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PublicouManuela Lomba Alterado mais de 9 anos atrás
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Impacto das Doenças Virais Emergentes sobre o Pulmão
Ricardo Luiz de Melo Martins Serviço de Pneumologia/HUB-UnB III Curso Nacional de Infecções Respiratórias, Belo Horizonte MG
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DAS, 22 anos, solteiro, negro, caseiro, natural da cidade satélite do Paranoá. Desde 30/7 apresenta febre, cefaléia, dispnéia, tosse seca e depois produtiva(eliminação de muco). Internado no Hospital local com o diagnóstico de Pneumonia. Iniciou Sulbactam + Ampicilina. Em 24h, houve piora da dispnéia, com queda da Sat O2 e aumento da leucocitose com desvio à esquerda. Mudada antibioticoterapia para Ceftriaxona + Claritromicina. Transferido para a UTI do Hospital Universitário de Brasília/UnB.
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Virose Emergente
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Definição de Viroses Emergentes
Doenças infecciosas com incidência aumentada nas últimas 2 décadas ou que tendem a aumentar no futuro. OU Doenças novas causadas por vírus nunca antes descritos ou por mutação de um vírus já existente.
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Viroses Emergentes e Reemergentes
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Algumas causas para emergência e reemergência de doenças virais
Mobilidade humana Hábitos alimentares Devastação de florestas Crescimento de cidades limítrofes à áreas de florestas Mutação de agentes
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Mobilidade humana, devastação de florestas ou cidades limítrofes à florestas
Hantavírus
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Hantaviroses: formas clínicas
Febre hemorrágica com síndrome renal Síndrome pulmonar
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Hantavírus: agente etiológico e reservatórios
Vírus RNA da família Bunyaviridae, gênero hantavírus Roedores silvestres, cuja infecção pelo hantavírus é aparentemente não letal
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Hantavírus: modo de transmissão
Inalação de aerossóis a partir de secreções de roedores. Raramente através da água ou de alimentos contaminados, escoriações cutâneas, mordeduras de roedores e contato do vírus com mucosas.
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Hantavírus: síndrome pulmonar, fase prodrômica
Manifestação aguda em pacientes do sexo masculino, idade média de 34 anos, residente em área rural e agricultor: Febre Mialgia Dor abdominal Dor lombar Sintomas gastro-intestinais
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Hantavírus: fase cardio-pulmonar
Febre Dispnéia Taquipnéia Taquicardia Tosse seca Hipotensão Edema pulmonar não cardiogênico
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Hantavírus: complicações
Insuficiência respiratória aguda Choque circulatório Taxa de letalidade: 47%
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Hantavírus: diagnóstico laboratorial
Hemoconcentração Trombocitopenia Pesquisa de anticorpos IgM ou soroconversão para anticorpos IgG(aumento 4x ou mais) Imunohistoquímica de tecidos + PCR +
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Hantavírus: manifestação radiológica
Infiltrado intersticial bilateral com ou sem derrame pleural, o qual pode ser uni ou bilateral
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Hantavírus: tratamento
Pacientes internados em UTI Medidas de suporte: oxigenação, ventilação assistida, uso de expansores plasmáticos(evitar sobrecarga hídrica), correção dos distúrbios ácido-básicos. Isolamento do paciente em condições de proteção de barreiras
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Hantavírus no Brasil Região Sul São Paulo Minas Gerais Mato Grosso
Distrito Federal Relato de casos: Goiás, sul do Pará, Rio Grande do Norte e Bahia
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Mutação de Agentes Virais, especialmente do grupo RNA
1. Surgimento de um novo vírus 2. Introdução no homem de um vírus existente em outra espécie 3. Disseminação de um vírus a partir uma pequena população humana ou animal via mecanismo 1 ou 2
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Vírus Influenza A Dr. Markus Eikman, Institute of Virology, Mainburg, Alemanha,
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Vírus Influenza: características
Genoma RNA de fita simples Subdivididos em A, B e C Vírus A podem causar epidemias e pandemias. Susceptível à variações antigênicas. Vírus B são capazes de produzir surtos. Sofrem menos variações antigênicas. Vírus C têm pouca importância na patogenia da gripe. Antigenicamente estáveis.
