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Disciplina: Teoria Monetária II 2ª aula

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Apresentação em tema: "Disciplina: Teoria Monetária II 2ª aula"— Transcrição da apresentação:

1 Disciplina: Teoria Monetária II 2ª aula
Professor: Francisco Eduardo Pires de Souza

2 O Debate entre as Escolas do Meio Circulante e Bancária
Debate envolve as políticas do BOE (deveria ter o monopólio da emissão de notas? Deveria ou não haver regras de emissão?). Escola do Meio Circulante (Currency School) – advoga regra rígida de emissão de notas: emissão deve estar atada à variação no estoque de ouro. Assim, comportamento do estoque de moeda mista seria semelhante ao comportamento do estoque de moeda metálica (mecanismo de Hume). Escola Bancária (Banking School) – volume de notas em circulação é determinado pela demanda derivada das necessidades dos negócios. Deve ser flexível para se adaptar a esta. Nunca será excessiva se o Banco apenas descontar títulos reais Escola dos Bancos Livres (Free Banking School) – livre competição entre bancos, para emprestar e para emitir notas, porque a competitividade no setor depende da manutenção da confiança. A lei bancária de 1844: concedeu o monopólio da emissão de notas na Inglaterra ao BOE e estabeleceu que toda emissão teria que estar atada a um aumento do estoque de ouro, (vitória da escola do Meio Circulante). Colocou a Inglaterra num padrão ouro pleno. As novas regras não evitaram crises bancárias. Mas nos momentos em que houve pânico bancário, o governo agia de forma pragmática, autorizando a suspensão temporária dos limites legais sobre a emissão fiduciária.

3 TQM: a Versão de Transações de Fisher
TQM estabelece que: Preços variam com a quantidade de moeda em circulação (V e T constantes) Mudança em M não tem efeito permanente em variáveis reais, e sim efeito proporcional sobre os preços. O valor da moeda, ou seu poder de compra, varia inversamente com a sua quantidade e portanto com os preços

4 TQM: a Versão de Transações de Fisher
MV = PT , ou MV + M’V’ = PT Onde: M = quantidade de moeda em circulação; V = velocidade de circulação da moeda; M’ = total de depósitos sujeitos a transferência por cheque; V’ = velocidade de circulação correspondente a M’; P = preços correspondentes dos bens e serviços; T = quantidade de transações físicas de bens e serviços

5 TQM: a identidade e a teoria
MV = PT => identidade, vale sempre. Hip: Lei de Say => T é constante Hip: V depende de hábitos e instituições => muda lentamente, constante (ou pelo menos estável) a CP Sobram M e P e o postulado da TQM é que M determina P (ou seja, P é a variável dependente e M a independente)

6 Resumindo: Postulados da TQM
Causalidade da moeda para os preços (já vimos) Equiproporcionalidade entre moeda e preços Não neutralidade a curto prazo e neutralidade a longo prazo da moeda Independência entre oferta e demanda de moeda na versão Fisher (oferta é determinada pelo BP, independentemente da demanda)

7 A Velocidade da Moeda MV = PT => V = PT /M
Moeda é estoque; transações e renda são fluxo; velocidade = fluxo/estoque MV = PT => V = PT /M Quantas vezes cada unidade monetária passa de mão em mão, por unidade de tempo Valor das transações por unidade de tempo (fluxo) Estoque de Moeda em um dado momento do tempo

8 A velocidade de circulação da moeda
A, B e C realizam suas transações em 2 partes (2 vezes por mês) A, B e C realizam todas as suas transações 1 vez por mês A $50 $50 A B C $100 $50 100 m tecido $100 100 kg trico B 100 l vinho C A C B $50 $100 M=100, T=3, P=100, V=PT/M=3 M=50, T=6, P=50, V=6

9 A velocidade de circulação da moeda
A, B e C realizam suas transações em 2 partes (2 vezes por mês) A, B e C realizam todas as suas transações 1 vez por mês A $50 $50 A B C $100 $50 100 m tecido $100 100 kg trico B 100 l vinho C D E F $100 $100 M=100, T=3, P=100, V=PT/M=3 M=150, T=6, P=75, V=PT/M=3

10 A velocidade de circulação da moeda
A realiza suas transações com C em 2 partes (2 vezes por mês) A, B e C realizam todas as suas transações 1 vez por mês A $50 $100 A B C $50 $100 100 m tecido $100 100 kg trico B 100 l vinho C A C $50 $100 $50 M=100, T=3, P=100, V=3 M=100, T=4, P=75, V= PT/M=3

11 TQM: a Versão de Transações de Fisher
Versão modificada para lidar com problemas conceituais e estatísticos: MV = Py Onde: M = oferta de moeda; V = velocidade renda da moeda; y = PIB real; P = nível de preços. MV = Py => V = Py/M Obs: V depende do intervalo de tempo em que se mede as transações ou a renda. Ex: Renda anual de R$1200,00; estoque de moeda de 50. Se a Velocidade toma como intervalo de tempo o ano: V = 1200/50 = 24; se o mês, V=100/50 = 2.

12 TQM: Versão dos Saldos Monetários (cash balances) de Cambridge
Na abordagem dos saldos monetários, a moeda é vista como uma “residência” temporária para o poder de compra. Ou como um “veículo” que transporta poder de compra do presente para o futuro. Supõe que moeda guarda proporção com a renda M = kPy onde: k , chamada de “constante marhalliana é igual a 1/V Saldos monetários são estoques Equilíbrio no mercado monetário: M = Ms = Md = kPy Nesta versão, também se considera o produto como dado ao nível do pleno emprego, e a velocidade constante, o que implica k estável. Porém, ao longo do tempo, M deve crescer em linha com o produto para manter estável o nível de preços. Se M crescer mais do que y, teremos inflação. Ex: dy/y = 3% e dM/M= 6% => p ≅ 3% (1,06M = kPy 1,03; P = (M/kY)x(1,06/1,03)= (M/kY) x 1,0291


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