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Educação a Distância: Uma Visão Geral

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Apresentação em tema: "Educação a Distância: Uma Visão Geral"— Transcrição da apresentação:

1 Educação a Distância: Uma Visão Geral
Silvia Helena Cardoso, PhD Renato M.E. Sabbatini, PhD Aula ministrada como parte do Curso de Capacitação Docente em Educação a Distância Realização do Instituto Edumed para Educação em Medicina e Saúde Copyright 2000 Instituto Edumed

2 Objetivos da Aula Proporcionar uma visão geral do conceito de educação a distância introduzindo: os aspectos tecnológicos envolvidos desde sua criação, as suas premissas pedagógicas básicas e as tendências atuais desta modalidade de educação

3 O Que é a EAD Ocorre quando o professor e o aluno estão separados fisica e temporalmente Utiliza tecnologias específicas adequadas para a ação e a interação à distância Tem indicações determinadas, não se prestando para todos os tipos de cursos e áreas Diversos são os conceitos de Educação A Distância (EAD) que se pode encontrar na literatura especializada, mas talvez a mais simples e objetiva seja aquela que a define como qualquer forma de educação em que o professor se encontra geograficamente distante do aluno. É importante enfatizar que EAD não é sinônimo de alta tecnologia. Na realidade, a definição abrange um grande número de tecnologias, algumas delas bastante antigas, como veremos nos slides seguintes (livro também é tecnologia). A tecnologia, por outro lado, deve ser encarada apenas como um meio ou ferramenta para os processos de disponibilização e interação do conteúdo educacional, e não como um fim em si. Os conceitos pedagógicos devem predominar. É importante também considerar que nem sempre a tecnologia mais nova e sofisticada é a melhor. Assim chegamos ao conceito de tecnologia mais adequada (para uma vila no Amazonas onde não existe nem telefone, mas onde chega o correio, a forma mais adequada pode ser o ensino por correspondência) Finalmente, outro conceito limitante da EAD é que nem todo tipo de educação pode ser feita a distância, havendo indicações determinadas.

4 O Que É a EAD (2) Possibilidade de combinação com ensino presencial
Comunicação em várias vias: professor estudante estudante professor professor professor estudante estudante A EAD pode (e muitas vezes, deve, chegando a existirem regras regulatórias claras a esse respeito, impostas pelo MEC) ser combinada com o ensino presencial, em várias gradações. Dessa forma pode-se aproveitar o melhor de cada forma na composição e na pedagogia de um curso. A definição da EAD deve necessariamente abranger as várias vias de comunicação entre os dois principais protagonistas do processo educacional, o estudante (ou aprendiz) e o professor.

5 Conceitos Básicos Conceito Clássico: Espacial Distância geográfica entre professor e alunos Conceito Ampliado: Espacial + Temporal Separação temporal entre professor e alunos Conceito de Sincronismo Simultaneidade da interação professor e alunos Conceito de Mídia e Interface Mídia de interface e comunicação Neste slide podemos ver que o conceito de EAD abrange também outros elementos, que serão detalhados a seguir. A definição de EAD do ponto de vista espacial (como vimos no slide inicial), precisa ser ampliada através do papel do tempo, ou seja, além da separação geográfica, também pode existir a separação temporal. Desse ponto de vista, a temporalidade da EAD pode ser de dois tipos: aquela em que a interação entre aluno e professor se dá simultaneamente, ou de forma síncrona, e aquela em que a interação se dá em momentos diferentes, ou de forma assíncrona. Por exemplo, uma aula desenvolvida através de videoconferência é um exemplo de EAD Síncrona, ao passo que uma aula disponibilizada na forma de slides na Web (como a aula que você está assistindo agora) é uma forma de EAD Assíncrona. O conceito também remete à questão do meio de interação entre professor e aluno no espaço e/ou no tempo, aspecto este hoje da maior importância dado à atual disponibilidade dos meios de comunicação possíveis de serem utilizados na interface aluno/professor: mídia impressa (texto e imagem estática), mídia falada (áudio), mídia televisada (vídeo e áudio), redes de computadores privadas como as intranets ou redes públicas como a Internet (texto, imagem, áudio e vídeo), etc. Estas últimas sofrem um desenvolvimento tecnológico acelerado, com grau de flexibilidade cada vez maior, com uma relação custo/benefício cada vez melhor e com acesso cada vez mais socializado. Fonte: Loyola, W e Prates, M. Curso de Ensino Mediado por Computador (EMDC), 2000.