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Vírus Influenza tipo A: características
Ampla faixa de hospedeiros naturais Genoma viral segmentado Subtipos determinados por 2 glicoproteínas: Hemaglutinina (H) e Neuraminidase (N)
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SARS: Breve Histórico Novembro de 2002: primeiros casos em Guandong(China) Fevereiro de 2003: SARS espalha-se para outros países Março de 2003: Alerta da OMS 15/6/03: último caso em Taiwan
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Países mais afetados pela SARS
Casos Óbitos China Hong Kong Taiwan Canadá Cingapura Outros Total 5327 1755 346 251 238 182 8096 349 (7%) 299 (17%) 37 (11%) 43 (17%) 33 (14%) 13 (7%) 774 (10%)
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SARS: Agente Etiológico
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Coronavírus RNA vírus Confirmado por pesquisadores de Hong-Kong e do CDC. Podem sobreviver no ambiente por até 3h Modalidade desconhecida até então Contágio através de gotículas eliminadas pelo ar ou contato com objetos contaminados(?)
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SARS: definição de caso
Febre alta (> 38o.C) e; Tosse ou dispnéia e; Uma ou mais das seguintes exposições, 10 dias antes dos sintomas: contato com pessoa portador ou suspeita de SARS viagem a área afetada residência em área afetada
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SARS: quadro clínico Período de incubação: 2 a 7 dias
Início: febre alta, calafrios e tremores. Eventualmente, cefaléia, mal-estar e mialgia. Fase de comprometimento(3 a 7 dias): tosse, dispnéia e hipoxemia. Fase de agravamento(> 10 dias): insuficiência respiratória
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SARS: evolução clínica
10% necessitaram de intubação 15% faleceram
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SARS: fatores preditivos de mau prognóstico
Idade avançada Co-morbidades CPK e DHL elevados, no início da doença Leucocitose Hiponatremia Contato doméstico
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SARS: aspectos radiológicos
Normal no pródromo e no curso da doença. Infiltrados focais que progridem para consolidação periférica e unilateral. Pneumonias podem ser unilaterais(50%) e unifocais ou multifocais e bilaterais(50%). Não foram descritos derrame pleural ou cavitações.
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SARS: avaliação diagnóstica
Radiografia de tórax Oximetria de pulso Hemoculturas Gram de escarro Testes sorológicos
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SARS: testes diagnósticos
ELISA, Imunofluorescência ou PCR: Aspirado nasofaríngeo Lavado broncoalveolar Sangue Fezes Tecidos post mortem
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SARS: achados de necrópsia
Dano alveolar difuso, em fase exsudativa ou de organização
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SARS: tratamento Isolamento do paciente por até 10 dias depois da resolução dos sintomas. Medidas de suporte ventilatório nos quadros de insuficiência respiratória. Antibióticos, antivirais e esteróides não se mostraram efetivos.
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Metapneumovírus
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Metapneumovírus Vírus RNA com estrutura semelhante ao vírus sincisial respiratório Identificado em 2001 na Holanda e posteriormente em outros países da Europa, América do Norte e Oceania Brasil: série de casos em Sergipe Podem causar quadros de gripes, bronquiolites, exacerbações de asma e DPOC, pneumonias e graves infecções em indivíduos imunocomprometidos.
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Rinovírus
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Rinovírus RNA vírus Agente etiológico mais comum na IVAS
Freqüente causa de exacerbação na asma Ligado a quadros de pneumonia grave em idosos e transplantados
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Viroses Emergentes: linhas de atuação
Vigilância epidemiológica Pesquisa aplicada Medidas de prevenção e controle Infra-estrutura
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