A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Disciplina: Tópicos Especiais em Economia Internacional (I)

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Disciplina: Tópicos Especiais em Economia Internacional (I)"— Transcrição da apresentação:

1 Disciplina: Tópicos Especiais em Economia Internacional (I)
Professor: Francisco Eduardo Pires de Souza 2º Semestre de 2018

2 Efeito Balassa-Samuelson: quando, em um país de renda baixa, a produtividade do trabalho no setor comercializável se eleva (relativamente à PMgL em outros países), a taxa de câmbio tende a se apreciar em termos reais (isto é, aproxima-se da PPC). E/Eppc Y/POP

3 A construção da medida de depreciação cambial por Rodrik
Rodrik usa várias medidas da desvalorização cambial, mas sua preferida leva em conta o efeito Balassa-Samuelson. O que significa usar este efeito para medir a desvalorização? as taxas de câmbio real associadas a diferentes níveis de renda per capita estabelecem o nível de equilíbrio. Qualquer taxa de câmbio acima da curva estaria depreciada. Abaixo da curva, estaria apreciada.

4 A construção da medida de depreciação cambial por Rodrik
1º passo (medida E/Eppc): ln RERit = ln(XRATit/PPPit) Onde: i é um índice para países e t, um índice para períodos de 5 anos. 2º passo: para ajustar ao Balassa-Samuelson regride a taxa de câmbio real em relação à renda per capita dos países: ln RERit = a + bln RGDPCHit + ft + mit (1) Onde: f = efeito fixo para o período de tempo; m = termo de erro. O resultado desta regressão é um b de -0,24, sugerindo um forte efeito Balassa-Samuelson: quando a renda cresce 10%, a taxa de câmbio real cai cerca de 2,4%. 3º passo: ln UNDERVALit = ln RERit – ln 𝑅𝐸𝑅 𝑖𝑡 Onde: ln 𝑅𝐸𝑅 𝑖𝑡 é o valor estimado na equação (1) (obs: esta medida tem a vantagem de controlar o efeito do crescimento sobre a taxa de câmbio. Quando a economia cresce o 1º termo do lado esquerdo tende a cair; mas o segundo também, não afetando UNDERVALit)

5 O modelo estimado O banco de dados cobre um máximo de 188 países e 11 períodos de 5 anos, de até A especificação básica para estimar a relação entre subvalorização (ou grau de depreciação) e crescimento tem a seguinte forma: Growthit = a + b lnRGDPCHi,t-1 + d lnUNDERVALit + fi+ft+mit Onde a variável dependente é a taxa de crescimento anual do PIB per capita. A equação inclui um termo de convergência (a renda per capita inicial) e um conjunto de dummies para o tempo e os países (fi e ft). Valores estimados para d: 0,017 para o total dos países; muito próximo a zero para países ricos e 0,026 para países em desenvolvimento => 50% de desvalorização causa aumento de 1,3 p.p. a.a na renda per capita (ou um aumento de 50% em 30 anos – uma geração). Obs: o PIB per capita brasileiro cresceu 0,8% a.a. nos últimos 30 anos. Os efeitos positivos do câmbio sobre o crescimento cessam a partir de uma renda per capita de cerca de US$ 20 mil (de 2004). Obs: em 2017 a renda per capita brasileira era de US$ 9,9 mil.

6

7

8 Testes adicionais, de robustez
Usou outros 4 indicadores de taxa de câmbio real efetiva (sem o efeito Balassa-Samuelson, o que reduz o efeito do nível de depreciação, já que este vai ser sempre maior) => resultados foram confirmados, com efeito um pouco menor. Introdução de outras variáveis explicativas, como a qualidade das instituições (rule of law), consumo do governo, termos de troca, inflação, capital humano e taxa de poupança. A introdução destes regressores não alterou significativamente o coeficiente de UNDERVAL Por fim, análise cross-section pura: variável explicativa é subvalorização média em todo o período (25 anos), além das outras variáveis explicativas cruciais para o crescimento (K humano, tx de poupança, etc) e a variável dependente a taxa de crescimento de cada país. Os resultados foram bastante significativos para UNDERVAL (tabela a seguir)

9

10 Growth accelerations Outra forma de abordar a questão: focar em países que experimentaram surtos excepcionais de aceleração do crescimento. Foram detectados, no período, 83 casos de aceleração do crescimento, caracterizada como aumento do crescimento do PIB per capita em 2 pp ou mais e o surto durou por pelo menos 8 anos. Note-se a seguir a diferença entre o caso asiático e o africano. Ocorre que, não apenas casos asiáticos foram muito mais bem sucedidos, como também que os africanos foram associados a boom de commodities (que apreciam a moeda)

11

12 O tamanho do setor comercializável como o canal operativo
A taxa de câmbio real é o preço relativo dos bens comercializáveis em termos dos não comercializáveis: RER = Pt/Pnt (Se Pt = EP*t, ...) Logo, um aumento de k eleva a rentabilidade dos comercializáveis, e leva a uma expansão deste setor (às custas do setor não comercializável). Aumento da parcela do setor comercializável (em particular o industrial) na economia aumenta a taxa de crescimento econômico. Rodrik testou as duas proposições alcançando resultados positivos.

13 Obs: a agricultura tem uma parte não comercilizável, além de ter, em muitos países em desenvolvimento, restrições de oferta ou restrições quantitativas ao comércio (argumento Rodrik para coeficientes negativos).

14 Por que os comercializáveis são especiais, do ponto de vista do crescimento?
Muitas explicações. Rodrik destaca duas: Fraqueza do ambiente contratual=> Instituições de má qualidade são um fardo maior sobre os comercializáveis Falhas de mercado que afetam mais comercializáveis Quando ambas são superadas (ou contornadas) por uma desvalorização cambial, a economia dá um salto (tradicional idéia desenvolvimentista dos pontos de estrangulamento)

15

16 Outras causas e o caso brasileiro recente
Um câmbio apreciado faz com que o crescimento da demanda agregada seja acompanhado de um aumento do déficit externo e não da produção doméstica. Isto porque a produção doméstica não consegue competir com produtos externos. Alternativamente, uma taxa de câmbio depreciada permite que o setor comercializável cresça com a demanda doméstica e com a demanda externa. Uma taxa de câmbio ao viabilizar um “export-led growth”, viabiliza um processo de desenvolvimento que não é restrito por crises de balanço de pagamentos.

17

18

19

20

21

22

23


Carregar ppt "Disciplina: Tópicos Especiais em Economia Internacional (I)"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google