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Concepção e Gestão da Proteção Social Não Contributiva no Brasil

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Apresentação em tema: "Concepção e Gestão da Proteção Social Não Contributiva no Brasil"— Transcrição da apresentação:

1 Concepção e Gestão da Proteção Social Não Contributiva no Brasil
Brasília, junho de 2009

2 Proteção social no Brasil: debates e desafios (Luciana Jaccoud)
MDS + UNESCO Cooperação técnica – fortalecimento das políticas sociais públicas no Brasil. PARTE 1 Modelo Brasileiro de Proteção Social não contributiva (Aldaísa Sposati) Proteção social no Brasil: debates e desafios (Luciana Jaccoud) Vulnerabilidade, empoderamento e metodologias centradas na família: conexões e uma experiência para a reflexão (Carla Bronzo)

3 Modelo Brasileiro de Proteção Social não contributiva - Aldaísa Sposati

4 Sposati(2009) apresenta os conceitos fundamentais da Assistência Social articulando teoria e prática, mudanças de paradigmas, fragilidades e forças em uma leitura crítica e atenta as peculiaridades do modelo de Proteção Social não contributivo.

5 Seguridade Social SAÚDE ASSISTÊNCIA SOCIAL PREVIDÊNCIA
A constituição 1988 inova incluindo a seguridade como um guarda-chuva que abriga três políticas de proteção social: a saúde, a previdência e a assistência social.

6 Inovação 1° Por estabelecer a Política Pública como responsabilidade estatal 2° Por desnaturalizar o princípio da subsidiariedade 3° Por introduzir um novo campo em que se efetivam os direitos sociais.

7 Inovação “...a assistência social é uma política que atende determinadas necessidades de proteção social e é, portanto, o campo em que se efetivam as seguranças sociais como direitos. Trata como segurança social um pacto que inclui a universalidade da proteção social na seguridade social.” (Sposati, 2009)

8 Resistências A tradição anterior a esta inovação ainda resiste ao novo modelo. “Isso porque não se entende o conteúdo da seguridade ou porque há resistência em tornar a assistência social política pública.” (Sposati, 2009)

9 Resistências De um lado a concepção: Política pública, dever do estado, direito da população. Do outro lado: Ainda o princípio de subsidiariedade, isto é o Estado é o último e não o primeiro a agir. (Tradição Pacto Igreja-Estado + Entidades privadas) É necessário “romper com a hegemônica concepção de que é uma política de atenção aos pobres, aos necessitados sociais, aos frágeis e carentes.” (Sposati, 2009)

10 Mudanças 1° Responsabilidade do órgão público, fundado em princípios e valores sociais como direitos, cidadania e dever de Estado. 2° Vinculação da assistência social à ação estatal planejada, a gestão deixa de ser reativa para ingressar na atuação proativa. 3° Rompimento com os modelos unilaterais e autoritários de gestão criando espaços de decisão democrática com representações da sociedade.

11 Mudanças Com a CF 88 “Houve uma verdadeira transformação quanto ao status das políticas sociais.” Rompe com necessidade do vínculo empregatício contributivo para conceder benefícios previdenciários aos trabalhadores rurais. Construção de uma política de assistência social amplamente inclusiva e não assistencialista. Universalização das políticas de saúde e educação básica. Novas e mais amplas fontes de financiamento - Orçamento da Seguridade Social.

12 Desafios: Sob a concepção hegemonizada, principalmente pela visão conservadora, liberal e neossocial-liberal, a assistência social é transversal, porque está dedicada a possibilitar acessos materiais que não estão disponíveis no mercado aos convencidamente pobres, com explícita demonstração de sua precariedade

13 Confrontar essa maneira de ver, significa adotar a concepção de que a assistência social é uma política que atende determinadas necessidades de proteção social e é, portanto, o campo em que se efetivam as seguranças sociais como direitos.

