Uma Ciência do Comportamento

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Apresentação em tema: "Uma Ciência do Comportamento"— Transcrição da apresentação:

1 Uma Ciência do Comportamento

2 O estudo do comportamento
Como as pessoas se comportam? Por que elas fazem o que fazem? O que nos move, o que nos governa? Estas perguntas podem ser respondidas de diferentes formas implicando na construção diferentes visões do homem, do mundo, do homem no mundo, com implicações práticas e importantes conseqüências praticas na nossa maneira de agir com relação a nos mesmos e como o próximo.

3 O estudo do comportamento
A literatura, a arte, a religião, a filosofia e muitas outras fontes nos fornecem informações e abrem perspectivas sobre a natureza humana. Isso é possível pela familiaridade que todos temos com o comportamento sem a necessidade de um método ou instrumento específico. Isso acaba geando algumas conclusões que fogem que não podem ser comprovadas pelos métodos cautelosos da ciência.

4 A ciência do Comportamento
A Psicologia Científica adota os meios da ciência como os mais apropriados para formar um corpo completo e organizado de informações exatas sobre o comportamento humano. Consiste na aplicação de um método, implicando em objetivos, princípios e técnicas e pesquisa. De outra maneira a Psicologia tenta responder às questões acima descobrindo quais fenômenos poderiam explicar a ocorrência do comportamento a partir de uma metodologia confiável.

5 A ciência do Comportamento
Os cientistas do comportamento visam quatro finalidades básicas: Descrição, Explicação, Predição e Controle. A descrição: É o objetivo básico de qualquer ciência. Sempre que possível observa-se e mede-se diretamente o comportamento, quando não é possível usar estratégias diretas, recorre-se a testes, entrevistas, questionários ou outras técnicas indiretas que por sua vez tem menos probabilidade de serem exatas.

6 A explicação: Consiste em estabelecer uma rede de explicações causais. Todas as explicações antes de aceitas devem ser testas por experimentação controlada. As explicações possíveis que ainda precisam ser testadas são as hipóteses.

7 A Predição: Consiste na capacidade de descrever o que irá ocorrer quando as mesmas condições causais encontradas anteriormente se repetirem. O controle: É quando os eventos que causam o comportamento são alteradas ou controladas deliberadamente para que um fenômeno se modifique em um dado sentido.

8 As leis e teorias O resultado da investigação sistemática da ciência é organizado em um corpo unificado de informações sobre um determinado fenômeno. Eventualmente o conhecimento sistematizado resulta em leis e teorias: As leis descrevem relações regulares e previsíveis. As teorias fornecem explicações de descobertas experimentais ou dados, elas tem a função de proporcionar o entendimento e estimular investigações aprofundadas.

9 Fundamentos de uma ciência do comportamento
A ciência é antes de tudo um conjunto de atitudes que conferem a ciência um caráter distinto. A precisão: Os cientistas procuram definir claramente o objeto de estudo; quantificar seus resultados ao invés de confiar em impressões pessoais; descrevem relatórios detalhados possibilitando replicação dos estudos.

10 Fundamentos de uma ciência do comportamento
Objetividade: Consiste na tentativa de evitar distorções (acidentais ou deliberadas) que influenciem os estudos. Os cientistas estão constantemente trabalhando em formas de controlar, mas o principal é a característica auto-reguladora da ciência principalmente através da replicação dos estudos.

11 Fundamentos de uma ciência do comportamento
Empirismo: Os cientistas acreditam que a observação é a melhor fonte de conhecimentos, as afirmações devem- se apoiar suas conjecturas com dados observando os resultados.

12 Fundamentos de uma ciência do comportamento
Determinismo: Fundamenta-se no pressuposto de que todos os acontecimentos tem causas naturais. No estudo do comportamento existem demasiados fatores determinantes (internos e externos), a serem considerados e demasiadas coisas ainda não compreendidas. Os cientistas procuram causa naturais, eles não consideram a magia, o destino, a sorte, os espíritos bons ou maus o outras forças ou influências sobrenaturais como explicação.

