização. As condições de armazenamento, intensidade do manuseio, transporte e qualidade de embalagem e o invólucro determinam a validade. O transporte deverá garantir a integridade do material dentro dos limites especificados ( ISO, 2006). Manter a embalagem intacta. Estocada em local seco, arejado e protegida de variações de temperatura e sujeiras (ABNT, 2003).

70 Compatibilidade: Tipos de invólucros X processo de esterilização
AUTOCLAVE A VAPOR CALOR SECO ETO PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO DE FORMALDEÍDO RADIAÇÃO IONIZANTE Tecido de algodão Papel grau cirúrgico Filmes transparentes Lâminas de alumínio Caixas metálicas Tyvec Não-tecido Sim Não Sim* Sim * *necessitam estar perfuradas

71 Recomendações para embalagem e preparo de materiais
Ter impresso, de preferência, o indicador químico específico para cada tipo de esterilização. Evitar a liberação de fibras ou partículas. Não oferecer dificuldades à abertura do pacote, permitindo observar os princípios da técnica asséptica. Ter relação custo-benefício positiva. Ser de fácil obtenção no mercado. Possuir data de validade do produto.

72 Recomendações sobre estocagem e distribuição de artigos esterilizados
Prazo de validade depende de diferentes fatores: Estabilidade do dispositivo embalado. Matéria-prima do dispositivo embalado. Chance de penetração de micro- organismos durante transporte e armazenamento. Recomendações do fabricante quanto a forma pela qual foi embalado. Meio de transporte. Condições de armazenamento. Tipo de abertura poderá favorecer contaminação.

73 Recomendações sobre estocagem e distribuição de artigos esterilizados
AORN ( Association Operative Registered Nurse) determina avaliar a manutenção da esterilidade quanto: Número de manuseio do produto. Número de pessoas que manusearam as embalagens. Local de estocagem aberto ou fechado. Proteção externa primária. Data de esterilização da embalagem. Armazenamento com área controlada de temperatura entre 18 a 24°C, umidade relativa de 40%, renovação do ar 15 trocas por hora.

74 Recomendações sobre estocagem e distribuição de artigos esterilizados
Acesso restrito. Estocados em cestos e prateleiras. Prateleiras laváveis e resistentes. Armários no mínimo 20cm acima do chão. Não dobrar, amassar, prender com elástico, não apertar a embalagem. Embalagens sem rasgos, perfurações, fissuras, manchas, umidade, presença de indicador químico. Realizar protocolos de validade. (APECIH, 2010)

75 Reprocessamento de artigos de uso único
Apesar de os artigos hospitalares virem com recomendações de artigos único amplamente conhecida sua prática. Iniciou-se na década de 1960 (faixa) . Envolvem questões éticas, médicas e econômicas. As normas de boas práticas de fabricação da FDA são importantes referências.

76 Reprocessamento de artigos de uso único
A Instituição deverá elaborar protocolos de reprocessamento pelos serviços observando-se vários aspectos: Necessidade da população atendida. Informações sobre riscos associados ao processamento de itens específicos. Orientações dos fabricantes e possibilidade de mal funcionamento devido ao procedimento de reprocessar. Reações de pacientes. Resíduos de agentes esterilizantes ou de limpeza.

77 Reprocessamento de artigos de uso único
Endotoxinas ou outros pigmentos. Embolização por partículas carreadas pelo dispositivo reutilizado. A Instituição deverá se adequar quanto as normas publicadas no Brasil a saber: RDC 156 e RE 2605 e 2606 (ANVISA, 2006ª, 2006b, 2006c). APECIH 2007. (APECIH, 2010)

78 Interatividade Quanto ao monitoramento Biológico assinale a alternativa correta: É desejável a viabilidade de de micro-organismos a cada artigo esterilizado. É o método escolhido pra certificar-se que o nível de esterilidade alcançou os parâmetros de segurança. Indicadores de primeira geração a leitura ocorre após 48 horas. Indicadores de segunda geração não necessita de incubação. Indicador de terceira geração, a detecção necessita de 7 dias.

79 Resposta Alternativa “b”:
É o método escolhido pra certificar-se que o nível de esterilidade alcançou os parâmetros de segurança.

80 ATÉ A PRÓXIMA!


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