14 Duas Concepções da Política de Assistência Social
Uma que, nos termos da CF/88, busca configurá-la como política de Estado (dever de Estado) e direito da população. Essa direção exige órgãos públicos gestores com capacidade para operar as funções de assistência social, que sejam reguladores, com recursos humanos públicos e gestão democrática e também com transparência de fundos. De qualquer modo, é preciso objetivar o modelo público da CF/88. Este texto a defende como política pública nacional. Outra, que interpreta a CF/88 pelo princípio de subsidiariedade, isto é, o Estado deve ser o último e não o primeiro a agir. Nesse sentido, opera a assistência social sob o princípio de solidariedade como ação de entidades sociais subvencionadas pelo Estado. Sob essa ótica não há interesse em ter recursos humanos estatais ou fortes regulações para a inserção de entidades na rede socioassistencial. O órgão gestor pode estar sob a tutela de uma primeira-dama sem configurar nepotismo. A ausência do Estado é natural.

15 Significado do modelo não contributivo
A proteção social não contributiva significa que o acesso aos serviços e benefícios independe de pagamento antecipado ou no ato da atenção. O enquadramento como pobre, carente, necessitado é a antítese do direito à cidadania, ou do direito a ser incluído no serviço a partir de sua necessidade.

16 Significado do modelo não contributivo
Proteção Social: a ideia de proteção contém um caráter preservacionista – não da precariedade. “A ideia de proteção social exige forte mudança na organização das atenções, pois implica superar a concepção de que se atua nas situações só depois de instaladas, isto é, depois que ocorre uma desproteção. A proteção exige que se desenvolvam ações preventivas.” (Sposati, 2009)

17 Assistência Social tem 3 funções
Proteção social; Vigilância social; Defesa de direitos socioassistenciais.

18 Proteção social deve afiançar 3 seguranças:
sobrevivência: de rendimento; de autonomia; acolhida; convívio: de vivência familiar.

19 Objeto da proteção social
Isolamento Resistência a subordinação Resistência a exclusão

20 Podem constituir espaços/situações de risco:
Riscos Sociais Conhecer onde os riscos sociais se assentam é seguramente matéria primordial para aqueles que trabalham com proteção social. Podem constituir espaços/situações de risco: segregação espacial, padrões de coesão e convivência familiar, comunitária e social. contingências da natureza etnia, gênero, religião, orientação sexual. Desigualdade socioeconômica As alterações no mercado de trabalho

21 As Vulnerabilidades Sociais
Potencializa capacidades - carência de direitos não somente a pobreza. Estigmatiza -predisposição à precarização, vitimização, agressão. Paradoxo vulnerabilidade

22 A proteção social da assistência social age sob três situações:
Proteção às fragilidades/vulnerabilidades próprias ao ciclo de vida Proteção às fragilidades da convivência familiar Proteção à dignidade humana e combate às suas violações,

23 Descentralização compartilhada Matricialidade sociofamiliar
O modelo de proteção social não contributiva é assentado nos princípios de: Universalidade Descentralização compartilhada Matricialidade sociofamiliar Intersetorialidade Territorialização

24 Ideias-força na construção do modelo
1°A constituição da proteção social não contributiva no Brasil embora esteja constitucionalmente assentada não está ainda plenamente aplicada. 2° Diz respeito à dificuldade de construção da intersetorialidade, de forma que não se instale na assistência social uma posição subalterna perante as demais políticas.

25 Ideias-força na construção do modelo
3°Relaciona-se com a dificuldade de entendimento da assistência social como política pública de direitos e não como assistencialismo. 4 ° Permanece uma interface com programas de enfrentamento da pobreza e a perspectiva de alcance do desenvolvimento social. Velha relação entre fome e pobreza ou adoção de uma política redistributiva articulada com o modelo econômico.