6 Características da EAD
Procura imitar as várias formas de comunicação usadas no processo de ensino-aprendizagem Mas também é um novo paradigma educacional A EAD pode ser encarada de duas maneiras distintas: uma forma revolucionária ou diferente de educar e aprender, ou uma nova mídia para os paradigmas tradicionais da educação. Na realidade, veremos que é uma mistura de ambas as coisas. O processo ensino-aprendizagem não muda substancialmente com a educação a distância, e ela procura também imitar as várias formas de comunicação tradicional, como veremos a seguir.

7 Tipos de Apoio da Internet
Cursos Puramente Presenciais Home-page do curso Suporte on-line a material didático Comunicação com alunos via Cursos Mistos ou Puramente Remotos Mais: Comunicação síncrona (chat) Gerenciamento acadêmico on-line Avaliação on-line

8 Formas de Comunicação Carta Telefone Revistas, livros Rádio TV Reunião
um - um um - muitos Revistas, livros Rádio TV As três formas básicas de comunicação, especificadas em termos do número de pessoas que estão nas duas pontas. Segundo a teoria da comunicação, podemos considerar que existem sempre os comunicadores (que podem ser ativos ou passivos), e o enlace de comunicação, também chamado de meio, ou mídia (aportuguesamento do termo “media” em inglês). Muitos - Muitos Reunião Conferência

9 Formas de Comunicação e Novas Tecnologias
Publ.Eletrônicas. Áudio Vídeo Internet Lista de discussão Chat Videoconferência Reunião Conferência Tradicional Carta Revistas, livros Rádio TV Ruptura dos limites tradicionais da comunicação humana As redes de computadores, particularmente a Internet, provocaram uma revolução na educação porque, além delas possiblilitarem a convergência de todas as formas de comunicação, elas o fazem rompendo as barreiras tradicionais do ser humano adquirir a informação como o tempo, a distância, a velocidade e facilidade. Como vemos neste slide, cada forma tradicional de comunicação tem uma contraparte ou análogo eletrônico, que pode ser intermediado pela rede de computadores. Existem, no entanto, algumas novidades que fazem com que certas mídias não tenham uma analogia fácil no mundo tradicional. Por exemplo: vídeo sob demanda, que não existe no mundo da TV (a analogia seria um clube de vídeo). Tempo Distância Facilidade Velocidade

10 Tecnologias de EAD Segundo o Estilo de Comunicação
Um a um , chat individual, telefone Um para muitos Aula expositiva, transmissão de vídeo ou de áudio, documento na Web, impressos Muitos para um Questionários, pesquisas on-line, avaliação Muitos para muitos Lista de discussão, grupos de notícias, webfórum, chat coletivo Segundo a teoria da comunicação, cada ponta do elo de comunicação pode ser formado por uma ou por muitas pessoas. Assim, temos quatro estilos combinados: um a um, um para muitos, muitos para um e muitos para muitos. Neste slide vemos os tipos de ferramentas tecnológicas que correspondem a cada estilo. A escolha vai depender do projeto pedagógico do curso, do tipo de informação ou interação que se quer implementar, das técnicas de avaliação de desempenho, etc.

11 Como Acessar a Informação
Software educacional CD-ROM Videodisco Realidade Virtual Videocon- ferência Internet A virtualização do conhecimento através das redes digitais, elimina a necessidade do meio físico, permite o acesso instantâneo e simultâneo de qualquer parte do mundo, e permite a localização através de palavras chave. Esses recursos multiplicaram por milhares de vezes a oportunidade de acesso à informação independente da localização geográfica, e com custos reduzidos. É por isso que a docência em saúde não pode mais viver sem a Internet… Os meios eletrônicos facilitam e aumentam a velocidade de acesso à informação e o aprendizado contínuo

12 Classificação das Tecnologias EAD
Segundo o estilo de comunicação Sincrônicas vs. assincrônicas Centradas no estudante vs. centradas no professor Individuais vs. coletivas Colaborativas vs. não colaborativas Estes são os cinco eixos básicos de classificação das tecnologias aplicadas à educação a distância, e que podem ser consideradas de forma sistemática ao se fazer o planejamento e a implementação do curso. A escolha de ferramentas tecnológicas vai depender da combinação que se desejar para o mesmo (estilo do curso em seus três aspectos: instrução, interação, avaliação). Naturalmente, um curso mediado por redes pode ter mais de um estilo ao mesmo tempo. Exemplos: Um para muitos, assincrônico, centrado no professor, individual, não colaborativo => curso baseado em lista de distribuição de , com o aluno e o professor em casa. Muitos para muitos, sincrônico, centrado no aluno, individual, colaborativo => curso baseado em grupo de notícias, discussões provocadas por material instrucional na Web, com dinâmica de formação de grupos Um para muitos, sincrônico, centrado no professor, coletivo, colaborativo => videoconferência bidirecional simétrica com alunos em classe e o professor remotamente. Combinação de estilos: a fase instrucional ser do tipo 3, e a fase de discussão ser do tipo 2.

