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PublicouJorge Alencastre Quintanilha Alterado mais de 8 anos atrás
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CÂNCER DA TIREÓIDE Prof. Liza Negreiros
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE MEDICINA DISCIPLINA DE ENDOCRINOLOGIA Campus Macaé CÂNCER DA TIREÓIDE Prof. Liza Negreiros
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Raro (cerca de 1% de todos os cânceres);
Neoplasia endócrina mais frequente; 5-9 casos por 1000 mulheres e 2-4 casos por 1000 homens; Podem se originar de três tipos diferentes de células: foliculares, parafoliculares e as não tireoidianas. As células foliculares constituem a quase totalidade dos elementos celulares da tireóide, são responsáveis por cerca de 90% ou mais dos carcinomas tireoidianos.
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- Papilíferos e foliculares; Mais de 90% dos casos;
BEM DIFERENCIADOS: - Papilíferos e foliculares; Mais de 90% dos casos; Derivados das células foliculares. INDIFERENCIADOS: Anaplásicos; 5% dos casos. CARCINOMAS MEDULARES: Derivados das células parafoliculares, produtoras de calcitonina. 5% dos casos; Esporádicos ou familiares Bem diferenciado: sua citoarquitetura é parecida com o tecido normal.
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TUMORES MALÍGNOS DE ORIGEM DE CÉLULAS NÃO TIREOIDIANAS:
< 5% dos casos; Linfomas; Carcinossarcomas; Lesões metastáticas; Teratomas; Hemangioendoteliomas.
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DADOS CLÍNICOS Sexo masculino; idade: <20anos ou >60anos;
história de câncer de tireóide na família; radiação ionizante ou irradiação cervical em crianças e adolescentes; Rápido crescimento de um nódulo; Nódulo de consistência endurecida, fixo as estruturas adjacentes (traquéia e músculo), sem mobilidade a deglutição e linfonodomegalia. Consistência pétrea também pode ocorrer em casos de calcificação de lesão benígna. Radiação externa predispõe a quebras cromossômicas, supostamente gerando rearranjos genéticos e perda dos genes supressores tumorais. Radiação está relacionada ao aparecimento de cânceres multicêntricos.
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CÂNCER DE TIREÓIDE DIAGNÓSTICO
CLÍNICO NÓDULO SOLITÁRIO, TUMORAÇÃO NO PESCOÇO, BMN, LINFONODOS, LESÃO EXPANSIVA DOLOROSA USG PAAF TIREOGLOBULINA CALCITONINA: pacientes com nódulos tireoidianos e história familiar de CMT ou de NEM tipo2, história pessoal de feocromocitoma, diarréia inexplicável ou rubor facial, bem como citologia suspeita de CMT. PAAF: só não difere o adenoma do carcinoma folicular. Dá o diagnóstico de ca papilífero, medular, anaplásico e de doenças benígnas (TH, bócio colóide, tireodite granulomatosa).
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Carcinoma papilífero 80% de todos os carcinomas da tireóide;
Qualquer faixa etária, porém predomina em indivíduos mais jovens (entre a terceira e quarta década); Crescimento lento com baixo grau de malignidade; Disseminação por via linfática. Ao diagnóstico: 25% tem metástases cervicais, 20% tem invasão extratireoidiana e 5% apresentam metástases a distância.
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Carcinoma papilífero A presença de metástases em linfonodos cervicais não está relacionada a pior prognóstico em pacientes jovens. Metástases à distância principalmente para o pulmão. 5-10% dos casos evoluem para a morte: pacientes com mais de 40 anos com lesões aderentes as estruturas vizinhas, com metástases invasivas cervicais ou a distância e que apresentavam variantes celulares do carcinoma papilífero mais agressivas, como a variante de células altas ou colunares ou com invasão vascular.
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Carcinoma papilífero Características citológicas: núcleos aumentados, com aspecto fissurado lembrando “grãos de café”, cromatina hipodensa, semelhante a “ vidro fosco”, corpúsculos de inclusão intranucleares e corpúsculos de psamoma, que são grupamentos de células calcificadas. Tratamento: cirurgia (tireoidectomia total na maioria dos casos), iodoterapia e terapia supressiva com levotiroxina.
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Carcinoma folicular 10% de todos os casos de carcinomas da tireóide.
Maior prevalência em áreas com deficiência de iodo. Ocorre em um grupo etário mais avançado que o papilífero, por volta da quinta década. É mais freqüente em mulheres. Raramente cursa com metástases para os linfonodos cervicais. Metástases à distância podem ser a manifestação inicial mesmo nos casos de tumores <1cm (principalmente para pulmão e ossos). Os carcinomas diferenciados praticamente cursam com eutireoidismo. Excepcionalmente, o CA folicular pode se apresentar como um nódulo autônomo e hipertireoidismo.