26 Ideias-força na construção do modelo
5° Quanto a implantação da matricialidade sociofamiliar, predominam os coletivos de defesa de direitos de segmentos sociais: crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência etc. O trabalho profissional que essa matricialidade sociofamiliar exige é por vezes simplificado

27 Ideias-força na construção do modelo
6° Diz respeito à dificuldade e ao desafio que é obter simetria entre serviços e benefícios. 7° Diz respeito à dificuldade em incorporar direitos socioassistenciais no cotidiano da política.

28 Concepção e gestão da proteção social não contributiva no Brasil
Proteção Social no Brasil: Debates e Desafios Luciana Jaccoud

29 Texto organizado em 4 partes
Estado, seguridade social e políticas sociais; a função do Estado na defesa e garantia dos direitos sociais e no combate à pobreza e às desigualdades; as responsabilidades dos entes federados; as instâncias de participação, fiscalização e controle social.

30 1. Estado, Seguridade Social e Políticas Sociais
Resgata os conceitos já trabalhados por Sposati (2009). Estado: Seguridade social: Políticas sociais:

31 RESPONSABILIDADE DO ESTADO.
Estado, Seguridade Social e Políticas Sociais Estado Proteção social como dever do Estado. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. “A proteção social pode ser definida como um conjunto de iniciativas públicas ou estatalmente reguladas para a provisão de serviços e benefícios sociais visando enfrentar situações de risco social ou privações sociais.”

32 Os objetivos da proteção social são amplos e complexos, podendo organizar-se da seguinte forma:
cobertura de riscos sociais, equalização de oportunidades, o enfrentamento das situações de destituição e pobreza, combate às desigualdades sociais, e, melhoria das condições sociais da população.

33 Seguridade Social proteção universal do cidadão, não substitui o modelo anterior do seguro social, mas o engloba. ANTES: Proteção social Previdência (seguro social) – para o cidadão. Assistência social – para os que “não existem para o capital.” (SPOSATI, 1991).

34 Estado, Seguridade Social e Políticas Sociais
Sistema de proteção social por meio do qual a sociedade proporcionaria a seus membros uma série de medidas públicas contra as privações econômicas e sociais.

35 Estado, Seguridade Social e Políticas Sociais
Alargamento do arco dos direitos sociais e do campo da proteção social sob responsabilidade estatal, com impactos relevantes no que diz respeito ao desenho das políticas, à definição dos beneficiários e dos benefícios.

36 Ampliação das políticas sociais (anos 90 e 2000)
Respondendo a problemas sociais. Ex.: Política de segurança alimentar e nutricional, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – Peti Programa Bolsa Família, etc.

37 Desafios Apesar do avanço, a proteção social no Brasil ainda enfrenta grandes desafios: altos índices de desproteção, carência de serviços sociais, necessidade de ampliação da qualidade dos serviços existentes, completar a arquitetura institucional desse sistema.

38 Desafios Como problema de fundo, como aponta Boschetti (1998, 2006), está a limitada expansão do assalariamento brasileiro (desemprego), impondo limites à expansão do seguro social como política central do nosso sistema de proteção social e exigindo uma atuação mais efetiva da âncora da solidariedade social.

39 2. A função do Estado na defesa e garantia dos direitos sociais e no combate à pobreza e às desigualdades A proteção social se desenvolveu no debate sobre as causas e a busca de alternativas para se enfrentar a situação de pobreza da classe trabalhadora. Originalmente, os programas de combate à pobreza ocupavam lugar marginal nos sistemas de proteção social

40 2. A função do Estado na defesa e garantia dos direitos sociais e no combate à pobreza e às desigualdades Cidadanias: Invertida, regulada e plena

41 Objetivos progressivamente ampliados para:
2. A função do Estado na defesa e garantia dos direitos sociais e no combate à pobreza e às desigualdades Objetivos progressivamente ampliados para: a promoção da igualdade − máxima sob a qual se organizam as democracias modernas – e das oportunidades, visando combater as iniquidades promovidas no âmbito do sistema econômico e das hierarquias sociais.

