Morte Encefálica e Doação de Órgãos

Apresentação em tema: "Morte Encefálica e Doação de Órgãos"— Transcrição da apresentação:

1 Morte Encefálica e Doação de Órgãos
ProfªAdriana Cecel Guedes

2 É a parada total e irreversível das funções encefálicas.
Definição de morte É a parada total e irreversível das funções encefálicas. Resolução CFM nº1346/91

3 Principais causas de morte encefálica
Traumatismo crânio encefálico Acidente vascular encefálico Encefalopatia anóxica Tumor cerebral primário

4 Diagnóstico de morte encefálica
Dado por exames clínicos e complementares: Exames clínicos: coma aperceptivo com ausência de atividade motora supra espinhal e apnéia Testes dos reflexos: -corneo palpebral -oculo vestibular -oculo cefálico -tosse -pupilas -apnéia

5 Diagnóstico de morte encefálica
Exames complementares: -Angiografia -Cintilografia -Doppler -Eletroencefalograma Indivíduos maiores de 2 anos Os exames clínicos devem ser realizados duas vezes, com intervalos de 6 horas entre elas. Para os exames complementares apenas 1 dos citados acima é suficiente.

6 Doador de órgãos Não devem ser considerados doadores:
Pacientes portadores de insuficiências orgânicas que comprometa os órgãos e tecidos a ser doados. Portadores de doenças infecto contagiosas transmitidas por meio do transplante Pacientes em sepsis e insuficiência múltiplas dos órgãos Portadores de neoplasias malignas, excetuando tumor restrito ao SNC Doenças degenerativas crônicas e com caráter de transmissibidade Causa da morte desconhecida

7 Processo de doação de órgãos
Notificar às Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos Notifica Central de Transplantes Avalia a lista única e localiza o receptor Notifica a Central do responsável pelo receptor

8 Processo de doação de órgãos
As equipes dirigem-se ao hospital de origem A notificação é compulsória, independente do desejo familiar da doação ou da condição clínica do potencial doador. O óbito deve ser constatado no momento do diagnóstico de morte encefálica

9 Órgãos e tecidos que podem ser doados
Órgão/tecido Tempo máximo para retirada Tempo máximo para a preservação extra corpórea Coração Antes da PC 4 e 6 horas Pulmões Rins Até 30 min após a PC Até 48 horas Fígado 12 a 24 horas Pâncreas Ossos Até 6 horas após a PC Até 5 anos Córneas 7 dias Pele

10 Cuidados com o doador CUIDADOS FINALIDADES
CUIDADOS FINALIDADES Monitoramento cardíaco contínuo Manter a estabilidade hemodinâmica Ventilação e Oxigenação Promover adequada oxigenação tecidual, e colaborar com o controle ácido-básico Monitoramento da pressão (invasiva ou externa) Manter a perfusão adequada dos órgãos a serem doados Mensuração da pressão venosa central Ajustar a volemia Controle da temperatura corporal Manter função cardíaca, renal e hepática, evitando arritmias e até parada cardíaca

11 Cuidados com o doador Sondagem vesical de demora Controlar diurese
Sondagem nasogástrica Descomprimir o estômago e evitar aspiração do conteúdo gástrico Reanimação cardiorespiratória em caso de parada cardíaca Preservar os órgãos a serem retirados e recuperar o coração e o pulmão Proteção ocular Evitar ulceração nas córneas, mantendo viável o tecido para transplante

12 Cuidados com o doador Antibioticoterapia
Usar em caso de infecção identificada ou como medida profilática Mudança de decúbito Preservar a integridade da pele, realizar somente em casos que não interfiram na condição hemodinâmica Corrigir alterações metabólicas Impedir a deteriorização dos órgãos

13 Legislação Pós- morte Consentimento informado: cônjuge ou familiar até 2º grau e duas testemunhas. Se juridicamente incapaz: ambos os pais, se vivos ou os responsáveis legais. Pessoas não identificadas: não podem ser doadoras

14 Legislação Doador vivo
A pessoa juridicamente capaz pode dispor gratuitamente de T/O/P para fins terapêuticos em cônjuges ou parentes consangüíneos até o 4º grau, inclusive, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial. Só é permitida a doação de órgãos duplos ou partes de T/O/P cuja retirada não cause ao doador comprometimento de suas funções vitais e aptidões físicas ou mentais e nem lhe provoque deformação. A retirada só será permitida se corresponder a uma necessidade terapêutica, comprovadamente indispensável e inadiável, do receptor.