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Carcinoma folicular PAAF não fornece o diagnóstico: somente o histopatológico é capaz de definir se existe ou não invasão vascular ou da cápsula. Fatores prognósticos: Idade (<40 anos tem um melhor prognóstico), invasividade do tumor (vasos e cápsula), presença de metástases ao diagnóstico.
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Carcinoma de células de Hürthle
Variedade menos diferenciada e mais agressiva que o carcinoma folicular. As células de Hürthle são derivadas do epitélio folicular e têm como característica seu grande tamanho e citoplasma eosinofílico e granular. Acomete uma população mais idosa (incomum em crianças). Não capta 131I, é algumas vezes bilateral e múltiplo e envia metástases com frequência para os linfonodos regionais. Adenoma de células de Hürthle: lobectomia ipsilateral e istmectomia. Carcinomas: TT+ dissecção cervical central ipsilateral.
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Carcinoma medular da tireóide
Origem nas células parafoliculares ou células C. Células C: se localizam no terço superior do lobo tireoidiano e têm potencial de secretar diversas substâncias: calcitonina, antígeno carcinogênico embrionário (CEA), cromogranina A, neurotensina, bombesina, ACTH e peptídio vasoativo intestinal (VIP). 75% forma esporádica, enquanto 20-25% fazem parte das doenças familiares transmitidas de modo autossômico dominante. Nas formas familiares, 80-85% se associam as MEN, enquanto 10-15% são transmitidos de forma isolada.
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Carcinoma medular da tireóide
Forma esporádica (75-95% casos) Forma familiar (10-25% casos) Neoplasia endócrina múltipla do tipo 2 A: CMT+ feocromocitoma+ hiperparatireoidismo primário. Neoplasia endócrina múltipla do tipo 2 B: CMT+ feocromocitoma+ neuromas mucosos+ hábito marfanóide. 3. CMT familiar isolado
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Carcinoma medular da tireóide
Leve predominância no sexo feminino. Forma esporádica: 5ª e 6ª décadas de vida. Formas familiares: mais precocemente. MEN 2A: mais comum das formas familiares. MEN 2B: mais agressivo e mais precoce. Apresentação: nódulo palpável, duro, localizado nos dois terços superiores da tireóide. Metástases linfonodais em 50% casos. Diarréia é vista em 30% dos pacientes. Forma familiar isolada: terceira NEM 2ª segunda NEM 2B <10 anos. Frequentemente associado a extensão extra tireoidiana e metástases para linfonodos regionais ou a distância. Poucos sobrevivem >20 anos.Diarréia: maior secreção jejunal de água e eletrólitos induzida pela calcitonina.
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Carcinoma medular da tireóide
Pelo menos em 70% dos casos encontram-se níveis elevados de calcitonina. Níveis normais podem ser encontrados se a massa tumoral for pequena ou caso haja apenas hiperplasia das células parafoliculares. Teste da pentagastrina: a resposta é positiva se houver uma elevação de 3-5 vezes o valor normal da calcitonina. Falsos positivos: doenças auto-imunes da tireóide e tumores tireoidianos foliculares. A produção de calcitonina pode ocorrer também em doenças granulomatosas, doença hepática e outras neoplasias malignas (carcinoma pulmonar, hepatoma, feocromocitoma, tumor das ilhotas pancreáticas). Valores de calcitonina> 100pg/mL sugerem fortemente o diagnóstico. Tratamento: cirurgia. Não responde ao Radioiodo.
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Carcinoma anaplásico Até 5% dos carcinomas da tireóide.
É mais prevalente em áreas com deficiência de iodo. Mais comum em mulheres e em idosos (raro antes dos 50 anos). Ocasionalmente pode surgir de uma lesão benígna ou de um carcinoma diferenciado de longa duração. Agressivo e resistente. Tratamento: na maioria das vezes já se encontra incurável por ocasião do diagnóstico. TT com a retirada do tumor em bloco e dissecção do pescoço para remoção total da massa. Em caso de impossibilidade, fazer traqueostomia, para aliviar a compressão traqueal. Morte em decorrência da compressão ou invasão tumoral das estruturas vizinhas.
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Linfoma primário da tireóide
1% de todos os cânceres da tireóide; 2-3 x mais comum em mulheres; Frequentemente acomete mulheres idosas com tireoidite de Hashimoto (30-87%); Na maioria das vezes é do tipo não-Hodgkin; Massas de crescimento rápido e sintomas locais são comuns. Tratamento depende do tipo de linfoma: cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.
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