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HIPERÊMESE GRAVÍDICA Prof. Rafael Celestino
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Introdução A ocorrência ocasional de náuseas e vômitos até 14 semanas de gestação, mais comum no período da manhã, é rotulada como êmese gravídica e pode ser considerada normal, estando presente em mais da metade das gestantes. Tem relação com a cor, idade materna, consumo de álcool e tabaco, intervalo interpartal.
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Introdução A persistência de náuseas e vômitos com início antes da 20ª semana de gestação, associada com perda de peso, desidratação, distúrbio hidroeletrolítico, cetonúria, define a hiperêmese gravídica. É mais comum em primigestas jovens, obesas, gestação gemelar, história pregressa de hiperêmese
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Etiologia Fatores endócrinos:
A gonadotrofina coriônica humana parece estar relacionada com o quadro. O pico de sua secreção ocorre entre 12 e 14 semanas de gestação, o que coincide com a exacerbação clínica da hiperêmese; O estrogênio pode ser coadjuvante ou causador dos sintomas; A progesterona também tem seu papel pois dificulta o esvaziamento gástrico.
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Etiologia Fatores imunológicos:
O concepto produziria uma substância antigênica que desencadearia reação materna no centro do vômito e no TGI; Fatores psicossomáticos: Podem atuar no desencadeamento e evolução da doença: rejeição da gravidez, não aceitação da maternidade, rejeição ao pai, imaturidade.
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Fisiopatologia e Quadro clínico
Tem início no primeiro trimestre da gravidez, cessando ao redor das 20 semanas; 1ª etapa: Desidratação- perda de água e eletrólitos, principalmente o cloro, presente no suco gástrico (ácido clorídrico)= alcalose metabólica hipoclorêmica. Casos mais graves pode ocorrer hipopotassemia; A desnutrição ocorre como uma conseqüência da redução da ingesta alimentar;
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Fisiopatologia e Quadro clínico
Há a formação de corpos cetônicos, responsáveis pela cetonúria e produzindo o hálito cetônico; Alguns pacientes podem apresentar oligúria secundária a hipovolemia e Insuficiência renal aguda por necrose tubular aguda; Deficiência de vitamina C, B e ácido fólico;
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Fisiopatologia e Quadro clínico
Os vômitos tardios não devem ser confundidos com a hiperêmese; Sinais e sintomas de desidratação: diminuição do turgor e elasticidade da pele, olhos encovados, mucosas secas e pegajosas, taquicardia, hipotensão, hipotermia, torpor;
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Fisiopatologia e Quadro clínico
Síndrome de Wernick: é o caso mais grave, que instala-se em pacientes com terapia prolongada com Soro Glicosado, sem suplementação vitamínica, devido à espoliação da tiamina; Causa: queda do nível de consciência e memória, neuropatia periférica, entre outros
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Diagnóstico Baseado na anamnese e história clínica;
Vômitos persistentes no primeiro trimestre da gravidez, sem outra condição clínica, permite o diagnóstico; O quadro laboratorial não mostra resultados específicos para hiperêmese, prestando para avaliar as complicações da doença.
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Diagnóstico São úteis: hemograma, uréia e creatinina, glicose, eletrólitos séricos, gasometria arterial, urina, USG obstétrica (gravidez gemelar ou doença trofoblática gemelar); Diagnóstico diferencial: apendicite, colecistite, gastroenterite, Cetoacidose diabética, Obstrução Intestinal, Pancreatite;
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Tratamento Internação mandatória: início da terapia medicamentosa e afastamento do estresse; Controle do peso e diurese diário; Suspensão das medicações à base de ferro para controlar a anemia na gravidez, pois exacerbam as náuseas, vômitos Critérios de alta: restabelecimento do equilíbrio hidroeletrolítico, bom estado nutricional e ausência de sintomas
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Tratamento Alimentação: jejum de 24 a 48 horas, com progressão da dieta após estabilização; Ingestão de pouca quantidade de alimentos a cada 3 horas; Dieta pobre em lipídios e rica em carboidratos; Nos casos persistentes dos vômitos e perda de peso acentuada inicia-se a NPT
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Tratamento Reposição hidroeletrolítica com Ringer Lactato ou Solução Salina. Não exceder 6000 ml/dia; Usar soluções glicosadas com cautela, e administrar tiamina venosa; No caso de HV prolongada deve-se realizar reposição vitamínica; Medicações antieméticas: plasil, zofran, benzodiazepínicos, piridoxina, etc.
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