13 Fundamentos de uma ciência do comportamento
Parcimônia: Literalmente o termo significa “avarento”, na linguagem cientifica refere-se a uma padronização das explicações: explicações simples e que se ajustam aos fatos observados são as preferidas, não dispensando os testes.

14 Fundamentos de uma ciência do comportamento
Tentativas: A ciência é autocorretiva, os cientistas devem estar sempre prontos a reavaliar e revisar suas conclusões caso uma nova evidências o justifique, ele considera suas descobertas como “tentativas”. O cientista deve ser humilde quanto ao seu conhecimento e arrogante quanto ao seu método, deve disposto a aceitar críticas e ter uma atitude realista no que se refere a fragilidade de controle de todas as fontes de interferência.

15 Definições Operacionais
São usadas na busca de clareza possibilitando um melhor entendimento entre os cientistas e com o público, para tanto os termos estudados deverão ser delimitados com precisão. Característica da operacionalização os termos? - Devem relacionar os termos aos métodos utilizados para observá-los ou medi-los. - Não podem ser vagas ou abstratas. - Existem muitas definições para um mesmo evento. - São estreitas e se aplicam a situações limitadas.

16 Behaviorismo Radical Conjunto de idéias sobre uma ciência do comportamento Filosofia de ciência – Fundamentos filosóficos “O behaviorismo não é o estudo científico do comportamento mas uma filosofia da ciência preocupada com o objeto e métodos da psicologia” (Skinner, 1969, p. 221).

17 Algumas das questões propostas por essa filosofia:
É possível tal ciência? Ela pode explicar todos os aspectos do comportamento humano? Que métodos pode empregar? É possível o desenvolvimento de uma tecnologia comportamental e que papel tal tecnologia terá nos assuntos humanos?

18 A filosofia do behaviorismo é diferente dentro da Psicologia em dois aspectos principais (Chiesa, 2006): 1. Grau de coerência interna não encontrada nas outras teorias psicológicas Objeto de estudo cuidadosamente definido Métodos de coleta, análise e interpretação de dados claramente definidos

19 2. Sistema de princípios descritivos, observacionais e integrativos derivados indutivamente
Método dedutivo . Passo obrigatório: teste de hipóteses . Dados positivos ou negativos . Teoria antes do dado Método indutivo . Dados positivos . Teoria depois do dado

20 Objeto de estudo Interação entre o comportamento e o ambiente
Interação: ação de um sobre o outro Comportamento Ambiente Comportamento: público e privado Níveis de interação (Todorov, 1989): ambiente externo e interno

21 Ambiente externo Físico Social Biológico Histórico
Ex: Ergonomia Social Ex: Psicologia organizacional Ambiente interno Biológico Ex: Psicofisiologia Histórico Todas as teorias em Psicologia

22 Unidade de análise Como estudar a interação?
Unidade básica de análise - Instrumento de análise relacional. A contingência. Organismo inteiro nas suas relações com o ambiente “Somente quanto se começa a relacionar aspectos do comportamento com os do meio é que há a possibilidade de uma ciência do comportamento” (Keller e Schoenfeld,1950).

23 Método experimental “A ciência é mais que a mera descrição dos acontecimentos à medida que ocorrem. É uma tentativa de descobrir ordem, de mostrar que certos acontecimentos estão ordenadamente relacionados com outros” (Skinner, 1953/1994, p. 20). Tentativa de descobrir ordem = método experimental

24 Manipulação de partes do ambiente Qual efeito sobre o comportamento?
Relação funcional

25 O método experimental é empregado para atingir os 4 principais objetivos de uma ciência:
1. Descrição: identificação de variáveis 2. Explicação: Relação funcional entre VI e VD 3. Predição: Se x, então y 4. Controle: Mudo x para mudar y

26 Algumas características do método experimental (Skinner, 1953/1994):
Conjunto de atitudes. Os dados mais importante que a opinião sobre os dados. Fatos x desejos. Honestidade com os dados, os fatos falam mais alto.

