Avaliação Neuroquímica da Amígdala de Ratos Wistar Submetidos à Episódios de Mania (PUIC), Neurociências. Carolina Giesel Grala; Adilson Tibúrcio, Programa.

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1 Avaliação Neuroquímica da Amígdala de Ratos Wistar Submetidos à Episódios de Mania (PUIC), Neurociências. Carolina Giesel Grala; Adilson Tibúrcio, Programa Universitário de Iniciação Científica (PUIC). Curso de Medicina, campus Tubarão. Introdução O transtorno de humor bipolar (THB) é considerado uma doença complexa, apresentando diversos quadros clínicos e vários modelos neurobiológicos que visam explicar seu surgimento e manifestação. Ainda que a doença seja de difícil avaliação quanto à relação de causa e efeito entre o surgimento dos sintomas e os achados bioquímicos e moleculares descritos em pacientes bipolares, inúmeras alterações na função cerebral têm sido descritas em pacientes apresentando quadros de depressão e mania. Relatos da literatura apontam a amígdala como estrutura de interface entre as sensações e as emoções. A amígdala, por suas eferências que saem do núcleo central atingindo o hipotálamo e o tronco cerebral, é capaz de desencadear a resposta hormonal e neurovegetativa de estresse. A produção, na amígdala, do efeito de potenciação em longo prazo pode explicar sua participação nos processos de ansiedade. Objetivos Objetivo Geral: → Avaliar as alterações neuroquímicas na amígdala de ratos Wistar machos, induzidos ao modelo de mania. Objetivos específicos: → Avaliar e comparar o efeito do metilfenidato sobre parâmetros de estresse oxidativo na amígdala de ratos; → Avaliar o possível efeito indutor de peroxidação lipídica do metilfenidato na amígdala de ratos, utilizando o ensaio TBARS; Metodologia Foram utilizados 45 ratos Wistar machos, pesando entre g. Os animais foram divididos em dois grupos experimentais: a) grupo controle (animais que receberam injeção de solução salina); b) animais que receberam metilfenidato. A administração crônica de metilfenidato, intraperi - tonealmente, na dose de 2,5 mg/kg foi utilizada para a caracterização do modelo animal de mania. Após a realização dos experimentos os ratos foram sacrificados e a amígdala foi isolada. As análises bioquímicas foram conduzidas com a medida da concentração de TBARS. Para os ensaios bioquímicos a diferença entre os grupos foi avaliada pela análise de variância de uma via (ANOVA), Quando o valor de p for significativo, comparações post hoc foram feitas pelo teste de Newman-Keuls. Diferença entre grupos individuais foi avaliada com teste t de Student. Resultados Os resultados deste trabalho mostraram aumento significativo na concentração de TBARS na amígdala dos animais que receberam metilfenidato quando comparados com o grupo controle (Figura 1). Conclusões → Houve aumento na peroxidação lipídica na amígdala de ratos tratados cronicamente com metilfenidato. → A elevação na concentração de malondialdeído nos ratos que receberam metilfenidato possa estar relacionada com a resposta a situações de estresse e sinais perigosos. Bibliografia ● Machado-Vieira, R.; Kapczinski, F.; Soares, J.C. Perspectives for the development of animal models of bipolar disorder. Prog. Neuropsychopharmacol Biol. Psychiatry., 2004, vol.28, p ● Machado-Vieira, R.; Bressan, RA.; Frey, B.; Soares JC. Neurobiological Basis of Bipolar Disorder. Rev. Psiq. Clín. 32, supl 1; 28-33, 2005. ● Soares, JC.; Mann, JJ. The Anatomy of Mood Disorders - Review of Structural Neuroimaging Studies. Biol Psychiatry 41: , 1997.   Apoio Financeiro: Unisul Figura 1: Efeito da administração de metilfenidato na peroxidação lipídica na amígdala de ratos Wistar. Valores são expressos em média + desvio padrão de 15 animais por grupo. * Diferença entre o grupo controle, p<0.05.