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Sofrimento no Trabalho: A Dor Invisível
Daniela Zipperer Müller
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Origem da palavra Trabalho
Origem da palavra Trabalho Do Latim: Tripalium Instrumento feito de três paus, com pontas de ferro, utilizado como instrumento para rasgar/esfiapar o trigo, milho, e, também, como instrumento de tortura dos escravos. verbo tripaliare = torturar Daniela Müller Psicóloga
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Trabalho Mais do que atividade que tem por objetivo a remuneração, é um dos grandes alicerces da constituição psíquica e social dos sujeitos. +
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Centralidade do Trabalho:
O trabalho ocupa lugar central na vida das pessoas, constitui modos de ser, pensar e existir no mundo. Criando identidades! Daniela Müller Psicóloga
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Ultrapassa qualquer limite de “tempo de trabalho”.
Mobiliza a personalidade por completo, mesmo nos momentos fora do trabalho: nos sonhos, nas relações com as outras pessoas, etc. Daniela Müller Psicóloga
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0 que é Trabalhar? Prescrito X Real: Trabalhar é preencher a lacuna entre o prescrito e o real. Implica um saber-fazer, um engajamento do corpo. Mobiliza a inteligência, a capacidade de refletir, de interpretar e de reagir às situações, inventar! Daniela Müller Psicóloga
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A “dança” entre prazer e sofrimento:
As organizações de trabalho podem se constituir como lugar de saúde e emancipação ou sofrimento e adoecimento Daniela Müller Psicóloga
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Flexibilidade e Sobrecarga:
Maior variedade de atividades, complexidade e responsabilidades. Novas competências, desempenho de vários papéis. Sobrecarga de trabalho, sem que se tenham as mínimas condições para executá-lo. Daniela Müller Psicóloga
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Dados: Ministério da Previdência
Daniela Müller Psicóloga
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Saúde Mental OMS: 10% da população sofre de algum transtorno mental grave Impactos: 3ª causa de concessão de benefícios LER/DORT Envenenamento e causas externas Transtornos Mentais 2020: depressão será a 1ª causa de afastamento Daniela Müller Psicóloga
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Sintomas Depressivos Perda de energia ou interesse Isolamento
Irritabilidade Humor deprimido Dificuldade de concentração Alterações do apetite e do sono Sentimento de pesar ou fracasso Abuso de álcool de drogas Daniela Müller Psicóloga
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Estresse Ocupacional Reações provocadas por agentes estressores
Exigências não são compatíveis com os recursos e com o tempo que o sujeito dispõe 3 fases: Alarme: reações do corpo ao estresse Resistência: o corpo se habitua ao estresse, se adapta Exaustão: adoecimento físico e mental
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Grupamentos diagnósticos de afastamentos dos servidores da SMED de Minas Gerais (maio 2002 a abril 2003): Diagnósticos Nº % Transtornos mentais e comportamentais 2.247 16,3 Doenças do aparelho respiratório 1611 11,7 Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo 1441 10,5 Doenças do Aparelho Circulatório 610 4,4 Doenças do Sistema Nervoso 210 1,5 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 141 1,0 Outros 6.665 48,4 Registros em branco 848 6,2 Total 13.773 100
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Distribuição dos servidores afastados (por cargo)
Função Freqüência % Professor 4.279 85,2 Auxiliar de Escola 387 7,7 Auxiliar Biblioteca Escolar 77 1,5 Técnico superior de ensino 139 2,8 Coordenado de Centro de Ed. Ifantil 2 - Secretário de Estabelecimento de Ensino 33 0,7 Vice-diretor 29 0,6 Diretor 13 0,3 Supervisor de alimentação escolar 6 0,1 Total 5.022 100
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“Tornando visível o Invisível”
Desde os anos 90: as precárias condições do trabalho docente, mostram sua associação com sintomas mórbidos e a elevada prevalência de afastamentos por motivos de doença na categoria. Falta de pesquisas sobre todos os trabalhadores em educação. Daniela Müller Psicóloga
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Como saber se uma organização está “doente”?
Aumento da taxa de erros no trabalho Práticas inseguras Insatisfação dos trabalhadores a partir de sinalizações nem sempre explícitas Diminuição do desempenho Faltas Presenteísmo Daniela Müller Psicóloga
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Onde podem estar os problemas?
Lideranças Demandas excessivas de trabalho Ambiente físico de trabalho inadequado Ambiente Organizacional: Falta de comunicação Falta de prevenção ao assédio moral Falta de códigos claros de conduta Falta de canais de escuta Falta de investimento no bom relacionamento grupal
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CONSEQÜÊNCIAS: Para o aluno: Qualidade da educação Para o Estado
Custo econômico (absenteísmo, abandono da profissão, custo econômico da enfermidade...) Para o trabalhador em educação Doenças físicas e mentais (Palomares, 2001) Daniela Müller Psicóloga
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Individualização/Culpabilização:
Diagnóstico centrado no indivíduo: Depressão, Transtornos de Ansiedade, Insônia, Somatizações, Uso e abuso de drogas... MEDICALIZAÇÃO/AFASTAMENTO Daniela Müller Psicóloga
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Problema: Não se levar em conta o conteúdo e a organização de trabalho no qual a pessoa está inserida quando ela passa por um processo de adoecimento! Daniela Müller Psicóloga
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O sindicato como espaço de discussão e ação sobre o “invisível”:
Pensar sobre o adoecimento psicológico dos trabalhadores em educação, admitindo sua relação com o conteúdo e a organização do trabalho, tal como esta se encontra na atualidade. Dar visibilidade aos problemas comuns vivenciados pelos trabalhadores da categoria, de forma a colocar a questão em pauta para a busca de saídas possíveis. Daniela Müller Psicóloga
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Encaminhamentos Possíveis:
Identificar grupos vulneráveis; Foco na prevenção: pesquisa e divulgação sobre as doenças comumente encontradas entre os profissionais e sobre assédio moral nos contextos de trabalho; Pensar em instrumentos sindicais que possam ser desenvolvidos para proteger os trabalhadores em educação. Daniela Müller Psicóloga
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Conhecimento da realidade:
Descrição das características e das condições de trabalho Investigação das condições de saúde dos trabalhadores Avaliar a associação entre as características do trabalho e as condições de saúde física e mental dos trabalhadores em educação. Daniela Müller Psicóloga
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Instrumentos: Pesquisa quantitativa:
SRQ-20 (Instrumento utilizado pela OMS) ..\Projeto Saint Gobain\QUESTIONARIO SQR-20.doc Pesquisa qualitativa: Questionários Entrevistas individuais Grupos: Psicodinâmica do Trabalho
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O trabalho, enquanto atividade humana, dá sentido à vida, fortalecendo a identidade e a dignidade de trabalhador. “O que dá razão e sentido ao viver pode constituir-se em razão para morrer” Daniela Müller Psicóloga
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Obrigada! Daniela Müller Psicóloga
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