27 Diferentes behaviorismos
O Behaviorismo surgiu, no início do século passado, como uma oposição ao Mentalismo e ao Introspeccionismo. Behaviorismo Metodológico J. B. Watson: fundador do Behaviorismo Estudar o comportamento em si mesmo . O objeto de estudo da Psicologia deveria ser o comportamento em si mesmo, e não como indicador de alguma outra coisa

28 Observar consensualmente
Opor-se ao Mentalismo e ignorar fenômenos privados, como consciência, sentimentos e pensamentos Em observação, o que importa é a concordância dos observadores (verdade por consenso) Observar consensualmente Impossibilidade de observação de fenômenos privados Eventos publicamente observáveis

29 Behaviorismo Metodológico
Usar procedimentos objetivos na coleta de dados, realizando uma experimentação controlada . Proposta da utilização do método experimental para fazer da Psicologia uma ciência do comportamento Impossibilidade de experimentação com fenômenos privados (limitação do método) Behaviorismo Metodológico

30 Aderir ao evolucionismo biológico e estudar tanto o comportamento humano quanto o animal
As causas do comportamento devem ser buscadas em seus antecedentes imediatos . Necessidade de uma contigüidade espaço-temporal entre esses antecedentes e o comportamento (modelo mecanicista) S → R . Grande ênfase no condicionamento respondente

31 Contradições da proposta de Watson
Apesar de sua tentativa de se opor ao Mentalismo, Watson não conseguiu quebrar totalmente com essa visão de mundo. Mundo mental (comportamentos privados Mundo físico (comportamentos públicos) Investigado pela Psicologia com o método experimental Ignorado (provisoriamente)

32 Behaviorismo Radical B. F. Skinner Estudar a interação entre o comportamento e ambiente Usar procedimentos objetivos na coleta de dados, realizando uma experimentação controlada Aderir ao evolucionismo biológico e estudar tanto o comportamento humano quanto o animal

33 Não há necessidade de verdade por consenso
Opor-se ao Mentalismo, considerando fenômenos privados como sendo da mesma natureza que os fenômenos naturais Não há necessidade de verdade por consenso Observação pelo próprio sujeito Inclusão dos fenômenos privados em uma ciência do comportamento Eventos publicamente observáveis e eventos privados

34 Dicotomia mente-corpo
Mundo mental Mundo físico Ficção (constructos hipotéticos inferidos) Comportamentos públicos e privados Investigado pela Psicologia com o método experimental Ignorados Skinner apresenta uma proposta monista para a Psicologia

35 Behaviorismo Metodológico
Behaviorismo Radical Objeto de estudo Comportamento Interação organismo-ambiente Natureza dos fenômenos Física/natural Inclusão de eventos subjetivos Não Sim

36 As causas do comportamento devem ser buscadas em seus antecedentes (imediatos e passados) e seus conseqüentes (imediatos e passados) . Necessidade de uma relação funcional entre esses antecedentes e conseqüentes e o comportamento (modelo selecionista) S → R S: R → C . Grande ênfase no condicionamento operante, sem ignorar o condicionamento respondente

37 Por que Behaviorismo Radical? (Matos, 2001)
1. “...por negar radicalmente (i.e., negar absolutamente) a existência de algo que escapa ao mundo físico, isto é, que não tenha uma existência identificável no espaço e no tempo...” (p. 65) 2. “...por radicalmente aceitar (i.e., aceitar integralmente) todos os fenômenos comportamentais.” (p. 65)

38 Noção de causalidade “ O hábito de buscar dentro do organismo uma explicação do comportamento tende a obscurecer as variáveis que estão ao alcance de uma análise científica. Estas variáveis estão fora do organismo, em seu ambiente imediato e em sua história ambiental. Possuem um status físico para o qual as técnicas usuais da ciência são adequadas e permitem uma explicação do comportamento nos moldes da de outros objetos explicados pelas respectivas ciências” (Skinner, 1953/1994, p. 41).

