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HEIDEGGER, Nietzsche. Livro I, Capítulo I – A vontade de poder como arte
As “três posições fundamentais”. A unidade entre vontade de poder, eterno retorno e transvaloração. A estrutura da “obra central”; O modo de pensar nietzschiano como inversão.
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Índice 1. As “três posições fundamentais”.
2. A “pergunta diretriz” da filosofia. 3. A “pergunta decisiva” da filosofia. 4. Somando 1+2. 5. Nietzsche fala. 6. Dois pilares: Vontade de Poder e Eterno Retorno 7. A posição fundamental 8.Transvaloração de todos os valores 9. Niilismo 10. Uma boa maneira de se pensar o perspectivismo em Nietzsche. 11. Inversão do platonismo.
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As “três posições fundamentais”
“Filosofia do Eterno retorno Uma tentativa de Transvaloração de todos os valores A doutrina do Eterno retorno como martelo na mão dos homens mais poderosos”.
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As “três posições fundamentais” (2)
II “A Vontade de poder Tentativa de Transvaloração de todos os valores O Eterno retorno”. III “Transvaloração de todos os valores Filosofia do Eterno Retorno Os que dizem sim”.
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1. A “pergunta diretriz” da filosofia: “o que é o ente?”
“A expressão ‘vontade de poder’ denomina o caráter fundamental do ente. Todo ente que é, na medida em que é, é: vontade de poder.” p. 19.
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2. A “pergunta decisiva” da filosofia: “qual o sentido do ser?”
“A pergunta decisiva é, nesse caso, a pergunta sobre o ‘sentido do ser’, e não apenas sobre o ser do ente.” p. 19. “O que é e como é a própria vontade de poder? Resposta: o eterno retorno do mesmo.” p. 19.
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Somando 1+2 O ser do ente é Vontade de Poder.
O sentido do ser é Eterno Retorno, é retornar.
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Recordação “A pergunta ‘o que é o ente’ pergunta pelo ser do ente. Para Nietzsche, todo ser é um devir. Todavia, esse devir tem o caráter da ação e da atividade do querer. Em sua essência, porém, a vontade é vontade de poder.” p. 9.
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Nietzsche fala “Recapitulação: cunhar para o devir o caráter do ser – essa é a mais elevada vontade de poder”. “Que tudo retorna é a aproximação mais extrema de um mundo do devir ao mundo do ser: - Ápice da consideração.” apud Heidegger, p. 20.
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Dois pilares: Vontade de poder e Eterno Retorno
O ser do ente é Vontade de Poder, é devir. O sentido do ser é Eterno Retorno, é retornar.
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A posição fundamental “A posição fundamental de Nietzsche pode ser determinada por meio de duas sentenças: O caráter fundamental do ente como tal é a ‘vontade de poder’. O ser é o ‘eterno retorno do mesmo’.” p. 25.
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Transvaloração de todos os valores
A “transvaloração de todos os valores” parte de uma “crítica dos valores supremos até aqui”. “Por conseguinte, a obra deveria começar como uma apresentação abrangente do fato fundamental da história ocidental (...), o niilismo.” p. 26.
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Niilismo “Para Nietzsche, niilismo não é uma visão de mundo que irrompe em algum lugar e em algum momento, mas o caráter fundamental do acontecimento no interior da história ocidental”. “Niilismo significa: os valores superemos se desvalorizam.” “O niilismo já começa nos séculos antes de Cristo e não termina com o século XX.” p. 26.
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A inversão “O procedimento de Nietzsche, seu modo de pensar em meio à realização de uma nova instauração de valores, é uma constante inversão.” p. 28.
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Exemplo de inversão “Schopenhauer interpretou a essência da arte como um ‘quietivo da vida’. (...) Nietzsche inverte Schopenhauer e diz: a arte é o ‘estimulante’ da vida, algo que incita e eleva a vida.”
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Um segundo exemplo “À pergunta: O que é a verdade? Nietzsche responde: ‘A verdade é um tipo de erro, sem o qual uma determinada espécie de ser vivo não poderia viver. O valor para a vida decide por fim’.”
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Uma boa maneira de se pensar o “perspectivismo” em Nietzsche
“ ‘Verdade’. Segundo o meu modo de pensar, esse termo não designa necessariamente algo que se encontra em contradição como o erro. Ao contrário, ele não designa nos casos principais senão uma posição de diversos erros uns em relação aos outros.” apud Heidegger, p. 29.
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Inversão do platonismo
“A sentença nietzschiana – a verdade é o erro e o erro é a verdade – só pode ser concebida a partir de sua posição fundamental ante o conjunto da filosofia ocidental desde Platão. Se compreendermos isso, então a sentença perde um pouco de sua estranheza”. p. 29.
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