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A Função Simbólica Seminário Aprendizagem Humana:processo de construção. Profº. Dr. Fernando Becker Alunas: Flávia Rizzon e Rosangela Duarte.

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1 A Função Simbólica Seminário Aprendizagem Humana:processo de construção. Profº. Dr. Fernando Becker Alunas: Flávia Rizzon e Rosangela Duarte

2 A linguagem e as operações intelectuais
Piaget só estudava o pensamento verbal. A partir das pesquisas de A. Rey – sobre operações completas de classes, de relações ou de números que se desenvolvem entre 7-12 anos, antes dos níveis das operações proposicionais, ele conclui que: Existe uma lógica das coordenações de ações mais profunda que a lógica presa à linguagem, e muito anterior à lógica das “proposições” no sentido restrito.

3 A linguagem permanece como condição de acabamento das estruturas lógicas – estruturas proposicionais, mas não é condição suficiente de formação para estruturas lógico-matemáticas. As principais estruturas operatórias estão inscritas na linguagem sob uma forma seja sintática, seja semântica (significações). Operações concretas – objetos (classes, relações e números) a distinção lingüística dos substantivos e dos adjetivos correspondem à distinção lógica das classes; e dos predicados (atribui sentido ao substantivo), toda linguagem comporta classificações elaboradas (ex.: pardal, passarinho, animal, ser vivo).

4 Operações proposicionais ou formais – a linguagem formula: implicação (se...então), disjunção exclusiva (ou...ou) e hipóteses. Psicólogos e epistemólogos – teorias procuraram reduzir a linguagem (ponto de vista genético e causal) ao conjunto das operações intelectuais (pensamento inteiro). R. Carnap – sustentar que a lógica só consistia numa sintaxe geral, no sentido lingüístico do termo. Encyclopedy for Unified Sciences – soma do positivismo lógico: (...) tudo é linguagem e que o acesso à verdade lógica é assegurado por um exercício sadio da língua. (p.393)

5 Aparecimento da função semiótica - Condutas
Ao final do período sensório-motor ( meses) surge um conjunto de condutas que constituem a função simbólica. Essa função, que é fundamental para a evolução das condutas ulteriores, consiste em poder evocar um objeto ou acontecimento ausente, por meio de significantes diferençados dos seus significados. Imitação diferida: é aquela que principia na ausência do modelo, constituindo início de representação.  Jogo simbólico: é a transformação do real por assimilação ao eu, através de um sistema de significantes construídos pela criança e dóceis a sua vontade. É essencial para satisfazer necessidades afetivas e intelectuais da criança, que precisa adaptar-se sem cessar a um mundo social (de regras externas a ela) e a um mundo físico que ainda mal compreende.

6 O aparecimento da função semiótica - Condutas
Desenho: está entre o jogo simbólico (apresentando o mesmo prazer funcional e autotelia) e a imagem mental (partilhando o esforço de imitação do real), sendo a evolução do desenho de acordo com a estruturação do espaço. Imagem mental: constituem um sistema de significantes que se firmam não em conceitos mas em objetos como tais, e em toda a experiência perceptiva do sujeito. Têm o caráter de símbolo e semelhança mais ou menos adequada e esquematizada com os objetos simbolizados. É possível distinguir duas grandes categorias de imagens mentais: - reprodutivas (que se limitam a evocar espetáculos já conhecidos e percebidos anteriormente); - antecipadoras (que imaginam movimentos ou transformações e resultados sem haver assistido antes a sua realização).

7 O aparecimento da função semiótica - Condutas
Linguagem: aparece mais ou menos ao mesmo tempo que as outras formas do pensamento semiótico e o problema que suscita seu desenvolvimento é saber qual sua relação com o pensamento e as operações lógicas. Linguagem e pensamento: a linguagem já está toda elaborada socialmente e contém de antemão um conjunto de instrumentos cognitivos (relações, classificações...) a serviço do pensamento, mas é  a função semiótica quem destaca o pensamento e cria a representação. Linguagem e lógica: embora a linguagem comporte uma lógica inerente ao sistema da língua não constitui fator essencial da aprendizagem da lógica, visto que crianças surdas-mudas, que não tiveram o benefício da linguagem articulada, apresentaram o mesmo desenvolvimento de estruturas lógicas (com pequeno atraso) em estudo realizado. Linguagem e operações: as raízes da lógica estão na coordenação geral das ações (incluindo condutas verbais) a partir do nível sensório-motor, onde se desenvolve esquematismo imprescindível que continuará a desenvolver-se e estruturar o pensamento até chegar às operações lógico-matemáticas, o remate autêntico da lógica das coordenações de ações. 

8 Grupos de problemas: I – A linguagem pode constituir uma condição necessária do acabamento das operações lógico-matemáticas sem ser, entretanto uma condição suficiente de sua formação. se as raízes dessas operações são anteriores à linguagem ou devem ser procuradas nas condutas verbais; se a formação do pensamento está ligada à aquisição da linguagem como tal ou da função simbólica em geral; se a transmissão verbal é suficiente para constituir o espírito da criança estruturas operatórias, ou essa transmissão só é eficaz com a condição de ser assimilada graças a estruturas de natureza mais profunda (coordenações de ações), não transmitidas elas mesmas pela linguagem.