39 Causalidade externa: relação organismo-ambiente
“Ao nos voltarmos para as condições externas que modelam e mantém o comportamento dos homens, ao mesmo tempo que questionamos a realidade de faculdades e qualidades internas às quais os êxitos humanos foram atribuídos, nós passamos daquilo que é pobremente definido e vago para aquilo que é observável e manipulável” (Skinner, 1955/1999) Causas externas são as únicas que podem ser alteradas e, consequentemente, são as únicas que possibilitam o controle do comportamento

40 Três níveis de explicações
1. Filogênese: história da espécie 2. Ontogênese: história do indivíduo 3. Cultura: história da comunidade verbal Como identificar as variáveis de controle do comportamento?

41 Evolução e Comportamento
Variação e Seleção Tipos de Seleção Filogênese Ontogênese Cultural

42 Comportamento Operante
O comportamento operante é emitido. Os homens agem sobre o mundo, modifica-no e, por sua vez são modificados pelas conseqüência de sua ação. Se o meio se modifica formas diferentes de comportamento desaparecem enquanto as conseqüências produzem novas formas de comportamento. (Skinner, 1957)

43 Comportamento Operante Paradigma
C (S) R (Futuras)

44 Condicionado Operante
Resulta em uma crescente taxa de ocorrência de uma resposta que já existe com alguma força. Dizemos que comportamento operante é condicionado ou fortalecido quando ele é seguido por reforçamento. - Procedimento: Todo comportamento que já ocorre com alguma força quando seguido por um estímulo reforçador é mais provável de ser emitido novamente, ou seja resulta em um aumento na taxa de respostas. R SR

45 Tipos de Conseqüências
Estímulo Reforçador É definido pelos seus efeitos sobre o comportamento. Assim quando apresentado como conseqüência de uma certa resposta deve-se verificar um aumento na sua taxa. R SR - Reforço Positivo: deve-se verificar um aumento na sua taxa de respostas pelo acréscimo de um estímulo ao ambiente. - Reforço Negativo: deve-se verificar um aumento na sua taxa de respostas pela retirada de um estímulo ao ambiente.

46 Punição Assim como o reforço este também e definido pelos seus efeitos sobre o comportamento. Assim quando apresentado como conseqüência de uma certa resposta deve-se verificar uma diminuição na sua taxa.

47 Importante - Nível operante: Antes de verificarmos a taxa de resposta é necessário observarmos a força que esta resposta ocorre antes de apresentarmos a conseqüência para então classificá-la como reforço ou punição. - Privação e Saciação: A conseqüência pode ter um valor relativo dependendo de sua contínua apresentação ou de ausência. Assim um evento que outrora funcionou como reforço pode não apresentar a mesma função mudando se as circunstâncias de apresentação das conseqüências.

48 Esquemas de Reforçamento
Reforçamento contínuo – 1:1 Produz uma alta taxa de resposta em um curto período, utilizado na aquisição de comportamentos, pouco resistente a extinção e o organismo rapidamente fica saciado. Tempo Respostas

49 Esquema de Intervalo – Tempo
A conseqüência é liberada contingente primeira resposta que ocorra após a passagem de tempo fixa ou variável. - Intervalo Fixo. Primeira resposta depois de uma passagem fixa do tempo. - Intervalo Variável. Primeira resposta depois de uma passagem variável (médio) do tempo. Tempo Respostas Tempo Respostas

50 Esquema de Razão – Respostas
A conseqüência é liberada contingente primeira resposta que ocorra após um número de respostas fixas ou variáveis. - Razão Fixo. Primeira resposta depois de um número fixo de respostas. - Razão Variável. Primeira resposta depois de um número variável (médio) de respostas. Tempo Respostas Tempo Respostas

51 Esquemas de Reforçamento
Tempo Respostas IF Tempo Respostas RF Tempo Respostas RV Tempo Respostas CRF Tempo Respostas IV

52 Estímulos Discriminativos
Um estímulo antecedente que seleciona o comportamento que será mais provável de ser emitido dada a sua presença ou ausência sinalizando a provável conseqüência. SD R SR SD R SR


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