13 Tecnologias de EAD Sincrônicas vs. Assincrônicas
Sincrônica: ocorre quando as interações entre os participantes são feitas em tempo real Chat (IRC), telefone, tele e videoconferência, execução remota de programas (TELNET), telepresença Assincrônica: ocorre quando as interações entre os participantes não são feitas em tempo real Impressos, , Web, webcasting, lista de discussão, audio/video, grupos de notícias, FTP Este é um dos eixos principais de classificação das tecnologias, e tem enorme impacto sobre uma série de fatores, inclusive sobre a viabilidade técnica do curso (por exemplo, não adianta usar “webcasting” com alunos que tem acesso muito lento à Internet), e sobre as escolhas pedagógicas. Muitos cursos oferecidos pela Internet não usam técnicas assincrônicas por opção, uma vez que exige marcação de data e hora. O uso de videoconferência pela Internet ainda é muito restrito devido a problemas de banda, também.

14 Tecnologias de EAD Centradas no Estudante vs Centradas no Professor
Centrado no estudante: ocorre quando o material está disponibilizado pelo professor e a iniciativa e timing de acesso são controlados pelo estudante. Exemplo: ensino baseado na Web Centrado no professor: ocorre quando o material chega até o aluno por iniciativa e timing do professor. Exemplo: tele e videoconferência Este fator também é muito importante para a seleção das ferramentas a serem usadas. O ensino tradicional é centrado no professor, que irradia o conhecimento para uma classe coletiva, que se comporta de maneira mais passiva. Essa situação (que na maioria das vezes não é a ideal do ponto de vista didático, mas pode ser desejável por vários motivos para um curso on-line) geralmente exige tele ou videoconferência. Um show de slides na Internet é um outro exemplo (imitação da aula expositiva). Na EAD, geralmente se considera que o melhor aprendizado é obtido atraves de ferramentas e de uma pedagogia que centrem a atividade no aluno, ou seja, será de inicitativa dele acessar o material disponibilizado, decidir quando acessar o professor, etc. Nesse caso, as ferramentas têm que ser do tipo “pull”, permanentemente disponíveis, assim como o conteúdo, e ferramentas de interação em que todos possam ter iniciativas de apresentação e discussão. Nas tecnologias centradas no estudante também se usa muito o aprendizado colaborativo, que pode ser realizado via chat, por exemplo.

15 Tecnologias de EAD Individuais vs. Coletivas
Individual: ocorre quando distribuição, acesso e interações ocorrem apenas entre um aluno e seu professor. Exemplo: curso por Coletivo: ocorre quando tanto a distribuição quanto as interações envolvem mais de um aluno e/ou professor no mesmo processo, ao mesmo tempo. Exemplo: curso por videoconferência em classe Embora possa parecer que a EAD é SEMPRE individual, na realidade existem muitos modelos em que o ensino é baseado em classe. Até mesmo navegar na Web pode ser um exercício de classe (todos os alunos em um único laboratório ou sala de aula, por exemplo. A vantagem do ensino individual é evidente: possibilita diferentes estilos e velocidades de aprendizado dos alunos coexistirem pacificamente sem atrapalhar o andamento geral do curso.

16 Curso Baseado na Internet
O que é: Um ambiente criado na Internet no qual estudantes e professores podem realizar tarefas relacionadas ao aprendizado O que faz: Proporciona recursos e mecanismos para identificação do estudante, distribuição de conteúdo, comunicação, gerenciamento acadêmico, avaliação e acompanhamento do desempenho do aluno O termo genérico “Internet” permite abrangermos um grande número de tecnologias isoladas ou combinadas para compor a “plataforma de EAD” (recursos e mecanismos disponíveis) que vamos utilizar no curso. Atualmente, o grande desenvolvimento da Web e dos browsers permite praticamente convergir todas as tecnologias, mesmo as com protocolos que antecedem a Web, em direção a uma interface única.