9 Grupos de problemas: II – Considerar a linguagem como uma condição necessária (mas não suficiente) da constituição das operações. se as operações só funcionam sob sua forma lingüística ou se elas dependem de “estruturas de conjunto” ou sistemas dinâmicos, não formulados como sistemas na linguagem corrente; se o papel da linguagem no acabamento dessas estruturas operatórias eventuais permanece então necessário num sentido constitutivo ou somente a título de instrumento de formação e de “reflexão”; no caso em que desempenha um papel constitutivo, é necessário estabelecer se [o papel da linguagem] é antes de tudo como sistema de comunicação com o que isso comporta de regras de controle e de pré-correção dos erros, ou se é como pré-estabelecimento das estruturas numa linguagem feita.

10 No que concerne aos problemas I:
Nos níveis sensório-motores antes do aparecimento da linguagem se elabora todo um sistema de esquemas que prefiguram alguns aspectos das estruturas de classes e de relações, das futuras noções de conservação e da futura reversabilidade operatória. Anteriormente às operações formuladas pela linguagem, existe uma espécie de lógica das coordenações de ações comportando notadamente relações de ordem e ligações de encadeamentos (relações da parte ao todo). As operações, enquanto resultantes da interiorização das ações e de suas coordenações, permanecem por muito tempo relativamente independente da linguagem. Para justificar as conservações sucessivas (conservação de substâncias, do peso, do volume) a criança emprega os mesmos argumentos se traduzindo por expressões verbais idênticas, independente da decalagem cronológica, mostrando que tais noções não dependem só da linguagem, mas trata-se de uma estruturação progressiva do objeto, segundo suas qualidades e em função dos sistemas de operações ativas, procedendo das ações como tais, exercidas sobre os objetos, muito mais do que a formulação verbal.

11 No que concerne aos problemas I:
A formação do pensamento como “representação” conceitual é correlativa da aquisição da linguagem, sendo os dois parte da constituição da função simbólica. A imitação assegura a transição entre as condutas sensório-motoras e as condutas simbólicas ou representativas, cujos prolongamentos diferenciados e a interiorização asseguram sua diferenciação dos significantes e dos significados – nesse contexto adquire-se a linguagem. A linguagem desempenha um papel central na formação do pensamento, constituindo uma das manifestações da função simbólica, sendo seu desenvolvimento dominado pela inteligência em seu funcionamento total. A linguagem uma vez adquirida não é suficiente para assegurar a transmissão de estruturas operatórias feitas, que a criança receberia assim do exterior por constrangimento lingüístico.

12 No que concerne aos problemas II:
As operações se enraízam nas coordenações das ações elas ultrapassam a linguagem, no sentido que as estruturas operatórias proposicionais constituem, mesmo se sua elaboração repousa sobre condutas verbais, sistemas relativamente complexos não inscritos em título de sistemas na mesma linguagem. No nível das operações formais ou proposicionais, a linguagem age menos por transmissão de estruturas feitas do que por uma espécie de educação do pensamento ou do raciocínio devido às condições da comunicação e a pré-correção dos erros.

13 Pesquisas para resolver os problemas citados:
Método que consiste em estudar os efeitos de aprendizagem versando sobre a formulação verbal de operações que ainda não foram adquiridas espontaneamente pelos indivíduos. A. Morf. B. Inhelder e J. Bruner. Método instrutivo – análise realizada por J. Ajuriaguerra e B. Inhelder, P. Oleron, M. Vincent, F. Affolter. – relações entre o nível linmguístico e o nível operatório a propósito de distúrbios do desenvolvimento assinalados num ou no outro desses dois domínios.

14 Conclusão: Uma transmissão verbal adequada de informações relativas a estruturas operatórias só é assimilada nos níveis em que essas estruturas são elaboradas no terreno das ações ou das operações como ações interiorizadas e, se a linguagem favorece essa interiorização, ela não cria nem transmite essas estruturas totalmente feitas por via exclusivamente lingüística. Embora a função semiótica tenha diversas manifestações, apresenta notável unidade e consiste em permitir evocação representativa de objetos e acontecimentos não percebidos atualmente. Nenhuma forma de manifestação da função semiótica se desenvolve ou se organiza sem o socorro constante da estruturação própria da inteligência.

15 Bibliografia BECKER, F. Ação, função simbólica e capacidade representativa. In: Função simbólica e aprendizagem. _________ Vygotski versus Piaget. In: LEITE BARBOSA, R.L.(org.) Formação de educadores: desafios e perspectivas. São paulo: Ed. Unesp. PIAGET, J. Problemas de Psicologia Genética. Coleção: Os pensadores, Ed. Abril, 1975. ________ , INHELDER, B. Psicologia da criança. 17ª. ed. Rio de Janeiro: Bertran Brasil, 2001. Obrigado!!!


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