Sociologia e sociologia e senso comum

Apresentação em tema: "Sociologia e sociologia e senso comum"— Transcrição da apresentação:

1 Sociologia e sociologia e senso comum
IFSC Joinville Sociologia Profª Danielli Vieira

2 Sociologia “A questão central da sociologia é: como os tipos de relações sociais e de sociedades em que vivemos têm a ver com as imagens que formamos uns dos outros, de nós mesmos e de nosso conhecimento, nossas ações e suas consequências?” (Bauman; May)

3 A sociologia como as demais ciências humanas/sociais (história, antropologia, ciência política), tem como objetivo compreender e explicar as permanências e as transformações que ocorrem nas sociedades humanas e até indicar algumas pistas sobre os rumos das mudanças (livro Conecte Saraiva Sociologia).

4 Compreender as características das sociedades capitalistas tem sido a preocupação da Sociologia desde o início da sua consolidação como ciência da sociedade no final do século XIX. Nesse período, o capitalismo se configurava como uma nova forma de organização da sociedade caracterizada por novas relações de trabalho. Essas mudanças levaram os pensadores da sociedade da época a indagações e à elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes olhares e posicionamentos políticos. Desde então, essa tem sido a principal preocupação dessa ciência, qual seja, entender, explicar e questionar os mecanismos de produção, organização, domínio, controle e poder, institucionalizados ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade (Livro didático PR).

5 Sociologia e Senso comum
1) Uma das primeiras diferenças é que a Sociologia (como uma disciplina, uma área do conhecimento) empenha-se em subordinar-se à regras do discurso científico (afirmações confirmadas por evidências verificáveis). 2) O campo do qual o material do pensamento sociológico é mais abrangente do que o do senso comum: há uma variedade de modos de vida e de experiências no mundo, cada uma delas é parcial e quase sempre unidimensional (em nosso cotidiano vemos o mundo a partir de uma determinada “lente”). Na Sociologia procura-se ampliar os horizontes, descobrir as relações entre biografias individuais e processos sociais mais amplos...

6 3) A sociologia e o senso comum diferem também quanto aos sentidos que atribuem à vida humana, na maneira em como entendem e explicam os eventos, as circunstâncias. No senso comum tendemos a entender todas as ações de uma pessoa como efeitos exclusivos de suas intenções... Já a sociologia considera as redes de interdependência entre as pessoas (contexto histórico-cultural; posições na estrutura social (gênero, classe, etnia); grupos sociais; questões de política/poder).

7 4) A força do senso comum depende da sua auto- evidência (“As coisas são assim!”), isto é, de não questionamento de seus preceitos (e preconceitos!) e da sua autoconfirmação na prática. Diante desse mundo considerado “normal”, “familiar”, governado por rotinas, hábitos capazes de reconfirmar as crenças, os modos de vida, a sociologia pode surgir como algo estranho, até incômodo. Isto porque ela coloca em questão o que é considerado inquestionável, tido como algo dado, imutável. Ela pode abalar as confortáveis certezas da vida, fazendo perguntas que ninguém quer lembrar de fazer e cuja simples menção (“Isso poderia ser diferente...” provoca ressentimento naqueles que detêm interesses estabelecidos (“status quo”)

8 As questões sociológicas, assim, transformam o evidente em enigma (em perguntas) e podem desfamiliarizar o familiar – pensando os padrões normais de vida a partir das condições sociais em que eles se dão. Embora repouse em constante conversação com o senso comum, a sociologia procura ultrapassar suas limitações abrindo possibilidades que poderiam ser ignoradas. Quando aborda e desafia nosso conhecimento partilhado, a sociologia nos encoraja a reavaliar nossas experiências, a descobrir novas possibilidades e a nos tornar mais abertos e menos acomodados à ideia de que aprender sobre nós mesmos e sobre os outros leva a um ponto final, a um único caminho.