17 Os Protagonistas da EAD
Instrutor Responsável pela montagem do curso, organização e disponibilização do conteúdo instrucional, atividades principais de ensino, condução das atividades interativas e avaliação do aluno Tutor ou assistente de ensino Ajuda o instrutor na interação com alunos, correção de provas e trabalhos, resolução das principais dúvidas, resolução de problemas administrativos, etc. Aluno O instrutor geralmente é considerado como sendo o foco principal do sistema de administração de EAD. Entretanto, a sua atuação e grau de envolvimento com a tecnologia em si vai depender muito das características e operacionalidade desse sistema. Idealmente, o sistema deve facilitar ao máximo para o instrutor o processo de montar e oferecer um curso on-line, sem ter conhecimentos aprofundados de tecnologia. O tutor, por sua vez, tem um contato muito menor com a tecnologia do que o instrutor (geralmente é apenas um usuário das ferramentas de interatividade). Finalmente, temos o aluno, que precisa conhecer razoavelmente bem todos os recursos e ferramentas do seu curso, e usá-los com a freqüência necessária. Isso pode ser um problema, se o sistema for muito complexo e dificil, ou exigir muito tempo prévio de treinamento.

18 Os Protagonistas da EAD (2)
Administrador de sistemas Cuida tecnicamente do servidor, instalação, implementação e atualização de ferramentas, resolução de problemas, suporte técnico aos outros usuários Coordenador acadêmico Gerencia o elenco de cursos da instituição, as regras de matrícula, calendário escolar, documentação, certificação, etc. e disponibiliza os recursos disponíveis para os instrutores Em sistemas pequenos de EAD, o administrador de sistemas também pode assumir as funções de coordenação acadêmica. O ideal, entretanto, é que sejam pessoas com perfis técnicos diferentes: o primeiro é um técnico da área de sistemas, que conheça em profundidade o sistema de gerenciamento adotado; enquanto que o segundo deve ser uma pessoa com perfil e experiência de administrador escolar.

19 O que é um Sistema de Gerenciamento Acadêmico On-Line?
É um conjunto integrado de ferramentas de software utilizadas para a administração acadêmica, oferecimento, e, opcionalmente, autoria de cursos on-line baseados na Internet. As organizações que implantarem um sistema desse tipo passam a dispor, online, de todas as informações necessárias ao planejamento, controle e avaliação das suas ações nos cursos oferecidos Podem estar disponíveis, instantaneamente, informações sobre alunos, professores, cursos , turmas, avaliações e estatísticas diversas, bem como o cruzamento desses dados e gráficos correspondentes. O coordenador sabe, instantaneamente, quantas pessoas estão fazendo ou já fizeram um determinado curso. Além disso, sabe o aproveitamento e o tempo médio que gastaram, quantas vezes e quando entraram no curso, etc. Alguns sistemas de gerenciamento acadêmico on-line também dispõe de facilidades de autoria de cursos, como carregamento de conteúdo, escolha e disponibilização de ferramentas, e trabalho colaborativo.

20 Funções do Sistema de Gerenciamento Acadêmico On-Line
Matrícula do aluno, atribuição de senha para acesso, controle de acessos Disponibilização do conteúdo instrucional (artigos, livros on-line, slides, banco de imagens, simulações, etc.) Implementação das ferramentas interativas de ensino (chat, quadro de avisos, lista, ) Avaliação e acompanhamento do progresso acadêmico (provas, notas, trabalhos) Estatísticas de acesso Uma das razões principais para se usar um sistema de controle acadêmico é auferir o aproveitamento do aluno e controlar as suas obrigações. Geralmente é implementado através de programas (software), colocados no servidor onde está sediado o curso. Os estudantes podem ter acesso protegido por senha, e o programa de controle acadêmico mantém uma base de dados com todos os dados do progresso dos aprendizes e da avaliação, notas, etc. Os módulos podem ser organizados de acordo com uma árvore de precedência e a transição de um módulo a outro é permitida automaticamente (ou não), de acordo com os seus pré-requisitos.

21 Vantagens da EAD via Internet
São flexíveis quanto ao espaço e ao tempo Não exigem os custos nem o tempo gasto com viagens e estadias Não roubam o tempo do profissional Podem ser seguidos a partir de qualquer lugar do planeta, bastando possuir um computador portátil e acesso à Internet; Porque é um “casamento feito no céu”. Porque a educação continuada a distância oferece muitas vantagens que possibilitam ao médico prático, pela primeira vez, a participar ativamente e adquirir reciclagem profissional de alta qualidade, sem sair do seu consultório, hospital ou residência. A tecnologia já permite a avaliação do aluno à distância, através de provas interativas, que não só comentam as respostas dadas pelos alunos, como também atribuem notas e enviam os resultados da avaliação para o professor pelo correio eletrônico! Aliás, existem "sites" na Internet que nem se preocupam em ensinar, simplesmente aplicam um teste e você recebe os créditos, se tirar uma nota mínima (detalhe: US$ 15 por teste…).