42 A pobreza A pobreza é mais do que um problema individual ou de manutenção de um patamar mínimo de renda. A perspectiva sugerida por Jaccoud (2009) é a de que a pobreza se define sobretudo como problema social e econômico, encontrando nessas duas esferas suas mais arraigadas raízes e determinações.

43 Enfrentamento da pobreza
Complexo e Multidimensional Deve mobilizar benefícios sociais de manutenção de renda, sejam de natureza contributiva ou não contributiva. Deve-se articular políticas sociais na oferta de serviços que equalizem oportunidades, garantem o acesso a padrões mínimos de bem estar e mobilizem e ampliem as capacidades dos indivíduos e famílias.

44 3. Responsabilidades dos entes federados
Descentralização Participação popular (“mais cooperativos que conflituosos”.) Reorganização da forma de gestão das políticas sociais a partir de 1988

45 Os entes federados A constituição de 1988 que, redesenhou o sistema federal em favor dos estados e municípios, reconheceu estes últimos como entes federativos autônomos, com o mesmo status legal dos outros dois níveis de governo. Consagrou ainda a tendência que já vinha se esboçando nos anos anteriores de redistribuição dos recursos fiscais para as esferas subnacionais em detrimento do governo federal

46 4. Instâncias de participação, fiscalização e controle social
Afirmação da participação social na gestão pública. Democratização do Estado brasileiro Conselhos (espaços de debate, deliberação e controle da política) conferências, fóruns, câmaras, comissões setoriais, grupos de trabalho e ouvidorias.

47 Instâncias de participação, fiscalização e controle social
Objetivos da participação social: Transparência na deliberação Transparência na gestão Visibilidade das ações Democratização do sistema decisório Maior expressão e visibilidade das demandas sociais

48 Participação: conflito X cooperação
Representação – campo de interesses A perspectiva de representação democrática refere-se não apenas aos beneficiários, mas também ao conjunto de outros atores envolvidos na execução dessas políticas, tais como grupos profissionais, setores privados e especialistas.

49 Atribuições dos conselhos
deliberar sobre diretrizes, estratégias, atividades e operações; expressar demandas e deliberar sobre prioridades segundo critérios de equidade; articular e mobilizar atores relevantes na defesa de direitos; acompanhar as políticas e programas; garantir a efetividade dos mecanismos públicos de provisão, regulação ou execução de serviços; fiscalizar a execução das ações e a aplicação dos recursos públicos; avalizar a prestação de contas dos gestores.

50 Vulnerabilidade, empoderamento e metodologias centradas na família: conexões e uma experiência para a reflexão Carla Bronzo

51 Desde a decada de 90, a família tem sido considerada elemento central na doutrina da proteção integral Apesar disso, ainda não se tem conhecimento acumulado suficiente sobre dois pontos centrais para o desenvolvimento de uma efetiva proteção social para famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade.

52 O desenhos de políticas de proteção social realmente efetivos para o enfrentamento e a superação das condições de pobreza e vulnerabilidade As tecnologias ou metodologias de intervenção que surtem resultados, e o tipo de resultados se quer alcançar com as famílias

53 As vulnerabilidades A ideia de vulnerabilidade social indica uma predisposição à precarização, vitimização, agressão. Do ponto de vista biológico, a vulnerabilidade inclui a ideia de estar mais predisposto a que ocorra algo. E é necessário eliminar a vulnerabilidade substituindo-a por força/resistência, bem como, eliminar os fatores de risco.

54 Famílias em condição de vulnerabilidade: o que isso quer dizer?
pobres vulneráveis Nem todos os que se encontram em situação de vulnerabilidade são pobres. Nem todos os pobres são vulneráveis da mesma forma.

55 Vulnerabilidade articula-se com a ideia de risco e na literatura esses termos frequentemente são abordados de forma conjunta. Os indivíduos e as famílias posicionam-se diferentemente quanto à capacidade de resposta aos riscos e às mudanças do entorno.

56 Vulnerabilidade No campo da proteção social, o foco orientado pela abordagem da vulnerabilidade e dos riscos está nas estratégias utilizadas pelas famílias que lhes permitem escapar da pobreza e nas outras que as fazem perpetuar nela.

57 Por riscos entende-se:
Uma variedade de situações. Englobam: riscos naturais (como terremotos e demais cataclismos); riscos de saúde (doenças, acidentes, epidemias, deficiências); riscos ligados ao ciclo de vida (nascimento, maternidade, velhice, morte, ruptura familiar); riscos sociais (crime, violência doméstica, terrorismo, gangues, exclusão social); riscos econômicos (choques de mercado, riscos financeiros); riscos ambientais (poluição, desmatamento, desastre nuclear); riscos políticos (discriminação, golpes de estado, revoltas), tal como sistematizados pela unidade de proteção social do Banco Mundial.

58 Uma ponte mais direta e Resultado = redução de sua vulnerabilidade
Fazer frente a riscos específicos e Fortalecer a capacidade de resposta das famílias Resultado = redução de sua vulnerabilidade

59 Vulnerabilidade exposição ao risco capacidade de resposta

60 As respostas aos riscos podem ser, basicamente, de dois tipos:
ANTES DO RISCO DEPOIS DO RISCO

61 Antes do risco PREVENÇÃO MITIGAÇÃO
reduzir a probabilidade de produção de riscos adversos. MITIGAÇÃO redução dos efeitos de riscos futuros.Trata-se de medidas ex ante, que buscam reduzir o impacto do risco, caso este se materialize.

62 Depois do risco SUPERAÇÃO
as iniciativas são desenhadas para aliviar os efeitos dos riscos, uma vez que estes ocorreram, e estão dirigidas para enfrentar os choques.

63 O que são Ativos? A noção de ativos está relacionada diretamente ao risco e à vulnerabilidade. Por ativos se consideram os diferentes tipos de recursos que as pessoas e famílias possuem e podem mobilizar como estratégias de resposta aos eventos de risco. O conjunto de ativos considerados varia de acordo com a perspectiva teórica adotada do enfoque da vulnerabilidade e não existe consenso sobre quais ativos devem ser reconhecidos como centrais.

64 Considera-se como ativos
o trabalho, o capital humano, a moradia, as relações familiares, o capital social; (Caroline Moser) outras abordagens consideram como ativos o capital natural, físico, humano, financeiro e social.

65 A interação entre os diferentes tipos de ativos
Produzem efeitos a curto, médio e longo prazo. Ex.: o que pode parecer mais adequado a curto prazo, pode trazer consequências perturbadoras a médio e longo prazo. As consequências podem ser maiores do que os eventos que lhe deram origem. A venda de ativos (propriedades, bens) O desinvestimento em capital humano (abandono da escola) A redução da ingestão de calorias

66 Algumas condições ou aspectos psicossociais negativos que dificultam o enfrentamento e a superação das condições de pobreza: apatia, resignação, baixa autoestima, baixo protagonismo e autonomia, desesperança, subordinação e dependência, que acabam por aprisionar as famílias e os indivíduos nas armadilhas da pobreza.

67 Dimensões relacionais, consideradas como aspectos menos tangíveis da pobreza, remetem a questões de natureza psicossocial e envolvem o tema das relações sociais e do empoderamento.

68 Empoderamento Empowerment
O fortalecimento dos ativos dos indivíduos e das famílias é a estratégia dominante, cuja concepção envolve aspectos e dimensões relacionais e de natureza psicossocial e abrange, para além de recursos físicos ou financeiros, capacidades humanas e também recursos imateriais (ideias, habilidades, saberes etc.) e sociais.