22 Vantagens da EAD via Internet (2)
Permitem uma grande individualização do ensino; ao permitir que cada um escolha o que quer aprender, até que nível de profundidade, em quanto tempo, e em que ritmo; Permitem também o acesso direto ao instrutor, e a avaliação do aluno à distância; Permitem a colaboração dos instrutores e tutores a distância na criação e gestão.

23 Premissas Básicas para Ensinar a Distância
Desenvolver e avaliar estratégias de ensino nas quais professor e aluno estejam distantes fisicamente e/ou temporalmente: Estruturar a informação de modo a substituir a presença física do professor Desenvolver formas substitutas de interatividade, atenção e atendimento ao aluno Valer-se do ferramental tecnológico para suprir os aspectos pedagógicos do ensino Dominar o meio ou o sistema de transmissão da informação adotado A educação a distância é muito diferente da educação presencial. Devemos partir do princípio que, se o aluno está longe, então o recurso não é ensinar, e sim fazer ele aprender. Para tanto, são necessárias diferentes habilidades de apresentação da informação e de planejamento, desenvolvimento e avaliação de estratégias de ensino nas quais professor e aluno estejam distantes fisicamente. Dentre essas habilidades incluem estruturar a informação de forma a substituir a voz do professor, desenvolver outras formas de atenção e atendimento ao aluno, buscar suprir as necessidades de interatividade do aluno com o professor e outros alunos, bem como com o tema de estudo. Felizmente, hoje contamos com as novas tecnologias de informação que atuam como ferramentas fundamentais para suprir e mesmo aperfeiçoar os aspectos pedagógicos do ensino, permitindo cumprir os principais fatores de uma educação centrada no aprendizado interativo, dinâmico e contextualizado. Dominar essas tecnologias também é uma tarefa da nova educação.

24 Os Nove Elementos Básicos
Materiais pré-classe: bibliografia, vídeos, páginas da WWW. Materiais pós-classe: provas e avaliações, trabalho de casa, projetos e trabalhos de campo. Materiais em classe: demonstrações, anotações no quadro-negro, apostilas e outros materiais para trabalho individual ou em grupo. Condução do debate e orientação em classe. Instrutor dirige perguntas aos estudantes. Estudantes dirigem perguntas ao instrutor. Estudantes dirigem perguntas uns aos outros. Avaliação da reação dos estudantes ao assunto, e revisão ou ajuste de uma explicação com base no retorno dado pelos estudantes. Avaliação do grau de compreensão do estudante antes, durante e depois da aula, usando exames, relatórios ou apresentações. O trabalho educacional em classe envolve nove elementos básicos reconhecidos. A implementação on-line deve, pelo menos procurar imitar esses pontos, em todas suas formas (próximos slides).

25 Ensino e Aprendizagem: O Melhor Paradigma
“O professor não ensina, o professor ajuda o aluno a aprender”. Lauro de Oliveira Lima Educador Este pensamento tão profundo do grande educador carioca, baseado nas teorias de Jean Piaget, serve para todo a educação, seja ela presencial ou a distância, individual ou coletiva. No entanto, é a abordagem mais efetiva (a única possível, diriam muitos) para a EAD.

26 O Papel do Formador e do Aprendiz
Professor Guia e hierarquizador de informações Filtra as informações e possibilita ao aluno transformá-las em conhecimento Construtivismo O excesso de informação disponível na Internet está desconectado do aprendizado. É preciso que a informação seja filtrada e que se dê um objetivo a ela. O professor, como guia e hierarquizador, tem um importante papel nisso. Dessa forma, a figura do professor deverá ser aquela de um orientador, para que o próprio aluno aprenda a buscar os conhecimentos necessários. Esta é a base do construtivismo. Mais importante do que fornecer informação objetiva, é despertar no aluno o interesse e a habilidade de identificar os problemas e buscar as soluções, utilizando-se das mais variadas ferramentas de aprendizado disponíveis. Assim, teremos um profissional capaz de se adequar às constantes e inexoráveis mudanças em sua realidade profissional (F.H. Mendes).