69 Qualquer estratégia que busque a superação da pobreza passa necessariamente pelas pessoas.

70 Maior controle externo sobre recursos, entendidos, de forma ampla
recursos materiais, físicos, intelectuais, financeiros. controle no âmbito das crenças, dos valores e das atitudes, de forma relacionada com a capacidade de autoexpressão e autoafirmação, processos sustentados pela autoconfiança e por mudanças no âmbito da subjetividade, que ocorrem no interior de cada um.

71 Resultados das ações de empoderamento
Podem ser de diferentes tipos e magnitude, mas todos espelham uma mesma ordem de questões: Aumento do protagonismo, Aumento da autonomia, Aumento do senso de dignidade, Acréscimo de capacidades.

72 As pessoas empoderam a si mesmas
Mas, governos e outros atores desempenhem papel vital nesse processo. Como?

73 Como? Estabelecendo leis e regulamentos favoráveis ao empoderamento das pessoas: leis antidiscriminação, mudanças legais, facilitação de acesso ao crédito etc.; Alterando formas de provisão dos serviços públicos para torná-los mais flexíveis e porosos às demandas e necessidades dos indivíduos e grupos, e atuando sobre a infraestrutura social.

74 Empoderamento Se processa no meio da relação entre usuários e agentes públicos como produto emergente das relações que se estabelecem entre as famílias, os agentes, as redes de políticas e as redes sociais.

75 Importante não adianta muito ampliar a capacidade de as pessoas fazerem escolhas se não existem estruturas de oportunidades (entendidas como regras e instituições formais e informais) que tornem possível efetivar as escolhas e transformar agência (como capacidade de agir) em ação efetiva (resultados). Capacidade governamental

76 Plano micro – protagonismo do indivíduo e da família
Plano macro – compromisso dos diversos setores públicos

77 Incorporação e inserção social: metodologias de intervenção
Dimensão relacional e o papel dos agentes públicos como catalisadores da mudança Incorporação e inserção social: metodologias de intervenção “itinerários da inserção” “incorporação social”

78 Os itinerários da inserção ou incorporação social
configuram os caminhos a serem percorridos pelos indivíduos ou “unidades de convivência” no sentido de saída da condição de exclusão.

79 Intensa relação pessoal
O trabalho de acompanhamento do processo de inserção envolve, além da aplicação de recursos, um trabalho de intensa relação pessoal, continuada e duradoura, sustentada pela confiança recíproca entre agentes públicos e pessoas acompanhadas, fortalecida pela motivação e desejo de os assistidos procurarem saídas sustentáveis das situações de exclusão.

80 Um processo de incorporação social envolve:
ter condições de vida mínimas em termos de moradia, saúde, educação; ter recursos econômicos que possibilitem ao cidadão ser um consumidor; ter uma atividade que possibilite a ele ou a ela o reconhecimento social; participar de espaços de cultura, lazer, de sociabilidade; “tener un lugar en el mundo, pintar algo” (CORERA, 2002)

81 Proteção à família Programas centrados no atendimento às famílias têm sido a estratégia dominante nos sistemas de proteção social em todo o mundo. No Brasil, a partir dos anos 90, a família tem sido considerada elemento central na doutrina da proteção integral, norteadora do ECA e da LOAS, e eixo orientador das ações da PNAS.

82 Não se tem conhecimento acumulado suficiente sobre o desenvolvimento de uma efetiva proteção social para famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade.

83 Que desenhos de políticas de proteção social são mais efetivos para o enfrentamento e a superação das condições de pobreza e vulnerabilidade? (políticas locais) Como trabalhar tendo as famílias como foco? Que tecnologias ou metodologias de intervenção surtem resultados, e que tipo de resultados quer-se alcançar com as famílias? (metodologias)

84 Necessário Inaugurar formas de acompanhamento e metodologias de trabalho com famílias que possam servir de parâmetro para o debate sobre esse tema, promovendo a médio e longo prazo, metodologias que efetivamente produzam a emancipação e autonomia dos indivíduos e famílias. ***

85 Obrigada!


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