27 A Mudança de Paradigma: Do Ensino Para a Aprendizagem
Ensino Aprendizagem Fornecer instrução Transferir conhecimento do professor para o estudante Oferecer cursos e programas Modelo Livro-Dependente Ajudar a aprender Estimular a descoberta do estudante e a construção do conhecimento Oferecer ricos ambientes de aprendizagem Modelo Trabalho/Pesquisa (busca orientada do conhecimento/informação) A Metodologia em EAD se baseia fortemente na abordagem pedagógica construtivista, já que a mesma se presta a ser aplicada com máxima eficiência em relação às metodologias presenciais convencionais. Dessa forma, estimulam-se diversas características de aprendizado atualmente exigida pela moderna educação profissional, uma vez que o foco é orientado ao binômio aluno/aprendizado, ao invés do binômio convencional professor/ensino. Esta abordagem permite liberar o aluno das restrições do conhecimento pronto (apostilas, p. ex.), passando a levá-lo a buscar de forma orientada o conhecimento de que precisa. Como diz o famoso ditado chinês “melhor ensinar a pescar ao invés simplesmente dar o peixe”. As conseqüências são diversas e positivas, tais como estimular o uso do método de pesquisa, induzir o trabalho em grupo e permitir a articulação entre teoria e prática (tão criticada no ensino convencional).

28 Educação versus Informação On-Line
Os cursos de educação à distância se diferenciam dos demais recursos de informação na Web em quatro pontos: A instrução é oferecida de forma estruturada, e otimizada para facilitar o auto-aprendizado; Existe intensa interação entre professor e aluno, e entre alunos; Existe um gerenciamento do processo instrucional, ou seja, o controle da progressão do aluno, Existe uma avaliação do seu aprendizado e do desempenho do curso A certificação de qualidade, que é o objetivo final de todo processo educacional do ponto de vista legal, só pode ser atingida se forem cumpridas antes, com rigor e critério, três subprocessos altamente interligados: a instrução, a interação, e a avaliação. No entanto, o gerenciamento, ou administração acadêmica, é a “cola” que une e torna tudo isso possível com qualidade.

29 A Aprendizagem Ideal é Interativa
É preciso suprir as necessidades de interatividade do aluno com o professor e colegas e com o tema de estudo Embora separados geograficamente, os estudantes em EAD não devem ficar isolados uns dos outros Os alunos têm mais oportunidade de dividirem conhecimentos e experiências. Eles podem fazer isso tanto no horário de aula, como fora Para que a aprendizagem ocorra é necessário que o estudante internalize e processe o conteúdo e, para isso, deve haver uma reflexão intrapessoal que lhe permita integrar as novas experiências com as já existentes e a organizá-las de acordo com um significado pessoal (Brunner, 1971). Quando os estudantes têm a oportunidade de interação entre eles e com seus instrutores, em relação ao conteúdo, podem construir dentro deles mesmos o próprio sentido e encontrar um significado comum para o que estão aprendendo. Muito do aprendizado, inevitavelmente, acontece dentro de um contexto social, e o processo inclui a construção mútua de um entendimento. E ao compartilhar conhecimentos, posicionamentos e até sentimentos, bem como uma participação com o grupo da solução de um problema, há um enriquecimento pessoal.

30 Comunicação Interativa e EAD
Depende de uma comunicação eficaz Insucesso se dá por falhas de comunicação na relação com estudantes Professores e alunos devem entender que o conhecimento é criado na interação entre pessoas A educação é um processo social e não um mero acesso a um acervo de conhecimento A formação de comunidades virtuais é o resultado direto da facilidade da intercomunicação virtual e onipresente O ensino on-line depende de uma comunicação eficaz. Muitas frustrações que os professores iniciantes experimentam em seus cursos é porque tiveram uma percepção limitada em relação à comunicação e sua relação com seus estudantes. Por exemplo, existem cursos completamente textuais. Se a comunicação com estudantes on-line é vista somente com palavras colocadas na tela do computador, a sala de aula virtual se torna um ambiente estreito e frustrante para trabalhar através das complexidades inerentes de toda a comunicação humana. Desta forma, os professores on-line iniciantes devem estar especialmente preparados para lidar com as ambiguidades da comunicação mediada por computador. Eles devem desenvolver o entendimento de que o significado é criado na interação entre pessoas - não em palavras sozinhas, ou imagens verbais eletrônicas. Isto inclui toda a qualidade de atitudes, sentimentos e emoções.

31 A Pedagogia da EAD Os fatores e abordagens pedagógicas da EAD não são as mesmas do ensino presencial; Além disso, eles variam de acordo com o objetivo educacional, como acontece na educação presencial; Porém variam também de acordo com os recursos metodológicos utilizados. Não existe uma “receita de bolo” geral para a EAD quanto à utilização desses recursos pedagógicos. Sua utilização varia em função de muitos fatores, tais como os objetivos educacionais, os recursos metodológicos dispoíveis, o tipo de aprendizagem desejado, etc.

32 Objetivos Pedagógicos na EAD
Reduzir o isolamento social do aprendiz; Substituir a percepção não verbal e o efeito coletivo da sala de aula; Identificar os estilos cognitivos do aprendiz e modelar o processo instrucional em função disso; Substituir o ensino linear pelo não-linear; Modificar hábitos e disciplina de estudo, de modo que se tornem mais apropriados para a EAD. Os objetivos pedagógicos específicos à EAD dizem respeito à como a metodologia e os recursos a serem utilizados podem compensar ou substituir aqueles que ocorrem no ensino presencial: como reduzir o isolamento social (tirar o aprendiz do ambiente de classe e do processo social que a caracteriza), como substituir as pistas sensoriais não verbais de natureza coletiva ou individual (reações coletivas como riso, estranhamento, etc.), como diagnosticar as características individuais do aprendiz, como estilo cognitivo (veja próximo slide), disciplina de estudo, etc.

33 Pedagogia EAD x Presencial
No ensino presencial o professor constrói um modelo médio representativo dos alunos em classe e o utiliza para ensinar; No ensino à distância isso não acontece e o docente tem que entender e lidar com o individual; Mais trabalhoso, mas também mais recompensador para o docente e rico para o aluno. O ensino coletivo trabalha com a premissa do “modelo médio” do aluno, e deixa pouco espaço para manifestações de individualidade, ficando geralmente restritos à resolução de perguntas e dúvidas de determinados alunos pelo professor. A maioria dos alunos não se manifesta, podendo ficar para trás, ou avançar a mais do que a média dos alunos. O professor na maioria das vezes não percebe isso, afetando a motivação e o grau de aproveitamento dos alunos que saem fora da média. A EAD resgata o ensino individual, de interação um a um entre estudante e professor, e permite superar essas dificuldades, e atingir um ensino mas adaptado às necessidades e ritmos de cada aluno. Entretanto isso aumenta muito o trabalho do professor e o tempo gasto com a interação.

34 Pedagogia EAD x Presencial (2)
A preparação didática para o ensino presencial é mais fácil (uso de livros didáticos, aulas magistrais, materiais mais simples); A visão global do curso e o domínio sobre sua programação são muito importantes na EAD Os fatores que afetam a aprendizagem são mais complexos e variáveis na EAD do que no ensino persencial Um dos motivos que dificultam a maior disseminação da EAD baseada na Internet é que dá muito mais trabalho para montar do que um curso presencial. O professor precisa ter uma visão global do curso, em detalhes, e deixar preparado o seu esqueleto geral, e, de preferência, todas as lições antes de começar a disponibilizá-lo. A busca e preparação de materiais é particularmente mais difícil. Exemplos: Para aulas magistrais, os slides precisam ser mais auto-explicativos e com comentários Todo o material a ser disponibilizado precisa ser descrito e linkado nas diversas páginas do curso A estrutura completa do curso precisa ser testada, tecnologia e pedagogicamente, Quase não existem livros didáticos on-line, a conversão é complexa e esbarra em problemas de copyrights

35 Ensino Linear vs. Não Linear
A EAD adiciona um elemento não existente na educação presencial: a possibilidade de acesso não linear; O educador deve decidir se vai explorar essa possibilidade no seu curso ou se vai impor a linearidade; O uso da não linearidade muda totalmente a estratégia pedagógica do curso Um curso em EAD via Internet ou via material impresso tem a possibilidade de disponibilizar todo o material didático e sua seqüência de uma vez só, permitindo que o aluno estude-o na ordem que achar melhor. A colocação de hyperlinks nos textos e imagens permite que o aluno acesse o material de “n” formas possíveis, substituindo a aula magistral linear por uma exploração ou navegação. Essa característica da Internet pode ser explorada ao máximo no curso, mas também pode causar problemas, uma vez que o aluno pode se “perder” ou não reconhecer a melhor ordem de estudo do material. Portanto, a não linearidade muda totalmente a estratégia pedagógica do curso. Portanto, o educador, em função da natureza do curso, precisa decidir se vai facultar ao aluno esse tipo de acesso não linear, baseado no hipertexto, ou se vai impor uma ordem mais ou menos rígida à exposição ao material.

36 Ensino Linear Vs. Não Linear
Unidade 2 Unidade 1 Unidade 3 Exemplo de uma pedagogia linear Um modelo de ensino não linear seria o enriquecimento dos links entre unidades ou módulos de um curso, permitindo que o aluno navegue em várias direções no material. No ensino linear geralmente a estrutura é muito mais simples, pois especifica-se uma “árvore de interdependência”: o aluno só pode fazer a Unidade 2 depois de ter feito a Unidade 1, e só pode fazer a Unidade 3 se tiver feito as Unidades 1 ou 2. Na estrutura não-linear, abre-se na prática um número combinatorialmente grande de seqüências possíveis, que ficam na dependência apenas da vontade do aluno. Unidade 2 Unidade 1 Unidade 3 Exemplo de uma pedagogia não-linear

37 Ensino Linear Vs. Não Linear
Menu Unidade 1 Unidade 2 Unidade 3 Unidade 1 Unidade 2 Unidade 3 Uma outra maneira de estruturar um curso é mesclar as duas abordagens, a linear e a não-linear. Um exemplo desse tipo de estrutura é mostrado aqui, baseado em um menu. O menu dá acesso não linear a uma estrutura linearmente encadeada. Esse tipo de estrutura é interessante pois permite ao aluno escolher que modo de aprendizagem deseja. Um exemplo de uma pedagogia mista

38 Tipos de Aprendizagem Decida o tipo de aprendizagem que seu curso irá promover Habilidades cognitivas Habilidades relacionadas a atitudes e socialização Habilidades psicomotoras Habilidades cognitivas – Incluem aprender a resolução de problemas, aplicar conceitos e regras, seguir normas, distingüir itens, demonstrar conhecimento. As tarefas podem exigir a leitura de textos, a manipulação de símbolos e números, etc. (por exemplo, calcular a dosagem correta de um medicamento). Para estas habilidades são usados textos, gráficos, símbolos e estratégias instrucionais como leitura, respostas escritas ou para completar, resolução de problemas de várias naturezas (por exemplo, diagnóstico de doenças, seleção de exames ou tratamentos, etc.) Habilidades de atitudes - Ensina estudantes a mudarem sua opinião e/ou comportamentos, condutas e atitudes. Também pode envolver o aprendizado de ações sociais e modos de conduta em determinados contextos. Por ex., aprender a trabalhar com prevenção pré-natal em uma favela. Este tipo de aprendizagem pode ser desafiador para ser ensinado a distância, pois pode requerer simulações, trabalho colaborativo em grupo, desenvolvimentos de softwares complexos, etc. Outras vezes, é impossível promover o aprendizado por outra forma que não seja presencial (por exemplo, a interação com pacientes reais). Habilidades Psicomotoras - Requerem uma combinação complexa de movimentos físicos, percepção sensorial e pensamentos, bem como saber integrá-los todos em uma tarefa determinada. Exemplo: montar um equipamento, aprender a nadar, aplicar uma injeção endovenosa. Este é tipo de aprendizagem geralmente ainda é impossível de ser conseguida a distância, a não ser para o caso de tarefas relativamente simples, através de aprendizado por imitação (vídeos, por exemplo).

39 Recursos para EAD de adultos
Alguns recursos e ferramentas pedagógicas simples podem contribuir para melhorar a EAD de adultos: Uma área para receber contribuições dos aprendizes (ensaios, análises, dicas, indicações, experiências, etc.) e disponibilizá-la para todos Uma área para avaliação, sugestões e críticas ao próprio curso Implementar variadas estratégias de acesso ao material instrucional, e permitir graus de aprofundamento por iniciativa própria do aprendiz, de modo a dar a ele liberdade de escolha Implementar ferramentas que permitam o progresso individual de acordo com o próprio ritmo e disponibilidade para estudar Algumas dicas simples permitem operacionalizar os recursos e ferramentas pedagógicas que favorecem o aprendizado de adultos. As palavras chave são: participação, colaboração, autonomia, progresso individualizado, liberdade de escolha.

40 Conclusões A EAD é uma forma educacional que veio para ficar e será predominante no mundo todo no novo milênio, tanto em número de cursos quanto de alunos O progresso tecnológico, a globalização e a universalização das redes, e a mudança de cultura e mentalidade do setor educacional levarão a uma crescente consolidação da EAD no cenário educacional Os educadores precisam entrar nessa nova onda, senão correm o perigo de serem ultrapassados


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